Oi, gente!
Adivinhem o gênero
da resenha de hoje :D POLICIAL, claro!
Mês passado a ARQUEIRO lançou mais
um livro do queridíssimo JOHN VERDON,
NÃO BRINQUE COM FOGO, e eu fui
correndo conferir.
SINOPSE: No ano 2000, um criminoso que ficou conhecido como Bom Pastor matou seis
pessoas em estradas, dentro de seus carros em movimento. Na época, ele enviou
um manifesto à polícia no qual deixava claras suas motivações: uma cruzada
solitária contra a ganância. Após o sexto assassinato, no entanto, encerrou a
matança e nunca foi descoberto. Dez anos depois, uma jovem estudante de
jornalismo está fazendo um documentário sobre os familiares das vítimas quando
coisas estranhas começam a acontecer em sua casa. Objetos são trocados de
lugar, maçanetas são afrouxadas, luzes se apagam sozinhas. Assustada, ela
contrata Dave Gurney como consultor. Depois de ler o material sobre o caso –
incluindo o perfil psicológico do assassino elaborado pelo FBI –, o detetive
coloca em dúvida toda a lógica da investigação. Ao confrontar os agentes
responsáveis, porém, Dave percebe que está mexendo em um ninho de vespas, o que
fica evidente quando até pessoas que o apoiaram no passado se voltam contra
ele. Agora seu único aliado é o antigo parceiro Jack Hardwick, um policial
grosseirão e debochado que não esconde seu desprezo pelas autoridades. Com sua
ajuda, Dave tem acesso aos relatórios confidenciais do caso e começa a própria
investigação. Mais uma vez, ele se colocará em risco enquanto tenta provar seu
ponto de vista e capturar o criminoso. Além de reunir todas as qualidades da
série Dave Gurney – personagens bem construídos e uma admirável engenhosidade
narrativa –, “Não Brinque Com Fogo” vai além: é um lembrete do poder da fé em
si mesmo num mundo onde isso é cada vez mais raro.
Não é segredo para
quem acompanha o blog que eu adoro JAMES PATTERSON e HARLAN COBEN. Durante
muito tempo eles foram meus queridinhos dos romances policiais, hoje, eles
ainda são, mas após meu primeiro contato com VERDON tive que incluí-lo nessa lista (que é imensa). JOHN é um autor fantástico, cheio de
artimanhas e que conquista o leitor a cada página.
Quando li seu
primeiro livro, EU SEI O QUE VOCÊ ESTÁ
PENSANDO, dei uma surtada. O cara era muito foda! Não conseguia acreditar
que esse era o primeiro livro dele. Logo depois passei a pensar que tinha sido
um golpe de sorte, que ele seria desses que lançam um livro fenomenal e que os
próximos não chegam aos pés. Confirmei meu engano com FECHE BEM OS OLHOS. O cara continuava fodão na narrativa e a
premissa havia melhorado horrores, tamanha quantidade de assuntos que ele
conseguiu abordar no livro. Por tudo isso, esperei ansiosa por NÃO BRINQUE COM FOGO.
Antes de tudo,
quero dizer que gostei e MUITO do livro, mas não tanto quanto os anteriores.
Não que a narrativa não seja excelente e bem elaborada, apenas achei os
anteriores mais interessantes.
Nessa nova
história, o detetive aposentado Dave Gurney, vai ajudar Kim, a filha de uma
amiga, com um documentário. A garota é jornalista e quer retratar como as
famílias que perderam um ente querido nas mãos de um Serial Killer sobreviveram.
Para isso, ela escolhe a história do Bom Pastor. Um caso que ocorreu há dez
anos e que nunca teve solução. Além de ela ansiar por esse documentário, uma
rede de TV sensacionalista quer exibi-lo, e com isso ela começa a ter problemas
com o namorado, que parece ter inveja do sucesso que a moça está alcançando.
Após dar um pé na bunda dele, coisas misteriosas passam a ocorrer na casa dela,
e tudo leva a crer que tem um dedinho desse ex. Cabe então a Gurney investigar
o rapaz e servir de babá à moça em suas entrevistas.
Ao ficar sabendo
mais detalhes do caso do Bom Pastor, Gurney começa a perceber algumas
peculiaridades e falhas na reconstituição do crime, e claro que seu olhar
aguçado não vai deixar passar nada e ele vai ir até o fim para resolver esse
mistério.
Num primeiro olhar
esse tinha tudo para ser o melhor livro do VERDON.
Adoro histórias com assassinos seriais, principalmente essas em que os crimes
ocorreram há muito tempo e tudo parece estar perdido. Contudo, como disse ali
em cima, os outros dois livros do autor foram mais interessantes, pareceram ter
mais conteúdo.
O que não gostei
no livro foi o excesso de Kim. Teria gostado muito mais se a garota apenas
tivesse colocado Gurney na investigação e daí a história prosseguisse com
pequenas participações dela. Mas ela estava em todas as páginas! Ela ouvia um
barulho em casa, ligava para Dave, a luz não acendia, ligava para Dave, teve
uma hora que isso ficou muito cansativo, por isso me referi a ele como “babá”
da menina.
Outro ponto que
Kim me cansou foi na quantidade de páginas dedicadas a ela, as entrevistas com
os familiares das vítimas e com o pessoal da emissora de TV. Tudo, claro,
acompanhada de Dave, pois ela queria que ele visse todos os passos que estavam
sendo dados para a produção do documentário na TV (que mais parecia um reality
show barato).
O pior é que a
personagem não é nada interessante. Não é inteligentíssima, não desvenda nada,
não ajuda em nada. Só ficou ali para me irritar ¬¬ Não sei o que acontece, mas VERDON sempre coloca uma personagem
feminina insuportável em seus livros. Nos dois anteriores tive uma birra de
Madeleine, esposa de Dave. Ela era chata, implicante, não entendia que o marido
era um herói, e achava que ele não tinha que investigar mais nada, pois estava
aposentado e morando no campo. No entanto, dessa vez, após Dave ter sido ferido
e estar triste em casa, ela fica bastante feliz em ver que o marido está se
dedicando a um caso, e então ela deixou de ser uma mulher sufocante; e passei a
gostar bastante dela. Mas aí veio a Kim, e puff!, me estressou igualmente ¬¬.
Quando me livrei da chatice de uma, tive que aturar a outra.
Outro ponto que me
incomodou foram as brigas entre Gurney e o FBI. Os pontos de vistas eram
diferentes, mas passou-se muito tempo no livro com essa guerrinha de poder de
patentes mais altas. Nesse ponto, porém, houve uma coisa boa, VERDON incluiu uma policial muito
bacana, que acabou por salvar o time das mulheres no livro. Ela é forte,
determinada bate de frente com quem quer
que seja, mesmo com o FBI.
No restante, a
leitura compensa completamente. Toda a história acerca do Bom Pastor é
fantástica, os desdobramentos são incríveis e o desfecho fascinante. Fiz mil
conjecturas, mas jamais cheguei aonde a sagacidade de Gurney chegou. Esse foi
um dos pontos mais altos da narrativa. Adorei o assassino e as razões do
assassinato. Tudo foi brilhantemente bem trabalhado e de forma bastante
inteligente. O enredo é tão bom, que apesar da participação de alguns
personagens ruins, é impossível soltar o livro mesmo que para fazer uma
refeição. E acho que isso é o mais importante em uma narrativa, gostar tanto de
uma história que não chega a ser tão relevante (apenas irritante) a passagem de
alguns personagens enfadonhos. Se é JOHN
VERDON, leiam! Impossível não ficar empolgado frente ao enredo fantástico
que ele sempre apresenta.
FICHA DO LIVRO
JOHN VERDON
Editora: ARQUEIRO
Ano: 2013
Nº págs: 400
Gênero: Policial, Suspense
Já estava super interessada por esse livro, e é bom ver que meus instintos meio que acertaram. ^^ Mas acho que vou começar pelos outros livros do autor.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Ah, John Verdon é o melhor escritor sobre suspense policial! Já li todos os livros dele, e até agora o meu preferido ainda continua sendo "Eu sei o que você está pensando" *-*
ResponderExcluirBjos, Lucas
John Verdon é demais!! Todos os livros são incríveis, mas a minha ordem de preferidos é a em que foram lançados.. 1º o primeiro, 2º o segundo e 3º o terceiro ^^~. A Kim não foi o que me desgostou nesse ultimo livro, o problema foi que (SPOILER ALERT!!!) Verdon deixou perguntas em aberto com a morte do fdp, tinha muitas coisas que eu queria saber e que acabou ficando no ar sem ninguém pra responder :/ (END SPOILER.)
ResponderExcluirEmfim, como expectativas pregam peças, vou por as minhas bem baixas para o próximo (Peter Pan Must Die) e me deixar surpreender ^^
Está demorando demais já, tem que esperar sair lá pra quase um ano depois sair aqui D: