RESENHA: PRODIGY - Marie Lu (Ed. Prumo)

Boa tarde, pessoal!

Meu Deus!, empolgação é a palavra que me define para falar de PRODIGY, sequência de LEGEND, da MARIE LU, e lançamento quentíssimo da editora PRUMO.

SINOPSE: Os opostos perto do caos. Depois que um cataclismo atingiu o planeta Terra, extinguindo continentes inteiros, os Estados Unidos se dividiram em duas nações em guerra: a República da América, a oeste, e as Colônias, formadas pelo que restou da costa leste da América do Norte. June e Day, a menina prodígio e o criminoso mais procurado da República, já estiveram em lados opostos uma vez.

Agora eles têm a oportunidade de lutar lado a lado contra o controle e a tirania da República e, assim, alterar para sempre o rumo da guerra entre as duas nações. Resta saber se estão preparados para pagar o preço que as transformações exigirão deles.

Ontem postei a resenha de LEGEND e fiz vários elogios ao livro. Gostei imensamente de tudo e fui bastante alvoroçada ler PRODIGY. Claro que pela excelência do primeiro volume, esperava que esse segundo fosse tão bom quanto, eis que tive uma surpresa magnífica: PRODIGY é, de longe, muito, mas MUITO melhor que LEGEND.

Mal sei por onde começar a falar do que gostei no livro. Acho que dizer que gostei de tudo e que ele é absolutamente PERFEITO não é exagero. Nessa sequência os personagens estão mais maduros, o enredo está melhor trabalhado, e a ação e suspense se mantém por muito mais páginas.

Aliás, suspense é a palavra da vez. São tantas coisas acontecendo, tantos personagens tomando partido, expondo suas idéias e ideais, que ficamos em dúvida em quem acreditar. De um lado, o novo Eleitor tem suas propostas e pensamentos, mas ele faz parte da República, então, nunca sabemos se ele é confiável ou não. Do outro, temos os Patriotas, os rebeldes que sempre lutaram por uma boa causa, mas que nesse volume nos deixam em dúvida. Personagens que pensamos ser completamente maus, mostram seu lado mais frágil, e outros que pensávamos serem neutros, mostram suas garras. Incrível e fascinante não definem tudo que o suspense é capaz de manter no enredo.

Outro ponto alto do livro são as explicações para os Estados Unidos se encontrarem da forma que estão. Mudanças climáticas, inundações, excesso de população... Tudo isso é exposto como fatores que levaram ao início da República e da Colônia. Além disso, temos uma perspectiva maior do domínio da República e a submissão que ela impôs a seu povo.

Pensei que nesse volume, MARIE LU dissecaria completamente a Colônia, mas o volume é quase que inteiro dedicado aos Patriotas e ao desejo de se fazer uma revolução. Apenas no final temos maior conhecimento sobre a Colônia, e mesmo assim, em alguns poucos aspectos; porém, que confirmam que para as bandas de lá nem tudo são flores. Adorei como MARIE LU desenvolveu essa parte da história, pois nos dá a certeza que existe muita coisa a ser contada no próximo volume, e que ele não será apenas um “enche linguiça”, como acontece em muitas séries.

Sobre o romance que permeia as páginas de PRODIGY... ADOREI! Sempre critico os romances adolescentes, mas Day e June vivem em outra realidade, e o mimimi adolescente a que estamos acostumados, não existe. Pelo contrário, os diálogos são fortes e intensos. As discussões, motivadas e inteligentes. Ambos são cheios de argumentos, ideias, ideais e cada um acredita em uma filosofia de vida. O romance tem a medida certa para ser delicioso, mas não foge da proposta do livro, o que fez com que minha admiração pela autora aumentasse ainda mais. Day e June não nos cansa em momento algum. O mesmo não posso dizer de Tess. A fiel amiga de Day está apaixonada por ele, e em vez de “lutar” com suas armas, ela escolhe depreciar e por em dúvida o caráter de June para o moço. Isso rendeu algumas discussões entre os amigos, e uma birra imensa da minha parte pela personagem. Em vez de ela tentar expor suas qualidades, ela rebaixava June por suas falhas. Com personagens de personalidades tão forte e adulta, Tess fica parecendo uma menininha birrenta.

Adorei algumas revelações sobre Metias, irmão de June, e a forma como ela encarou as descobertas. Aliás, June é “o cara”! Poucas são as personagens femininas tão cativantes como ela. Força e equilíbrio são as características que mais admiro. Em algumas discussões com Day, sabemos que a personagem está desmoronando, mas só sabemos isso porque ela nos esclarece, por fora, para ele, ela se mostra fria e serena. Não por não ter sentimentos, mas, por ter sido criada para ser uma militar, ela consegue esconder muito bem suas emoções. AMO de paixão isso na personagem.

Quanto ao final de PRODIGY, ainda tento me recuperar. Vocês sabem que sou mole e que qualquer livro me faz chorar, mas poucos fizeram meu coração doer. O final de PRODIGY fez. Desde o primeiro volume mostrei minha preferência por June. Não mergulho na história pensando que quero que a personagem fique com Day, ou com o Eleitor, nada disso, minha torcida é por June, nada mais, ninguém mais. Até simpatizo com Day, mas ele não é o personagem que me conquistou; porém, no final, Day tem uma atitude que me deixou em choque! O personagem não ganhou minha preferência, mas com certeza tem minha admiração e respeito.

Depois de toda essa rasgação de seda, vocês acham que preciso dizer que recomendo PRODIGY? Parem o que estiverem fazendo e corram para ler! Excelente livro!

FICHA DO LIVRO

PRODIGY

MARIE LU

Editora: PRUMO

Ano: 2013                   

Nº págs: 304

Gênero: Distopia

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