8 de agosto de 2013

RESENHA: AS TREZE RELÍQUIAS - Michael Scott & Colette Freedman (Ed. Planeta)

Olá, pessoal!

Desde a semana passada a empolgação está me consumindo para contar pra vocês o que achei de AS TREZE RELÍQUIAS do MICHAEL SCOTT escrito em parceria com a COLETTE FREEDMAN e lançado pela editora PLANETA.

As Treze RelíquiasSINOPSE: Há mais de sete décadas treze crianças foram designadas para cuidar de artefatos antigos, dotados com um poder primitivo e letal. As relíquias, como foram chamadas, deveriam ser mantidas por seus guardiões em total segurança e afastadas umas das outras. Entretanto, agora um homem sinistro e sua amante estão atrás delas, roubando cada peça e eliminando seus protetores, deixando um rastro de crimes violentos. Aparentemente por acaso, a jovem Sarah Miller se envolverá nessa trama perigosa e terá que correr contra o tempo para elucidar os enigmas que rondam sua nova vida. Serão os guardiões seres de outro mundo? Qual será o segredo das relíquias milenares? Por que justamente Sarah foi atraída para esse jogo mortal? Uma história inquietante, povoada de lendas que até hoje rondam nosso imaginário, As Treze Relíquias mostra que há forças que nunca devem ser despertadas.

Gente, fala sério, tem como não ficar empolgado com essa sinopse? Mas tenham uma certeza: isso não é nada diante o fascínio que o livro desperta! Nem sei por onde começar a falar para vocês do que mais gostei. São tantas coisas que acontecem, tantas situações exploradas, que fico até perdida e com medo de não saber me colocar para expor tudo que achei desse magnífico livro.

Então, como diria Jack, o estripador: vamos por partes. Primeira coisa que fez o livro cair nas minhas graças: assassinatos! Vocês sabem que adoro livros policiais, desses bem sangrentos, e apesar de AS TREZE RELÍQUIAS não pender para o lado policial, suas mortes são fascinantes, bem elaboradas, medonhas, terríveis, nojentas e sinistras. Algumas nos emocionam, outras nos fazem sentir a dor dos personagens, ainda mais porque os assassinados são velhinhos com mais de 70 anos (sim, isso me chocou)!

Segundo aspecto que adorei: a surpresa! Sim, fui completamente surpreendida, pois tinha certeza que AS TREZE RELÍQUIAS era um livro juvenil, desses com muita ação, muita aventura, muita magia e muito mistério, e claaaaaro que tem tudo isso, mas nada é descrito de forma juvenil. Muitas passagens são extremamente detalhadas, aflitivas, e pesadas. Pesada também é a abordagem sexual no livro. Tem muitas e muitas cenas de sexo. Não sexo quente, com amor ou fervor, mas sexo feito de forma a atingir um certo nível para se chegar a um determinado objetivo, não vou contar (:P).

Terceiro fator que me enlouqueceu: a história por trás das Relíquias. Adoro isso de voltar ao passado, de nos contar parte da história do mundo, mas nada é expressa ou totalmente trabalhado. Muita coisa fica no ar, muitos dos segredos ficamos sem entender, muitas das Relíquias ficamos sem conhecer, o que torna o livro bastante singular, pois como volume único ele cumpre sua função, mesmo deixando de se aprofundar em alguns aspectos, mas, se resolver virar uma série, terá muito assunto a ser trabalhado. E essa foi uma das qualidades que mais gostei, ele tendo continuação ou não, continua sendo brilhante! Por essa falta de aprofundamento e por um final bastante aberto, é que estou aqui, em uma torcida enlouquecida, para que haja uma continuação. Além disso, o livro também aborda uma história que remete há dois mil anos que nos deixa de queixo caído! E não bastando, também fala de demônios e seres sobrenaturais (mas não se enganem, a história não foca nisso, não pensem que é um livro de vampiro).

Quarto aspecto excelente em AS TREZE RELÍQUIAS: os personagens. Quais? TODOS eles! Do perseguidor aos perseguidos, dos assassinos aos assassinados, dos bandidos aos mocinhos, todos são bem trabalhados e explorados. Os dois únicos personagens que deixam a desejar é a dupla de policiais, mas que em nada afetam o livro, pois a participação é mínima. O investigador é um completo idiota que formula suas próprias teorias e não quer saber de mais nada. Acredito que essa parte tenha sido acrescentada ao livro simplesmente por que seria um absurdo acontecer tantos assassinatos nos dias atuais sem despertar a polícia. Tirando esses dois bufões, estejam preparados para se depararem com assassinos cruéis que esquartejam, tiram a pele, cortam garganta, espalham pedaços, botam fogo, e por aí vai. São tantas as mortes que fiquei em choque de ver a criatividade dos autores para elaborar cada uma delas de forma tão diferente. E quanto aos mocinhos, estejam preparados para adorarem Sarah Miller.

Quinto ponto que merece um elogio danado: o enredo e a forma de narrar dos autores. Acredito que não seja nada fácil escrever um livro a quatro mãos. Nem sempre idéias casam, situações são aceitas por ambos e desfechos são concordados, mas o que temos em AS TREZE RELÍQUIAS é uma deliciosa forma de narrar, com capítulos curtos que parecem nos deixar ainda mais desesperados para ler “só mais um pouquinho”. A leitura é bastante fluida e os autores realmente conseguem nos levar a um mundo de magia e mistério, ao mesmo tempo em que nos colocam em uma contemporânea cena de suspense. E é essa mistura de tantos gêneros e situações que tornam o enredo ainda mais fantástico e excepcional. E claro, que temos também MICHAEL SCOTT, que é especialista em mitologia e folclore, disso vocês já podem imaginar a riqueza de detalhes que ele consegue adicionar ao enredo.

Bom como já babei muito ovo em cima do livro, falando de todos os aspectos que ele merece ser elogiado, não posso deixar de chamar a atenção para um único pesar: a velocidade com que de desdobra a batalha final. Ficamos o livro todo tensos e desesperados para saber o que vai acontecer quando o vilão conseguir juntar as treze Relíquias, e quando temos um encontro de mocinhos e vilão, puff!, o enfrentamento acontece em uma página e pronto! Aí eu fiquei tipo: ‘Oi? Foi fácil demais!’ E achei que o vilão ressurgiria e que uma batalha épica seria travada, e que o mundo sentiria os impactos dessa batalha... E só achei mesmo, porque a batalha foi aquilo ali, descrita em meia dúzia de palavras ¬¬ Ficou parecendo que o livro tinha limite de páginas para terminar e que aquela não era a parte mais importante e esperada por todos, e por isso podia ser encurtada. Mas não podia! Tinha que ter pelo menos mais umas vinte páginas, não apenas com a batalha, mas com algumas revelações e explicações, essas duas últimas eu até relevo, pois como disse ali em cima, são ganchos para uma possível continuação, mas por favor, é preciso um confronto! Imaginem se o Harry Potter olhasse para o Valdemort, apontasse a varinha, falasse um feitiço e pronto, Valdemort morria. Frustrante, não? Pois é, foi por ter acompanhado uma história excelente até esse ponto que me senti frustrada com esse desfecho. Mas ok, ADOREI o final e vou relevar o fato da batalha ter sido tão pobre.


Só o que posso dizer para finalizar é que AS TREZE RELÍQUIAS é um livro excelente, recomendadíssimo, e que vocês devem prestar mais atenção aos enormes elogios que fiz do que no único pesar que apresentei, e que devem correr para se surpreender com essa fascinante história. 


FICHA DO LIVRO

AS TREZE RELÍQUIAS
MICHAEL SCOTT & COLETTE FREENMAN
               Ano: 2013                   
Editora: PLANETA 
Nº págs: 416
Gênero: Aventura, Suspense, Fantasia

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2 comentários:

  1. Esse livro parece sensacional. Quero ele pra ontem! Problema é que já tenho tantos na fila... :(

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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  2. Gente, parece sensacional! Quero muuuuuito!

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