Oi, gente!
A resenha de hoje é sobre uma distopia que estava louca para ler: SOB O CÉU DO NUNCA da VERONICA ROSSI, lançado pela editora PRUMO.
SINOPSE: Desde que fora forçada a viver entre os
Selvagens, Ária sobreviveu a uma tempestade de Éter, quase teve o pescoço
cortado por um canibal, e viu homens sendo trucidados. Mas o pior ainda estava
por vir... Banida de seu lar, a cidade encapsulada de Quimera, Ária sabe que
suas chances de sobrevivência no mundo além das paredes dos núcleos são
ínfimas. Se os canibais não a matarem, as violentas tempestades elétricas
certamente o farão. Até mesmo o ar que ela respira pode ser letal. Quando Ária
se depara com Perry, o Forasteiro responsável por seu exílio, todos os seus
medos são confirmados: ele é um bárbaro violento. É também sua única chance de
continuar viva.
Perry é um exímio caçador, em um
território impiedoso, e vê Ária como uma menina mimada e frágil – tudo o que se
poderia esperar de uma Ocupante. Mas ele também precisa da ajuda dela, somente
Ária tem a chave de sua redenção. Opostos em praticamente tudo, Ária e Perry
precisam tolerar a existência um do outro para alcançar seus objetivos. A
aliança pouco provável entre os dois acabará por forjar uma ligação que selará
o destino de todos os que vivem sob o céu do nunca.
Primeiro livro de uma eletrizante
trilogia ambientada em um futuro imaginado, mas assustadoramente possível, “Never
Sky: Sob o Céu do Nunca” chega ao Brasil rodeado de grande expectativa por
parte dos fãs de distopias.
Em um cenário pós-apocalíptico, a
população do planeta se dividiu entre aqueles que conseguiram esconder-se em
cidades encapsuladas, conhecidas como núcleos, e as que sobreviveram nas áreas
externas, mas tornaram-se primitivas. Através de um dispositivo eletrônico, os
habitantes dos núcleos podem frequentar diferentes Reinos, cópias virtuais e
multidimensionais do mundo que elas deixaram para trás.
Neles se pode fazer qualquer
coisa, ser qualquer pessoa, sem consequências no mundo real. Mundos sem dor,
sem medo. As palavras dor e medo, porém, fazem parte do vocabulário cotidiano
dos que vivem além das paredes dos núcleos. A escritora Veronica Rossi se
utiliza da oposição dessas duas sociedades para pensar o poder da tecnologia,
seus benefícios, malefícios e alienação que pode provocar nas pessoas.
O motivo de eu estar louca para conferir esse livro é bastante óbvio: a
autora é brasileira, e muito mais que isso: conquistou seu espaço lá fora! Sim,
SOB O CÉU DO NUNCA foi lançado no
exterior antes de chegar nas terras ‘brazucas’, e, para mim, isso é motivo mais
que suficiente para correr para ler o que conquistou a ‘gringaiada’.
Livro lido = motivos entendidos. Após ler SOB O CÉU DO NUNCA, entendi a razão de ter havido um ‘boom’ ao
redor de NEVER SKY. VERONICA escreveu uma distopia
completamente diferente das que eu já havia lido e de forma bastante
inteligente. Adorei a mescla de ficção científica no meio da história, fiquei
super curiosa sobre as tempestades de éter (fala sério, alguém já havia
imaginado algo assim?), sofri com Ária e a busca por sua mãe, assim como sofri
com Perry e a busca por seu sobrinho; fiquei embasbacada com a criatividade da
autora ao criar um “mundo” Selvagem, com suas falhas; e as Cápsulas com toda
sua perfeição.
O começo do livro me pareceu demasiado confuso e por muitas vezes me senti
perdida. Demorei muito tempo para entender sobre o tal olho mágico de Ária
(sim, ela tem um), no início achei que era um olho de vidro, por ela ter algum
problema ocular, mas depois que compreendi que todos os habitantes do Núcleo
possuíam um, e que eles permitiam fazer com que as pessoas viajassem por
Reinos, fiquei meio em choque!, era quase como um teletransporte (só que sem se
mover). Já falei que a autora foi muito criativa? Bom, não custa repetir.
A narrativa é ora sob o ponto de vista de Ária, ora sobre o de Perry. Não
sei dizer o que mais me cativou: o mundo de tecnologia avançada de Ária, ou o
primitivismo da sociedade de Perry. O fato é que a mescla nos transporta para
os dois mundos desses personagens. Conseguimos notar não apenas as diferenças
óbvias que separam um “mundo” do outro, mas as diferenças de caráter e
personalidade que os meios moldam nos seres humanos.
Desde o princípio fica claro que haverá um envolvimento romântico entre
Ária e Perry, e a forma como ele se desenvolveu foi simplesmente adorável. O
amor foi nascendo aos poucos, de forma gradativa, sem pressa, com todos os
momentos sendo aproveitados. O casal foi aprendendo a lidar com suas diferenças
para viver com elas, o que os ajuda a amadurecer ao mesmo tempo. Achei linda a
parte em que Perry explica a Ária sobre a primeira menstruação e o que
significa para seu povo.
VERONICA criou uma
distopia extremamente inteligente e diferente do que estamos habituados a ler.
O romance que envolve os personagens também é bastante diferente de toda aquela
pressa e furor adolescente que estão “contaminando” os livros. Ao ler SOB O CÉU DO NUNCA, minha curiosidade
sobre o motivo de a série fazer tanto sucesso foi sanada, e a brasileira VERONICA ROSSI, mais que merece esse
sucesso que está colhendo. Belíssimo livro!
FICHA DO LIVRO
VERONICA ROSSI
Editora: PRUMO
Ano: 2013
Nº págs: 336
Gênero: Distopia
Adorei a resenha!
ResponderExcluirE sabe, estou querendo muito ler Never Sky, mas o preço tá muito salgado :/
Enfim, espero ler essa distopia muito badalada, haha!
Abraços, Joshua Guimarães
Blog Pensamentos do Joshua - pensamentosdojoshua.blogspot.com
Quero muito ler esse livro! Só vejo elogios. Mas quero tantos livros que é difícil saber pra quais dar prioridade. :/
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/