Boa tarde, gente.
A resenha de hoje é sobre AS
MULHERES DO DESERTO, da ALICE
HOFFMAN, lançado pela Editora PLANETA.
SINOPSE: No ano 70 da era
cristã, novecentos judeus resistiram durante meses às forças romanas em
Massada, uma montanha no deserto da Judeia. De acordo com o antigo historiador
Flávio Josefo, duas mulheres e cinco crianças sobreviveram. Baseado nesse
acontecimento trágico e icônico, o romance de Hoffman é uma história
encantadora de quatro mulheres extraordinariamente corajosas, engenhosas e
sensuais, cada uma delas tendo chegado a Massada por um caminho diferente. A
mãe de Yael morre no parto e seu pai, um assassino experiente, nunca a perdoa
por essa morte. Revka, a esposa do padeiro de uma aldeia, assiste ao massacre
brutal de sua filha pelos soldados romanos; leva então para Massada os netos
pequenos, que perderam a fala depois de presenciarem a morte da mãe. Aziza é a
filha de um guerreiro, criada como um menino, uma cavaleira destemida e hábil
atiradora que descobre a paixão nos braços de um soldado que era seu
companheiro. Shirah, nascida em Alexandria, é instruída nos segredos ancestrais
da magia e da medicina, uma mulher perspicaz e detentora de poderes
misteriosos. As vidas dessas quatro mulheres complexas e impetuosamente
independentes cruzam-se nos dias de desespero do cerco. Elas são encarregadas
da guarda dos pombos e também guardam seus segredos umas das outras ? sobre
quem são, de onde vieram, quem as criou e a quem amam. As mulheres do deserto é
a obra-prima de Alice Hoffman.
Quando vi a capa linda do livro fiquei doida por ele. A sinopse também me
atraiu e eu queria muito mergulhar nessa narrativa bastante densa e profunda
que HOFFMAN criou. Contudo,
encontrei algo totalmente contrário do que eu esperava.
Minha expectativa era de que o livro expusesse de forma nua e crua os
ataques das legiões romanas contra os judeus, que falasse muito de guerras,
ataques, mortes, etc. Ok, o livro até tem tudo isso, mas enquanto eu desejava
ardentemente que esse fosse o foco principal, o que tomou as páginas do livro
foi a narrativa por parte de quatro mulheres expondo o sofrimento que viveram e
passaram nessa época. E sim, achei dramático demais.
É como eu disse, esperava um tipo totalmente diferente de relato, mesmo ele
sendo feito por mulheres. São muitas e muitas páginas dedicadas a falar de dor
e sofrimento, abandono, negligência familiar, etc.
O livro é dividido em quatro partes, cada uma delas narrado por uma
protagonista. Muitas partes são, sim, interessantes, trazem um vasto
conhecimento da época para o leitor, nos insere em um contexto histórico cheio
de informações, muitas das quais nunca estudamos, e nos coloca de frente com
diversos assassinatos pelos mais diversos motivos, contudo, em várias passagens
a narrativa se tornou arrastada, monótona, com as mulheres fazendo relatos e
mais relatos de coisas (que eu achei) desimportantes, como suas vidas sexuais,
seus desejos, a forma como se sentiam quando um homem a tocavam, as
infidelidades delas e dos companheiros, etc.
Como eu disse, o problema da leitura foi a expectativa. Queria ler um
livro de guerra, que fosse extremamente violento, e pensei que AS MULHERES DO DESERTO seria esse
livro, que seria narrado por mulheres fortes, guerreiras e batalhadoras, e elas
até o são, mas não deixam de expor sua face “mulherzinha” no livro. Por tudo
isso, considerei a leitura apenas regular.
FICHA DO LIVRO
AS MULHERES DO DESERTO
ALICE HOFFMAN
Editora: PLANETA
Nº págs: 480
Gênero: Drama
Não tinha ouvido falar desse livro, mas lendo a sinopse aqui achei interessante e pensei que leria uma resenha super elogiosa. Mas se tem muitas partes "mulherzinha" já perdi o interesse. Adoro livros com com fundo histórico, mas tenho minhas ressalvas.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Esse eu não conheci, mais fiquei interessada. Estou nua fase de ler livro mais neste contexto embora os pontos que você tanto queria que fosse abortados não tiveram um grande destaque.
ResponderExcluirBeijos....