Boa noite, pessoal.
A resenha dessa véspera de Natal é de um lançamento muito importante da BERTRAND BRASIL: SÓ O TEMPO DIRÁ, do JEFFREY ARCHER.
JEFFREY ARCHER
Série: As Crônicas de Clifton
Editora: BERTRAND BRASIL
Nº págs: 420
Gênero: Drama
SINOPSE: A vida de Harry Clifton começa em 1920, com os dizeres: “Disseram-me que
meu pai havia morrido na guerra.” Harry não conheceu o pai, um trabalhador das
docas de Bristol, e é através do tio que aprende tudo sobre esse universo.
Stan, por sua vez, espera que o sobrinho se junte a ele no estaleiro ao
concluir seus estudos. É uma perspectiva triste, por isso, quando a bela voz de
Harry assegura-lhe uma bolsa de estudos em um colégio exclusivo para rapazes,
mudando radicalmente o destino que o aguardava, ele percebe que nada mais será
igual. Harry conhece seu melhor amigo em St. Bede’s: Giles Barrington,
primogênito de uma das famílias mais ricas de Bristol. Na escola, Giles se
torna uma espécie de protetor do rapaz, mas talvez o melhor fruto dessa relação
seja a proximidade com a irmã do amigo, Emma, destinada a se tornar o amor da
vida de Harry. Só o Tempo Dirá inclui um elenco memorável e nos guia das
devastações da Primeira Guerra às docas da Inglaterra operária, das ruas de
Nova York nos anos 1940 à eclosão da Segunda Guerra Mundial, quando Harry
precisa tomar uma decisão que porá em risco até mesmo seu amor por Emma
Barrington.
Simplesmente AMO o ARCHER de
forma incondicional! Ele escreve livros policiais e de suspense de forma
magnânima, principalmente porque sempre dá uma dramaticidade muito intensa aos
seus personagens e situações vividas por eles. Sempre espero com muita
ansiedade por seus lançamentos, e vibrei quando recebi SÓ O TEMPO DIRÁ, que me surpreendeu em tudo e foi um livro bastante
diferente, que me obriga a dizer que ARCHER
não é apenas um excelente autor de livros policiais, e sim um excelente
contador de histórias. Explico: SÓ O
TEMPO DIRÁ foge dos moldes dos livros que li dele até o momento. Tive a
sensação de ler algo bem parecido com a narrativa do FOLLETT, e mesmo sendo
algo diferente para os padrões de ARCHER,
foi encantador!
É com muita doçura que ele nos conta sobre a vida de Clifton, um garotinho
que sofreu com a ausência do pai desde a juventude e com a falta de recursos. O
mistério consiste em sabermos a verdade sobre o pai de Clifton e sua morte, já
que dizia-se que ele não havia sobrevivido à guerra. Contudo, a história que ARCHER apresentou foi demasiado
complexa, e por isso mesmo digna de sentarmos o bumbum na cadeira e não
soltarmos o livro até que ele chegue ao final.
Tudo nesse livro me impressionou, mas dois pontos seguraram mais minha
atenção: o primeiro, a mãe de Clifton e seus esforços diários para dar ao filho
uma educação de qualidade para que um dia ele pudesse ser alguém na vida. O
segundo, os malvados da trama, que recorrem a resoluções drásticas para
prejudicar Clifton e sua mãe. Eles são o tipo de personagens que nos levam a
questionar o quão baixo a natureza humana pode chegar e a troco de quê uma
pessoa pode ser tão perversa.
Já Clifton é o personagem que rouba todas as cenas, pois ele é muito
especial. É adorável acompanhar sua infância e as terríveis situações pelas
quais passa no colégio interno, é gratificante ver o adolescente que ele se
torna e os prenúncios do caráter do homem que irá se formar. E é exatamente
nesse ponto que SÓ O TEMPO DIRÁ fica
incrível, pois ele termina! Sim, o livro é apenas o primeiro volume das
CRÔNICAS DE CLIFTON, e termina no exato ponto em que o garotinho que nos
conquistou por todas as páginas se vê diante de um acidente de guerra e toma
uma decisão incrível e inesperada. Mas, mais que isso, termina no exato ponto
em que a história vai desenvolver para o gênero em que conheci ARCHER, o suspense.
O mais interessante durante a leitura de SÓ O TEMPO DIRÁ é que apesar de ter me perguntado diversas vezes
onde estava o mote do suspense, não senti falta dele. A questão ficou em dúvida
mais por conta de ter tido experiências anteriores com ARCHER nesse gênero, mas quando cheguei ao final e vi como ele
concluiu esse primeiro volume, dando os prenúncios de que no segundo iria
seguir pelo suspense, dei um pulo de alegria, mas, mais que isso, senti uma
profunda ansiedade crescendo dentro de mim, pois sei que irá demorar um ano ou
mais para que a sequência chegue às minhas mãos, e será um sofrimento imenso
esperar por ela, mas sei que valerá à pena, ao mesmo tempo em que sei que nesse
meio tempo não corro o risco de esquecer como esse primeiro livro terminou,
simplesmente porque foi inesquecível, grandioso, empolgante, e ao mesmo tempo,
assustador!
Tinha ARCHER como um de meus
autores favoritos antes de SÓ O TEMPO
DIRÁ, mas depois dessa leitura grandiosa, ele passou a figurar como um dos
maiores autores que já tive o prazer de ler. Quem ainda não o conhece, não pode
deixar a oportunidade passar! Livro MAGNÍFICO! Leiam!
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