RESENHA: O COLECIONADOR DE PELES - Jeffery Deaver (Ed. Record)

Boa noite, galera!

O blog anda meio parado, mas hoje voltaremos o normal \o/. E vamos abrir nossa semana de resenha com um livro da RECORD que quase tive um parto ao saber do lançamento: O COLECIONADOR DE PELES do JEFFERY DEAVER.

O COLECIONADOR DE PELES

JEFFERY DEAVER

Editora: RECORD              

Ano: 2015

Nº págs: 490

Gênero: Policial, Suspense

SINOPSE: Um novo serial killer espreita pelas ruas de Nova York com sua mente doentia e perturbada. Conhecido como O Colecionador de Peles, ele é um tatuador que arrasta as vítimas para o subterrâneo da cidade, onde pode realizar sua arte sem ser interrompido. O problema é que, para criar suas obras-primas, em vez de tinta, ele desenha com venenos letais, causando mortes lentas e dolorosas. Convocados para a investigação, o detetive Lincoln Rhyme e sua parceira Amelia Sachs têm apenas as mensagens criptografadas gravadas na pele das vítimas como ponto de partida. Enquanto tenta descobrir o significado das tatuagens, a dupla segue por um caminho tortuoso em que nada é o que parece ser, e precisa correr contra o tempo para decifrar as pistas que encontram, antes que O Colecionador de Peles faça sua próxima vítima.

Se o título desse livro lhes soa um pouco familiar, saiba que é porque ele realmente é. Acredito que quem nunca tenha ouvido falar em O COLECIONADOR DE OSSOS não seja dessa galáxia! Desculpa, gente, mas é verdade! Talvez o livro não seja tão conhecido assim, mas o filme passou despercebido por poucos, e até hoje não conheço alguém que não tenha se deliciado com a adaptação com o magnífico Denzel Washington e a deusa Angelina Jolie. Quem ainda não assistiu, pare de ler a resenha, assista e volte depois.

Não, os livros não são continuações, mas fala-se muito no assassino de O COLECIONADOR DE OSSOS, afinal, acredita-se que o colecionador de peles é algum fã do ex-serial killer. Então, para que vocês fiquem mais situados na leitura, recomendo que ao menos assistam ao filme para ter uma noção do que se passou anteriormente. Não que o livro será incompreensível se você não o fizer, pois DEVER retoma os principais pontos para que não nos sintamos perdidos, mas é gratificante já estar por dentro das questões levantadas.

O COLECIONADOR DE PELES é um livro impressionante porque não retoma apenas ao assassino que ganhou as telas, mas também a um outro importante assassino, e é o recorte entre as histórias passadas e a atual que faz com que esse livro seja realmente grandioso e memorável!

Durante a leitura vivi em uma montanha russa. A princípio, parecia que eu estava em uma grande ascensão, pois a trama se tornava cada vez mais sórdida e o assassino cada vez mais assustador, principalmente por seu método tão diferenciado de matar. Porém, em um certo momento da leitura, tive uma brusca queda, isso porque o que parecia um livro de serial killer (que eu AMO), tornou-se algo diferente, pois algumas revelações fizeram com que os detetives apostassem que os crimes estavam acontecendo por um outro motivo, que é um tema que não gosto em livros policiais. Então, quando cheguei nessa parte, meio que dei uma brochada, e a leitura passou a um ritmo bastante lento, e confesso, senti certa decepção. Mas sou brasileira e não desisto nunca! Prossegui até o fim, e mais uma vez fui surpreendida, isso porque o tema que geralmente não gosto, foi tratado de uma outra maneira, que me deixou bastante satisfeita com o que encontrei, com as motivações e com as explicações.

Porém, mais que falar do fabuloso enredo, preciso chamar a atenção para o assassino da trama, que quando revelado me deixou de queixo caído. Não só pela surpresa e sordidez, mas pelo cinismo do personagem, e principalmente, por seu passado. Sua história familiar é tão assustadora quanto sua pessoa. As relações que se formam nesse núcleo são bizarras e medonhas.

Quanto aos detetives, sou obrigada a dizer que gostei mais deles em O COLECIONADOR DE OSSOS e que nesse livro a vida pessoal acabou me satisfazendo mais que a investigação que eles fizeram, contudo, são personagens magníficos. Aliás, DEAVER tem esse talento que às vezes falta aos autores de livros policiais, ele não opta pela excelência ou do enredo, ou do vilão, ou dos mocinhos. Para ele, a conjunção “ou” está fora de questão, o cara usa sempre “e”, e enredo e mocinhos e vilão matam a pau e mostram porque JEFFERY é fodorástico no gênero a que se dedica. LEIAM! 

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