15 de dezembro de 2015

RESENHA: ALIANÇA DO CRIME - Dick Lehr eGerar O'Neil (Ed. Intrínseca)



Boa tarde, gente!

E como eu disse ontem, agora sim o blog volta ao normal! \o/ Yeh! Para voltarmos com tudo, hoje vou falar de um lançamento da minha querida editora INTRÍNSECA: ALIANÇA DO CRIME dos jornalistas DICK LEHR e GERAR O’NEILL.

Aliança do Crime ALIANÇA DO CRIME
DICK LEHR e GERAR O’NEILL
Editora: INTRÍNSECA              
Ano: 2015
Nº págs: 424
Gênero: Não-Ficção

SINOPSE: Inspiração para o filme homônimo estrelado por Johnny Depp, Aliança do crime narra a vida do lendário gângster James “Whitey” Bulger, um dos criminosos mais cruéis e notórios da história dos Estados Unidos.Considerado em certa época o segundo nome na lista de mais procurados do FBI, atrás apenas de Osama bin Laden, James “Whitey” Bulger construiu um impressionante império do crime. Na década de 1980 ele aterrorizou a cidade de Boston praticamente sem ser importunado pela lei. Houve quem atribuísse isso a suas conexões políticas, pois James era irmão do influente William Bulger, presidente do Senado Estadual de Massachusetts. Os dois tinham reputação de astutos e inescrupulosos, mas, provou-se mais tarde, o anjo de James tinha outro sobrenome: Connolly. Agente em franca ascensão na divisão de Boston do FBI, John Connolly foi criado em South Boston, mesma vizinhança de Whitey, um gângster até então pouco influente. Era a época da caça à Cosa Nostra, e, após muitas tentativas de agentes do bureau, Connolly conseguiu o que poucos acreditavam ser possível: transformou Bulger em informante. O gângster, porém, fez muito mais do que seu dever de casa – além de colaborar para o desmantelamento da Máfia italiana, manobrou uma série de assassinatos e passou a comandar o tráfico de drogas na cidade. O acordo entre Bulger e Connolly saiu completamente do controle e, anos mais tarde, veio a se tornar o maior escândalo da história do FBI envolvendo informantes. Escrito por dois ex-repórteres que cobriram o caso, o livro é uma narrativa épica de pura violência, trapaça e corrupção, cujo ponto central é a amizade entre dois garotos cujas vidas seguiram caminhos opostos, porém igualmente nebulosos.

Não é novidade para os que acompanham o blog que meu gênero favorito é o policial. Justamente por esse gênero de ficção me atrair tanto, é que não poderia deixar passar a oportunidade de ler um não-ficção que recorre ao tema, e ALIANÇA DO CRIME foi minha escolha por esse motivo. Mas não só esse. Também fiquei curiosa para saber qual a aliança que o maior mafioso americano tinha com o FBI.

Como se trata de um não-ficção, a leitura foi um pouco mais demorada, porém, igualmente prazerosa. Só que fiquei bastante assustada em algumas passagens. Apesar de o livro ser denso, falar de muitos crimes, dissecar Bulger e as gangues, não foram essas as passagem a me assustar, mas sim as que envolveram o FBI, ou melhor, as que envolveram o esquema de corrupção do FBI.

É minha gente, acostumada que sou a ler tantos livros de ficção com personagens importantes do FBI  figurando entre os protagonistas, levei um verdadeiro golpe ao ver que uma agência que eu achava estar muito acima da polícia comum também tem sua sujeira, que não é pouca, e que assim como no Brasil, também tenta varrer os erros para debaixo do tapete.

Ok, em muitos livros de ficção existe um ou outro agente do FBI que é meio malandro, que tem alianças ou políticas ou criminosas, etc, sei disso. Sei também que essa é a realidade de qualquer instituição, mas, ainda assim, sobre tudo que ALIANÇA DO CRIME revelou sobre o bureau, fiquei chocada! Chocada, frustrada, chateada. Não sei, talvez seja pensamento de brasileiro pelo momento que estamos vivendo, parece que a corrupção só bate à nossa porta e que só o nosso quintal que é imundo, pois sempre achamos que a grama do vizinho é mais verde. Mas ALIANÇA DO CRIME vem para mostrar que até mesmo na terra do Tio Sam existe podridão. Fiquei bastante decepcionada com alguns relatos feitos sobre o FBI e algumas pessoas que fizeram suas carreiras e vidas lá dentro.

Sei que o foco principal do livro é em Whitey Bulger, um dos maiores e mais conhecidos mafiosos dos Estados Unidos, mas por ele fazer parte da “turma dos vilões” nada que foi falado sobre sua vida e suas atitudes me surpreendeu. Pelo contrário, achei que ele simplesmente se portou como deveria, procurou as vantagens que lhe aprouveram, e tirou o que cada um tinha de melhor e estava disposto a lhe dar. Bulger não fugiu do que imaginei e se manteve nos moldes que lhe pré-concebi até o fim. Fosse um livro de ficção, até lhe elogiaria como sendo um grande vilão; por ser uma realidade, sou obrigada a reconhecer sua inteligência e astúcia, mas com tristeza, por saber que ele apenas as usou para coisas ruins.

Como disse, Bulger é o foco, mas, para mim, quem ficou em maior evidência foi o FBI. Tive um misto de choque de realidade e decepção,  o que na verdade foi ótimo e me instigou a ler as páginas de ALIANÇA DO CRIME com maior vontade e afinco, pois é muito bom vermos mocinhos desmascarados.


DICK e GERARD mereceram os louros que colheram com essa obra. Uma leitura instigante e magnífica, mas mais que tudo isso, esclarecedora! Vou atrás do filme para poder conferir nesse fim de semana! E vocês, não percam tempo! LEIAM!



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Um comentário:

  1. É Mari!
    Até a maior agência de investigação do mundo tem sua podridão!
    Saõ tantos conchavos políticos, com organizações criminais, etc, que dá até nojo...
    Estamos acostumadas a ler e ver filmes onde o FBI é perfeito que a realidade choca...
    E até perdeu um pouco o foco do livro, né?
    “Um homem que está livre da religião tem uma oportunidade melhor de viver uma vida mais normal e completa.” (Sigmund Freud)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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