Boa tarde, gente!
E como eu disse ontem, agora sim o blog volta ao normal! \o/ Yeh! Para
voltarmos com tudo, hoje vou falar de um lançamento da minha querida editora INTRÍNSECA: ALIANÇA DO CRIME dos
jornalistas DICK LEHR e GERAR O’NEILL.
DICK LEHR e GERAR O’NEILL
Editora: INTRÍNSECA
Nº págs: 424
Gênero: Não-Ficção
SINOPSE: Inspiração para o filme homônimo estrelado por
Johnny Depp, Aliança do crime narra a vida do lendário gângster James “Whitey”
Bulger, um dos criminosos mais cruéis e notórios da história dos Estados Unidos.Considerado
em certa época o segundo nome na lista de mais procurados do FBI, atrás apenas
de Osama bin Laden, James “Whitey” Bulger construiu um impressionante império
do crime. Na década de 1980 ele aterrorizou a cidade de Boston praticamente sem
ser importunado pela lei. Houve quem atribuísse isso a suas conexões políticas,
pois James era irmão do influente William Bulger, presidente do Senado Estadual
de Massachusetts. Os dois tinham reputação de astutos e inescrupulosos, mas,
provou-se mais tarde, o anjo de James tinha outro sobrenome: Connolly. Agente
em franca ascensão na divisão de Boston do FBI, John Connolly foi criado em
South Boston, mesma vizinhança de Whitey, um gângster até então pouco
influente. Era a época da caça à Cosa Nostra, e, após muitas tentativas de
agentes do bureau, Connolly conseguiu o que poucos acreditavam ser possível:
transformou Bulger em informante. O gângster, porém, fez muito mais do que seu
dever de casa – além de colaborar para o desmantelamento da Máfia italiana,
manobrou uma série de assassinatos e passou a comandar o tráfico de drogas na
cidade. O acordo entre Bulger e Connolly saiu completamente do controle e, anos
mais tarde, veio a se tornar o maior escândalo da história do FBI envolvendo
informantes. Escrito por dois ex-repórteres que cobriram o caso, o livro
é uma narrativa épica de pura violência, trapaça e corrupção, cujo ponto
central é a amizade entre dois garotos cujas vidas seguiram caminhos opostos,
porém igualmente nebulosos.
Não é novidade para os que acompanham o blog que meu gênero favorito é o
policial. Justamente por esse gênero de ficção me atrair tanto, é que não
poderia deixar passar a oportunidade de ler um não-ficção que recorre ao tema,
e ALIANÇA DO CRIME foi minha escolha
por esse motivo. Mas não só esse. Também fiquei curiosa para saber qual a
aliança que o maior mafioso americano tinha com o FBI.
Como se trata de um não-ficção, a leitura foi um pouco mais demorada,
porém, igualmente prazerosa. Só que fiquei bastante assustada em algumas
passagens. Apesar de o livro ser denso, falar de muitos crimes, dissecar Bulger
e as gangues, não foram essas as passagem a me assustar, mas sim as que
envolveram o FBI, ou melhor, as que envolveram o esquema de corrupção do FBI.
É minha gente, acostumada que sou a ler tantos livros de ficção com
personagens importantes do FBI figurando
entre os protagonistas, levei um verdadeiro golpe ao ver que uma agência que eu
achava estar muito acima da polícia comum também tem sua sujeira, que não é
pouca, e que assim como no Brasil, também tenta varrer os erros para debaixo do
tapete.
Ok, em muitos livros de ficção existe um ou outro agente do FBI que é meio
malandro, que tem alianças ou políticas ou criminosas, etc, sei disso. Sei também que essa é a realidade de qualquer instituição, mas, ainda
assim, sobre tudo que ALIANÇA DO CRIME
revelou sobre o bureau, fiquei chocada! Chocada, frustrada, chateada. Não sei,
talvez seja pensamento de brasileiro pelo momento que estamos vivendo, parece
que a corrupção só bate à nossa porta e que só o nosso quintal que é imundo,
pois sempre achamos que a grama do vizinho é mais verde. Mas ALIANÇA DO CRIME vem para mostrar que
até mesmo na terra do Tio Sam existe podridão. Fiquei bastante decepcionada com
alguns relatos feitos sobre o FBI e algumas pessoas que fizeram suas carreiras
e vidas lá dentro.
Sei que o foco principal do livro é em Whitey Bulger, um dos maiores e
mais conhecidos mafiosos dos Estados Unidos, mas por ele fazer parte da “turma
dos vilões” nada que foi falado sobre sua vida e suas atitudes me surpreendeu.
Pelo contrário, achei que ele simplesmente se portou como deveria, procurou as
vantagens que lhe aprouveram, e tirou o que cada um tinha de melhor e estava
disposto a lhe dar. Bulger não fugiu do que imaginei e se manteve nos moldes
que lhe pré-concebi até o fim. Fosse um livro de ficção, até lhe elogiaria como
sendo um grande vilão; por ser uma realidade, sou obrigada a reconhecer sua
inteligência e astúcia, mas com tristeza, por saber que ele apenas as usou para
coisas ruins.
Como disse, Bulger é o foco, mas, para mim, quem ficou em maior evidência
foi o FBI. Tive um misto de choque de realidade e decepção, o que na verdade foi ótimo e me instigou a
ler as páginas de ALIANÇA DO CRIME com
maior vontade e afinco, pois é muito bom vermos mocinhos desmascarados.
DICK e GERARD mereceram os louros que colheram
com essa obra. Uma leitura instigante e magnífica, mas mais que tudo isso,
esclarecedora! Vou atrás do filme para poder conferir nesse fim de semana! E
vocês, não percam tempo! LEIAM!
É Mari!
ResponderExcluirAté a maior agência de investigação do mundo tem sua podridão!
Saõ tantos conchavos políticos, com organizações criminais, etc, que dá até nojo...
Estamos acostumadas a ler e ver filmes onde o FBI é perfeito que a realidade choca...
E até perdeu um pouco o foco do livro, né?
“Um homem que está livre da religião tem uma oportunidade melhor de viver uma vida mais normal e completa.” (Sigmund Freud)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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