22 de setembro de 2015

RESENHA: ZAC & MIA - A.J. Bretts (Ed. Novo Conceito)



Boa noite, pessoal!

Ontem postei duas resenhas de livros da NOVO CONCEITO que considerei ruins ou mais ou menos, mas hoje vou falar de dois que me encantaram ao máximo! O primeiro ZAC & MIA da A.J. BETTS.

Zac e MiaZAC & MIA
A.J. BETTS
Editora: NOVO CONCEITO
Ano: 2015
Nº págs: 288
Gênero: Drama

SINOPSE: A última pessoa que Zac esperava encontrar em seu quarto de hospital era uma garota como Mia - bonita, irritante, mal-humorada e com um gosto musical duvidoso. No mundo real, ele nunca poderia ser amigo de uma pessoa como ela. Mas no hospital as regras são diferentes. Uma batida na parede do seu quarto se transforma em uma amizade surpreendente. Será que Mia precisa de Zac? Será que Zac precisa de Mia? Será que eles precisam tanto um do outro? Contada sob a perspectiva de ambos, Zac e Mia é a história tocante de dois adolescentes comuns em circunstâncias extraordinárias.

Acho que é impossível vermos um livro sobre adolescentes com câncer e não nos lembrarmos imediatamente de A CULPA É DAS ESTRELAS. Porém, nesse caso, as semelhanças param por aí. Não que em ZAC & MIA não teremos muito do que já vimos no livro do GREEN, mas durante a leitura resolvi me apegar às diferenças dos enredos, não ao que eles tinham em comum.

Nessa comparação, o primeiro quesito que me saltou aos olhos foi o tom de humor que a autora deu a obra. Claro que sempre existirá um momento triste, um momento em que nossos olhos irão encher de lágrimas, mas a maior parte da narrativa tem um tom de humor deliciosamente sarcástico, o que acaba dando leveza a um tema tão forte e torna os personagens mais guerreiros que já são, afinal, não é fácil manter o humor frente à situação em que eles se encontram.

Zac é o tipo de adolescente que a gente cai de encanto logo no início do livro, quando ele está trancafiado no hospital recebendo tratamento. Mesmo nesse momento, ele não se sente deprimido, a não ser quando sua vizinha de quarto, Mia, resolve escutar Lady Gaga na maior das alturas.

Mia já é o tipo da adolescente revoltada e rebelde, mas que mesmo assim conquista nosso coração, pois, apesar de ser um tanto grosseira e meio idiota no início, é meio amalucada, e são suas sandices que nos saltam aos olhos e nos fazem gostar da personagem.

Um ponto que gostei muito nessa história foi a presença da família. Quando li PRIMEIRO AMOR do JAMES PATTERSON fiquei furiosa, pois os dois adolescentes com câncer saíram em uma jornada descabida e com a benção da família, o que me deu a sensação de o autor ter tido preguiça para desenvolver a história. Já A.J. BRETTS me surpreendeu ao não se mostrar preguiçosa nesse quesito, muito pelo contrário, ela abordou a perspectiva da família por todos os lados possíveis.

No caso de Zac, a família é muito presente, todos o apóiam e ele é um filho de ouro. As passagens com sua mãe são as melhores do livro, principalmente quando estão dentro do quarto do hospital. Eu conseguia imaginar a dinâmica dos dois e me divertia horrores com os diálogos deles. Já com Mia, por ser uma adolescente rebelde e arredia, a autora teve uma outra abordagem do lado familiar, mas mesmo assim foi algo presente.

Outro ponto muito positivo foi a relação que se desenvolveu de forma crescente entre ZAC & MIA. Mesmo a amizade foi construída de forma lenta e gradativa, de forma a galgar degraus para ser conquistada, e isso foi uma das coisas que mais apreciei, pois, devido ao enredo, pensei que eles se entregariam mais fácil a uma relação, uma vez que buscariam apoio um no outro, mas isso não aconteceu logo de cara e foi extremamente gratificante.


A realidade é que nem sei muito o que falar sobre ZAC & MIA, mas posso garantir que é um livro lindo e maravilhoso, desses que, ao mesmo tempo em que nos tocam, nos fazem ficar com sorrisos abobalhados no rosto, e momentos depois faz com que sintamos o coração apertadinho. Simplesmente adorei! <3


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8 comentários:

  1. Oi! Confesso que não sou grande fã de A Culpa é das Estrelas, abandonei o livro quando cheguei na metade. O melancolismo misturado com um humor forçado não me caiu bem, achei que iria me emocionar muito, não apenas pela circunstância que os personagens estavam, mas pela sua história de vida, pela forma que encaravam e também pelo jeito que abraçaram o amor nesse tempo difícil que estavam enfrentando, mas me vi apenas melancólica, que não é agradável para mim, então qualquer livro que fosse comparado a esse eu pularia, simplesmente. Ainda bem que as comparações acabam aí, acho que precisa mesmo da visão da família, é algo que tem que ser desenvolvido numa trama dessa. E gostei de saber que eles constroem uma relação gradativamente, aos poucos que é como realmente acontece.

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  2. Essa capa me deixou extremamente curiosa desde que eu a vi pela primeira vez. Apesar do tema já ser um pouco batido, principalmente em livros desse gênero, acredito que os pontos que tu destacou tornam este em particular bastante diferente de todos os que andam por aí. Essa pitada de humor sarcástico me atrai bastante, gosto de personagens que sabem levar a vida pra o seu lado mais bem-humorado. Além disso, a relação dos próprios protagonistas e de sua família deve ser comovente ao extremo, estou muito curiosa para ler!

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  3. Não sabia nada desse livro, so sabia q a capa era linda, mas mesmo assim ja quis lê-lo (eu julgo pela capa sim e.e) mas dps da resenha quero ler já! Ja ja e ja! Pois parece um enredo maravilhoso, escrita gostosa e com pitadas de humor. Quero ler logo e espero que ngm morra no final rsrs

    www.cidadedosleitores.blogspot.com

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  4. Também acho muito importante a presença da família em momentos de doenças como esse e o ter sido posto de uma forma não muito melancólica, sendo mais discontraído com o tom irônico de algumas passagens.
    Abraços.

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  5. Eu não tinha me interessado muito pela sinopse, confesso, mas adoraria ler depois da resenha. Não que eu tenha para ler, mas leria com prazer, deu pra entender? rsrs
    Enfim, adoro livros que mesmo sendo apenas um, consegue construir uma relação real de amizade e amor. Espelha muito a forma do mundo real.
    Beijos.
    P.S.: Livros de adolescentes ou qualquer um com câncer já emocionam por si só, porque é algo - infelizmente - ainda presente na nossa rotina.

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  6. Mari!
    Sick lits relacionados ao câncer, não tem como não fazer comparações.
    Embora não tenha lido ainda A culpa é das estrelas e até tenho ele aqui, mas no momento ando evitando livros no estilo...
    Gostaria de ler sobre o crescimento da amizade entre Zac e Mia e sobre a relação familiar deles.
    “A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita.”(Mahatma Gandhi)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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  7. Oi Mari,
    Imagina uma pessoa viciada em A culpa é das estrelas. Vi várias vezes o filme. Li o livro e parecia que eu estava vendo o filme. Li a degustação desse livro e gostei muito. Desejo amar a leitura tanto quanto vc. Bjos Elis.
    http://amagiareal.blogspot.com.br/

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  8. Oi, Mari
    Eu gosto muito de ACEDE, mas acho que leria o livro justamente por ter algo de diferente. Eu não estava tão interessada neste livro, mas confesso que leria pela resenha positiva.
    Gosto quando os autores tratam um assunto triste com humor, isso quebra o gelo um pouco.

    livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

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