E voltei para mais uma resenha de thriller da INTRÍNSECA.
Agora vou falar sobre CASA DE PRAIA
COM PISCINA do HERMAN KOCH.
HERMAN KOCH
Editora: INTRÍNSECA
Nº págs: 336
Gênero: Thriller
SINOPSE: Marc Schlosser, um renomado médico de Amsterdã, exerce sua profissão com
certas doses de cinismo. Quando um de seus pacientes, o famoso ator Ralph
Meier, o convida para passar as férias de verão com sua família, Marc aceita,
apesar de contrariar a esposa, que não suporta a postura arrogante e sedutora
de Ralph. Assim, o casal e as filhas adolescentes dividem com o ator,
sua mulher, um diretor de Hollywood e sua jovem namorada uma casa com piscina a
poucos quilômetros de uma praia mediterrânea. Alguns dias monótonos se passam
até que em certa noite ocorre um grave incidente que interrompe as férias e
marca a vida de todos para sempre. Marcado pela ironia afiada e pela
trama de forte teor psicológico, Casa de praia com piscina é um romance
inquietante e questionador que mais uma vez prova o talento de Herman Koch.
Fiquei completamente alucinada por esse holandês após ler O JANTAR, primeiro
livro do KOCH que a INTRÍNSECA lançou por aqui. Esse livro
causou um impacto tão grande em mim que até hoje sinto minhas vísceras se
retorcerem ao relembrar dessa história. Se vocês ainda não leram o que achei
desse livro, leiam AQUI, pois foi um
dos mais inesquecíveis da minha vida!
Claro que diante dessa primeira experiência tão magnânima, esperei
encontrar algo no mesmo nível, mas não foi bem o que aconteceu com CASA DE PRAIA COM PISCINA. Vejam bem, o
livro não é ruim, mas se comparado ao primeiro, faltou muito para que ele
conseguisse atingir o mesmo grau perturbador de O JANTAR.
Talvez minha primeira decepção com o livro tenha se dado com Marc, o
protagonista, que em poucas páginas já se mostra um cara boçal e idiota. Quem
leu, ou ler, O JANTAR, vai compreender o quão grandioso KOCH tornou o protagonista e o quanto ele envolveu o leitor, então
imaginei algo nessa linha, e me senti
frustrada quando me deparei com o simplório Marc e seus apontamentos algumas vezes reais, mas outras completamente boçais, sobre a medicina, as mulheres, sua esposa e suas filhas.
O JANTAR foi, sim, um livro de desenvolvimento lento, que demorou muito
para adentrar no cerne da questão a ser abordada, então, quando CASA DE PRAIA COM PISCINA foi por esse
mesmo estilo narrativo, segurei firme na leitura, pois sabia que mais cedo ou
mais tarde algo incrível e visceral iria se apresentar. O problema é que foi
mais tarde... Bem mais tarde que o necessário, após a página 200, e, sim
também, achei a leitura extremamente cansativa! Enquanto O JANTAR foi lento,
porém curioso por dar “pitadelas” do que iria acontecer, CASA DE PRAIA COM PISCINA só foi lento.
Não nego, pensei em abandonar o livro ou deixar para o dia seguinte, pois
apesar de ter lido de uma só vez, o fiz porque já tinha tido uma experiência
anterior muito gratificante com o autor, então achei que iria acabar tendo uma
recompensa. Ela chegou, de fato, mas não de forma tão primorosa e intensa
quanto imaginei.
Quando finalmente o livro entrou em
seu ápice, a leitura ganhou outro fôlego, mas também não foi nada que mudou
drasticamente, pois achei que o autor poderia ter feito algo para causar um
choque maior, um impacto maior, como em O
JANTAR. Porém, daí até o final, o livro ganhou outro ritmo e prendeu minha
atenção, fazendo com que eu ficasse bastante curiosa. A revelação final me
deixou surpresa, mas as atitudes de Marc, como pai e marido, conseguiram me
deixar extremamente furiosa e decepcionada. O que não deveria ter acontecido, uma vez que desde o início ele demonstrou ser alguém completamente cínico e malandro.
Sei que o ponto chave da narrativa de KOCH
é trabalhar em cima da relação entre pais e filhos, e o que esse amor tão
grande é capaz de aceitar, proteger e encobrir, mas Marc foi um
personagem-narrador tão fraco e tão pouco cativante, que sua atitude não foi
chocante ou surpreendente, a mim, ficou parecendo mais que o personagem era
blasé e ficava tentando forçar o leitor a entender seu amor e suas atitudes, o
que não me convenceu.
Esperei por um novo encontro com KOCH
por muito tempo e com muita ansiedade, mas fiquei um pouco frustrada, não de
todo decepcionada, mas frustrada com o que encontrei em CASA DE PRAIA COM PISCINA. Ainda vou continuar esperando por algo
perturbador do autor, assim como O JANTAR, tenho fé de que ele conseguirá
atingir o mesmo nível de excelência novamente.
É complicado quando já lemos outro livro do escritos que amamos pois ficamos com uma expectativa muito alta. Talvez se não tivesse lido O Jantar a leitura teria sido melhor, talvez não. Apesar de não ser tão fã assim de thrillers, esse me parece interessante mas como mal ando com tempo, certeza que o largaria antes da páginas 200 rsrs
ResponderExcluirBeijos!
Eu quero mt ler esse, e apesar de tantas criticas ruins sobre ele, aindo quero ler! Tb estou doido para ler O Jantar :3
ResponderExcluirE eu sei mt bem como é esperar algo grandioso em um livro por ter encontrado algo grandioso em outro livro do mesmo autor e não achá-lo :(
www.cidadedosleitores.blogspot.com
Protagonista que não agrada é uma decepção mesmo. Uma pena que o livro seja um pouco lento e só ganhe um pouco mais de rapidez mais para o final. Boto fé que o autor ainda vai voltar a te agradar, como com o livro Jantar.
ResponderExcluirAbraços.
Minhas Impressões
OI! É muito ruim quando criamos expectativas em cima do próximo livro do autor e simplesmente acabamos frustrados. Não achei essa trama interessante, a sinopse não me agradou, imaginei exatamente o que parece que é o protagonista, alguém pouco cativante. Não gostei ainda mais ao saber que o ápice do livro só acontece após a página 200, muitos autores não conseguem segurar e acabam deixando o livro enfadonho.
ResponderExcluirOi Mari,
ResponderExcluirOlha um livro que demore tanto a prender e cansativo mesmo com um final bom, pra mim não cola muito. Sinceramente se um livro demora pra me pegar eu abandono. Só persisto se for necessário. Não vou colocaria lista de leitura. Mas desejo que seu próximo encontro com o autor seja melhor. Beijos Elis.
http://amagiareal.blogspot.com.br/
OI, Mari
ResponderExcluirO ruim, as vezes, de gostarmos muito de um livro de um autor, e que o próximo que vamos ler dele, já estamos com ótimas expectativas.
Talvez tenha só sido isso, muito entusiasmo. Confesso que ainda não conhecia o livro, mas acho que não pretendo ler.
livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br
Eu não li nenhum livro do autor ainda, mas conheço tua resenha e pelo visto a tua primeira leitura foi realmente incrível. Acredito que sempre será difícil ter uma experiência melhor ou ao menos igual a essa que você vivenciou, e talvez isso tenha acabado complicando um pouco tua leitura, por conta das altas expectativas, enfim, comigo isso é bastante comum. Mesmo assim vou conferir os dois livros e fazer meus próprios julgamentos.
ResponderExcluirMari!
ResponderExcluirTem vezes que nos enganamos com o autor. Faz um livro ótimo e depois outro bem abaixo da média...
Gosto dos livros que falam sobre as relações familiares, mas pelo visto, o livro é lento. Foi o que senti de sua resenha.
“Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.”(Sócrates)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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