RESENHA: A GAROTA NO TREM - Paula Hawkins (Ed. Record)

Olá, pessoal!

E vamos para mais uma resenha da RECORD. Hoje vou falar de mais um livro que me decepcionou: A GAROTA NO TREM da PAULA HAWKINS.

A GAROTA NO TREM

PAULA HAWKINS

Editora: RECORD             

Ano: 2015

Nº págs: 372

Gênero: Thriller

SINOPSE: Todas as manhãs Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas d’água, pontes e aconchegantes casas. Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes – a quem chama de Jess e Jason –, Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess – na verdade Megan – está desaparecida. Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos. 

Vi tanta gente, mas tanta gente, falando sobre esse livro da HAWKINS que estava com a curiosidade a mil para conferi-lo, ainda mais por ter lido na capa que quem gostou de GAROTA EXEMPLAR iria adorá-lo. Sou fã incondicional de GAROTA EXEMPLAR, mas achei a comparação completamente infeliz, pois o livro da PAULA é fraquíssimo!

Até a metade estava curtindo muito e gostando bastante, principalmente pelo fato de a protagonista ser alguém não confiável. Adoro protagonistas problemáticas que nos mantém sempre com os pés atrás em relação ao que contam, pois, por algum motivo, são pessoas a quem não devemos depositar nossa crença de olhos fechados. Foi o que encontrei em A GAROTA NO TREM e o que me manteve absorta na leitura, pelo menos até a metade do livro, porque, depois disso... Como ficou cansativo!

Depois da metade A GAROTA NO TREM passou por um repeteco sem fim! Tudo o que a narradora contava já tinha sido dito, quase tudo o que acontecia com ela já tinha acontecido e quase todos os motivos para não confiarmos nela já tinham sido expostos. Acredito que se PAULA tivesse dado uma enxugada nas eternas repetições, teria gostado um tantinho mais do livro. Ou ao menos não o teria achado tão enfadonho e aborrecedor.

Mas, para mim, o pior mesmo foi o final, completamente previsível! Por ter havido uma comparação com GAROTA EXEMPLAR, esperei por muitos momentos em que poderia dizer: “puta merda!, não acredito nisso!” ou ainda: “nossa!, jamais imaginei.” Mas não, durante o livro todo não tive nenhuma reação desse tipo e quando cheguei ao final, só consegui soltar um: “era óbvio que era isso.” Porque sim, tudo foi previsível!

O assassino = previsível

O motivo do crime = previsível

Algumas revelações de situações vividas pela protagonista = previsível

Algumas situações vividas por uma outra personagem feminina = previsível

Procurei não dar nome aos bois nessa resenha para não entregar nada, pois sei que existem pessoas que estão maravilhadas com A GAROTA NO TREM e outras tantas que pretendem lê-lo. Se uma pessoa habituada a livros policiais ler essa resenha e conhecer o mínimo que seja dos personagens, até mesmo seus nomes e a relação que mantêm entre si, vai matar na hora a charada do livro e olhar para a quantidade de páginas dele e dizer: “affff, tudo isso para SÓ isso?” e desistir da leitura.

A GAROTA NO TREM foi absolutamente fraco. Um livro que na metade supus tudo que se revelaria e que quando cheguei ao final, e tive tudo confirmado, deu uma raiva tremenda por não ter fechado o livro e partido para o próximo. Creio que HAWKINS só fez sua narradora ser alguém não confiável para tentar confundir o leitor, pois se a tivesse feito como alguém comum, bastaria alguns parágrafos para qualquer um acertar o desfecho. Fiquei muito brava com essa leitura tão simplória, principalmente por vê-la comparada com um livro tão grandioso e surpreendente como GAROTA EXEMPLAR, em que a surpresa não fica por conta do QUEM, mas sim do COMO e do POR QUE, um livro que me surpreendeu pela maldade intrínseca ao ser humano e pela genialidade de uma protagonista completamente perturbada e obsessiva. À A GAROTA NO TREM faltou muito pra que merecesse ser comparado, faltou muito para que merecesse esse furdunço todo. Sério, terminei a leitura sem compreender a razão de tanto “auê” em torno de um livro tão fraco. Aqui no blog ele entra sem dó para a seção de NÃO RECOMENDO.  

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