30 de setembro de 2015

RESENHA: A VINGANÇA DE MARA DYER - Michelle Hodkin (Ed. Galera)



Boa noite, gente!

Decepção não mata, mas também não é fácil de esquecer.

Hoje vou falar de um livro que simplesmente partiu meu coração de tão decepcionante: A VINGANÇA DE MARA DYER da MICHELLE HODKIN, lançamento da GALERA RECORD.

A Vingança de Mara DyerA VINGANÇA DE MARA DYER (vol.3)
MICHELLE HODKIN
Série: Mara Dyer
Editora: GALERA RECORD              
Ano: 2015
Nº págs: 378
Gênero: Prefiro Não Comentar ¬¬

SINOPSE: A série mescla paranormalidade, conspiração e romance para contar a história de uma adolescente com poderes especiais. Elogiada pelas autoras das séries Divergente e Instrumentos Mortais, Michelle Hodkin cria aqui uma trama surpreendente, onde nada é o que parece. Depois de descobrir que consegue matar apenas com o pensamento, assim como seu namorado é capaz de curar com a mesma facilidade, Mara Dyer é capturada por uma inescrupulosa médica, que a faz passar por uma série de testes e experimentos. Mas Mara não está sozinha. Outros jovens com poderes igualmente extraordinários são usados como cobaia. Com a ajuda deles, e de um velho inimigo, ela consegue fugir e parte em busca de vingança.

Sim, vocês leram certo, estou DECEPCIONADÍSSIMA com o fim da trilogia. E antes de me atirarem pedras, peço que, por favor, tentem compreender minhas razões.

Quando li o primeiro livro da série, achei que teria uma síncope. Para mim, era o livro mais diferente e inovador que já tinha visto, um livro que me deixou extremamente confusa e que me apresentou uma protagonista das mais brilhantes, uma garota tão perdida que fez com que eu passasse a sentir um amor enorme por todas as protagonistas não confiáveis que li desde então. A DESCONSTRUÇÃO DE MARA DYER me levou a um nível de loucura que beirava o absurdo, senti tantas coisas com a leitura que falei desse livro para meio mundo, mas o que eu mais gostava nele era o fato de não saber em qual gênero literário classificar o livro. MICHELLE fez tanto suspense que não conseguia saber se era um thriller psicológico, um drama, um suspense, ou se tratava-se de uma história de uma garota completamente insana que se mostraria psicótica. Não nego, torci vertiginosamente por esse último.

No segundo livro, A EVOLUÇÃO DE MARA DYER, a autora conseguiu manter o magnífico suspense, e mais uma vez terminei sem saber qual era realmente o gênero do livro. Mais uma vez fiquei apaixonada por essa confusão que ela criou, tanto que nem liguei para o romance que ela inseriu no livro, pelo contrário, fiquei fascinada por ele, coisa que não é do meu feitio, e Noah me conquistou em absoluto, mesmo porque, para mim, tratava-se de mais um personagem não confiável. Para abrilhantar mais o segundo livro, HODKIN inseriu algo que parecia pitadas de sobrenatural... Umas explicações estranhas sobre algumas coisas. Eu, mais uma vez, apostei todas as minhas fichas em que tudo era um devaneio insano de Mara Dyer, uma protagonista que até então era fascinante e que tinha todo meu amor e dedicação. Eu sei, eu me iludi por que quis, as pistas estavam lá para que eu tirasse a ideia da loucura da cabeça. Mas não consegui...

E então aguardei ansiosa pelo desfecho. Quase roí as unhas para aguardar o livro chegar aqui em casa. E na segunda, quando chegou, não descansei até finalizar, e a única coisa que consegui pronunciar ao fechar A VINGANÇA DE MARA DYER foi: “que merda de livro!”

Ainda estou perdida e sem conseguir entender como fui do céu ao inferno em poucos minutos, mas não teve absolutamente NADA nesse livro que me agradou. Mas irei por partes...

O romance, que havia me deixado satisfeita no segundo livro, foi totalmente CHATO nesse fechamento. Gente, quanta MELAÇÃO! Quanto desespero, e quanto amor! Foi demais para mim, não aguentei. Sério, quase desenvolvi diabetes, tão chato e tão presente foi. Pior, foi um romance clichê, e que ao final de tudo já tinha me cansado tanto que não me convenceu em nada ¬¬.

A história, que sempre parecia redondinha e perfeita, pareceu absurda. Sabe aqueles afastamentos da família que sempre comento com vocês? Pois é, a família de Mara estava presente nos outros livros, mas aqui... Bom, ela fez uma coisa e todo mundo se convenceu que era “normal” porque um amiguinho fez com que eles acreditassem nisso. Não dá para explicar essa parte sem spoilers, portanto, é o máximo que vou falar, mas as incongruências foram exorbitantes.

E agora vamos para o que mais me decepcionou: o gênero. Obviamente, não vou revelar a qual gênero a trilogia pertence, mesmo porque isso seria jogar um banho de água fria nos dois primeiros livros, apesar de que se eu soubesse previamente que seria esse gênero, talvez tivesse gostado bem mais desse fechamento. Mas não sabia e não gostei. Não gostei porque tive a ilusão de estar diante de um livro brilhante que tratava sobre a loucura humana, um livro que colocaria em xeque o que a mente humana é capaz de produzir e o que ela é capaz de nos fazer acreditar. Em todo o tempo acreditei que estaria frente a um livro que me levaria a uma profunda reflexão sobre a psique humana e como ela poderia ser destrutiva. Mas não foi nada disso, a trilogia fechou como sendo um livrinho de *** não vou contar, mas fiquei PUTA da vida com a simplicidade de tudo! Era uma trilogia divina, que poderia ter fechado de forma inteligente, mas optou por uma mesmice que já vimos em livros e filmes, uns beeeeeem famosos por sinal.

E falando em inteligência, para mim, Mara Dyer representava esse adjetivo. Apesar de suas confusões mentais, que não eram bem isso, a protagonista era genial ao meu ver, isso até esse terceiro volume, claro, quando ela resolveu criticar o livro O SENHOR DAS MOSCAS.

Sei que todo mundo tem direito a uma opinião e que nem todo mundo gosta das mesmas coisas, mas tive um problema sério com essa crítica, pois não consegui separar a personagem da autora, e não sei se a crítica era uma mera opinião da Mara ou se se estendia a opinião da própria HODKIN. Falar que um livro desses é “um livro chato e idiota que a escola mandou ler” é no mínimo bizarro para mim, o que me fez ver Mara como uma garota meio burra que não compreendeu as alegorias criadas por GOLDING. Quem ainda não leu esse livro, leia; quem não quiser ler, ao menos veja a adaptação de 1990. Esse é o tipo de livro que nos leva as mais profundas reflexões sobre a maldade humana, ao mesmo tempo em que nos choca com as atitudes dos personagens, pois todos eles são crianças, vivendo sozinhas em uma ilha e em uma situação limite. É um livro que choca qualquer tipo de leitor; e não, não gostei de ver o livro criticado por Mara, uma personagem que de início era tão fascinante e que depois passou a parecer uma garotinha “bocoió” apaixonada. Mas o que mais me irritou foi o tom dela ao fazer  crítica, parecendo que ela era uma grande especialista e que a palavra dela bastava. Aliás, muitas foram as passagens em que a palavra dela pareceu bastar. Sou extremista e não nego, Mara me fez pegar birra dela. O que já estava ruim depois de algumas páginas de revelações, ficou ainda pior depois disso. Portanto, só posso dizer uma coisa para Mara: “querida, desculpa, mas nosso relacionamento desandou!”

Fico triste em dizer todas essas coisas sobre o final dessa trilogia, ainda mais porque eu já a havia escolhido como uma de minhas preferidas da vida. Eu jamais imaginei que terminaria da forma como terminou, principalmente por ter sido uma trilogia tão inovadora, então, JAMAIS imaginei que a autora iria terminar com algo TÃO clichê ¬¬.


Mas, para aliviar quem ainda não leu, assumo que sou chata e que esperava muito mais, e que vocês não devem ir pela minha opinião, afinal, tem MUITA gente morrendo de amores pelo final da trilogia e considerando tudo o máximo. Mas, para mim, não funcionou. Senti que fui completamente enganada. Dei 2 estrelas e acho muito, de verdade. 


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9 comentários:

  1. Mari!
    Tenho a maior vontade de ler essa trilogia, justamente porque pensei que mexia com nossa psique e nos faria quebrar paradigmas...
    Triste quando uma série não termina a contento, a mim passa a impressão de que perdemos tempo.
    Não posso falar porque não li nenhum dos livros, mas ainda tenho vontade.
    “A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente.”(Soren Kierkegaard)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    Participem do nosso Top Comentarista, serão 3 ganhadores!

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  2. Eu sou louco para ler a trilogia de Mara Dyer, comecei em e-book, mas parei pq qro ler em livro fisico :)
    Uma pena q vc n tenha gostado do final. Ainda n li, entao n posso concordar ou discordar.
    Mas ainda quero mt ler!

    www.cidadedosleitores.blogspot.com

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  3. Oi! Uma pena que a trilogia não te conquistou. Achei interessante desde o primeiro livro e fiquei com vontade de ler, as capas são arrasadoras e parecem passar a ideia do livro. Acho que posso apostar que a explicação para tudo tem um lado sobrenatural, onde nada faz sentido. Essa personagem parece realmente ser conquistadora e, sobre o romance, acho que eu não teria problemas com isso.

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  4. Nunca ouvir falar desse trilogia, nem mesmo em resenha. Sério. A história me parece interessante, mas se ela era capaz de matar com o pensamento como foi levada? Tipo, essa simples sinopse me deixou com muitas dúvidas. E a resenha, me deixou curiosa e ao mesmo tempo, nada empolgada para ler a trilogia.
    Enfim, sei como é horrível se decepcionar com isso, mas responda só pra mim, qual é o gênero do livro? :p
    Beijos!

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  5. É bem triste ler essa resenha, na verdade. Sempre que eu leio uma sinopse sobre essa trilogia ou alguma crítica ela é sempre positiva e impressionada. Gosto das tuas opiniões exatamente por isso: elas nos abrem os olhos. Continuo achando a história incrível, os elementos que a autora conseguiu inserir surpreendentemente encaixados, e os protagonistas irresistivelmente confusos, mas fiquei mais com o pé no chão com relação, principalmente, o desfecho da trilogia. Mas não vou negar que essas capas são uma das mais lindas que já vi!

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  6. Oi, Mari
    Nossa, que ruim terminar uma trilogia assim, com essa sensação de que foi tudo em vão.
    Confesso que não tenho vontade de ler esses livros, e agora muito menos.
    A leitura já não se torna proveitosa quando se pega birra da personagem.

    livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

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    1. Estou comentando hoje, pois a postagem foi ao ar ontem 21h59 (esse horário estou na faculdade). :( Espero que ainda possa ser contabilizado, comentei com carinho o mês inteiro.

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  7. Minha nossa, minha nossa....simplesmente sinto muito Mari, caramba ficaria que nem você se eu lesse e tivesse as mesmas impressões. E olha vou te dizer uma coisa, quando um escritor ou personagem do escritor, crítica uma obra que gostamos, realmente dá vontade de fechar o livro e dizer, olha se é pra falar assim como se somente você estivesse certo, não vai rolar. Valeu..>Fui.....shauhsuahsa....já cometi um pecado literário, joguei tirinhas de um autor fora, porque ele pode até ser irônico, mas vi nas palavras dele a inveja que ele tinha dos grandes autores nacionais. E bem o que me faz mal, não faz bem a ninguém. hsuhaushaush....capaz minha cachorra roeu as bordas e eu fui ler pra ver se ia manter ou descartar. E ai quando vi isso, só olhei pra ela e disse: - Tu sabia que era ruim né? Por isso destruiu...kkkkkk....Espero que as próximas leituras sejam melhores. Beijos Elis!!!

    http://amagiareal.blogspot.com.br/

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  8. Há Mari....desculpa...mas olha quando leu o título devia ter previsto que ela se vingaria. shauhsuahsuhau...não podia perder essa. Te mais. Beijão.

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