20 de maio de 2015

RESENHA: DIAS INFINITOS - Rebecca Maizel (Ed. Galera Record)



Bom dia, pessoal.

Hoje tem mais resenha da GALERA RECORD. Confiram agora o que achei de DIAS INFINITOS da REBECCA MAIZEL.

Dias InfinitosDIAS INFINITOS (vol. 1)
REBECCA MAIZEL
Série: Rainha Vampiro
Editora: GALERA RECORD              
Ano: 2015
Nº págs: 384
Gênero: Sobrenatural

SINOPSE: Cansada de passar seus infinitos dias perseguindo e matando vítimas inocentes, Lenah Beaudonte, uma poderosa vampira da era vitoriana, decide abandonar seu coven de comparsas decadentes e transformar-se em humana. Mas o ritual capaz de transformá-la é extremamente perigoso. É necessário que um vampiro se sacrifique por ela, e não só isso; Lenah precisará passar 100 anos hibernando. Felizmente, Rhode, o grande amor da vida dela, resolve se sacrificar para realizar esse sonho. E a transformação é bem-sucedida. Após 592 anos, Lenah acorda em um corpo humano, na prestigiosa escola particular Wickham, em Massachusetts. Ela está completamente sozinha em outro século e precisa aprender a viver no mundo moderno, como uma adolescente comum. E justamente quando Lenah parece ter se adaptado à nova vida, feito novos amigos e até arrumado um namorado, o passado volta para assombrá-la. Seus ex-companheiros vampiros embarcam em uma caçada mortal para encontrá-la e capturá-la. Agora não só Lenah, mas todos que ama correm perigo. Será que ela conseguirá escapar e salvar os amigos sem revelar seu maior segredo?

Admito que a primeira coisa que me interessou em DIAS INFINITOS foi a capa. Foi praticamente impossível não ficar babando nela. Depois de conferir essa lindeza, fui ler a sinopse, e apesar de ser um livro de vampiros e de eu estar meio de saco cheio deles, resolvi que queria encarar a leitura e ver se me apaixonava por uma nova série de dentuços, já que as duas últimas que tentei ler, DIÁRIOS DO VAMPIRO e ACADEMIA DE VAMPIROS, foram decepcionantes e me fizeram abandoná-las. Infelizmente, após finalizar DIAS INFINITOS decidi que vou abandonar a série também.

Tive vários problemas com o livro durante a leitura, mas o principal foi o romance, que foi igual a tantos outros de livros adolescentes. Muitas vezes tive a sensação que a autora só escreveu um livro de vampiros para não soar mais do mesmo, mas a mim continuou sendo puro repeteco.

A protagonista, Lenah, foi bem chatinha, o tipo de personagem que não suporto. Ela era infeliz como vampira, deslocada como humana, e de uma melancolia extrema. Não nego que dei algumas risadas com a personagem, principalmente quando ela se deparava com algum coisa de nosso mundo a qual não tinha conhecimento por ter passado os últimos cem anos hibernando, essas partes foram realmente engraçadas e salvaram o marasmo do livro, mas não salvaram a personagem, que viveu página atrás de página em um romance adolescente. Sei que a Lenah é uma garota de 16 anos, mas ao lembrar de sua existência como vampira, lembrar de seus mais de 500 anos, e ter muitas atitudes e respostas maduras em determinadas situações e conflitos, então ela também deveria ser assim em relação ao amor, já que deveria ter aprendido tanto com esse sentimento enquanto estava na situação vampírica, mas não, a personagem se comportou como se tivesse exatos 16 anos nesse quesito. Outra coisa que me incomodou nela foi o fato de parecer folgada e usar dois outros personagens, o primeiro, Rhode, o vampiro que a transformou e que se sacrificou por ela, e o segundo, Tony, o amigo que ela faz no internato e que pareceu fazê-lo de bobo em diversos momentos.

Falando em internato, as partes na escola foram uma chatice! REBECCA se deu ao trabalho de repetir toda a dinâmica adolescente que já lemos em tantos livros: o grupinho das ricas e populares que humilham os outros, os rapazes esportistas que conquistam as garotas, a garota diferente que chega depois e rouba o namorado de uma das populares... Tudo igual sempre. Até mesmo os xingamentos se repetiam, e não apenas porque os vimos em vários outros livros, mas mesmo em DIAS INFINITOS eram um repeteco sem fim. Por exemplo, perdi as contas de quantas vezes a palavra “piranha” foi dita.

Gostaria de escrever aqui nessa resenha que as partes que contam sobre o passado de Lenah e seu conven salvaram a leitura, e até admito que as primeiras passagens que retomam ao passado foram interessantes, mas não demorou a sempre voltar a falar do triângulo amoroso que ela viveu enquanto vampira.

Uma ponto decepcionante foi a imensa demora para ter alguma ação no livro, porque não considero o detalhamento dela como bibliotecária, ou a descrição de como ela agia nas aulas, ou num passeio de barco ou em outro para pular de bungee jumping, ação. Para mim, a ação começaria quando o coven fosse caçá-la. O problema é que até a página 150 essa parte nem deu as caras de parecer que iria acontecer. Depois disso, algumas situações interessantes passaram a acontecer com Lenah, prenunciando o que estaria por vim, porém, após a página 200 ainda era só isso, um prenúncio!

Fiquei bastante irritada com DIAS INFINITOS porque pensei que seria um livro que exploraria a mitologia dos vampiros, e não que os colocaria como vampiros tão antigos que mal se consegue saber a descendência ¬¬ (faz favor né!). A verdade é que é apenas mais um livro de amor adolescente e o mote sobrenatural foi inserido só para tentar ter um diferencial, e digo tentar, pois, para mim, a autora falhou em sua tentativa, não vi nada de diferente no triângulo amoroso apresentado nas vidas de Lenah que já não tenha lido em tantos outros livros, com vampiro ou não.


Não sei vocês, mas quando me proponho a ler um livro com vampiros, quero saber sobre o passado, como surgiram, como se camuflaram durante tantos anos, como fazem para saciar sua sede de sangue, como conseguem conviver com humanos, etc. Não busco esse tipo de livro para ler sobre romance, mesmo porque CREPÚSCULO já me serviu a esse propósito, e não digo isso como crítica, pois na época em que li adorei o livro, o problema é que os autores não desistem de querer fazer a mesma coisa. Gente, chega! Voltem aos vampiros sanguinários, destruidores, malvados e fodões. Mesmo em CREPÚSCULO tivemos um diferencial ao retratar os vampiros, que foi o fato de eles poderem andar a luz do dia, desde que estivesse nublado, pois o sol os fazia brilhar. Sim, pode ser brega, mas foi um diferencial, enquanto que em muitos livros os autores só vomitam características tão conhecidas desses seres e criam um romance que é “questão de vida ou morte”. Para mim, estes livros estão virando questão de continua ou larga, e DIAS INFINITOS foi mais um que larguei. Não deu para mim.


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4 comentários:

  1. Uma pena que o livro seja clichê e a protagonista tão irritante. Ninguém merece um protagonista irritante!
    É, apesar de todas as críticas Crepúsculo é um livro original. E é isso que mais rende elogios para um bom livro: a originalidade.

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  2. Ai!
    Pelo jeito esse livro reúne duas coisas que eu detesto: o clichê adolescente + vampiros.
    Também achei a capa bem instigante, mas já na sinopse já percebi que não seria pra mim.

    Beijos!

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  3. Eita Mari!
    A capa realmente é bem atrativa.
    E confesso que sou apaixonada pelos vampiros e mesmo que na sua visão seja mais do mesmo, gostaria de poder ler, é que gosto de observar as diversas abordagens dadas pelos autores aos vampiros.
    Arriscaria a leitura.
    “Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente inferiores; não receies corrigir teus erros.” (Confúcio)
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  4. Nossa lendo a sinopse pensei que esse livro ia ser bom..apesar dos vampiros hahaha.

    Acho tão cansativo esse livros todos iguais...parece que as pessoas perderam a criatividade... uma pena!!! Mas as vezes entendo, já que qurendo ou não essa temática vende...

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