Muito boa tarde, pessoal!
Sei que aos sábados vocês esperam um post da seção LISTA, mas como estive
muito enrolada nessa semana, não consegui prepará-lo. Então, para não deixá-los
sem postagem, vocês vão poder conferir a resenha de BRUTAL, primeiro livro da série policial do autor LUKE DELANEY, lançado pelo selo FÁBRICA 231 da ROCCO.
LUKE DELANEY
Editora: FÁBRICA 231
Nº págs: 416
Gênero: Policial
SINOPSE: O que levaria alguém a golpear outra pessoa na cabeça e, na sequência,
esfaqueá-la 77 vezes? O garoto de programa Daniel Graydon jamais imaginaria que
encontraria tamanha perversão nos clientes com quem saía. Mas viu seu fim se
aproximar ao ir contra sua regra de ouro: nunca levar os homens para casa. Seu
parceiro sexual e algoz, porém, tinha algo de sedutor e era difícil recusar a
proposta de uma noite regada a sexo, e muito bem paga. Daniel tornara-se apenas
uma das vítimas de um personagem sombrio, cuja pulsão pela morte o levava a
matar com regularidade e método. Cada morte representando um passo adiante no
aperfeiçoamento da macabra arte de tirar vidas: cruel, dolorosa, limpa e sem
pistas. Um desafio para a polícia de Londres e sua divisão de Crimes Graves do
Grupo Sul, liderada pelo atormentado detetive-investigador Sean Corrigan.Brutal
é o primeiro thriller policial de Luke Delaney, que serviu por muitos anos na
polícia londrina investigando crimes diversos, dos cometidos por assassinos em
série aos resultados de conflitos entre gangues e máfias. Nos livros de
Delaney, Sean Corrigan é o herói que encarna a missão de desvendar mortes e
descobrir quem os cometeu, e fazê-los pagar. O violento passado do detetive fez
com que ele desenvolvesse a incrível habilidade de reconhecer o mal onde quer
que ele esteja. Ele sabe que precisa ser rápido o bastante para evitar que o
assassino faça sua próxima vítima.
Assim que o lançamento de BRUTAL
foi divulgado, fiquei interessada, pois como vocês sabem, sempre me interesso
pelas novidades no gênero policial. Quando o consegui em uma troca, explodi de
felicidade e não demorei a me aventurar em suas páginas. O enredo me conquistou
logo de cara, pois, se tem uma coisa que adoro, é acompanhar o trabalho da
polícia para pegar assassinos de acordo com seus modus operandi, mas esse
serial killer é completamente diferente, mesmo porque, ele não repete o modus
operandi e nem mesmo investe contra um só tipo de vítima, o que fez a polícia
ficar por muito tempo no escuro.
Já que esse enredo principal já me cativou de cara, preciso adentrar em
outros aspectos do livro que fizeram o mesmo, e aqui sou obrigada a falar sobre
Sean Corrigan, o protagonista e investigador, que desde sua primeira aparição
me fez cair de amores. O que gostei muito no personagem foi o fato de ele
passar a impressão de ser fodão, mas mesmo assim cometer erros, acho que isso
humaniza muito o personagem e o aproxima do leitor. Ele foi bastante bem
moldado nesse quesito, sendo rígido quando necessário e sabendo ouvir as ideias
dos companheiros quando elas surgiram, e apesar de ser o chefe da investigação,
soube sempre ser humilde para reconhecer seus erros. Apenas duas coisas não me
deixaram 100% satisfeita com o personagem. A primeira, o fato de ele saber quem
são os malvados só de olhar porque passou por traumas na infância e consegue
ver a maldade alheia. Ok, não vou dizer que achei isso forçado, porque não
seria bem essa a palavra que procuro, mas acho que para acreditar piamente
nessa vertente, gostaria de ter visto o passado do personagem melhor trabalhado
e mostrado de forma mais intensa, pois algumas vezes foram dadas algumas
pinceladas apenas, o que não me deixou convicta de seus “dons” de observação. O
segundo ponto que não gostei, e na realidade nem tem a ver com a personalidade
de Sean, foi a esposa dele. Se tem uma coisa que me irrita são essas esposas de
policiais que só sabem reclamar que o marido está sempre fora trabalhando e não
dão atenção a ela e aos filhos ¬¬ Se ela conhecia o sujeito e ele já tinha essa
profissão, por que casou com ele? Por que resolveu ter filhos com ele? Mas o
que mais me emputeceu nessa esposa é que ela começou o livro apoiando-o
completamente e dando uma de compreensiva, mas com o passar dos acontecimentos
ficou chata e insuportável, enchendo Sean de cobranças. Chegou um momento na
leitura em que eu só não pulava as partes em que ela aparecia porque ficava na
esperança de ver Sean ser grosseiro com ela e dar uma resposta merecida. Enfim,
minha opinião é a de que se não fosse essa mulher, Sean teria sido um
profissional muito mais intenso, e talvez até me convencesse de seus “dons” de
ver a verdade por trás das pessoas.
Outra situação que comecei adorando e terminei por me irritar conforme
lia, foram as aparições do assassino. Gosto, e MUITO, quando eles ganham voz na
trama e têm um espaço em primeira pessoa, e esse foi mais um dos pontos que
atraiu minha imediata atenção em BRUTAL.
No começo, quando o matador deu as caras, achei o personagem extremamente interessante,
o que por muitas vezes me impulsionou a não parar de ler o livro, mas depois de
algum tempo, o assassino começou a se prolongar demais em suas palavras e a soar
extremamente filosófico, o que me irritou bastante em relação a ele.
Mas, ainda sobre esse vilão, preciso dizer que também fui conquistada.
Tirando essa partezinha chata de que falei, ele foi primoroso e bastante
especial para a trama. Não nego que algumas coisas em relação a ele foram
previsíveis, principalmente sua identidade, mas isso não afastou a
grandiosidade da trama que DELANEY
criou, mesmo porque, BRUTAL
impressiona muito pela riqueza de detalhes, seja da investigação, dos corpos,
ou da vida dos personagens. O autor não economizou palavras e justamente por
isso tornou tudo bastante verossímil.
Para mim, tirando os dois pontos negativos que apontei acima, BRUTAL foi um livro impecável, e mereceu
as 5 estrelas que dei. Estou muito curiosa para conferir o próximo livro,
principalmente pela forma como terminou um aspecto da vida particular de Sean,
quero ver o que DELANEY preparou
para ele. Quem gosta do gênero, não vai querer perder!
Não deixem de passar no blog amanhã para conferir um surpresa envolvendo BRUTAL ;)
Mariiiiii quanto tempo...
ResponderExcluirEstou querendo ler esse livro faz um tempo...li resenhas dele e me despertou interesse... basta agora ter tempo e dinheiro para lê-lo hehehe vamos ver!!
Fer, vale a pena, sério! Não vejo a hora do próximo chegar *___*
ExcluirBjs
É Mari!
ResponderExcluirUm detetive que desvenda de primeira o culpado e um assassino filósofo deve ser um diferencial em um livro policial. Não sei se chega a ser um ponto negativo, depende do contexto e para isso terei de ler o livro.
Bom descanso!
“Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana.” (Teilhard de Chardin)
Cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Oi, Rudy, ele não desvenda logo de cara não, mesmo pq o assassino é meio esperto demais, hahahaah.
ExcluirBjs
Sou apaixonada por livros desse gênero!
ResponderExcluirDeve ser bem mais fácil escrever sendo que o autor já passou anos convivendo diariamente com isso, né? Não diria exatamente "fácil", mas deve ser muito bem detalhado por causa disso. Ele já estava na lista de desejados e agora só estou desejando ainda mais!
Obs: ah, esses personagens secundários! Sempre tem que ter alguém pra atrapalhar o andamento do caso (a esposa, rs). E acho que o fato de ele "identificar o mal" com tanta facilidade é algo meio irritante, principalmente se os traumas não são bem expostos, como você disse.
Beijos!