Bom dia,
pessoal.
Vou finalizar
esta semana com resenha de livro policial. Vocês sabem que eu AMO o gênero e
que gostaria de ler todos os já lançados no mundo. Como tal feito é impossível,
na maioria das vezes opto por livros de autores que já conheço, mas claro que
também adoro conhecer novos nomes. O problema é que cada vez que conheço um
novo autor de policiais eu acabo me afeiçoando a ele e querendo ter a coleção
completa.
Hoje vou
falar sobre O ÚLTIMO GRITO, da LISA JACKSON, lançado ano passado pela BERTRAND BRASIL. Com relação à LISA fui à contramão do que acabei de
falar no parágrafo acima. Vi tanta gente falando bem da autora que corri para
ter minha “coleção” dela (de apenas três livros lançados, por enquanto), mas
ainda não havia lido nada da autora. Quando consegui a parceria com a BERTRAND pensei: “é agora LISA JACKSON!” e fiquei super
entusiasmada quando O ÚLTIMO GRITO, o 3º que faltava para minha coleção, chegou.
SINOPSE: Prosperity, Oregon, 1977. Um incêndio mortal
no moinho da abastada família Buchanan faz Cassidy, filha caçula de Rex
Buchanan, dono da propriedade e de metade da cidade, ver sua adolescência e seu
amor serem levados pelo fogo. O incêndio foi criminoso e houve vítimas fatais,
mas sua autoria nunca foi descoberta, e o caso nunca foi resolvido. Dezessete
anos depois, determinada a enfrentar seus demônios e a sair em busca da
verdade, ela retorna a Prosperity. Mas, em vez de respostas, outro incêndio
aterrorizante e um assassinato acontecem. Intrigados com a coincidência entre a
presença de Cassidy e as duas tragédias, alguns moradores começam a especular
se ela seria a vítima que teve sorte de sobreviver ou a culpada.
Ao ler a
sinopse e os tantos elogios à autora, comecei a ler o livro de forma
desesperada. Eis que se deu o problema. Não sei se foi pelo excesso de
expectativa que depositei nela, mas, infelizmente, não me senti atraída pela
história.
O livro é
dividido em duas partes: a primeira, que conta a história da família de Cassidy
em 1997; as tragédias e mortes que se abateram sobre seus familiares e amigos,
o incêndio criminoso na fazenda de seu pai, etc. E a segunda parte, que conta a
história de Cassidy 17 anos depois do primeiro crime, mas envolvida em um novo
incêndio.
Preciso dizer
que ao ler o prefácio eu fiquei chocada! Adorei cada palavra escolhida e fiquei
em êxtase ao ver que o primeiro contato que estava tendo com o livro era com o
criminoso. Aliás, durante todo o livro, o incendiário vai se manifestando, e
isso que serviu para fazer com que eu lesse até o fim. Claro que pelo uso das
palavras, a forma como fala, os pensamentos, etc, conseguimos perceber qual o
sexo da personagem e por conta disso, e pelo fato de o livro não ter diversos
personagens (como é comum nos livros policiais), no meio dele conseguimos ter
certeza sobre quem é o assassino, o que não fica claro, e nos faz rodar em
círculos de especulações, é o motivo; que quando revelado nos deixa CHOCADOS,
pois são imensamente fortes.
Sei que falei
logo no começo que não gostei do livro, mas que fiz diversos elogios agora, a
realidade é que tirando esses fatores que citei, achei o livro pobre em seu
conteúdo policial e com páginas demais sobre romance, romance, romance e sexo,
sexo, sexo.
A idéia do
livro, do crime, dos motivos e o assassino são geniais, mas completamente
possíveis de serem BEM desenvolvidas em 300, 350 páginas, não em 600 como
foram utilizadas.
A primeira
parte do livro quase me fez desistir. A sensação era de estar lendo um romance
de época com mocinhas “dadas” e (muitas) cenas de sexo ardente. Aliás, uma das
personagens só pensa nisso, só fala disso e por saber ser linda se atira em
cima de todos os homens. A primeira parte foi realmente um tédio, e a leitura
foi lentíssima. Porém, como havia lido muitas resenhas positivas sobre o livro,
e quase todas citavam a segunda parte como sendo ótima, decidi que persistiria
na leitura.
O começo da
segunda parte de fato me agradou bastante. Um novo incêndio, o mesmo modus
operandi, e aí o livro realmente ganhou um tom mais investigativo, o que fez
com que eu devorasse as próximas 100, 150 páginas, e foi aí que a morosidade
voltou. Mais uma vez a narrativa se tornou lenta, enfadonha, cheia de
enrolações e sexo, sexo e mais sexo.... O
ÚLTIMO GRITO é um livro policial, mas a sensação de estar lendo um romance
de banca não abandonou a história. Além do sexo, era sentimentalismo pra cá,
paixão para lá, lembranças infinitas de amor, etc. E eu, igual a uma
desesperada querendo ver crime e investigação.
Ao longo de
toda essa embromação, várias revelações interessantes foram feitas, o que nos
faz chegar cada vez mais perto do personagem que é culpado, mas a coisa já
estava TÃO enfadonha que foi impossível dar o devido valor a elas. Meu
interesse no livro só voltou quando os motivos passaram a ser revelados e
confirmou minha suspeita sobre o criminoso, só que quando isso aconteceu, já
era o fim e faltavam menos de 20 páginas para terminar a história.
Minha
consideração final é que O ÚLTIMO GRITO
seria um livro perfeito se enfatizasse menos os relacionamentos amorosos e
fixasse mais na idéia criminal e investigativa, que é o que se espera de um
livro policial.
Contudo,
diante de tantos elogios que vejo para a autora, não pretendo desistir dela só
por um primeiro contato. Darei mais duas chances a LISA, com CHAMA FATAL e CALAFRIOS. Espero que a autora me
conquiste, do contrário, será uma coleção a menos de livros policiais a fazer,
e eu odeio me desfazer deles :(
FICHA DO LIVRO
LISA JACKSON
Ano: 2011
Nº págs: 602
Gênero: Policial, Suspense
Eita, acho que irei gostar! Adoro mistérios e suspenses, pena que personagens morrem!
ResponderExcluiramiga, se prepare então para CALAFRIOS ... esse sim é de arrepiar!!!
ResponderExcluirNossa eu amei o livro,justamente por misturar amor ,sexo,suspense kkkkkk,não consegui parar de ler.Estou louca para ler calafrios
ResponderExcluir