13 de fevereiro de 2011

STEPHEN KING

Boa tarde pessoal.

Estou estreando hoje meu blog e como não poderia deixar de fazer, abri uma seção especial a um dos meus autores preferidos: STEPHEN KING.



Para poder compartilhar com vocês meu amor (ou vício) pelo autor, todo dia 13 teremos uma nova resenha.

Hoje começo com uma breve biografia e curiosidades sobre o autor e algumas de suas obras e com a resenha do meu livro preferido. A ZONA MORTA.



Stephen Edwin King nasceu na cidade de Portland (EUA) em 21 de setembro de 1947.É conhecido como o mestre dos contos de horror fantástico e ficção de sua geração.
O amor do autor pelo gênero terror surgiu ainda na infância, com a leitura dos quadrinhos EC's horror comics.
 De 1966 a 1971, King estudou Inglês na Universidade do Maine, cidade em que mora até hoje. Lecionou  inglês na cidade e começou a escrever histórias curtas, a maioria para revistas masculinas.
King foi alcoólatra por mais de uma década e baseou o personagem Jack Torrance, do livro O Iluminado, nele mesmo. Por volta de 1980 ele cortou o álcool de sua vida e mantém-se sóbrio até hoje.

O primeiro livro publicado de King foi Carrie, a estranha de 1974.O autor escreveu Carrie, mas não gostou do resultado, e jogou tudo no lixo. Sua esposa pegou o manuscrito no lixo, leu e adorou. Foi ela quem fez King levar o livro até um editor que decidiu publicá-lo. O livro foi um enorme sucesso e alçou King da pobreza e obscuridade a riqueza e fama.
Em 1976 o livro ganhou adaptação cinematográfica com direção de Brian de Palma. O clássico já fora adaptado para um musical, na Broadway, em 1988.
É um dos livros freqüentemente banidos nas escolas americanas (o filme foi banido na Finlândia). - Escrito no famoso estilo Romance Epistolar.

Em 1977, King lança O Iluminado. Livro que o tornou mundialmente famoso e que ficou imortalizado com a versão cinematográfica dirigida e produzida por Stanley Kubrick em 1980Para escrever a história de Jack, King, querendo mudar a localização de sua história do Maine para outro lugar, abriu um atlas geográfico na cozinha e aleatoriamente apontou o lugar em que aconteceria sua próxima história, Boulder, Colorado, King fez as malas e se mudou para lá. No Colorado, King e sua esposa se hospedaram no Hotel Stanley. Eles quase não conseguiram, pois o hotel iria fechar, devido ao término da temporada. Assim, os dois ficaram sozinhos no lugar, eles se hospedaram no quarto 217, cuja lenda diz ser assombrado. Foi de onde ele tirou a idéia para o livro.
Na mesma noite, sonhou com seu filho de três anos sendo perseguido pelos corredores por uma mangueira de incêndio. Ele acordou tremendo e suando frio, e quase caiu da cama, resolveu acender um cigarro, e antes do cigarro acabar, ele já tinha feito o esqueleto do livro em sua mente.
King, ex-alcoólatra, pôs muito de seus próprios demônios interiores no personagem Jack Torrance. 
        Bill Thompson, editor de King, disse que temia por O Iluminado, pois ele marcaria Stephen como um escritor de horror. King se sentiu elogiado por isso.

Depois de O Iluminado, muitos livros de King alcançaram grande sucesso e tiveram diversas adaptações para o cinema e televisão. Ao longo dos anos King mostrou-se um autor versátil e conseguiu romper as barreiras que o denominaram um escritor de horror. Um sonho de liberdade, conta comigo, zona morta, eclipse total, dentre outros, são exemplos de seus dramas que alcançaram grande sucesso.

Em 1996 uma nova geração de leitores vem conhecer King justamente por conta de um de seus dramas. À espera de um milagre, inicialmente lançado como O corredor da morte. A história se passa nos anos 30, John Coffey, um gigantesco negro é condenado injustamente à cadeira elétrica, vai para a prisão de Cold Mountain pelo assassinato de duas meninas gêmeas, esperar pelo dia de sua execução. O simpático e covarde homem aos poucos conquista a afeição dos guardas do presídio, que começam a desconfiar da culpa de Coffey. O estopim acontece quando Coffey demonstra que pode realizar incríveis milagres. Uma história que exige uma grande reflexão de nossa existência neste mundo. Adaptado para o cinema em 1999 foi um grande sucesso apesar de suas três horas de duração e angariou 4 indicações ao Oscar.

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RESENHA: A ZONA MORTA



Zona Morta(1979) é mais um livro do mestre do horror e da fantasia Stephen King. Lançado pela primeira vez no Brasil em 1985 pela editora Abril Cultural, ganhou em 2008 um repaginamento total da editora Objetiva, editora que detém hoje os direitos autorais de King no Brasil.
Zona Morta foi o primeiro livro que fez com que King começasse a permear pelo universo do drama; até então, o autor reconhecia o sucesso com obras diretamente ligadas ao terror:Carrie (1974); A hora do vampiro (1975); O iluminado (1977);Sombras da noite (contos - 1978) e A dança da morte (1978).
Enredando por esse novo gênero, temos um King que deixa pra trás a narrativa do medo e do susto, para colocar-nos diante de um King capaz de escrever um drama pessoal descrito de forma tão profunda, que temos a sensação de estarmos “vivendo” o livro, fazendo com que passemos dias e dias remoendo sua história.
Zona Morta conta a história de um professor de inglês (John Smith) que, um dia ao voltar para casa após um passeio em um parque de diversões, sofre um acidente automobilístico e fica em coma por quase cinco anos. Quando John acorda, ele e os médicos percebem sua incapacidade para reconhecer certos objetos. Parte de seu cérebro foi afetado; e a essa parte danificada dá-se o nome de zona morta. Mas essa zona morta do cérebro de John abriga mais que memórias esquecidas, ela fez com que John desenvolvesse a capacidade de quando tocar em uma pessoa saber do seu passado e ver o seu futuro. Assim, ele ajuda as pessoas e as avisa de perigos; avisa a enfermeira do hospital que sua casa está pegando fogo; e até ajuda a polícia a descobrir um estuprador pedófilo.
Por causa desse dom ele torna-se reconhecido e popular, ao que vê sua vida virar de cabeça para baixo; desempregado e com oportunistas à sua porta, John muda de cidade para procurar uma nova vida sem suas vidências.
Começa a dar aulas particulares a um garoto de família rica, mas que tem dificuldade de aprendizagem. O professor passa então a morar com essa família e se vê livre de seu dom por um tempo. Porém, na formatura do garoto ele vê que um acidente vai acontecer e alerta a todos. Muitos não lhe dão ouvidos e vão à festa e acabam morrendo. John mais uma vez fica perturbado com seus poderes.
Quando, em um comício, ele aperta a mão do candidato Greg Stillson, fica atormentado com o que vê. Greg levará o mundo a uma guerra nuclear e só John pode impedi-lo e só há uma maneira para isso: a morte.
Com esse novo gênero King conquistou uma legião de fãs, pois, seus fãs do terror adoraram a obra, e aqueles que não gostavam do gênero horror passaram a ter grande admiração pelo autor.
Zona morta tornou-se tão famoso que, além do filme de 1983, intitulado A hora da zona morta, dirigido por David Cronenberg e com Christopher Walken no papel de John, em 2007, vinte e oito anos após o lançamento do livro, foi criada uma série televisiva baseada do livro, que já conta com seis temporadas. No Brasil a série é conhecida como O vidente e foi exibida pelo SBT em 2010.
Assim como Machado de Assis é considerado, por muitos, melhor contista a romancista, creio que King, apesar de seu título de mestre do horror, sobressai-se muito mais escrevendo dramas, tanto que, após o lançamento do pioneiro Zona Morta, King arriscou-se muitas outras vezes pelo gênero dramático e acabou por agradar muito mais o público e a crítica do que com seus livros de derramamentos de sangue e sustos constantes. Um exemplo desse sucesso foi À espera de um milagre, livro de 1996, que se tornou filme homônimo em 1999 com Tom Hanks no papel principal. King viu sua popularidade chegar às alturas com esse romance. Curiosamente, as adaptações cinematográficas baseadas na obra do mestre, tendem a ter uma qualidade muito superior quando se trata exatamente desses dramas, deixando muito a desejar quando adaptam suas obras dirigidas ao horror, como por exemplo: Christine, o carro assassino; Cemitério Maldito; A Colheita Maldita; dentre outros.
Considerado um dos maiores autores norte-americanos, King é hoje, segundo a revista Forbes, o terceiro escritor mais bem pago do mundo, e tem suas obras publicadas em mais de 40 países.
King é tão reconhecido, que, nas escolas americanas ele é um dos autores estudados em literatura contemporânea, assim como é estudado nos cursos superiores de Inglês (Letras no Brasil).
Com uma narrativa fácil e que leva ao sentimental, Zona Morta é capaz de arrancar lágrimas e soluços de qualquer leitor. Com grande maestria King descreve um John Smith de forma tão singular, sentimental e real, que nos faz ter a sensação que John poderia ser nosso vizinho, nosso colega, ou qualquer conhecido, fazendo com que nos sintamos intimamente ligados aos sentimentos do personagem e ao drama de sua vida. Com certeza um livro a ser lido, devorado, apreciado e chorado por todos. 

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3 comentários:

  1. Se você me disser que A Zona Morta não tem nem um pouquinho de terror (porque eu sou muito frágil), eu compro. Sou super medrosa mesmo, a coisa mais aterrorizante que li foi O Jogo do Anjo.
    Beijos,
    Tarsila

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  2. Pode ler sem medo!!!
    Não tem terror... O próximo livro resenhado do King que vai ter :D

    Mas Zona Morta você vai amar!

    Depois que ler volta aqui pra contar o que achou.

    Beijooos

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  3. Oi, acabei de conhecer o seu blog e fiquei surpreso ao ver que no seu primeiro post você abriu falando sobre Stephen King. Sou muito fan deste cara, comecei a me interessar mais para a leitura ao ler uma série de contos deles na internet e depois sai igual a um maluco procurando os seus trabalhos como Iluminado,Carrie a estranha e vários outros. Adoro a forma que escreve que instiga o leitor a querer ir passando para as próximas páginas. Muito legal o seu post é como você disse mesmo, ele mexe com o emocional da pessoa. Não é aquele terror carnificina é mais um terror psicológico e recheado de mistérios!Abrc!

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