Bom dia, pessoal.
Hoje, mais uma vez, venho falar sobre um de meus autores brasileiros
preferidos: MARIO PRATA. Nos últimos
meses venho ficando extremamente feliz com a Editora PLANETA, pois ela está relançando todos os livros do autor.
O último lançamento foi JAMES LINS, O
PAYBOY QUE NÃO DEU CERTO, livro que há muito eu queria ler.
A história por trás do livro é muito interessante, lançado em 1994, JAMES LINS foi originalmente um
folhetim que saia semanalmente no jornal O
Estado de São Paulo. Eu adoro essas inovações que o PRATA faz com seus escritos. Esse como folhetim; OS ANJOS DE BADARÓ pela internet, MARIO está sempre sendo um pioneiro nas
mídias.
Quem acompanha a vida e carreia de MARIO
PRATA sabe que o autor morou em Lins na infância e adolescência (cidade
“perto” da minha – 3 horas de distância, rs) e é justamente sobre um amigo da
cidade que ele resolve falar nesse livro. James Lins, um chantagista e pilantra
confesso, cometeu um crime horrendo e em seu julgamento foi condenado a 268
anos de prisão.
Com muito humor MARIO vai
contando a história da infância do amigo, relatando suas travessuras e
experiências e também mostrando o lado pilantra dele, que desde cedo se
manifestou. James é um cara engraçado, um golpista convicto, e adora seu ar de
playboy. Sabendo que o ponto forte de sua “carreira” é a chantagem, ele
arquiteta um plano em que distribui escutas por um condomínio para saber das
conversas dos moradores e tirar vantagens deles.
Enquanto MARIO conta a história
do amigo e faz visitas a ele na cadeia, James se revela o pior nos canastrões e
passa a perna em MARIO, tomando para
si a responsabilidade de escrever sua biografia e fazendo com que PRATA seja relegado ao papel de mero
corretor ortográfico, afinal, James, além de escrever errado, tem um problema
grave com as vírgulas.
Então os dois autores começam uma
batalha pela escrita dentro do livro. James contando sua vida, e PRATA o acusando de enrolar a história,
não contar seu crime, colocar defeito em sua linguagem, dizer quantas vírgulas
acrescentou ao texto e desmentir Lins em muitas de suas colocações, e tudo isso
apenas no rodapé, que foi o espaço “cedido” a MARIO.
PRATA é hoje um
estudioso da ficção policial e atualmente se dedica a escrever livros do
gênero, porém, quando JAMES LINS foi
escrito, essa não era sua especialidade, ainda assim o autor conseguiu manter
um suspense fantástico sobre QUAL foi o crime e como ele se desenvolveu.
A jogada de deixar que o personagem tome o lugar do criador e se
transforme em autor foi fantástica, faz com que realmente acreditemos que
existem duas pessoas narrando a história, sem contar os deliciosos momentos de
prazer com a leitura e as diversas gargalhadas que vamos dando, não apenas de
James, mas também de PRATA, por ter
se tornado parte tão menor em um projeto que era exclusivo seu.
Engraçado e inteligente. Com JAMES
LINS, O PAYBOY QUE NÃO DEU CERTO, MARIO
PRATA se superou! Eu mais que recomendo. Leia logo! Leia hoje! Leia agora!
Leia para ontem!
FICHA DO LIVRO
JAMES LINS, O PLAYBOY QUE NÃO DEU CERTO
MARIO PRATA
Editora: PLANETA
Nº págs: 192
Gênero: Humor, Suspense
Não conhecia o livro, e adorei sua resenha!
ResponderExcluirUm beijo.
http://livrodagarota.blogspot.com.br/
eu conheço o livro e adorei a tua resenha.
ResponderExcluirum beijão
mario prata
mac.prata@terra.com.br
Ai, ai, Pratinha é demais. Tem como não se apaixonar?
ResponderExcluirOutro dia vi esse livro na Saraiva e fiquei com os dedos coçando para comprar, mas me controlei porque a meta tá grande aqui. Mas agora ferrou porque li sua resenha e agora quero ler desesperadamente. Droga, Mari, olha o que você faz comigo? hahaha
O Pratinha é criativo até demais. O personagem tentando roubar o livro do autor?! Ele é muito bom. Queria ser Mario Prata quando crescesse. Problema é que eu tenho a altura de um Hobbit e para crescer mais só em outra vida.