RESENHA: LUA DE MEL - James Patterson (Ed. Arqueiro)

Oi, pessoal.

Hoje trago palavras nada animadoras sobre LUA DE MEL, último lançamento do JAMES PATTERSON pela Ed. ARQUEIRO. Vocês sabem que adoro de paixão o autor e que não gostei de apenas dois livros dele, ambos com Alex Cross como protagonista. O último livro que li do autor ESCOLA: OS PIORES ANOS DA MINHA VIDA, me arrancou grandes gargalhadas e me deixou fascinada com o fato de PATTERSON escrever tão deliciosamente para o público infantil. Eu estava louca por LUA DE MEL, estava doida para ler algo diferente das séries costumeiras dele, mas me senti meio decepcionada com algumas incongruências no livro.

Vou colar a sinopse para vocês saberem do que trata o livro e então entenderam meu ponto de vista.

SINOPSE: Uma vida que parece um conto de fadas: Linda, sexy e bem-sucedida, Nora Sinclair é desejada pelos homens e invejada pelas mulheres. E sua vida tem tudo para ficar ainda mais perfeita quando seu namorado, o atraente e rico Connor Brown, pede sua mão em casamento. Mas o que para muitos seria o começo do “felizes para sempre”, para Nora é a contagem regressiva para “até que a morte os separe”.

Uma sucessão de acontecimentos misteriosos: Coisas muito estranhas ocorrem às pessoas próximas a Nora, principalmente aos homens que entram em sua vida. E isso acaba despertando o interesse do FBI. Sarcástico, malicioso e implacável, o agente John O’Hara é esperto o suficiente para saber que belas fachadas podem esconder grandes perigos. Se há algo de errado com Nora, ele é o homem certo para descobrir.

Um detetive dividido entre a justiça e a obsessão: Mas a primeira coisa que O’Hara vai aprender é que Nora não seduz os homens, simplesmente. Ela os domina. Quanto mais tempo o agente passa perto dela, mais confuso se sente, até já não ter certeza se ainda está em busca da verdade ou se virou prisioneiro de uma atração que pode ser fatal.

A resenha contém SPOILER.

O livro, na verdade, é uma história de perseguição e de obtenção de provas, pois a história já deixa confirmada desde o início que Nora é culpada pela morte do primeiro marido, dois anos atrás, e do noivo, atualmente. Vamos acompanhando a vida dessa mulher durante as páginas do livro. Ela é uma designer de interiores com uma vida dupla, ou seria tripla? Bem, Nora mora alguns dias com o noivo Connor, outros com o marido Jeffrey, e outros ainda sozinha em sua própria casa.

A história já não me convenceu daí. Nora vivia pegando os mais diversos aviões para se encontrar ora com o marido, ora com o noivo e ora para poder ficar só em sua casa. Quem é que consegue viver em três lugares sem levantar suspeitas?

Outra coisa que achei bastante estranha foram os homens que ela escolhia. Jeffrey, seu marido, era um famosíssimo escritor; Connor um famoso e rico empresário. Como que quando essas duas pessoas morreram a mídia não deu notícias? O livro até tenta dar uma disfarçada, dizendo que o casamento de Nora com Jeffrey nunca havia sido revelado para manter as fãs do autor “assanhadas” com o fato de ele ser solteiro. Ok, inverossímil, mas aceitável, só que quando Jeffrey morre, Nora já está sob a mira da polícia, e mesmo assim não há divulgação da morte do famoso escritor na mídia. O mesmo acontece com Connor, o famoso empresário morre, supostamente do coração, e nada é noticiado. Acredito que PATTERSON deveria ter optado por Nora se envolver com homens ricos, porém sem fama ou reconhecimento do público.

O detetive O’Hara, a quem me conquistou logo no início, provou ser um idiota com o seguimento da história, pois mesmo sabendo da culpa de Nora, e isso está claro na sinopse, nas orelhas do livro e nas primeiras páginas, ele se envolve sexualmente com ela, e por muitas vezes sente-se abalado psicológica e emocionalmente por Nora. Ou seja, o livro tenta passar a ideia que O’Hara é o melhor agente, o mais esperto, o mais fodão, mas que perto de uma mulher bonita ele não consegue pensar direito e coloca o que tem dentro da cueca para funcionar... Cadê o agente fodão nisso? Para mim, O’Hara passou da ideia de um homem fraco, sem respeito por seu trabalho e um completo idiota.

Como se tudo isso não fosse o suficiente, quando o FBI consegue por as mãos em Nora, eles a liberam, alegando que estão em busca de algo maior. Aham, ok, o FBI libera a assassina de um famoso escritor, idolatrado por meio mundo... É, me convenceu mesmo! ¬¬

LUA DE MEL fez com que eu sentisse que estava lendo um livro de estreia de algum autor iniciante que queria escrever livros policiais, mas jamais chegaria a tal feito. Pior de tudo é que esse livro foi o 34º livro da carreira de PATTERSON. Claro que vou continuar lendo os livros do autor, pois já gostei de suas obras mais do que desgostei, mas que esse foi o pior dos livros dele que eu li, isso foi. Para quem gosta de policiais com tramas envolventes e inteligentes, passem longe de LUA DE MEL, que não apresenta nada além de uma trama rasa, incoerente e impossível de convencer.

FICHA DO LIVRO

LUA DE MEL

JAMES PATTERSON

Editora: ARQUEIRO

Ano: 2013                   

Nº págs: 224

Gênero: Suspense, Policial

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