16 de novembro de 2011

RESENHA: BELA MALDADE - Rebecca James (Intrínseca)

Boa tarde, queridos!

Como prometi de manhã, posto para vocês agora a resenha de BELA MALDADE da Rebecca James (Intrínseca).

Estou louca para ler esse livro, mas ainda não tive a oportunidade, por isso, a resenha de hoje foi feita pelo meu amigo Gui Cepeda do blog Burn Book.


Confiram:






Bela Maldade
AutoraRebecca James
Editora: Intrínseca
Número de Páginas: 302
Resenha por: Guilherme Cepeda










Após uma horrível tragédia que deixou sua família, antes perfeita, devastada, Katherine Patterson se muda para uma nova cidade e inicia uma nova vida em um tranquilo anonimato. Mas seu plano de viver solitária e discretamente se torna difícil quando ela conhece a linda e sociável Alice Parrie. Incapaz de resistir à atenção que Alice lhe dedica, Katherine fica encantada com aquele entusiasmo contagiante, e logo as duas começam uma intensa amizade. No entanto, conviver com Alice é complicado. Quando Katherine passa a conhecê-la melhor, percebe que, embora possa ser encantadora, a amiga também tem um lado sombrio. E, por vezes, cruel. Ao se perguntar se Alice é realmente o tipo de pessoa que deseja ter por perto, Katherine descobre mais uma coisa sobre a amiga: Alice não gosta de ser rejeitada…
Eis que fui surpreendido novamente por um lançamento da Intrínseca. Desde 'Antes que eu vá', é um livro mais intenso que o outro, devido a temática envolvendo questões psicológicas e a proximidade com a realidade que me deixou agoniado e com vontade de terminar o livro no mesmo dia. A bola da vez é o livro Bela Maldade, da autora Rebecca James, que pode ser definido como “Eletrizante do começo ao fim”. Rebecca James foi brilhante em diversos fatores, desde a inovação na temática do livro até a estrutura que ela escolheu para construir bela maldade.
O livro é dividido em duas partes, e não segue uma ordem cronológica. A autora usou flashes dos acontecimentos marcantes da vida de Katherine para compor o livro, temos uma visão de 3 fases da vida dela:o passado, quando ela vivia com a sua família; alguns anos depois, quando ela está mais independente e morando com uma tia em outra cidade e finalmente do “futuro” ,quando ela está com 22 anos e consegue narrar os fatos com mais precisão e detalhes, pelo fato de já ter superado em partes os traumas de sua vida. 

Katherine é uma adolescente normal, de 15 anos, e não tinha com o que se preocupar a não ser com os problemas do cotidiano, como escola e intrigas entre amigos, mas nada fora do normal que não faça parte do dia a dia de qualquer adolescente da idade dela. Sua família era unida, e tinha um relacionamento perfeito com sua irmã Rachel (um ano mais nova que ela) e sempre admirou a irmã em tudo o que ela fazia, até que uma tragédia acontece e  sua vida vira de cabeça pra baixo. Depois de muitas reviravoltas e mudanças na vida de Katherine, ela se muda para outra cidade para tentar viver em paz, sem as sombras do passado e muda até seu nome, para não ter nenhuma ligação com a tragédia de alguns anos atrás e tentar recomeçar uma vida do “zero”. 

Katherine vive no anonimato na nova escola, até que conhece Alice, uma garota popular e descontraída que de uma hora pra outra acaba se tornando a melhor amiga de Katherine. A amizade estava tão intensa, que Katherine confiava cegamente em Alice, ao ponto de contar a ela seu segredo mais profundo, um trauma do passado que mudou completamente sua vida desde então. Aos poucos Katherine percebe que Alice não era realmente a garota que parecia ser, ela se torna uma pessoa vingativa, irritante e começa a perseguir Katherine de uma forma insuportável, trazendo muitos problemas pra vida dela e novos conflitos que ela terá que enfrentar bravamente para manter a paz e esquecer do seu passado. Alice chega a apresentar características de uma psicopata, e deixa a duvida do porquê dela se tornar amiga de Katherine, mas aos poucos entendemos o ponto de vista de Alice e porque ela faz de tudo para literalmente acabar de todos os jeitos com a vida de Katherine. 

Por um instante penso em enfrentá-la, perguntar por que está tão decidida a me ferir, mas desisto rapidamente. É inútil. Não quero ouvir suas explicações – não há uma desculpa racional ou aceitável para o que ela fez – e não quero ouvir uma de suas justificativas insinceras. Só quero que saia daqui.

O livro é surpreendente, leva o leitor a uma montanha russa de emoções, não sabemos se amamos ou odiamos os personagens, principalmente de que lado ficar nos conflitos entre Katherine e Alice. O livro trata de várias questões do cotidiano, como amizade, família, amor, ódio e comportamento humano.

É um livro meio pesado, que deixa um clima de thriller psicológico do começo ao fim, e aos poucos leva o leitor a uma conclusão surpreendente, mesmo já tendo ideia do final do livro nos primeiros capítulos, mas não vou revelar mais nada aqui pra não acabar com a magia e o suspense brilhantemente construídos pela autora em Bela Maldade. Uma das questões que mais me chamaram a atenção, foi da amizade entre Katherine e Alice. Me fez refletir se devemos confiar cegamente em alguém que se faz parecer seu amigo (a) e na primeira oportunidade te apunhala pelas costas, se revelando uma pessoa totalmente diferente e se não tinha segundas intenções quando se aproximou para construir uma amizade.

Quem nunca teve uma amiga (o) Alice na vida? O livro mostra também que um erro pode ser fatal, que temos que pensar muito antes de tomar atitudes que podem ser definitivas no futuro, e que sempre temos que apreender as coisas da maneira mais difícil. 

"Já ouvi dizer que as pessoas encantadoras, poderosas, têm o dom de nos fazer sentir como se fôssemos a única criatura no mundo, e agora sei exatamente o que isso significa. Não sei bem o que ela faz, – outra pessoa teria parecido excessivamente ávida, até obsequiosa -, mas quando Alice me dá atenção dessa maneira, eu me sinto radiante, reconfortada pela certeza de ser plenamente compreendida."

A diagramação do livro é perfeita, e como já comentei, a autora soube desenvolver a narrativa e envolver o leitor do começo ao fim, mergulhando-o na trama e fazendo-o refletir, ao ponto de se colocar no lugar dos personagens desse maravilhoso thriller psicológico. 


A Frase da capa já diz: “A Amizade pode ser Mortal.” E ficou claro que eu super recomendo esse livro para todos que gostam de um bom suspense, ou para aqueles que querem se aventurar em novos tipos de leituras, saindo um pouco do triangulo amoroso e de temas sobrenaturais, como anjos, vampiros, fadas e afins.

Quem quiser pode ver o booktrailer em inglês por aqui.


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