26 de julho de 2016

RESENHA: ONDE ESTÁ ELIZABETH? - Emma Healey (Ed. Record)



Olá, pessoal!

Hoje vou falar de um livro que estava empolgadíssima para ler mas que me causou certa decepção. Estou falando de ONDE ESTÁ ELIZABETH? da EMMA HEALEY lançado pela editora RECORD.

Onde Está Elizabeth?ONDE ESTÁ ELIZABETH?
EMMA HEALEY
Editora: RECORD              
Ano: 2016
Nº págs: 308
Gênero: Suspense, Thriller

SINOPSE: Vencedor do Costa Book Awards e do Premio Salerno Libro dEuropa, o romance de estreia de Emma Healey é uma delicada narrativa sobre memória misturada a um thriller. Maud tem 80 anos e está ficando cada vez mais esquecida. Sua própria filha e sua casa lhe parecem irreconhecíveis, e ela escreve bilhetes para si mesma na tentativa de lembrar do cotidiano. Um dia, um dos bilhetes informa que sua amiga Elizabeth está desaparecida. Embora todos lhe assegurem que ela está bem, Maud embarca numa missão para encontrá-la. A iniciativa, no entanto, acaba se confundindo com a história de Sukey, sua irmã mais velha, desaparecida desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Minha expectativa com esse livro estava tão alta, minha curiosidade tão aguçada, que fiquei um tantinho triste com o desenvolver do enredo, que a princípio julguei ser brilhante. E de fato foi, mas só no começo.

Logo de cara temos uma senhora que está com uma tremenda dúvida: ela não sabe onde está Elizabeth, sua amiga. Diante disso, fazemos mil conjecturas, até percebermos que a tal senhora tem um problema e está sempre esquecendo das coisas.

Gosto imensamente de livros com narradores não confiáveis, ainda mais quando isso é exposto logo de cara, pois não sabemos se devemos ou não acreditar em qualquer informação que é passada por ele. E, sim, adoro ficar sempre com o pé atrás e duvidando de tudo. No começo achei Maud brilhante. Seus esquecimentos, a doença, o sumiço de sua irmã no passado, o fato de estar sempre rememorando esse desaparecimento... Tudo era deveras misterioso e interessante, mas em determinado momento fiquei um tanto frustrada com EMMA, a autora, que colocou sua narradora se repetindo demais em seus esquecimentos.

No começo fiquei penalizada e sensibilizada com a situação de Maud, assim também fiquei pela relação dela com a filha, pois a autora possibilita que vejamos a doença pelos dois lados: quem a tem e quem convive, e não é fácil, não mesmo! Apesar de ser um thriller, não nego que tive vontade de chorar em alguns momentos, pois me senti muito triste com tudo que acontecia com Maud. Porém, chegou um momento que senti que a autora pesou a mão. A situação começou a ser muito repetitiva e até irritante. Já dava para compreender a situação de Maud, de sua filha e sua neta, e de outros a seu redor, portanto, eu gostaria de ver logo alguma pitadinha do lado do thriller aflorar, mas EMMA parecia querer focar só no lado dramático, esquecendo que o gênero literário de ONDE ESTÁ ELIZABETH? era outro. E isso me irritou MUITO!

As respostas também me frustraram. Fez-se um mistério desnecessário em torno de Elizabeth, que teve um desfecho bastante simplista. Já em relação à irmã da narradora, foi uma história mais forte, intensa, melhor elaborada e explorada, o que me encheu de prazer na leitura.


Acredito que a culpa de não ter achado o livro brilhante tenha sido exclusivamente minha, pois mergulhei nele achando tratar-se de um thriller vertiginoso, e esperei muito por isso, quando na realidade houve muito drama, partes que, a meu ver, poderiam ter ficado de fora para dar mais agilidade ao enredo e trazer menos piedade e irritação ao leitor. Provavelmente, se tivesse pagado ONDE ESTÁ ELIZABETH? para ler pensando mais no lado dramático no enredo e sem uma ânsia ferrenha pensando no suspense, teria idolatrado a leitura e morrido em lágrimas. Portanto, para quem for ler, tenham menos interesse no suspense, que com certeza acharão o livro divino!


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7 comentários:

  1. Não gosto de criar expectativas, principalmente quase sempre não são superadas, e eu tinha altas para esse livro, pensei que seria um suspense sensacional e de tirar o folego, mas que decepção, acho que a autora criou um objetivo e queria a todo custo coloca-lo no livro, mas deixou a trama repetitiva, mas ao mesmo tempo conseguiu emocionar o leitor com a doença da personagem, enfim, diminui minhas expectativas, mesmo sendo um livro com algumas mensagens e drama

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  2. O título do livro,sugere que se trata de um livro de mistério e talvez suspense.E não somente de um drama.
    Talvez por esperar por um enredo diferente você se irritou tanto.
    Bem,mas como já sei um pouco sobre do que se trata,talvez até eu goste desse livro.
    Sei que vou ficar bem tocada com os problemas da Mais,mas mesmo assim me interessei bastante.

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  3. Oi. Sou assim também! Crio muita expectativa sobre um determinado livro e as vezes acabo me decepcionando. A premissa desse livro me chamou muito a atenção, pois imaginei um suspense forte! Mas lendo sua ótima resenha, vejo que não é bem assim. No momento não pretendo ler, talvez um dia, se surgir uma oportunidade. Amo suspense, mas bem elaborado e que prenda do começo ao fim. Muito drama não é um estilo de leitura que goste. Beijos.

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  4. Por isso que as vezes eu tento pegar um livro e apenas começar a ler, sem nenhuma informação (já deu muito certo e já deu muito errado). O livro me parece muito bom, só não saber muito do gênero literário dele e ele fica melhor ainda haha
    Ainda sim me interessei por ele.
    Beijos!

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  5. Oi!
    Ainda não conhecia esse livro e realmente os livros onde temos um narrador não tão confiável deixa o leitor mais focado na leitura para tentar descobrir o que realmente e verdade e mas essa não foi uma historia que me chamou atenção, ainda mais tendo essa repetição que para mim deixa a leitura cansativa !!

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  6. Quando li a sinopse do livro fiquei muito interessada. Talvez ouve mesmo um erro ao classificar o gênero do livro. Eu gosto mais de drama, então depois de ler a resenha minha vontade em ler o livro aumentou. Fiquei curiosa para saber mais sobre a relação de Maud, sua filha e também a doença. Com certeza é um livro que pretendo ler.

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