RESENHA: MEMORANDOM - Anders De La Motte (Ed. Record)

Olá, pessoal!

A resenha de hoje é sobre MEMORANDOM do ANDERS DE LA MOTEE, lançado pela editora RECORD.

MEMORANDOM

ANDERS DE LA MOTTE

Editora: RECORD              

Ano: 2016

Nº págs: 448

Gênero: Policial

SINOPSE: Um policial que investiga o próprio passado. Um criminoso que busca a verdade sobre a morte do irmão. E um ministro da justiça que tem tudo a perder. David Sarac é um policial da Divisão de Inteligência da polícia de Estocolmo. Ele identifica, recruta e gerencia informantes, uma função crucial para o combate ao crime e na qual ele se destaca. Muito disso se deve ao seu informante de alto nível, Jano, inserido de forma estratégica nas organizações criminosas. No entanto, durante uma perseguição de carro, David tem um derrame e sofre uma colisão violenta dentro de um túnel. Ao acordar no hospital algumas semanas depois, ele não se lembra de nada dos últimos dois anos de sua vida, nem mesmo da identidade de seu mais proeminente informante. Muitas mortes ocorrem, todas elas relacionadas a Jano de alguma forma. Agora, David precisa correr contra o tempo para recuperar suas memórias e o contato com o informante antes que ele próprio se torne a próxima vítima.

Vocês sabem que já gosto de livros policiais, quando é da RECORD gosto mais ainda, pois a editora lança muitos livros do gênero, de autores que nunca antes havia ouvido falar. Foi o caso aqui, autor desconhecido e uma sinopse instigante, bastou para que eu quisesse conhecer.

MEMORANDOM foi um livro excelente, com um final brilhante, mas que me levou a uma montanha-russa de sensações e grande dificuldade na leitura. A dificuldade não foi por conta da linguagem, já que essa foi completamente fluida e instigante, a dificuldade foi porque o livro pareceu se atropelar em algumas situações... Por vários momentos me senti assim, mas teve um que foi inesquecível. Um determinado fato foi revelado e eu fiquei com cara de ponto de interrogação, pensando no que eu havia perdido, pois não era possível que tal situação tinha se resolvido de forma tão simples. O que fiz? Voltei e reli o livro DESDE O COMEÇO, pois tinha certeza de que tinha deixado passar algo! ¬¬ Sim, fiz isso! Ainda bem que não tinha lido tantas páginas assim, mas fiquei frustradíssima quando reli até chegar na parte em que estava e percebi que continuava perdida e sem respostas. Resolvi dar continuidade e eis que algumas páginas depois “voilà”, DE LA MOTTE retomou o fato para dar a explicação! Uffa, porque estava indignada e xingando o livro por não trazer mais detalhes sobre o fato. Tenho certeza de que quando vocês lerem também vão achar bizarra a forma rápida pela qual o autor passou por uma morte tão importante. Enfim, depois disso me habituei a leitura e a forma de narrar de DE LA MOTTE, que fez isso por muitas vezes mais.

O livro tem uma gama muito grande de personagens, mas nenhum deles me chamou atenção a ponto de dizer que o adorei ou que tive qualquer outro tipo de sentimento por ele, pelo contrário, foi um livro que me intrigou pelo enredo e que não me fez sentir nada pelos personagens, nem mesmo por Sarac, o personagem principal que tenta desvendar os mistérios de sua própria vida. Não que ele não tenha sido um personagem interessante, mas faltou muita coisa para que o considerasse um personagem fodão de um livro policial.

O que me fez saborear MEMORANDOM mesmo foi o final alucinante. Por mais que as orelhas do livro entreguem algo, ainda assim fiquei chocada com as revelações, não com a descoberta, mas com os motivos e razões. Adoro quando livros policiais me surpreendem não pelo QUEM, mas pelo COMO e POR QUE, e MEMORANDOM atingiu esses dois pontos que adoro. Para quem gosta de livros policiais com muita ação, recomendo de olhos fechados!

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