10 de julho de 2014

RESENHA: PANTEÃO - Sam Bourne (Ed. Record)



Olá, pessoal.

A resenha de hoje será sobre mais um thriller da editora RECORD: PANTEÃO, do SAM BOURNE.

PanteãoPANTEÃO
SAM BOURNE
Editora: RECORD             
Ano: 2014                  
Nº págs: 420       
Gênero: Thriller


SINOPSE: Enquanto a Europa é devastada pela guerra e os Estados Unidos hesitam em se unir à luta contra o nazismo, James Zennor retorna para sua casa, em Oxford, depois de seu treino matinal de remo e descobre que sua esposa desapareceu com o filho, deixando apenas um bilhete dizendo que o ama. Ele logo inicia uma busca incansável, uma jornada que o leva da Inglaterra a clubes e sociedades secretas de Yale. Aos poucos, ele descobre que o sumiço de sua família pode estar relacionado a uma terrível conspiração, capaz de fazer seu país sucumbir a Hitler de uma vez por todas. 


Já havia visto várias vezes os livros do BOURNE, mas sempre tive a sensação que eram livros de espionagem. Como não gosto dessa premissa, nunca procurei conhecer nada do autor. Foi depois de a RECORD ter anunciado o lançamento de PANTEÃO que resolvi ler a sinopse e buscar mais informações sobre o autor e suas obras, ficando surpresa ao constatar que estava completamente enganada em relação ao SAM.

Feliz com a descoberta, solicitei PANTEÃO para ser minha primeira experiência. Porém, após ter me decepcionado com os outros dois livros que solicitei da RECORD em junho, comecei a leitura com bastante receio. Mas, felizmente, enganei-me quanto a PANTEÃO, que foi uma leitura incrível, surpreendente e já fez com que eu virasse fã de mais um autor.

O livro é categorizado como um thriller, mas até a metade não existia nada, nenhuma informação, nenhum evento, nenhum acontecimento, que remetesse o livro a esse gênero. Contudo, em momento algum meu interesse e fascínio diminuíram, pelo contrário, foi nessa metade que SAM BOURNE me conquistou. Adoro os thrillers cheios de acontecimentos, que não descansam e que sufocam o leitor com tantos fatos. Geralmente, quando leio um livro desse gênero e demoro a ver os traços que o categorizaram como tal, acabo desgostando, mas o autor tornou PANTEÃO tão interessante e intenso, que em momento algum senti irritação por não chegarmos logo aonde deveríamos.  Pelo contrário, fascinada que sou por toda e qualquer narrativa que remeta a época da Segunda Guerra, deliciei-me com cada página, com cada aspecto histórico, com cada minúcia que SAM levantou e abordou em suas páginas. O começo, que mais parecia um drama, foi belíssimo e tocante. Adorei acompanhar James Zennor por seu passado, antes de ser ferido e o qual lhe deixou uma marca muito maior que a física, adorei acompanhar os rompantes de raiva que tomavam o personagem, e principalmente, sua busca frenética à esposa e ao filho.

BOURNE apresentou Zannor como um grande homem, uma personalidade forte que por vezes me deixou em dúvida se seria mesmo o mocinho da história; e isso foi uma das melhores coisas, pois fiquei fascinada com a forma como o protagonista foi retratado, com todas as suas falhas expostas de forma bastante crua, sem que tentasse enganar o leitor, nos colocando em dúvida quanto ao seu caráter. Já falei em várias outras resenhas e repito aqui: ADORO quanto os autores exploram todos os lados de seus protagonistas, pois é evidente que ninguém é 100% bom ou mau, e é o caso de James, que ao mesmo tempo em que conquista o leitor por algumas atitudes, nos deixa com o pé atrás por outras. Fiquei tão dividida com suas ações que passei muito tempo sem saber se queria ou não que ele encontrasse a esposa e o filho.

Do meio para o final o livro ganha os ares de thriller, e aí, o que já era grandioso, tornou-se magnânimo! Ao iniciarmos a leitura é impossível imaginar o assunto que o autor vai abordar, qual é a terrível verdade que se escondeu durante a Segunda Guerra e que envolveu os Estados Unidos da América. Conforme fui prosseguindo nas páginas, passei a lê-las de forma cada vez mais frenética, pois BOURNE havia praticamente dragado minha alma para dentro do livro. Foi impossível soltar!

Misturando a Segunda Guerra com segredos e ciência, SAM elaborou um enredo de tirar o fôlego. Foram muitas as vezes em que me peguei soltando um palavrão para expressar o que estava sentindo com as revelações que iam surgindo. Simplesmente ADORO esses thrillers que envolvem ciência, pois eles sempre acabam por nos deixar de boca aberta, mas, principalmente, faz com que paremos para refletir sobre o que abordam. Justamente por isso, foram também muitas as vezes em que parei depois de ler um ou outro parágrafo para poder digerir, pensar e refletir sobre o que estava sendo dito.  

PANTEÃO é um livro magnífico e totalmente surpreendente em relação ao assunto que aborda. E se até chegar ao final eu já estava com 4 estrelas prontas, ao ler a “Nota do Autor” tive que aumentá-las para 5, pois são nessas notas que BOURNE nos informa de tudo que foi realidade e tudo que foi ficção em sua obra. Considero simplesmente o máximo quando um autor consegue mesclar realidade e ficção e nos deixar abobados com sua criatividade. Foi uma leitura extremamente gratificante e que valeu pelos outros dois livros da editora que solicitei e não me agradaram. SAM BOURNE já virou um novo queridinho e espero conseguir logo os outros quatro livros já lançados do autor. Virei fã! O cara é gênio! O cara é foda!



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4 comentários:

  1. E meu "estava curiosa por esse livro" acaba de virar "preciso desse livro". kkk Tem tudo que gosto numa história. Ótima resenha.

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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  2. Oi Mari! Quando li a sinopse, também pensei que parecia mais um drama do que qualquer coisa, mas acabei ficando mais curiosa ainda com a história. Também adoro livros que retratam a época da Segunda Guerra, são muito interessantes, e gostei ainda mais de saber que o autor explica o que é realidade e o que é ficção na história, deve ser incrível. Adorei, já foi para os meus desejados.

    Beijos,
    Adri
    http://stolenights.blogspot.com

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    Respostas
    1. Adri, tenho certeza de que você vai gostar. Se ler, conta o que achou.

      Bjs

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