28 de fevereiro de 2014

RESENHA: VESTIDO DE NOIVO - Pierre Lemaitre (Ed. Vertigo)



Oi, gente!

Na semana passada recebi vários livros policiais, por isso até agora só tivemos resenha desse gênero. Hoje não vai ser diferente. Vou falar sobre VESTIDO DE NOIVO, do PIERRE LEMAITRE, lançado pela VERTIGO. Esse foi o 5º livro da editora que li, e, ao contrário dos outros quatro, que achei o máximo, considerei VESTIDO DE NOIVO bem mediano.

Vestido de NoivoVESTIDO DE NOIVO
PIERRE LEMAITRE
Editora: VERTIGO                                 
Ano: 2013                 
Nº págs: 272
Gênero: Thriller

SINOPSE: Sophie, uma jovem mulher que leva uma vida pacata, começa a cair lentamente na loucura: milhares de pequenos e inquietantes sinais se acumulam e, de repente, tudo se acelera. Seria ela a responsável pela morta da sua sogra, do seu marido enfermo? Pouco a pouco ela se encontra envolvida em vários assassinatos, dos quais ela não tem a menor lembrança. Então, desesperada, porém lúcida, ela organiza sua fuga, muda de nome, de vida, se casa, mas o seu terrível passado a alcança. As sombras de Hitchcock e de Brian de Palma pairam sobre esse thriller diabólico.


A realidade é que VESTIDO DE NOIVO não é propriamente um livro policial, e sim um thriller psicológico. Vendo por esse lado, o livro cumpre sua completa função: a de nos deixar tensos durante a leitura e de mexer com nossos nervos. Contudo, como muitos de vocês sabem, minha preferência pelo gênero é maior quando em seu enredo temos uma perseguição policial, pistas, suspeitos, etc, o que não existe em VESTIDO DE NOIVO.

A história começa com Sophie. Em uma narrativa feita em terceira pessoa, vamos conhecendo o presente da moça, seu passado e os corpos que ela supostamente foi deixando para trás: marido e sogra. Ficamos sabendo mais sobre seu atual trabalho como babá, e as razões de ela se achar louca, uma delas: não se lembra de ter cometido os crimes, mas também existe muita coisa de que ela não se lembra.

No início o enredo me pegou de jeito. A paranoia de Sophie é evidente e não há dúvidas de que existe algo, ou alguém mais, relacionado aos crimes. A própria sinopse deixa isso claro. Porém, com o passar das páginas, Sophie foi me irritando de forma descomunal. Após o garotinho de quem ela toma conta ser assassinado e tudo apontar para ela, a personagem começa a fugir e se esconder, ao mesmo tempo em que fica em dúvida se foi ela, se é louca, se tem algum problema na cabeça, etc. A insistência dela em ficar acreditando que fosse louca me irritou profundamente. Primeiro, porque louco nunca assume que é louco, segundo, se ela assim se achasse, deveria procurar tratamento, principalmente quando o marido faleceu, coisa que a personagem não fez.

O começo tão promissor passou a me deixar ainda mais desgostosa com a leitura quando vi que não entrava em cena uma investigação. Ok, sei que é um thriller psicológico, sei que foi intenção do autor, mas, poxa vida, a única coisa que aparece de investigação são pequenos trechos que esporadicamente Sophie lê nos jornais com notícias sobre os crimes que cometeu, que vão aumentando cada vez mais. Até podia achar isso normal, não fosse a criança assassinada filho de duas pessoas famosas e influentes, e, por conta disso, por mais que fosse a intenção do autor, senti falta de uma linha investigativa e ponto.

Sophie já tinha atingido os limites de minha paciência quando finalmente é interrompida e temos o diário de um outro personagem, dessa vez contado em primeira pessoa. O que ele está fazendo naquelas páginas e em seus relatos é óbvio, mais uma vez comecei ler com grande empolgação e acabei achando enfadonho no meio, pois parecia que o personagem enrolava demais para contar algo que já sabíamos. Todavia, o fim dessa parte me surpreendeu imensamente. Quando o personagem revelou seu nome, fiquei Oo! (“putz, que massa!”). E foi só a partir daí que passei a achar o livro interessante. Isso aconteceu na página 182, em um livro de 268, ou seja, exigiu muita paciência de minha parte.

Mas, acabada essa ladainha, VESTIDO DE NOIVO tomou novo rumo. Mesmo não tendo uma investigação, Sophie pareceu acordar e virar uma heroína de verdade. Dessas dignas de chamarmos de mocinha “foda”, pois a tal investigação ficou por sua própria conta e risco. Foi aí que a personagem cresceu e se tornou enorme no livro, uma personagem brilhante e fascinante, não uma mocinha meio mosca morta que era o que vinha aparentando ser na parte inicial do livro. De repente Sophie arregaçou as mangas, mostrou-se uma mulher de brios e de inteligência incomum, e foi atrás não apenas de descobrir os mistérios que a estavam cercando, mas entrou num jogo de gato e rato disposta a tudo para sair vitoriosa, até mesmo arriscar a vida.


Depois de 182 páginas, VESTIDO DE NOIVO me surpreendeu de forma completamente gratificante e teve um final digníssimo! Além de ter adorado o final, passei a amar a escolha do título do livro, que não havia entendido até então. Mas, é óbvio que na hora de avaliar, não poderia deixar de lado que mais de 60% do livro me causou uma enorme irritação, e também não posso deixar de compará-lo com outros thrillers psicológicos que já li, e muito menos com outros títulos da editora, ao qual dois deles já entraram para meus favoritos, por isso, dei apenas 3 estrelas. 




27 de fevereiro de 2014

RESENHA: O CLONE DE CRISTO - J.R. Lankford (Saída de Emergência)



Bom dia, pessoal.

É de forma bastante triste que hoje vou falar sobre O CLONE DE CRISTO, da J.R. LANKFORD, lançado pela SAÍDA DE EMERGÊNCIA.

O Clone de CristoO CLONE DE CRISTO
J.R.LANKFORD
Editora: SAÍDA DE EMERGÊNCIA                                 
Ano: 2014                 
Nº págs: 384
Gênero: Thriller, Suspense, Ação

SINOPSE: O Clone de Cristo é uma história fantástica sobre uma experiência secreta que pode mudar o mundo: a tentativa de clonar Jesus Cristo a partir do Santo Sudário. O Dr.Felix Rossi é o chefe da pesquisa, um conceituado cientista obcecado com duas perguntas: Será que o tecido do Sudário contém mesmo o sangue de Cristo? E o DNA ainda estará intacto? Apesar do caráter sigiloso do experimento, forças obscuras tentam impedi-lo e Rossi não tem tempo a perder: precisa encontrar uma mulher para gerar a criança. Esta trama policial arrepiante nos leva numa viagem inesquecível da alta sociedade nova-iorquina aos bares irlandeses, das igrejas do Harlem à Catedral de Turim. Uma narrativa bem construída sobre laços familiares perdidos, um homem à procura de Deus, uma mulher em busca de um sentido para a própria vida e uma inesperada história de amor. 

Quando li a sinopse de O CLONE DE CRISTO tive certeza de que seria “O” livro. Algo nele lembrava Dan Brown e senti que seria desesperador ler sobre um médico que tentava clonar Jesus. Antes mesmo de iniciar a leitura, já imaginava esse cientista como mocinho e vilão, pois o que ele queria fazer podia ser considerado absurdo por uns e milagroso por outros. O problema é que o Dr. Felix Rossi não fez nada nas 380 páginas do livro a não ser me irritar.

Rossi tinha tudo para ser um personagem fabuloso, pois, por sua escolha em relação à clonagem, poderia ser visto como mocinho e vilão; o fato de ser um homem da ciência, mas muito religioso, também causaria estranheza e nos deixaria empolgados com a dualidade presente na vida do personagem, o problema, foi que, a mim, ele simplesmente pareceu um médico louco e um fiel fanático, nada além.

Pouco antes de conseguir seus dois fiozinhos do Santo Sudário para tentar prosseguir com a clonagem, ele descobriu que sua família era judia, e passou a achar terrível o fato, primeiro porque ele sempre havia sido criado como católico e acreditado nos preceitos da igreja, depois porque os judeus, seu povo, crucificaram Jesus. Ele não queria aceitar sua descendência judia, mas, por fim, decidiu que seria ele, um judeu, que traria Jesus de volta, e assim acabaria com o preconceito contra seu povo.

Já nessa parte, a história me causou um mal-estar terrível!
Primeiro: Felix é um homem da ciência, portanto, deveria crer em fatos que pudessem ser comprovados. Até hoje não foi comprovado se o Sudário envolveu Jesus, muito menos se todas as palavras da Bíblia são reais, ou seja, não se sabe verdadeiramente sobre a crucificação de Cristo, nem se existiu nem se de fato foi feita pelos judeus.
Segundo: Por que raios o personagem mostrou-se tão incomodado com o fato de a família ser judia e de ele ter tal descendência? Por que queria tanto ser católico e mostrava orgulho disso? Longe de mim querer causar polêmica, mas, como disse, um cientista deveria prezar por aquilo que se pode provar, e há (muitas) provas na História, dos massacres que a Igreja Católica cometeu, das tantas mortes que causou, dos impostos que cobrou, com promessa de garantir ao fiel um lugarzinho no céu; sem contar roubos, segredos, orgias dentro do Vaticano, e, atualmente, os diversos escândalos sobre pedofilia e estupros. São tantas as máculas, provadas e comprovadas, cometidas pela Igreja Católica, que achei de um tremendo mal gosto o personagem, tão estudado, tão culto, e com tanto acesso à informação, ter extremo orgulho de uma religião que já causou tanto mal. Aceito, e até concordo, com o fato de ele ter orgulho de sua fé, mas Rossi não ficou só aí, apesar de em alguns momentos ele se mostrar contra alguns preceitos do catolicismo e apontar o que deveria ser visto de forma diferente, em outras situações parecia querer engrandecer alguns dos dogmas da igreja.

Vergonha por vergonha, eu teria daquilo que a História já conseguiu provar, não daquilo que nunca se provou a veracidade. Portanto, aos religiosos fervorosos, desculpem, mas essa é minha opinião e achei a posição do médico em relação à religião ridícula! Para mim, existem duas formas de fé: a que você acredita em uma entidade superior, meu caso, que acredito muitíssimo em Deus; e aquela que você coloca como primordial em sua vida uma instituição religiosa e os preceitos (muitos deles absurdos e extremamente moralistas) aos quais ela diz que você deve guiar seus dias.

Isso me incomodou por todo o livro, pois Rossi sempre se mostrou um fanático religioso. Por diversas páginas existem trechos de rezas, de passagens bíblicas, etc; até acho isso interessante, Dan Brown, Raymond Khoury, Kathleen McGowan, e tantos outros, conseguiram escrever sobre esses temas, e inserir essas passagens, de forma fantástica, com protagonistas excelentes, que a cada página conseguiam arrancar o fôlego do leitor. Já LANKFORD me fez mergulhar em um tremendo marasmo religioso. Tudo era religião, religião, religião e fé! Pensei que teria um livro polêmico em mãos, que arrancaria reflexões e pensamentos, mas só encontrei mesmices. A cada página parecia que nada mudava. Achei muito presunçosa a forma que a autora escolheu para falar da religião. Seu personagem, que era para ser alguém sapientíssimo, alguém capaz de equilibrar religião e ciência, apenas me pareceu um sujeito desequilibrado (“de médico e de louco, todo mundo tem um pouco”). 

Sobre os personagens, TODOS foram chochos. Desde o primeiro momento fica absurdamente claro quem Felix vai escolher para conceber a criança clonada, mas a autora tentou fazer um suspense desnecessário antes de revelar o fato. Além disso, o livro não conta com um vilão digno, aliás, nem sei se podemos chamar o homem que quer dar fim nos planos do médico de vilão, simplesmente porque ele não parece um e tudo o que a autora tentou apresentar sobre ele, para fazê-lo ser, pareceu demasiado forçado.

Quando finalmente achava que alguma coisa engrenaria, que surpreenderia, vinha um personagem chato com a famosa frase: “vamos rezar?” E os personagens se punham a orar. Aí vinha o que mais me irritava, a autora não se contentava em finalizar a frase, ela tinha que escrever a oração ¬¬ Fiquei me perguntando se ela recebeu ($) por palavra, porque só isso (ou nem isso) explica o fato de tantas palavras e páginas desnecessárias.

Queria ler um suspense, queria ler um livro de ação, mas encontrei apenas um livro religioso, bastante tendencioso, se me permitem dizer. Quero aproveitar para esclarecer que acredito muito em Deus, mas abomino qualquer tipo de fanatismo religioso, seja por qual religião for, e, mesmo tendo estudado em escola católica até meus 15 anos, a instituição jamais tentou nos tapar os olhos para as atrocidades que a igreja cometeu, exatamente por isso, por ter estudado tantas vezes sobre o tema e sobre as máculas cometidas pela igreja, tenho descontentamento com o catolicismo e com muito do que ele prega, mas tive um profundo pesar ao ler O CLONE DE CRISTO, pois me pareceu que, de alguma forma, o livro tentou apagar algumas graves manchas que a igreja possui em seu “currículo”, principalmente ao não explorar suas falhas e defeitos.

A única parte interessante do livro fica por conta da descrição do processo de clonagem, que foi bastante esmiuçada, bem exposta e explicada. Não sou cientista e não sei se é assim que ocorre, mas que a autora conseguiu explicar em palavras simples e me convencer, isso ela conseguiu. Mas foi o que salvou, a parte religiosa foi maçante demais! Dr. Felix Rossi foi o pior protagonista que já encontrei, e os personagens secundários não ficaram para trás, um pior que o outro, um com uma história de vida mais enfadonha e sem graça que o outro.


Realmente uma pena, a única coisa que consigo pensar é que com um tema desses, Dan Brown teria criado um enredo fascinante para Langdon e que o mundo teria parado para receber, assoberbado, mais uma fascinante aventura do autor. Nesse momento, meu maior desejo é que Brown seja tremendamente cara de pau e use a clonagem de Jesus em uma de suas tramas, preciso ler sobre o tema nas mãos de alguém que realmente saiba escrever de forma a causar controvérsias e colocar o leitor em modo de reflexão.



26 de fevereiro de 2014

NOVIDADE: Nova Editora Parceira: Companhia Nacional



Boa tarde, gente!

Voltei nesse fim de tarde para contar uma ÓTIMA NOTÍCIA! Agora o blog é parceiro da:




Não é o máximo?!

Eles são um grupo formado por quatro editoras: Editora Ibep, Base Editorial, Companhia Editora Nacional e Conrad Editora.

Conheci a editora por causa dos livros do Steven James, entrei em contato com eles e firmamos parceria. Para quem não sabe, STEVEN JAMES é autor de livros policiais <3 Podem imaginar minha felicidade? Semana que vem vocês já vão poder conferir a resenha de O Peão, que é o primeiro livro da série do JAMES *_*




Mais alguns livros da editora: 

Olhar Mortal Real, Louco, Mortal 



Livros da Conrad:



RESENHA: UM PLANO QUASE PERFEITO - Petra Hammesfahr (Ed. Tordesilhas)



Oi, gente!

A resenha de hoje é de UM PLANO QUASE PERFEITO da PETRA HAMMESFAHR, lançado pela editora TORDESILHAS.

Um Plano Quase PerfeitoUM PLANO QUASE PERFEITO
PETRA HAMMESFAHR
Editora: TORDESILHAS                                 
Ano: 2013                  
Nº págs: 424                                                       
Gênero: Sobrenatural, Suspense, Thriller

SINOPSE: Funcionária de um salão de beleza, a ambiciosa Kerstin atende clientes que têm uma vida luxuosa, bem diferente da sua. Dia após dia, cresce sua cobiça por uma riqueza muito além de seu alcance. Mas uma virada do acaso dá a ela a oportunidade ideal para conseguir tudo com que sempre sonhou. E essa oportunidade tem nome: Regine Sartorius, única beneficiária de um rico empresário à beira da morte, uma herdeira jovem, ingênua e apaixonada.



Solicitei UM PLANO QUASE PERFEITO depois de ler essa sinopse mais que incrível. Para mim, teria em mãos um livro policial extremamente instigante e inteligente, que não faria rodeios quanto aos culpados, mas que exporia de forma crua todos os passos de um crime, de sua elaboração até a execução. Porém, o que encontrei nesse livro, foi MUITO mais que isso.

Com a sinopse percebemos que o enredo não esconde nenhum segredo, e é assim mesmo. Não é que a sinopse entregue ou estrague algo, pois já no prólogo todo o final da trama é explicitado, o que nos aguça é o desespero para saber como a cabeleireira, Kerstin e seu namorado, Richard, agiram até chegar em Regine.

Dado os fatos do prólogo, acompanhei de forma angustiante esse crime que algumas vezes parecia meticulosamente bem elaborado e em outras com terríveis falhas. Por muitas e muitas páginas fui acompanhando o desenvolvimento da situação achando que o casal seria pego e até desejando que isso acontecesse, contudo, esperava que a todo momento o crime fosse acontecer e páginas e mais páginas seriam escritas para mostrar como uma investigação seria conduzida até chegar aos culpados e os motivos.

Quando passei da metade do livro, percebi que não haveria uma investigação, pelo contrário, a intenção de PETRA era fazer a tensão subir cada vez mais e atingir ápices cada vez maiores, principalmente quando o dom de clarividência de Regine torna-se mais intenso. A partir daí, parei de considerar UM PLANO QUASE PERFEITO como um livro investigativo e passei a vê-lo como algo mais sobrenatural, e o resultado foi que ficou cada vez melhor!

Ao abandonar meu achismo investigativo e mergulhar no mundo de adivinhações, percepções e vozes de Regine, me vi envolta em uma trama fantástica e em alguns aspectos maligna. UM PLANO QUASE PERFEITO não é um livro de terror, mas, por algumas de suas passagens, poderia ser assim considerado. As visões de Regine, seu passado, e o “ser”, com quem ela conversa e ouve conselhos, nos deixa de cabelo em pé. Por muitas páginas relutei em acreditar na personagem, pensei que ela era apenas uma garota com invencionices, mas a cada mínima coisa sobrenatural que ocorria, fui sendo surpreendida, o que fez com que me encantasse por Regine, ao mesmo tempo tive uma revolta muito grande por a personagem não confiar em seus próprios palpites e não querer ver o que lhe era tão claro.

Uma personagem apaixonante é Carla, madrasta de Regine. Carla teve uma infância pobre e difícil, mas teve sorte na vida ao se casar com o pai de Regine e tornar-se uma mulher rica. Por ter pouco diálogo com o marido, ela não sabe o que o futuro guarda para ela, por isso, vive em um mundo de sonhos e fantasias, fazendo com que o leitor nunca saiba quando o que ela fala é cem por cento certo, pois a personagem é dada a divagações. Não por loucura ou algum tipo de problema, mas simplesmente por solidão, por querer “florear o pavão” em relação à vida que tem. Mesmo com seus defeitos, Carla é uma personagem cativante, que está sempre ao lado da enteada e é quem desencadeia uma sucessão de situações que marcam a vida de toda a família.

Quanto aos vilões, são ridículos, mas apropriados. Ridículos em sua inveja, ganância e cobiça; apropriados porque encaixam-se perfeitamente no tema proposto por PETRA.

Quando estava completamente convencida que a narrativa ficaria nisso, mostrado o jogo de gato e rato e de desejo de poder, a autora surpreendeu de uma forma que jamais imaginei. Para mim, o enredo estava dado como certo. Os dados estavam lançados e não haveria nenhum tipo de surpresa na história, apenas as relacionadas com o lado sobrenatural de Regine, contudo PETRA não se contentou em apenas assustar o leitor, quis ela também surpreender, e foi infinitamente feliz com essa escolha. Muitos pequenos detalhes, que foram convictos para nós, mudam e transformam muito da perspectiva da história, além disso, lembram quando disse que já no prólogo tudo é deixado bem claro e não há mistério? Pois é, é mentira, rs! A autora me enganou até o último minuto que não haveria surpresa alguma na narrativa, mas me deixou assoberbada com os instantes finais *_*

Assombroso, fantástico e surpreendente. Palavras que definem muito bem UMPLANO QUASE PERFEITO. Recomendadíssimo! Aliás, já quero reler.




Quem se interessar pela leitura, pode participar da promoção de aniversário de 3 anos do blog, que está sorteando um exemplar de UM PLANO QUASE PERFEITO. Basta clicar AQUI














25 de fevereiro de 2014

RESENHA: TERRA SEM LEI - John Sandford (Ed. Arqueiro)



Oi, gente!

Não sei se vocês viram o post da Caixa de Correio de ontem, mas a semana passada foi ótima, pois recebi vários livros policiais *_*. Por isso, essa semana já vou começar com resenha de um deles: TERRA SEM LEI, do JOHN SANDFORD, lançado pela ARQUEIRO.

Terra Sem LeiTERRA SEM LEI
JOHN SANDFORD
Editora: ARQUEIRO                                 
Ano: 2014                  
Nº págs: 288
Gênero: Policial, Suspense

SINOPSE: Em um raro momento de paz, o detetive Virgil Flowers começa a se preparar para um torneio de pesca em um lugar paradisíaco. No entanto, seus planos são arruinados quando ele recebe uma ligação do chefe, Lucas Davenport, informando-o do assassinato da presidente de uma famosa agência de publicidade. O cenário do crime não podia ser mais improvável: uma bela pousada junto a um lago, que hospeda apenas mulheres interessadas em relaxar e aproveitar o contato com a natureza. A vítima foi baleada durante seu passeio matinal de caiaque e as evidências apontam para um crime passional ou por dinheiro. Com seu estilo despojado e brincalhão, Virgil chega à cena e dá a impressão de que não deve ser levado a sério, porém não descansará enquanto não solucionar o caso. Ele descobre que a morte de Erica não foi a primeira da região e que a pousada está ligada a diversas histórias de ciúme, traição, orgulho e cobiça. Todas elas parecem ter conexão com uma banda country feminina e sua cantora de voz poderosa que almeja o estrelato. Nessa terra sem lei, o investigador precisa desvendar o mistério antes que o assassino faça mais uma vítima - e ninguém, nem o próprio Virgil, está a salvo.

O primeiro livro do SANDFORD que li foi PRESA INVÍSIVEL, lançado pela editora Record. Adorei, achei-o brilhante e fiquei louca pra ler mais livros do autor. Logo depois, a ARQUEIRO adquiriu os direitos da série do Virgil Flowers e aí estava minha chance de acompanhar JOHN. Até hoje não li A SOMBRA DA LUA, 1º livro da série, mas quando li NOITE DE TEMPESTADE não senti a mesma empolgação com SANDFORD. O fato é que não gosto muito quando livros policiais me dividem. Sou da opinião que eles têm que ser ame-os ou odeie-os, não gosto de ficar num meio termo, mas foi bem aí que NOITE DE TEMPESTADE me colocou. Como havia gostado muito de um livro do autor e mais ou menos (mais para menos) de outro, resolvi que TERRA SEM LEI seria um livro de desempate, contudo, foi com certo receio que solicitei-o para resenha, mas ele de fato cumpriu seu papel ao deixar bem claro que, sim, devo continuar acompanhando a série, porque o livro foi realmente surpreendente e excelente.

Se em NOITE DE TEMPESTADE, Flowers me deu nos nervos pelo fato de ser mulherengo e pensar mais em sexo do que nos crimes que devia resolver, em TERRA SEM LEI ele mostrou-se mais centrado e menos bobo. Não deixou de correr atrás de um rabo de saia, mas foi de modo comedido, divertido e interessante. Acho necessário gostar do investigador em um livro policial, do contrário, por melhor que seja o livro, sempre acabo considerando-o fraco. Como Virgil havia me decepcionado anteriormente, tentei esquecer o personagem e focar a atenção no enredo, e então me surpreendi de forma bastante positiva, pois até mesmo Virgil conseguiu ganhar minha atenção e me conquistar.

Achei bastante interessante o fato de SANDFORD ter abordado o lesbianismo no livro. A forma como o autor se aprofundou no tema também foi ótima, em momento algum ele denigre a imagem de alguma personagem por conta de sua opção sexual, pelo contrário, o autor se preocupa bastante em expor o caráter dos personagens, independentemente da preferência de cada um.

A forma como o autor passa a dar pistas sobre o assassinato também é fantástica. No começo é difícil que estabeleçamos relação entre a abordagem homossexual e o fato de haver uma banda de mulheres no centro dos crimes, mas, conforme as páginas vão seguindo, passamos a ver conexões e entender os motivos, ficando a dúvida do criminoso. Contudo, esta não se estende por muito tempo. Antes do que imaginamos já temos dois prováveis suspeitos e apostamos todas as nossas fichas neles.

E foi nessa aposta de fichas que SANDFORD me enganou de uma forma deliciosa! Se em um primeiro momento vibrei por ter acertado o assassino e suas razões, poucas páginas depois me peguei dando risada pelo meu erro, pois JOHN montou uma reviravolta interessantíssima que tornou impossível parar de ler as páginas de TERRA SEM LEI. Obviamente, os dois culpados que tinha em mente teriam as mesmas motivações para cometer os assassinatos, mas, quando vi meu erro, vi também que as razões do verdadeiro culpado cresciam e cresciam, tirando da cartola (e do passado) muito mais coisas, situações que nem imaginei, não porque o autor não permitiu descobrir, pois as pistas também estavam lá, mas foram situações que passaram batidas durante a leitura, pois TERRA SEM LEI não á apenas um livro investigativo, também é um livro cheio de humor e sarcasmos, o que muitas vezes nos tira o foco da investigação, mas em momento algum faz com que deixemos de sentir um enorme prazer com o enredo.

Tenho certeza de que muitos leitores vão acertar o suspeito, vão acertar seus motivos, mas, ainda assim, SANDFORD vai ter uma cartinha na manga para surpreender até mesmo os mais experientes no campo do romance policial.


TERRA SEM LEI foi fantástico! Se antes eu tinha um pé atrás com essa série do Virgil, terminou com a leitura desse magnífico enredo. Realmente excelente; surpreendente por diversas razões. CONFIRAM!



24 de fevereiro de 2014

CAIXA DE CORREIO #135



Bom dia, pessoal!

Como vocês estão?

Resolvi mudar um pouco o post da CAIXA DE CORREIO. Agora, além de mostrar os livros que chegaram durante a semana, vou falar também dos que li. Então, vamos lá:

Depois de o correio ter me trollado por muitos e muitos dias, finalmente recebi vários livros \o/

CORTESIAS:
O CLONE DE CRISTO – J.R. Lankford (Ed. Saída de Emergência)
TERRA SEM LEI – John Sandford (Ed. Arqueiro)
NA MENTE, O VENENO – Andrea H. Japp (Ed. Vertigo)
- VESTIDO DE NOIVO - Pierre Lamaitre (Ed. Vertigo)
UM PLANO QUASE PERFEITO - Petra Hammersfahr (Ed. TORDESILHAS)



TROCAS:
As quatro foram pelo PLUS do Skoob:
- SOMBRA DA NOITE – Deborah Harkness (Ed. Rocco)
- INSURGENTE – Veronica Roth (Ed. Rocco)
- ENFEITIÇADAS – Jessica Spotwood (Ed. Arqueiro)
- O POETA – Michael Connelly (Ed.Record) – Este é o livro que faltava para completar minha coleção do autor! \o/



COMPRAS:
Aproveitei uma promoção doida nas Americanas e comprei os dois livros por 14,93, sendo que COMO FALAR COM UM VIÚVO foi R$ 1,45 (!!!!!)
- COMO FALAR COM UM VIÚVO – Jonathan Tropper (Ed. Arqueiro). Li SETE DIAS SEM FIM do autor e fiquei apaixonada! Tropper tem um jeito inigualável de escrever. Preciso, com urgência, ler todos os livros dele.
- PROFECIA – S.J. Parris (Ed.Arqueiro). Este é continuação de HERESIA. Faz tanto tempo que li o 1º volume que, tirando o nome do protagonista, não lembro de mais nada, rs. Preciso reler o 1º volume, mas só vou fazer isso quando todos estiverem lançados.



LI NA SEMANA QUE PASSOU:



1.     QUATRO ESTAÇÕES – Stephen King (Ed.Suma de Letras).
NOTA NO SKOOB: 5 estrelas
Este lindo do mestre KING é composto por 4 contos e durante muito tempo protelei a leitura, isso porque dos 4 contos, 3 foram adaptados e gosto muito dos 3 filmes, tive muito medo de ler e deixar de gostar dos filmes por ver que eles se diferiam tanto dos contos. Graças a Deus isso não aconteceu, as adaptações foram as mais fiéis possíveis e fiquei ainda mais encantada com os contos. A resenha sai nessa semana.

2.     UM PLANO QUASE PERFEITO - Petra Hammersfahr (Ed. Tordesilhas).
NOTA NO SKOOB: 4 estrelas
O livro é incrível e abala nosso psicológico. A resenha sai essa semana e espero que vocês gostem. Achei simplesmente fantástico e ao mesmo tempo medonho (no sentido de dar medo, mesmo!)

3.     NA MENTE, O VENENO, da Andrea H. Japp (Ed. Vertigo).
NOTA NO SKOOB: 5 estrelas + Favorito).
Na sexta postei a resenha desse livro para vocês e não tenho palavras para descrever o quanto ele foi excelente! Tem uma protagonista que com toda certeza será inesquecível para mim, justamente por isso, entrou para meus favoritos. Quem ainda não leu a resenha, pode conferir AQUI.

4.     TERRA SEM LEI – John Sandford (Ed.Arqueiro).
NOTA NO SKOOB: 5 estrelas.
Esse livro me surpreendeu imensamente. O primeiro livro que li do John foi PRESA INVISÍVEL, lançado pela RECORD. Simplesmente AMEI o livro. Quando vi que a Arqueiro iria lançar uma nova série do autor, morri de felicidade, contudo, NOITE DE TEMPESTADE, 2º livro da série do Virgil Flowers me dividiu bastante, sendo, na verdade, decepcionante se comparado com PRESA INVISÍVEL, mas, TERRA SEM LEI foi de tirar o fôlego! ADOREI cada página e fiquei completamente satisfeita com a leitura, tanto que o livro ganhou 5 estrelinhas *_*


E vocês, o que andaram lendo, recebendo, comprando e trocando?