28 de fevereiro de 2015

LISTAS: Meus 10 Protagonistas Preferidos de Livros Policiais



Bom dia, pessoal!

Semana passada fiz uma LISTA com minhas 12 protagonistas preferidas dos livros policiais. Como não podia deixar de ser, hoje vou apresentar os 10 protagonistas, mui machos, desses livros que fazem meu coração palpitar de tanta emoção! <3



A Fera Interior10. KONRAD SIMONSEN – Série: Konrad Simonsen – Lotte & Soren Hammer
Posso ter lido apenas uma livro com esse investigador magnífico, mas sem dúvida nunca o esqueci. Elegi A FERA INTERIOR como um de meus livros preferidos de 2013 e foi uma leitura inesquecível. Até hoje fico na expectativa da VESTÍGIO lançar outros livros dos irmãos Hammer. Quem gosta de livros policiais com temas fortes, que falem sobre justiça e nos deixam em dúvida se a vítima merecia ou não a morte, não pode deixar de conferir esse livro fabuloso com seu investigador fantástico, que jamais desiste de uma pista e “cavuca” tudo ao máximo para encontrar suas respostas. Posso ter lido apenas esse livro com o investigador SIMONSEN, mas já sinto que o amo, rs.



A Dama do Lago9. PHILIP MARLOWE – Série: Philip Marlowe – Raymond Chandler
Não tenho como não amar esse detetive particular que se mete em mil encrencas, ainda mais com as autoridades policiais, com quem tem claramente uma rixa e um enorme sentimento de competição. O ego enorme do protagonista só faz com que eu o adore ainda mais. CHANDLER é um dos mais famosos e adorados autores de livros policiais e com certeza sabe prender o leitor em sua teia narrativa, mas o que mais gosto nele é o fato de nunca ficar tentando arrumar respostas mirabolantes para explicar o culpado do crime, ele segue suas histórias de forma redondinha, de modo que o culpado seja plausível, e se o leitor adivinhar... Sorte dele. AMO autores que não criam reviravoltas finais só para não parecerem óbvios. Ano passado a ALFAGUARA começou a relançar os livros do Chandler em uma edição divina, quem tiver a oportunidade, compre ela.


O Verão das Bonecas Mortas8. HÉCTOR SALGADO – Série: Inspetor Héctor Salgado – Toni Hill
HILL foi o primeiro autor espanhol de livros policiais que li e imediatamente criei um amor enorme por ele e por seu maculado protagonista. Salgado tem características que são praxe aos investigadores, como o coração perturbado e a mente mais ainda, mas suas semelhanças com tantos outros protagonistas não diminuem o brilho de seu caráter e empenho. Para conhecê-lo, basta ler O VERÃO DAS BONECAS MORTAS e OS BONS SUICIDAS, ambos lançados pela editora TORDESILHAS.



Um Outono em River Falls7. MIKE LOGAN – Série: River Falls – Alexis Aaubenque
Quando li o primeiro livro dessa série, não achei LOGAN nada demais, pelo contrário, tive até uma antipatia por ele e por sua posição em relação ao caso, sempre teimoso e cheio de si, ele não percebia as diversas vezes que fez papel de tolo. Contudo, no segundo livro da série o protagonista pareceu ter amadurecido. Passou a ouvir opiniões e não mais dar as suas como certa. O fato de ele ter tirado um tapa olho de si melhorou muito sua participação no enredo e fez com que ele virasse um queridinho para mim. Essa trama é fantástica e mal posso esperar para conferir o terceiro e último livro da trilogia.


O Sexto Homem

6. SEAN KING – Série: Sean King & Michelle Maxwell – David Baldacci
Coloquei Michelle na lista das mocinhas e não poderia deixar de colocar SEAN nessa. Esse homem é incrível! Faz parte daqueles investigadores fodões, com carcaça perfeita, inteligência aguçada e nível de humor duvidoso, rs. As melhores partes dessa série são os diálogos que ele trava com sua parceira. Os que falam dos casos são brilhantes, mas os que tratam da relação profissional e pessoal dos dois são fenomenais. Adoro-os!



A Síndrome E5. FRANCK SHARKO – Série Lucie Henebelle & Frack Sharko – Franck Thilliez
Sem dúvidas THILLIEZ é o cara! NUNCA, JAMAIS li um livro policial tão bem elaborado e pesquisado quanto os desse homem. A cada página é possível ao leitor perceber a inteligência ENORME e fora do comum do autor. Obviamente, seus livros só poderiam trazer protagonistas maravilhosos. Lucie está na minha lista feminina, e não posso deixar de falar de Franck. O homem é incrível, sagaz e destruído. Sim, eu sei, quase todos os investigadores de livros policiais o são, mas esse homem parece mais despedaçado que o normal. AMO essa dupla e sofro a cada semestre que mando email para a INTRÍNSECA e vejo que não há lançamento dele previsto L

O Leopardo4. HARRY HOLE – Série: Harry Hole – Jo Nesbo.
Falando em protagonistas destruídos, aqui está mais um. Harry é como Franck, dilacerado, mas brilhante em sua profissão. Uma das coisas que mais gosto em Hole é seu poder de empatia. Muitas vezes ele soluciona um caso porque consegue pensar como o outro pensa, e isso faz com que sua sagacidade seja ilimitada. Outra coisa que me dá um extremo prazer nos livros dessa série é a relação dele com Rakel, a mulher que ele ama e se separou. Sim, é o famoso clichezão dos investigadores, mas adoro, adoro, adoro. A única coisa que me incomoda nessa série é o tanto de vezes que NESBO fala sobre o alcoolismo do protagonistas. São páginas e mais páginas em todos os livros da série para falar do problema de Harry com o álcool. Fico com a sensação de que o autor tenta por um defeito para que Harry não pareça tão fodástico assim. Bem, comigo não funciona, para mim, NESBO pode colocar qualquer defeito em HOLE que vou continuar amando-o :P (pra você, Nesbo)

Reviravolta 3. MICKEY HALLER – Série: Mickey Haller – Michael Connelly
2. HARRY BOSCH – Série: Harry Bosch – Michael Connelly
HALLER entra nessa lista não por ser um detetive ou investigador, mas por ser um dos advogados mais fodas de todos os tempos! Mickey é tudo que um advogado deve ser: brilhante, inteligente, cínico, sacana e temperamental.
BOSCH é o tipo de investigador que idolatro: destemido e que não se deixa comandar por superiores. Sempre com uma resposta pronta e uma pergunta nunca imaginada pelos demais que acompanham os casos, ele está sempre um passo a frente e pronto para trancafiar os culpados.
Separados eles são incríveis... Mas juntos! <3 São como goiabada com queijo! Brilhantes e fascinantes, esses dois homens conseguem arrancar horas de mais puro prazer quando aparecem. Quem ainda não os conhece, leia REVIRAVOLTA e prepare-se para virar fã!

1.    PATRICK BOWERS – Série: Patrick Bowers – Steven James

O Peão
Como não me canso de repetir, essa é a melhor série policial publicada no Brasil atualmente! A COMPANHIA NACIONAL acertou em cheio ao trazer as aventuras desse especialista em criminologia ambiental. Sim, você está acostumado com detetives, investigadores, inspetores e outras patentes policiais e nunca ouviu falar o que faz um criminologista ambiental. Passei por isso também, mas após ler a descrição da profissão em O PEÃO, decidi que ninguém, nunca mais, ocuparia o primeiro lugar na minha lista de protagonistas preferidos. Mas não é só por isso que amo PAT, e sim por todo diferencial que JAMES inseriu no personagem, que foge ao lugar comum: PAT não é beberão e não sofre por amar a ex-mulher e ficar correndo atrás dela, ao contrário, ele é um viúvo que ficou com a difícil tarefa de cuidar da enteada, TESS, outra personagem que faz essa série ser tão grandiosa e brilhante! Mais uma vez JAMES inovou ao apresentar uma adolescente tão diferente das “bobinhas” que estamos acostumados. Toda vez que leio um livro dessa série não sei quem me surpreende mais: PAT ou TESS, só sei que ambos formam uma dupla incrível e que JAMES acertou em cheio ao apresentar tantas coisas comuns aos livros policiais e ao mesmo tempo tantas singularidades ímpares em seus enredos. Essa série é aquela que não tem monotonia nunca! Todas as vezes que pensamos que o enredo vai dar uma parada, uma novidade é inserida e novo fôlego e ritmo são dados as histórias.

Espero que essa série não chegue ao fim nunca e que JAMES sempre tenha algo para contar sobre seus personagens. Quem ainda não leu, CORRE!


Antes que vocês perguntem sobre o POIROT nessa lista, já esclareço o motivo de ele não estar aqui. AMO a Agatha e ela é uma de minhas autoras preferidas. Desde a 5ª série POIROT foi meu preferido, mas no meio da minha caminhada de leitura de livros da AGATHA, li um livro com ele (não lembro o nome) em que ele depreciou tanto o Hastings que peguei raiva do personagem. Continuei lendo os livros com ele e adoro as histórias, mas não o coloco mais em minhas listas. Todo ego tem que ter um limite, e, para mim, POIROT ultrapassou o aceitável.


E vocês, quais os protagonistas preferidos do gênero policial?




27 de fevereiro de 2015

RESENHA: A URNA SAGRADA - Bob Hostetler (Ed. Record)



Oi, gente!

Para finalizarmos essa semana, vocês vão poder conferir mais uma resenha de um lançamento da editora RECORD. Contudo, minha opinião sobre A URNA SAGRADA do BOB HOSTETLER não é muito boa :S

A Urna Sagrada A URNA SAGRADA
BOB HOSTETLER
Editora: RECORD              
Ano: 2015                                      
Nº págs: 336
Gênero: Suspense, Thriller

SINOPSE: Como arqueólogo, cabe a Randall Bullock decifrar vestígios de civilizações antigas. Como marido, deve aprender a conviver com a morte da esposa. Como pai, Rand não sabe o que fazer. Seu relacionamento com a filha Tracy, de 19 anos, promete ficar ainda mais complicado quando ela é expulsa da faculdade e vai atrás dele em Israel. Porém, trabalhar naquela região é cada dia mais perigoso e, ao ser designado para um novo local, Randall acaba precisando contar com a ajuda da bela oficial da polícia israelense Miri Sharon. Mas o verdadeiro desafio ainda está por vir. Dois ossuários estão enterrados ali, e um deles contém um pergaminho que pode comprovar a ressurreição de Jesus Cristo. Forçado a encarar o poder dessa revelação histórica, ele deve confrontar suas próprias crenças — ou a falta delas — enquanto tenta evitar que as consequências de sua descoberta tenham uma reviravolta desastrosa. A urna sagrada é um suspense histórico que alia, de maneira magistral, conflitos políticos, romance e fé. Com todo o seu conhecimento religioso e uma boa dose de ação, Bob Hostetler consegue levar o leitor a uma nova versão de um importante momento da história do mundo.

Quem acompanha o blog sabe que costumo chamar esse tipo de thriller de livros “a la Dan Brown.” Sempre acho bastante fascinante a mistura de thriller com religião e algum tipo de arte. E sim, estou incluindo os achados de A URNA SAGRADA em arte. O livro tinha tudo para ser incrível: um enredo impressionante, personagens contagiantes, briga política, esclarecimentos sobre o Oriente Médio e suas crenças, etc, mas não consegui gostar por um único motivo: a mim, pareceu que A URNA SAGRADA foi um cópia BASTANTE descarada de OSSOS PERDIDOS da KATHY REICHS, também lançado pela RECORD.

O começo do livro me empolgou bastante e admito que HOSTETLER tem um jeito delicioso de escrever. Tão delicioso que mesmo estando aborrecida com as similaridades do livro, não consegui abandoná-lo nem lê-lo em um ritmo menor que frenético. Os personagens, que em alguns aspectos (não todos), se distinguem bastante dos de REICHS, foram o atrativo do livro e confesso ter lido até o final porque estava mais interessada no lado pessoal de suas vidas e queria ver como o autor finalizaria a história sobre cada um, mas, quanto ao mote principal, que foi o achado dos ossos... CÓPIA! E apesar de ter gostado do protagonista, ele não é Bones, portanto, não senti que ele era o profissional incrível que BOB tentou criar.

Outra coisa que me incomodou, e MUITO, foi que em ambos os livros tivemos os integrantes da Chevra Kadisha explorados, em ambos os ossuários estavam no mesmo lugar, em ambos os protagonistas sofreram ameaças por parte desses integrantes, em ambos alguém com uma patente ficou ali para evitar uma “luta” entre os integrantes e o pesquisador, em ambos a suspeita sobre a identidade dos ossos recaíam na mesma pessoa, etc. A diferença entre A URNA SAGRADA e OSSOS PERDIDOS está no fato de REICHS saber explicar sua história com palavras facilmente assimiláveis ao leitor leigo, enquanto que BOB pareceu muitas vezes querer florear o pavão, para no fim acabar dizendo a mesmíssima coisa ¬¬.

Além disso, HOSTETLER também quis complicar um pouco mais, inserindo uma parte da história que se passou em 26 d.c. Sei que a intenção do autor foi a de enriquecer o livro, mas, para mim, que já havia lido o livro da REICHS, foi apenas uma tentativa de apresentar algum diferencial para um enredo que estava tão semelhante a outro.


Infelizmente, tirando a vida pessoal dos personagens, nada em A URNA SAGRADA me atraiu, e se tivesse que indicar um dos dois livros, digo para ficarem com o da REICHS sem sombra de dúvida!




26 de fevereiro de 2015

RESENHA: SOMBRA - Karin Alvtegen (Ed. Record)



Boa tarde, pessoal!

Hoje vou falar de mais um lançamento da editora RECORD: SOMBRA, da KARIN ALVTEGEN.

SombraSOMBRA
KARIN ALVTEGEN
Editora: RECORD
Ano: 2015                                      
Nº págs: 336
Gênero: Drama, Thriller

SINOPSE: Gerda Persson, de 92 anos, morre em seu apartamento e seu corpo só é encontrado três dias depois. Gerda parece ter sido uma pessoa comum, ter vivido uma vida extremamente normal – até sua geladeira ser aberta. Dentro da geladeira, vários livros empilhados de forma organizada e envoltos em plástico estão cobertos por uma camada de gelo – todos escritos pelo mesmo autor, Axel Ragnerfeldt, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura. Que mistérios conterão estes livros? Marianne Folkesson, curadora de inventários do município, entra em contato com o filho do escritor, Jan-Erik, e descobre que a idosa foi empregada dos Ragnerfeldts por muitos anos. Ao procurar uma foto de Gerda a pedido de Marianne, Jan-Erik se depara com segredos de família: uma história de traições e mentiras que, para os envolvidos, deveria permanecer no passado. A ascensão dos Ragnerfeldts parece ter sido marcada por um crime obscuro – algo que havia sido enterrado pelo tempo e que agora pode vir à tona.

Quando li a sinopse desse livro, fiquei imediatamente interessada, ainda mais por ser um thriller. Contudo, quando fiz a leitura, achei que SOMBRA está mais para um drama, desses bastante densos e enigmáticos. Costumo dizer que não é só porque temos um corpo que a história se classifica como policial, suspense ou thriller. E foi o caso aqui.

A narrativa de KARIN é perfeita em diversos aspectos, mas principalmente na riqueza de detalhes. A autora não deixou passar nada! Desde descrições de ruas e lugares até descrição de personalidades e sentimentos, tudo foi minuciado e explorado, de modo a satisfazer completamente qualquer curiosidade possível de aparecer.

Guerda Persson, a morta, teve seu passado trabalhado de forma magnânima, e até o final KARIN conseguiu ir contando várias coisas sobre ela, porém sem nos revelar muito, fazendo com que nossa imaginação estivesse sempre alerta.

Mas o foco do enredo é mesmo na família Ragnerfeldt. Não sei dizer qual dos membros me chamou mais atenção ou me deixou em maior desespero para saber os segredos. Axel, o Nobel da Literatura, foi um personagem surpreendente em MUITAS situações. Algumas por sua sinceridade e outras por seu cinismo. Seu filho desfocou minha atenção em várias passagens, pois a decadência de seu casamento foi muito bem explorada, assim como todas as suas fraquezas e falhas de caráter. A história da filha é um caso a parte que não vou comentar aqui, pois consiste no mistério do livro. Mas quem me chocou mesmo foi Alice, sua esposa. A princípio a personagem me pareceu completamente sem sal e que estava ali apenas para mostrar a família do autor, porém, conforme fui prosseguindo na leitura, fui percebendo o quão grandiosa essa mulher foi se tornando e o quanto tudo começou a girar em torno dela e de seus segredos do passado. Alicia foi medonhamente brilhante!

Ao ler SOMBRA, não consegui não comparar a forma de escrever da autora com a de LUCINDA RILEY, pois ambas conseguem transformar histórias aparentemente comuns em algo completamente denso e cheio de segredos. Outra comparação que não consegui deixar passar em branco foi com o livro QUARTOS FECHADOS, também lançado pela RECORD, mas a lembrança foi só pelo fato de termos alguém famoso e admirado que esconde segredos obscuros capazes de acabar com uma bela imagem que se demorou anos para construir, pois SOMBRA ganha disparado do livro citado, principalmente pela qualidade da narrativa de KARIN

Esse foi o primeiro livro que li da autora e já sei que quero ler outros mais. Quem tiver a oportunidade, confira. Vale MUITO a pena!


25 de fevereiro de 2015

RESENHA: O INQUISIDOR - Mark Allen Smith (Ed. Record)



Oi, pessoal!

Até o final dessa semana vocês vão poder conferir resenhas da editora RECORD, e hoje começo falando de O INQUISIDOR do MARK ALLEN SMITH.

O Inquisidor O INQUISIDOR
MARK ALLEN SMITH
Editora: RECORD              
Ano: 2015                                      
Nº págs: 416
Gênero: Thriller

SINOPSE: Geiger tem um dom: ele sabe quando alguém está mentindo. Na função que exerce, a chamada “obtenção de informações”, Geiger utiliza sua valiosa habilidade e vários métodos psicológicos que levam suas vítimas a um ponto em que o medo supera a dor. Assim que atingem esse ponto, elas não têm mais como resistir. Uma das únicas regras seguidas pelo torturador é não trabalhar com crianças. Quando seu sócio, o ex-jornalista Harry Boddicker, lhe traz um novo cliente que exige que ele interrogue um menino de doze anos, sua resposta é “não”. Mas quando o cliente ameaça levar o menino para Dalton, um torturador sem regras, famoso por matar seus interrogados, Geiger, cujo passado é um mistério até para ele mesmo, é surpreendido por um sentimento estranho de proteção e foge com o menino na tentativa de salvar sua vida. Enquanto Geiger e Harry investigam por que o cliente está tão desesperado para descobrir o segredo guardado pelo garoto, eles se veem caçados por um adversário cruel. E é no meio dessa caçada implacável que o passado misterioso e sinistro de Geiger vem à tona.

Solicitei O INQUISIDOR por vários motivos: primeiro, é thriller da RECORD. Não sei se vocês já perceberam, mas tenho um fraco pelos livros do gênero que a editora lança. São a maioria na minha coleção e 80% das vezes são excelentes; segundo, a capa! AMEI essa capa e achei um charme esse martelinho em cima do título <3; terceiro, a sinopse, claro! Não sou sádica, mas sim, ADORO histórias com tortura, e obviamente não poderia perder essa.

Apesar de toda essa empolgação inicial, cheguei ao final decepcionada!

Achei que as cenas de tortura seriam melhores, mais bem elaboradas e tão perversas que fariam o estômago contorcer e uma agonia intensa se espalhar pelo corpo. Não teve nada disso. ALLEN não apresentou nada que outros autores de livros policiais já não tivessem explorado antes, de forma até mais intensa e medonha.

O garoto da sinopse demorou MUITO para entrar na trama, enquanto isso, o autor pareceu encher linguiça para transformar seu protagonista em uma rocha fodona. Quando o menino FINALMENTE resolveu dar as caras no enredo, mais enrolação aconteceu, pois, mais uma vez, demorou-se MUITO para Geiger descobrir as razões dos vilões quererem encontrar o pai do menino. Isso porque o parceiro de Geiger, o inquisidor, era especialista em obtenção de informações. Desculpem, mas em vááários momentos fiquei imaginando se não fosse... Por que a lerdeza... OMFG! Por fim, quando se deu FINALMENTE a explicação da história, tive a sensação de que foi muito “fuá” a troco de pouca coisa.

Não nego que Geiger foi um personagem interessante. Ele surgiu como uma rocha indecifrável e infalível e com o passar das páginas foi se “quebrando” para o leitor. Apesar disso, algumas vezes senti que o autor meio que forçava a barra para tentar humanizá-lo, para fazê-lo se passar por “mocinho” e, não sei, às vezes acho que gostaria que ele tivesse permanecido como no início da história. Contudo, as lembranças de seu passado me envolveram bastante e fiquei sensibilizada com as situações que ele passou.

A sensação que tive foi a de ALLEN ter criado um bom protagonista, mas tê-lo inserido em um enredo qualquer, apenas para demonstrar o quão grandioso esse personagem era. Foi aquilo de o personagem ser muito maior que a trama e essa se tornar completamente secundária, e acredito que em livros desse gênero deva acontecer o contrário: a história tem de ser o fator principal e o protagonista uma consequência da grandiosidade do enredo. 

Por essas razões, não posso dizer que O INQUISIDOR foi um grande livro ou que me surpreendeu em algum ponto. Foi uma leitura mediana, mas que não me deixou marcas. Não sei se leria um próximo livro do autor.


24 de fevereiro de 2015

RESENHA: AS CONFISSÕES DAS IRMÃS SULLIVAN - Natalie Sandiford (Ed. Galera Record)



Olá, pessoal!

Hoje vou falar sobre um lançamento da GALERA RECORD que fiquei doida para ler por causa da autora, mas que acabou sendo uma decepção. Estou falando de AS CONFISSÕES DAS IRMÃS SULLIVAN da NATALIE STANDIFORD.

As Confissões das Irmãs SullivanAS CONFISSÕES DAS IRMÃS SULLIVAN
NATALIE SANDIFORD
Editora: GALERA RECORD              
Ano: 2015          
Nº págs: 352
Gênero: Juvenil

SINOPSE: Quando o futuro da família está em jogo, não há segredo grande ou pequeno demais. A avó das irmãs Sullivan reúne a família para anunciar que em breve morrerá. E, possivelmente pior, que removeu toda a família de seu testamento. Como ela é a fonte de quase toda a renda familiar, isso significa que ficarão sem um tostão. Ela foi ofendida por alguém da família, mas diz que, se o ofensor se revelar com uma confissão do seu crime enviada para seu advogado, ela pode recolocar a família no testamento. Agora, nenhum segredo é grande ou demais para as irmãs Sullivan. E que comecem as confissões.


Quando a GALERA mandou a news de fevereiro, não dei nem um pouco de atenção para AS CONFISSÕES DAS IRMÃS SULLIVAN. Na minha cabeça, essa era uma continuação de Irmãs Sloane; não sei a razão de ter feito a confusão. Fato é que, rondando pela blogosfera, percebi que esse título era da mesma autora que COMO DIZER ADEUS EM ROBÔ, livro que adorei. Percebendo que estava deixando um título da NATALIE passar, reenviei outro email para GALERA e solicitei o livro. Claro que a sinopse também me atraiu, afinal, assim como as irmãs, tenho uma avó malvada e queria muito conferir se ambas eram parecidas, rs.

Gostei da ideia do livro e do fato de ele se embasar em confissões das três filhas, mas logo de cara pensei em desistir da leitura. A primeira a nos contar sua história foi Norrie, a filha de 17 anos que está se preparando para ir à faculdade. Achei a parte de Norrie chata e completamente clichê. Ela fala de uma paixão por um garoto mais velho e o enredo se desenvolve como a grande maioria que fala desse tipo de tema. Pior, ela foi a irmã que mais usou páginas no livro, e por fim, para contar nada de espetacular. Gostaria que tivesse sido dada uma ênfase maior a dominação da avó e menos no romance. Norrie era a irmã de 17 anos, mas muitas vezes pareceu ter 14, ou nem isso.

Não desisti da leitura querendo ver o que a próxima irmã teria para contar, e de fato Jane me deliciou. Ela é a irmã rebelde de 16 anos, que não segue regras, quer derrubar o sistema e é atrevida. Na sua parte, a história de vida da avó foi mais explorada e finalmente pudemos conhecer um pouco mais dela. Achei hilária essa parte da Jane, porém, o final de sua confissão não foi o que eu esperava dessa garota com tanta personalidade e acabou me decepcionando.

A última confissão vem através de Sassy, que tem 15 anos. Não achei que iria desgostar menos de uma história do que a de Norrie, mas estava enganada. A confissão de Sassy foi sem pé nem cabeça, bastante forçada, meio nada a ver e me pareceu estar ali só para encher linguiça, tão desimportante foi o que ela contou ¬¬

Uma coisa que me incomodou muito em AS CONFISSÕES DAS IRMÃS SULLIVAN foi a relação dos pais com os seis filhos. O casal parecia não estar se importando muito com nenhuma das crianças e parecia viver em um mundinho fechado só deles e ainda em lua de mel. Fiquei me perguntando os motivos que levam pais a colocar tantos filhos no mundo se sequer vão prestar atenção neles. Achei as partes em que eles apareceram ridículas! Mais ridículo ainda foi a explicação, dada apenas na confissão de Jane, do porquê os filhos chamavam Ginger pelo nome em vez de mãe: a mulher não gostava de ser chamada de mãe porque se sentia velha. Por qual motivo, razão ou conseqüência resolveu então ter seis filhos? A mim, essa mulher ficou mais parecendo uma surtada.

A figura da avó, que pensei que dominaria boa parte da narrativa, nem foi tão explorada, e tirando a vontade dela de querer parecer superior e querer comandar todo mundo ao seu redor pelo simples fato de ter dinheiro, ela não era tão ruim assim. Se aquilo é ser ruim, é porque vocês não conhecem a minha avó. Sei lá, esperei uma avó realmente do mal (como a minha, hahahaha), e não apenas alguém com personalidade forte que acha que pode dominar as pessoas por ter dinheiro e poder.

Tirando Jane, que foi uma personagem engraçadíssima, achei a narrativa pobre e muitas vezes sem nexo. Isso sem contar as “falhas” que acredito não terem sido problema da tradução. Por exemplo, em um determinado ponto Jane diz que tem 17 anos, em outro, 16. Como ela não era gêmea de Norrie e nem adotada, era claro que tinha 16, apesar de parecer bem mais madura e consciente do mundo ao seu redor que a irmã mais velha. E falando na Norrie, em certo momento foi citado que o rapaz por quem ela se apaixonou era sete anos mais velho que ela... Ela tinha 17, ele 25, só nas minhas contas que isso dá 8? Foram pequenas falhas que me irritaram durante a leitura e que me fizeram pensar que a autora não foi cuidadosa o bastante. Ou talvez eu esteja equivocada e realmente tenha sido a tradução, mas acho difícil ocorrer esse tipo de erro com palavras tão fáceis. Obviamente, a revisão poderia ter tido um cuidado maior.

Enfim, adorei o primeiro livro da NATALIE que a GALERA lançou, mas não gostei e nem recomendo AS CONFISSÕES DAS IRMÃS SULLIVAN.