30 de outubro de 2013

RESENHA: WAYNE DE GOTHAM - Tracy Hickman (Ed. Fantasy)



Oi, gente!

TUM! SOC! PAFF! POW! Quem lembra dessas palavras aparecendo bem grande na tela de um famoso seriado? Certeza que muitos de vocês lembram do seriado do BATMAN, aquele da roupinha azul meio arroxeada. Bem, eu lembro e desde novinha BATMAN sempre foi meu super herói preferido *____*. Aí, na semana passada, chegou de parceria com a editora FANTASY, WAYNE DE GOTHAM, escrito pelo TRACY HICKMAN. Gente, pirei! Fico sempre acompanhando pré-vendas e lançamentos, mas não sabia da existência desse livro! Como pode? Maravilhada de tê-lo em mãos, mergulhei na leitura.

Wayne de GothamSINOPSE: Por trás de toda máscara existe um homem de verdade. Ainda criança, Bruce Wayne testemunha o assassinato dos pais – e o mistério sobre o motivo o impulsiona a fazer uma busca pelo seu passado. É quando descobre um diário secreto de seu pai Thomas, um médico rebelde que parece finalmente revelar o seu lado obscuro. Sua identidade é seriamente abalada quando um convidado levanta, inesperadamente, questões sobre o evento que acabou com a vida de sua amada mãe e seu admirável pai – caso que provocou para sempre sua vontade insaciável de proteção e vingança. Para descobrir a história real da família, Batman precisa confrontar o antigo inimigo, como o perverso Coringa, seu próprio mordomo Alfred, além do passado que assombra o asilo Arkham, para assumir o novo fardo de um legado sombrio. Muito mais próximo dos filmes de Burton e Christopher Nolan e das HQs de Frank Miller do que dos seriados de TV dos anos 1960 e dos outros quadrinhos. Um olhar imaginativo sobre o lado humano de um super-herói icônico. 

A primeira coisa que me vem à mente quando penso em BATMAN é George Clooney, Chris O’Donnell, Alicia Silverstone, Schwarzenegger (é, olhei no Google), e a diviníssima Uma Thurman. Sempre gostei muito de BATMAN, até mesmo daquele seriado tosco de 1900 e bolinha, mas, para mim, nenhum dos filmes da franquia é tão bom quanto Batman & Robin (1997). Ok, eu sei, vocês vão dizer: O CAVALEIRO DAS TREVAS É O MÁXIMO! Desculpe, mas não é! Não acho! Desses novos filmes da franquia só assisti o que tem o Heath Ledger porque o cara era demais, mas não suporto o Christian Bele. Deus! Com aquele nariz fino de mocinha, ele não é nem nunca vai ser o meu BATMAN!  #ProntoFalei

Depois de sofrer de decepção com o Bale, tive um surto de alegria com o livro  WAYNE DE GOTHAM, afinal, agora eu podia imaginar meu BATMAN como eu queria: George Glooney \o/

A premissa maior do livro é descobrir os assassinos dos pais de Bruce Wayne, o BATMAN; para isso, a história inicia em um ponto bastante cabuloso, quando Patrick e Thomas Wayne estão passando por um momento de tensão. O avô e o pai de Bruce nunca tiveram um relacionamento muito bom, e isso ocorreu por conta de quando Patrick quis ensinar Thomas a usar uma arma. A cena é de dar pena. Patrick submete o filho à humilhação e degradação.

Esse início é o que basta para convencer qualquer um a ler o livro. Contudo, logo após tem uma passagem chata, pois fica falando do BATMAN combatendo o crime, fala do batmóvel, da roupa, dos acessórios, da capa... Eu adoro tudo isso nos filmes, mas em WAYNE DE GOTHAM eu queria ler o suspense que o autor havia preparado. E, graças a Deus, essa parte foi rápida e quase não apareceu mais. O livro fez com que eu não mais pensasse em BATMAN, e sim em Bruce, tudo que eu queria era ler sobre o passado dos pais de Bruce.

O enredo passa então a ser dividido entre passado e presente. O presente com as descobertas que Bruce vai fazendo em relação à família, e o passando dando total enfoque em Thomas, um garoto milionário, que não se dava bem com o pai e que para “fugir” foi estudar medicina em Harvard. Já formado, ele retorna para casa, mas para todos ele ainda é, e sempre será, filho de Patrick. Cansado de ser visto dessa forma, Thomas se junta a um médico que está desenvolvendo um projeto para varrer a corrupção e o crime de Gotham. Thomas acredita que essa será sua chance de brilhar e de mostrar ao pai a que veio.

É aí que o livro ganha um novo fôlego e você pensa: WTF?

Sério, TRACY HICKMAN conseguiu desenvolver uma história de suspense fabulosa! Seu enredo mistura ciência, experiência genética, vingadores, chantagistas, criminosos, manipuladores de mentes e tudo mais que vocês podem imaginar para tornar o livro um excelente representante do gênero policial. Sim, fiquei de boca aberta!

HICKMAN foi brilhante ao explorar a morte dos pais de Bruce e trazer tantos elementos positivos para sua história. Achei que WAYNE DE GOTHAM seria um livro de super-heroi combatendo o crime, mas a verdade é que o livro é um suspense de primeira e que a todo momento surpreende com as mais variadas explicações.

A única coisa que não gostei, e que por isso parei de ver o BATMAN como o Clooney, foi o modo como ele tratava Alfred. Todo mundo sabe que o mordomo está na família há anos, e que antes dele, seu pai ocupava o mesmo cargo. Alfred cuidou com todo zelo e carinho de Bruce, mas, ao descobrir que Alfred esconde alguns segredos da vida de Thomas, Bruce o trata extremamente mal! É grosseiro e estúpido com o senhor que sabemos ter idade bastante avançada. Bem, BATMAN CLOONEY seria incapaz de tratar dessa forma uma pessoa do bem, ainda mais alguém que lhe deu tanto afeto depois de ficar órfão, portanto, quem era o BATMAN / Bruce Wayne que formei na minha mente? Não sei. Já faz alguns dias que li o livro e não consigo ter uma imagem do personagem, mas, quem disse que isso importa? Como eu disse, o perfeito enredo policial que TRACY HICKMAN criou, torna a caracterizações do BATMAN dispensável. Por isso, enquanto BATMAN eu imaginava a fantasia do Homem-Morcego, e enquanto Bruce... Enquanto Bruce não imaginava nada, afinal, como filho de Thomas, ele estava ali como um “detetive” do passado do pai, e fiquei mais interessada em suas descobertas do que em sua aparência.


WAYNE DE GOTHAM é simplesmente o máximo! A-D-O-R-E-I! Fãs de BATMAN, Leiam! Leiam! Leiam! Não fãs de BATMAN, leiam mesmo assim! Esqueçam a parte do super-heroi e embarquem na maravilhosa trama policial que TRACY HICKMAN criou, vocês vão se surpreender ;)



FICHA DO LIVRO

WAYNE DE GOTHAM
TRACY HICKMAN
Editora: FANTASY
Ano: 2013                   
Nº págs: 270
Gênero: Policial, Suspense



29 de outubro de 2013

RESENHA: UMA LIÇÃO INESQUECÍVEL - Laura Schroff (Ed. Universo dos Livros)



Boa tarde, gente.

A primeira resenha da semana é de um livro que me emocionou muito: UMA LIÇÃO INESQUECÍVEL, escrito pela LAURA SCHROFF e ALEX TRESNIOWSKI, e lançado por aqui pela UNIVERSO DOS LIVROS.

Uma Lição Inesquecível SINOPSE: – Com licença, senhora. Tem uma moeda? Tô com fome. Manhattan, Nova York, 1986. Foi assim que começou essa história no mínimo improvável. Ela, uma diretora comercial bem-sucedida de 35 anos no auge da carreira. Ele, um garotinho negro de onze anos que sobrevivia pedindo esmolas na rua. Cada um seguia sua vida em mundos geograficamente próximos, mas completamente distantes um do outro. Até que algo inexplicável, uma espécie de fio invisível, os une de maneira permanente. E a vida deles – essa vida que, de formas distintas, já parecia tão consolidada e firme tanto para ela quanto para ele – mudará para sempre. Como eles nunca poderiam imaginar.

UMA LIÇÃO INESQUECÍVEL conta a história real da vida de Laura e Maurice, uma executiva endinheirada e um garoto de rua que pedia esmolas.

Logo na introdução o livro já me causou uma dor enorme. Nesse início é falado sobre a vida de Maurice quando ainda criancinha, e uma situação pela qual o garoto passou aos dois anos fez com que meu coração se espremesse dentro do peito. Já aí, senti vontade de chorar.

Mas, ao prosseguir com a leitura, fui me surpreendendo com o talento de LAURA parra narrar à história de sua vida. Seu primeiro encontro com Maurice foi extremamente tocante. A relação entre eles, que passou a se desenvolver após esse dia, igualmente emocionante.

Maurice, um menino de rua, briguento, que não gostava de estudar, e com pais viciados, encontrou em LAURA um anjo protetor. Uma amiga que esteve ao seu lado por anos, que o ajudou, compreendeu e iluminou seu caminho. LAURA, uma mulher sofrida pela vida, encontrou em Maurice a razão de sorrir. A relação mais profunda de amizade nasce e se fortalece com essas duas pessoas tão diferentes e de mundos tão diferentes.

LAURA tem um jeito mágico de narrar, que faz tudo, até situações banais, parecerem fascinantes. No meio dos anos que dividiu com Maurice, ela vai intercalando a história de sua vida: a infância, adolescência, início da idade adulta.  E preciso dizer que por muitas e muitas vezes a história de vida dela despertou mais meu interesse do que seu relacionamento com Maurice.

SCHROFF é uma heroina. A mulher sofreu nas mãos de um pai beberrão e autoritário que castigava fisicamente a ela e aos irmãos, mas principalmente a esposa. As partes que falam das surras que a mãe de LAURA aguentou são extremamente fortes, angustiantes e chocantes. É impossível ler UMA LIÇÃO INESQUECÍVEL e não sentir uma raiva tremenda daquele pai, mas, ainda assim, com todos os defeitos, LAURA conseguiu mostrar o tamanho do afeto que seus irmãos nutriam por esse homem. Não bastando esse período de sofrimento em sua vida, ela nos conta sobre o tempo em que foi casada e a maneira abrupta como o relacionamento terminou. De repente, LAURA está expondo tão cruamente sua vida para nós, que o sofrimento dela se torna nosso sofrimento. Sua dor, angústia, mágoa e tristeza, se tornam sentimentos nossos.

Em relação a Maurice, muitas partes me marcaram, mas duas foram demasiadas emocionantes. A primeira, quando aos 18/19 anos ele some da vida de LAURA. Eles se conheceram quando ele tinha 6 anos, e desde então estavam sempre se vendo. Quando a autora passa a narrar sobre seu sumiço, conseguimos sentir o desespero dela nas palavras, e, mais uma vez, é impossível ficar indiferente com a situação. Outra passagem que me marcou demais, e essa não controlei as lágrimas, deixei chorar tudo que tinha vontade, é a emocionante carta que Maurice escreveu à amiga e que está no livro. Linda, profunda e surpreendente, é pouco para dizer quão bela foi a carta que Maurice escreveu para demonstrar todo seu afeto e gratidão por esse mulher que lhe mostrou uma nova vida.


Para quem gosta de livros que além de emocionar, marcam nossas vidas, UMA LIÇÃO INESQUECÍVEL é o livro! Triste, sensível, belo e profundo... Recomendo muito! 


FICHA DO LIVRO

UMA LIÇÃO INESQUECÍVEL
LAURA SCHOROFF
Ano: 2013                   
Nº págs: 256
Gênero: Drama



27 de outubro de 2013

CAIXA DE CORREIO #120



Boa tarde, pessoal!

A CAIXA DE CORREIO está saindo adiantada porque estou em completo ócio nesse domingo e resolvi postar logo o que chegou nessa semana.

Os correios estão me trollando e meus livros de parceria não chegam de jeito nenhum! Por conta disso, estou num stress absoluto faz umas 2 semanas L

O único livro de cortesia que chegou foi DESASTRE IMINENTE. Mas, como não gosto do gênero, e menos ainda do Traviz Maddox, o kit vai ficar para o sorteio da promoção de Natal, por isso, mulherada, aguardem *_*.

Tirei foto para postar no Instagram e guardei o kit na embalagem. Quem quiser vê-lo, é só clicar aí no link: http://instagram.com/p/f24b8MljAV/


Para compensar que os livros de parceria não chegaram, os de troca que recebi foram incríveis!


Vi tantas pessoas comentando sobre AMBER HOUSE que estava tendo um chilique para conseguir o livro. Ok, nem pretendo ler por agora, mas queria muito ter. ADORO livros com casas J

SOLITÁRIA é outro que há tempos estava querendo. Tenho o 1º volume da série, que todos dizem ser maravilhoso, e quero ver o que aguarda esse 2º, pois a maioria disse que ele decepciona, mas, para alegria, que no 3º a história volta a ficar fantástica. Vou esperar lançar todos para poder ler, enquanto isso, vou acompanhando a opinião do pessoal.

Desde o lançamento de O APRENDIZ DE ASSASSINO ele foi para minha lista de desejados. Depois de ter solicitado pelo PLUS, li a resenha da Gabi, do Livros & Citações e descobri que o livro tem fonte 8. Aí ele chegou, e nem tenho previsão de ler, ou se vou ler. Sou uma míope já operada (2 vezes) e não sei se quero fazer meus olhos sofrerem com essas letrinhas minúsculas :S

O CLUBE DO FOGO DO INFERNO é do Peter Straub, gênio do terror. A-D-O-R-O, A-D-O-R-O, A-D-O-R-O!

MEDO DE PALCO era o único livro que estava faltando pra minha coleção da Meg Cabot. Ok, sei que essa é uma série infantil, mas é uma de minhas preferidas, amo a Allie com todo meu coração. Ela é uma fofa!


Por fim, na segunda teve uma promoção MALUCA no Submarino:



4 temporadas de Fringe + trilogia Matriz por R$ 38,85. Tinha como não aproveitar?

O problema foi a dor de cabeça que tive por conta dos seriados ¬¬. Na sexta fui conferir o status do pedido e estava marcado como ENTREGUE, às 6:30 da manhã! Liguei no Submarino, fiz um escarcéu, como sempre teria que esperar 2 dias úteis para uma resposta. O que fiz? Achei o telefone da transportadora, que fica na cidade vizinha, e liguei pra perguntar. Para meu alívio, o entregador, que é o mesmo que traz tudo que eu compro faz anos, marcou como entregue na sexta, porque ele iria fazer uma entrega em Três Lagoas e se desse tempo, passaria aqui, mas como chegou tarde, deixou para entregar no sábado. Trouxe às 18:30 de ontem. Uffa!



E vocês, o que andaram recebendo, comprando e lendo nessa semana que passou?



Bjs
                                                          e boa semana para todos 

25 de outubro de 2013

RESENHA: SANGUE NA NEVE - Lisa Gardner (Ed. Novo Conceito)



Boa tarde, pessoal!

Vamos terminar a semana com resenha policial?

Quando a NOVO CONCEITO lançou VIVA PARA CONTAR da LISA GARDNER me vi apaixonada por mais uma autora policial. E então houve uma demora imensa em lançar outro livro dela. Eis que em abril (sim, a resenha está atrasadíssima, pois li o livro assim que chegou) recebi SANGUE NA NEVE e dei pulinhos de felicidade.

Sangue na NeveSINOPSE: A policial Tessa Leoni matou seu marido, Brian Darby, em legítima defesa. A arma do crime está à vista de todos e os hematomas no corpo de Tessa confirmam a ocorrência. A policial também não fez questão de fugir, ou de arrumar qualquer justificativa para explicar aquele corpo estendido no chão da cozinha, portanto, aparentemente, o que a investigadora D.D.Warren tem à sua frente é o desfecho de uma briga doméstica. Um caso simples. No entanto, ao abrir o inquérito, D. D. terá uma surpresa: este não é o primeiro homicídio de Tessa Leoni e — afinal — onde está a filhinha de seis anos da policial? Será que a policial Leoni realmente atirou em seu marido para matá-lo? Uma mãe seria capaz de prejudicar intencionalmente sua filha? D. D. Warren, a experiente detetive que acredita que desvendar um caso é como mergulhar na vida do criminoso, enfrentará mais uma investigação que a levará a uma busca frenética por uma criança desaparecida enquanto tenta encaixar as peças de um mistério familiar que a levará a quebrar os muros do corporativismo policial.

Até as primeiras 50, 60 páginas eu estava fascinada com a leitura. Depois disso comecei pegar birra dos personagens, sim, de TODOS eles! No primeiro livro que li da autora fiquei encantada pela metodologia investigativa de D.D. Warren e pela inteligência dessa mulher. Porém, em SANGUE NA NEVE a personagem parecia uma menina teimosa e mimada. Ela acreditou em uma frente investigativa no início e mesmo que as evidências apontassem para outro lugar, ela continuava acreditando apenas naquilo que ela queria. Conclusão: a detetive que tanto amei em VIVA PARA CONTAR estava me desapontando seriamente.

Muitos dos diversos policiais envolvidos na trama também me irritaram. Parecia que eles não faziam o mínimo esforço para encontrar a filha de Tessa e que havia uma conspiração no ar, mas que eu não conseguia enxergar e nem juntar pontas.

A história de Tessa me conquistou, principalmente seu passado. Quando a sinopse revelou que ela já havia assassinado um outro homem antes, fiz mil conjecturas, mas jamais supus o que a autora apresentou. A história foi forte, pesada, comovente e cheia de emoção.

Depois da metade do livro tudo voltou aos eixos. D.D. Warren caiu em minhas graças novamente, as investigações começaram a ter novo fôlego e foram feitas diversas revelações, o que deu ao leitor a chance de fazer muitas suposições.

GARDNER escreveu a história de forma tão brilhante e envolvente que não consegui decidir se ficava ao lado de Tessa ou contra ela. Passei boa parte do livro num joguete de ela é culpada, ela é inocente. E, em vez de escolher um lado, deixei a leitura fluir e GARDNER me levar pelo caminho que havia escolhido, afinal, eu já estava enlouquecendo tentando arrumar argumentos para fazer com que Tessa fosse inocente, e depois fiquei mais maluca ainda tentando justificar porque ela era culpada e onde se encontravam as incongruências de suas histórias.

Quando, por fim, a trama vai se revelando, fui ficando em verdadeiro choque. Jamais imaginei os motivos e razões por trás do assassinato do marido de Tessa e do sequestro da filhinha dela. Mas digo que foi surpreendente, e, principalmente, MUITO inteligente.


Uma das coisas que mais gostei em VIVA PARA CONTAR foi a forma como LISA intercalou a história de três mulheres, dando a cada capítulo voz para que elas contassem sua própria história. Em SANGUE NA NEVE ela meio que repetiu essa receita. Tínhamos um capítulo com Tessa, contando sobre seu passado e presente, e outro, esse em terceira pessoa, contando sobre as investigações de Warren. Aliás, eu gostaria de dizer várias coisas sobre a Warren, mas seria um spoiler gigante. Só adianto: foi a primeira vez que vi uma autora fazer o que GARDNER fez com sua investigadora, rs. Agora leiam SANGUE NA NEVE correndo para matar a curiosidade e descobrir tudo sobre esse suspense perfeito que LISA GARDNER mais uma vez conseguiu criar.


FICHA DO LIVRO

SANGUE NA NEVE
LISA GARDNER
Editora: NOVO CONCEITO
Ano: 2013                   
Nº págs: 416
Gênero: Policial, Suspense

24 de outubro de 2013

RESENHA: O GUARDIÃO DO TEMPO - Mitch Albom (Ed. Arqueiro)



Boa tarde, pessoal.

Hoje vou falar sobre O GUARDIÃO DO TEMPO, do MITCH ALBOM, lançado faz um tempinho pela ARQUEIRO.

O Guardião do TempoSINOPSE: Dhor sempre foi obcecado por enumerar coisas. Quando percebeu um padrão entre o nascer e o pôr do sol – que se repetiam um após o outro, infinitamente –, ele aprendeu a contar os dias. Ao descobrir que a lua mudava de forma e depois voltava ao seu formato original, passou a contar os meses.Sem saber, movido por uma curiosidade ingênua, Dhor estava aprisionando a maior dádiva de Deus: o tempo. E pagaria um preço alto por isso, sendo banido para uma caverna durante seis milênios. Imune aos efeitos dos anos, passava seus dias sozinho, forçado a ouvir as vozes das pessoas implorando por mais minutos, mais dias, mais anos – querendo esticar os momentos de felicidade e encolher os instantes de sofrimento. Depois de compreender o mal que havia criado ao fazer a vida girar em torno de um relógio, Dhor é mandado de volta à Terra com uma missão: ensinar a duas pessoas o verdadeiro sentido do tempo. Ele escolhe uma adolescente desiludida, prestes a pôr fim à própria vida, e um homem de negócios rico e poderoso que pretende desafiar a morte e viver para sempre. Cada um à sua maneira, eles precisam entender que o tempo é um dom precioso, que não pode ser desperdiçado nem manipulado. Para salvar a própria alma e concluir sua jornada, Dhor precisará salvá-los. Antes que o tempo se esgote – para todos.

Desde o lançamento de O GUARDIÃO DO TEMPO tive curiosidade pelo livro. Pela sinopse, a narrativa parecia incrível, e achei que a história estaria cheia de filosofias de vida e ensinamentos importantes. Além disso, pensei que traria uma bela lição sobre a importância exagerada ao tempo.

Eu, como alguns de vocês sabem, sou meio paranoica com o quesito TEMPO. Planejo meu dia em mínimos detalhes, e quando alguma coisa sai fora de ordem, ou atrasa um minuto que seja, fico irritada e completamente perdida. Sou o tipo de pessoa que vive em função do relógio e sou dependente até dos segundos. Exatamente por isso, pensei que tiraria uma bela lição de O GUARDIÃO DO TEMPO.

Em vez disso encontrei uma narrativa bem rasa e personagens bem pobres. A história nos traz três personagens principais: Dhor, Sarah e Victor. Dhor é o responsável pelo tempo. A história inicia nos tempos longínquos e nos apresenta Dhor desde criança fazendo contagem. O menino aprendeu contar o tempo pela água, pelo sol, e de todos os jeitos possíveis. Um dia uma tragédia se abate sobre sua esposa e ele recebe o “castigo” de ser o guardião do tempo. Isolado, sua missão é encontrar duas pessoas: uma que queira que o tempo passe mais rápido e outra que queira que ele dure mais.

Sarah é uma garota que vive isolada, não tem amigos; ela faz trabalho voluntário e lá conhece um rapaz por quem se apaixona. Ele, no entanto, não corresponde aos sentimentos da menina, e ela quer que o tempo voe para esquecer a vergonha de ter se declarado; Victor é um senhor que está a beira de morte, mas, como é muito rico, acha que pode comprar tudo, até uma forma de permanecer vivo.

Tudo isso até parecia legal, mas achei tudo muito pobre e desenvolvido de forma mecânica, sem emoção alguma por parte do narrador ou personagens. Quando a narrativa envolvia Dhor, parecia que estávamos lendo uma passagem bíblica e não um romance. Não tinha ênfase, emoção, não havia como ter empatia pelo personagem, pela tragédia com sua esposa, ou com a situação dele. As palavras pareciam ser jogadas e não havia como deixar qualquer sentimento fluir ou crescer. Parecia mais uma narração de um fato jornalístico do que um romance que deveria ser profundo e belo.

Quando Sarah ficou presente na história, até me interessei um pouco. A menina tinha problemas com os pais separados e achei que isso seria melhor trabalhado. Mas não, o autor optou por transformá-la em uma adolescente comum, que se apaixona por um bonitão que não está nem aí para ela. O problema é que ALBOM apresenta a personagem como uma menina madura, inteligente, que lê bastante, etc; mas, logo após passar uma noite embriagada com o garoto, e alguns beijos terem rolado, Sarah já começa a achar que ele é namorado dela e compra um presente caríssimo pra ele. Espera... Sarah não era inteligente? Cheia de leitura? Então por que raios ela se comportou como uma menina de 12 anos quando tinha 17? De certo ela sabia que não bastava um beijo para alguém se tornar namorado. Achei isso MUITO forçado e empobreceu demais a personalidade da personagem. Mais forçado ainda foi a reação extrema que ela teve pelo rapaz não corresponder ao seu afeto.

Victor até parecia ser um personagem interessante, mas sua obsessão por não morrer tornou-se tão repetitiva que suas passagens ficaram chatas. A única coisa que salvou foram as informações sobre a criogênesis; tirando isso, Victor se mostrou mesquinho, egoísta, egocêntrico, e um completo idiota com sua esposa, por conta dessa obsessão em querer continuar vivo.


Acreditei que o GUARDIÃO DO TEMPO seria um livro muitíssimo bem contado e que através de suas palavras despertaria emoção e mostraria uma bela lição. Mas, em vez disso, é só uma narrativa mecanizada como se fosse um livro de auto-ajuda, ou um manual de instruções. Esperava mais. Muito mais!


FICHA DO LIVRO





O GUARDIÃO DO TEMPO
MITCH ALBOM
Editora: ARQUEIRO
Ano: 2013                   
Nº págs: 240
Gênero: Drama