31 de dezembro de 2015

RESENHA: SE HOUVER AMANHÃ - Sidney Sheldon (Ed. Record)




Boa noite, gente!

Hoje vou falar de um livro MUITO non sense: SE HOUVER AMANHÃ do SIDNEY SHELDON, lançado pela editora RECORD.

Se Houver AmanhãSE HOUVER AMANHÃ
SIDNEY SHELDON
Editora: RECORD              
Ano: 2012 (ano do relançamento da edição que li)
Nº págs: 512
Gênero: Suspense

SINOPSE: A vida da jovem Tracy Whitney muda drasticamente quando, vítima de uma ação criminosa, ela é condenada por um crime que não cometeu. Rejeitada pelo homem que amava e abandonada à própria sorte, Tracy se vê sozinha em um mundo violento e sombrio. Depois de cumprir pena e ter de volta sua liberdade, ela só tem um objetivo: vingar-se dos homens que a colocaram injustamente na prisão. Para isso, ela se torna uma expert em disfarces e especialista em aplicar golpes em empresários inescrupulosos. Mas seus planos podem ir por água abaixo quando o destino coloca em seu caminho um poderoso rival, Jeff Stevens, um irresistível trambiqueiro.

Agora em 2015 foi lançado EM BUSCA DE UM NOVO AMANHÃ, sequência de SE HOUVER AMANHÃ, por isso, resolvi tomar vergonha na cara e ler logo esse primeiro livro, afinal, faz ANOS que ele está na minha estante. Tantos anos que essa edição que tenho hoje é a terceira que consegui desse livro. Houve uma época em que li muito SIDNEY SHELDON, e apesar de esse ser o mais famoso de seus livros, acabou passando batido, mas o que tenho a dizer a respeito de SE HOUVER AMANHÃ é: QUE DECEPÇÃO! Sim, com letras maiúsculas!

Para mim, tudo nesse livro foi de extremo mal gosto e forçado. MUITO forçado. Vamos lá, começamos com Tracy, uma protagonista toda certinha que se envolve em uma bela enrascada com um sujeito que deu um golpe em sua mãe. Seria genial, se não fosse tosco, pois em menos de 24 horas o cara arma uma arapuca para ela, ela é presa, enrolada por um advogado e por fim é condenada! Foi o julgamento mais rápido ever! Pior, ela era noiva de um cara cheio da bufunfa, mas ninguém quis saber disso, nem o próprio noivo, que se negou a ouvir o que ela tinha a dizer... Foi corrido e foi absurdo o que foi apresentado nessa primeira parte. Mas pior, foi inverossímil demais! Se o sistema judiciário andasse na velocidade imaginada por SHELDON, teríamos metade da população mundial presa, até mesmo por roubar uma balinha. Nesse caso foi pior porque a moça era inocente, mas não teve investigação, não teve novo advogado, NADA! Só uma balelada desgraçada!

O livro estava sendo surreal, mas decidi continuar por se tratar de um enredo sobre vingança, um de meus temas favoritos. Imaginei que SHELDON havia corrido nessa parte porque tinha intenção de arquitetar um plano de vingança maravilhoso e cheio de detalhes. Mais uma vez me decepcionei. A vingança contra os que a sacanearam foi tão rápida quanto tudo. Em poucas páginas ela havia saído da cadeia, se tornado uma expert em vingança e arquitetou um mirabolante plano. Se o livro não estava me convencendo antes, piorou bastante depois disso.

Só que, de repente, a vingança dela acabou, mas ainda faltava meio livro paara terminar, então fiquei imaginando o que SHELDON iria apresentar... E adivinhem? A personagem virou uma tremenda golpista! Claro que do dia para noite também, já que tudo nesse livro acontece como um passe de mágicas. Em poucas páginas tínhamos Tracy, a maior golpista e ladra de arte do mundo! Como ela se tornou isso? Como ela aprendeu? Como aprendeu sobre arte, História da Arte, seus artefatos, etc? SHELDON não se preocupou nem um minuto em explicar, para ele, parecia não haver necessidade. O que me incomodou MUITO, afinal, como um livro com mais de 500 páginas deixa passar tudo isso? Como muda a personalidade da protagonista do dia para a noite e não mostra como isso foi acontecendo? Como disse no início, foi um livro non sense!

Não nego que quando Tracy se tornou golpista o livro passou a ser um pouco mais interessante. Divertido, até, mas foi só isso! Só isso mesmo! Não tive aquele sabor de ter descoberto algo sobre o mundo da arte, sobre pinturas e pintores, não fiquei sabendo como Tracy se tornou uma exímia especialista do ramo, como se tornou uma excelente ladra de joias... NADA! E então, foi inserida uma figura masculina no contexto, que teve um destino totalmente previsível ao lado de Tracy. Ok, eu sei, muita gente é fã desse livro e ama o casal Tracy e Jeff, mas gente, achei os dois tão charlatões. Aliás, a criação dos dois personagens foi de charlatões, do nada eles estavam fodorásticos! SHELDON podia ter falado da etapa de aprendizado deles, como foram se especializando, mas não, quando o autor retornava ao passado de algum deles, era para falar algo de ruim que havia acontecido para que hoje eles se portassem dessa maneira. Ou seja, o conhecimento e a forma como eles entraram nesse mundo ficou ou omitida ou contada às pressas.

Apenas uma coisa nesse livro me chamou atenção: Daniel Cooper, um segurador que desde o princípio sabe que Tracy foi inocente de sua primeira acusação, mas que nada fez para ajudá-la, e pior, depois ficou caçando-a. A todo momento imaginei que ele era um dos “mocinhos” da história, mas quando revelou-se o passado do personagem, aí, sim, reconheci SHELDON, fiquei de boca aberta e considerei espetacular! Foi foda demaaaaais!


E falando em “mocinhos” e “vilões”, esse foi outro aspecto do livro que me agradou, adorei a forma como SHELDON explorou o maniqueísmo na obra. A ladra de arte era a mocinha, e o que parecia ser o mocinho, o vilão... Adorei isso também em SE HOUVER AMANHÃ. Porém, as coisas que gostei não apagaram o muito que não gostei e que me decepcionou, por isso, só tenho a dizer: estou decepcionada!

 


30 de dezembro de 2015

RESENHA: NORA ROBERTS - A Testemunha (Ed. Bertrand Brasil)



Boa noite, pessoal!

E vamos para mais uma resenha do GRUPO EDITORIAL RECORD. Hoje vou falar de um lançamento da BERTRAND BRASIL que me deixou de queixo caído: A TESTEMUNHA da NORA ROBERTS.

A TestemunhaA TESTEMUNHA
NORA ROBERTS
Editora: BERTRAND BRASIL              
Ano: 2015
Nº págs: 476
Gênero: Policial, Suspense

SINOPSE: Fruto de uma inseminação artificial e criada por uma mãe fria e controladora, Elizabeth Fitch se deixa levar por uma noite. Depois de beber além da conta, ela se encanta por um homem galante e dono de um sedutor sotaque russo. Acompanhando a amiga Julie, segue rumo a uma linda mansão em Lake Shore Drive, ainda sem saber que o lugar alteraria para sempre sua vida. Doze anos mais tarde, no interior do Arkansas, uma nova moradora anda despertando a curiosidade da vizinhança. Abigail Lowery não é propriamente uma recém-chegada, mas continua sendo uma desconhecida: em um ano, sabe-se pouco, ou quase nada, sobre a moça. O mistério de Abigail Lowery e sua mente afiada, natureza secreta e filosofia de vida nada romântica intriga o chefe de polícia local, Brooks Gleason, tanto a nível pessoal quanto profissional. Mas enquanto suspeita que Abigail precisa de proteção contra algo, Gleason, acostumado a criminosos de segunda categoria, não faz ideia de que homens poderosos e perigosos o observam e mantêm sob sua mira. E Abigail Lowery, que construiu uma vida baseada em segurança e autocontrole, corre o risco de perder ambos.

Não faz muito que comecei a acompanhar a série MORTAL da NORA. Fiquei fascinada e acabei comprando outros livros da autora que seguem pelo gênero do suspense. Contudo, ainda não os li. Com o lançamento de A TESTEMUNHA resolvi que era hora de mudar isso, e meu Deus!, por que demorei tanto para me jogar na leitura dos suspenses dessa mulher?

O início do livro foi algo que me deixou sem fôlego! Amei a construção da personagem, a forma como ela se desvencilhou das garras da mãe autoritária, de como tudo saiu de seu controle por causa de uma aventura adolescente de uma noite e como a vida inteira dela mudou por causa disso. O que mais gostei nessa primeira parte do enredo foi o quanto NORA conseguiu me envolver nos pesares que Liz estava vivendo. Eu ficava ansiosa, angustiada, desesperada e sempre querendo mais e mais e mais.

A segunda parte dá um salto no tempo e nos leva a uma Liz diferente: adulta, madura, ainda mais interessante que a adolescente, e muito desconfiada de tudo e todos. As partes em que NORA voltou ao tempo para contar o que havia acontecido com Liz durantes os anos foram extremamente gratificantes, e só fizeram com que eu ficasse ainda mais encantada com a mulher forte e quase destemida que ela se tornou. Claro que ela ainda era uma mulher insegura por conta de todo o terror que tinha vivido e presenciado em sua adolescência, mas agora era uma mulher que sabia viver com isso e estava preparada para se proteger de seus inimigos.

Quando um certo personagem masculino se fez presente no enredo, sabia que teríamos um romanção a vista, característica de 100% dos livros da NORA, mas em momento algum isso me incomodou. Pelo contrário, achei que a personagem mereceu muito seus momentos de descanso ao lado da paixão e de todos os momentos melosos que ela fez florescer. Geralmente sou chata quanto ao aspecto do romance nos livros policiais, mas nesse caso achei bastante pertinente e realista.

Além de tudo isso, NORA inseriu muitos mais elementos policiais na trama que apenas o do início, o que deu um ritmo extremamente acelerado à leitura e, ao mesmo tempo em que lia dezenas de páginas sem parar porque estava delicioso de acompanhar todos os personagens e acontecimentos, queria dar uma freada, pois não queria que o livro terminasse logo, pois estava interessante e instigante demais!


Fiquei bastante surpresa com A TESTEMUNHA e já estou louca para ler mais suspenses da NORA. Mas também fiquei um tantinho triste, já viram quantos livros essa mulher já escreveu desse gênero? Estou perdida! Ainda nem consegui completar minha série MORTAL! Mas não faz mal, essa será mais uma vertente da NORA que irei explorar mais e mais. Livro fascinante e surpreendente! ADOREI! <3 


29 de dezembro de 2015

RESENHA: MORIARTY - Anthony Horowitz (Ed. Record)



Boa tarde, gente!

Mais um dia de resenha da RECORD para falar de mais um livro impressionante que eles lançaram: MORIARTY do ANTHONY HOROWITZ.

MoriartyMORIARTY
ANTHONY HOROWITZ
Editora: RECORD              
Ano: 2015
Nº págs: 350
Gênero: Policial, Suspense

SINOPSE: Sherlock Holmes está morto, e as trevas avançam Dias após Holmes e seu arqui-inimigo Moriarty encontrarem seu fim nas cataratas de Reichenbach, Federick Chase, um detetive da Agência Pinkerton, chega à Europa vindo de Nova York. A morte do professor Moriarty deixou um vazio no poder que logo foi preenchido por um novo gênio do crime, que ascendeu para tomar o lugar do rival de Holmes. Auxiliado pelo inspetor da Scotland Yard Athelney Jones, um devoto estudioso dos métodos de investigação e de dedução de Holmes, Frederick Chase precisa trilhar um caminho através dos cantos mais escuros da capital inglesa para lançar uma luz sobre essa figura sombria, um homem temido, mas raramente visto, determinado a dominar Londres em uma onda de ameaças e assassinatos. Chase é auxiliado pelo Inspector Athelney Jones, um detetive da Scotland Yard e estudante devoto do métodos de dedução de Holmes, a quem Conan Doyle introduziu em O signo dos quatro. Os dois homens unem forças para abrir um caminho através das ruas sinuosas de Londres vitoriana – das praças elegantes de Mayfair para os cais e becos sombrios das Docks em busca dessa figura sinistra, um homem muito temido, mas raramente visto, que é determinado a estabelecer seu nome como sucessor de Moriarty.

Quem acompanha o blog sabe que meu santo não cruza muito com o de Sherlock Holmes. Não suporto o personagem, sua arrogância, metidez e o fato de DOYLE dar pistas que só é possível a ele descobrir os culpados. Para mim, livros de detetive devem permitir que o leitor brinque de tal, que entre na investigação e que tentem descobrir antes do protagonista os culpados, coisas que os livros de DOYLE não permitem, pois sublimam demais o Holmes. Enfim, não gosto do personagem, mas estou sempre lendo algo que remeta à ele, rs.

Depois de ter lido SR. HOLMES, lançado pela INTRÍNSECA, criei simpatia pelo personagem, e achei que se ele tivesse sido criado desde o início pelo autor desse livro, com certeza Holmes seria um de meus personagens favoritos. Foi por isso que, ao saber que HOROWITZ ia falar do personagem em seu livro, quis lê-lo, afinal, gosto muito mais o sujeitinho quando ele é descrito por outra mão que não seja a do DOYLE, e mais uma vez acertei em cheio, pois o livro foi ESPETACULAR!

Confesso que a princípio achei que o livro iria expor Holmes como um dos personagens, porém ele é apenas lembrado e admirado nas páginas de MORIARTY, mas também é um desafeto de um dos detetives do enredo, afinal, por duas vezes Holmes o venceu e descobriu os fatos e culpados antes dele, que em vez de ficar magoado para sempre com isso, aproveitou a oportunidade para estudar a fundo os métodos de Holmes e colocá-los em prática, e é assim que Jones investiga e desvenda os mistérios existentes nessa instigante história. Não nego, morri de amores por Jones, por todos os motivos possíveis: por ele ser brilhante, por ter estudado o método do Holmes e expor ele cruamente ao leitor (como me diverti), por ele não ser egocêntrico, por ser engraçado, mas, principalmente, por ser perspicaz! Achei impressionante a forma como HOROWITZ conseguiu pegar JONES, moldá-lo a la Sherlock e ainda assim conseguir um personagem original e com características próprias e fascinantes.


Não imaginava que MORIARTY seria um livro tão bacana, mas fiquei absolutamente satisfeita com o que encontrei, com o mistério que os detetives desvendaram, com os vilões sacanas, e tudo o mais. Fiquei bastante entristecida com alguns acontecimentos também, mas sempre impressionada com a forma dinâmica e prazerosa com que HOROWITZ conduziu sua história. Você gostar ou não de Sherlock não faz a mínima diferença, o livro é magnífico e merece ser lido! A RECORD certou em cheio com esse lançamento. Confiram!


28 de dezembro de 2015

RESENHA: A COLINA ESCARLATE - Nancy Holder (Ed. Record)



Oi, gente linda!

Mais uma semana que se inicia cheinha de resenhas do GRUPO EDITORIAL RECORD para vocês! Para começarmos MUITO bem, vou falar sobre A COLINA ESCARLATE, da NANCY HOLDER.

A Colina EscarlateA COLINA ESCARLATE
NANCY HOLDER
Editora: RECORD              
Ano: 2015
Nº págs: 308
Gênero: Terror, Suspense

SINOPSE: Bem-vindo à Colina Escarlate. Edith Cushing, uma jovem da era vitoriana, alimenta o sonho de escrever um livro. Ainda que, segundo ela mesma, seja uma misantropa irritadiça, não é diferente das jovens de sua época. Porém, há algo tenebroso em seu passado. Aos 10 anos, Edith sofreu dois grandes traumas: o falecimento de sua mãe e, três semanas depois, o encontro com um fantasma — a Sr. Cushing, sua própria mãe. Ainda hoje Edith se lembra daquela noite: o tique-taque do relógio, o ranger das tábuas do assoalho, o farfalhar do robe de seda com o qual a mãe fora enterrada, o estalido dos ossos sob a pele que já definhava, a mão decomposta em seu ombro... e um recado enigmático. Sem medir esforços para realizar seu sonho, ela acaba conhecendo Sir Thomas Sharpe, um homem misterioso, dono de terras na Inglaterra e de uma mente criativa como a dela. Isso logo desperta o interesse da jovem, que busca mais informações sobre ele e sobre Allerdale Hall, a propriedade ancestral da família Sharpe. No entanto, o que Edith não encontra em suas pesquisas são os segredos terríveis guardados pelo nobre inglês, que irão assombrá-la para sempre. 

A COLINA ESCARLATE na realidade não é bem um livro, mas sim um roteiro escrito pelo GUILLERMO DEL TORO para ser levado aos cinemas e que ganhou um texto pelas mãos da NANCY HOLDER. Meu interesse em ler a obra foi justamente o nome de DEL TORO, hoje referência no gênero fantasia/terror. Foi empolgada que dei início à leitura, mas foi um tantinho decepcionada que cheguei à metade dela.

O início é muito bem explicado e explorado, contudo, por ser um livro de terror, eu já queria medo, suspense e mistério desde os primórdios, mas o que encontrei foi mais um nhé nhé nhén parecido com os romances antigos, afinal, tínhamos moçoilas apaixonadas, um Don Juan, um doutorzinho curioso, e famílias abastadas. Esse cenário me deixou um pouco insatisfeita, pois queria, imaginava e precisa que A COLINA ESCARLATE fosse de outra maneira. De tanto adentrar no romance nesse começo, desisti de fazer a leitura em um só dia, pois precisava respirar.

Ok, confesso, nesse comecinho teve algo de sobrenatural, mas não consegui achar assustador porque estava entediada com o restante, então não me pareceram passagens significativas. Porém, no dia seguinte, quando dei sequência na leitura... Que surpresa! De repente, o livro que parecia cheio de romance começou a se mostrar intrigante, com mistérios sombrios e segredos obscuros, e passou a ser uma leitura excelente! Eu não conseguia soltar e a cada minuto ficava mais e mais fascinada com o que ia lendo, e também horrorizada, devo dizer, afinal, algumas revelações passaram a ser extremamente PESADAS! Alguns segredos desvendados foram mais comuns, outros geraram curiosidade e expectativa em mim, e não nego que até senti pena dos vilões em alguns momentos em que a história de sua infância voltava para ser mostrada, mas, ao final, decidi que A COLINA ESCARLATE foi um livro que me chocou demais, que me impressionou demais e que me fez ficar boquiaberta! Não, não foi só pelo terror apresentado, que muitas vezes foi até sutil, o que me assombrou mesmo foi a perversidade dos personagens, o desvio de caráter e a personalidade bizarra deles. Simplesmente AMO livros que chocam, que causam reflexão, que nos fazem pensar no como e por que de algumas coisas, adoro livros que tocam em tabus da sociedade e que expõem esses tabus de forma tão crua que nos deixam impressionados.


Não nego, até a metade de A COLINA ESCARLATE estava certa de que iria considerar o livro bem fraco, mas da metade em diante fui sugada para o universo de DEL TORO, que não erra a mão, nunca! Fantástico, brilhante e fascinante! Um dos melhores que li nesse ano de 2015. Adoro encerrar o ano com leituras excelentes e a RECORD me proporcionou isso com toda certeza. Vocês devem correr para ler, e quem já assistiu ao  filme, deve correr pra me contar, pois ainda não vi e estou curiosa! 


CAIXA DE CORREIO #228



Boa tarde, pessoal!

Eu disse que tinha muitos livros do GRUPO EDITORIAL RECORD para mostrar para vocês e agora vocês poderão conferir quais são eles:

CORTESIAS:



- UMA PONTE ENTRE ESPIÕES James B. Donovan (Ed. Record). Morta de curiosidade com esse livro. Quero assistir a adaptação também.
- A TESTEMUNHA – Nora Roberts (Ed. Bertrand Brasil). Será meu primeiro suspense da Nora sem ser da série MORTAL <3
- MORIARTY – Anthony Horowitz (Ed. Record). Já li... Gente, que livro! Affff <3
- SANGUE NA NEVE – Jo Nesbo (Ed. Record). A resenha já foi postada para vocês. TÉDIO NA NEVE foi um SACO! Affff ¬¬ A resenha está AQUI.
- A COLINA ESCARLATE – Nanci Holder (Ed. Record). Livro de terror que parecia chato no início e depois virou um puta livro. Terminei enlouquecida por ele.

- EM BUSCA DE UM NOVO AMANHÃ – Sidney Sheldon (Ed. Record). Hora de tomar vergonha na cara e ler o 1º livro, rs.


LI NA SEMANA QUE PASSOU:



1.     A COLINA ESCARLATE  Nanci Holder (Ed. Record)
NOTA NO SKOOB: 5 estrelas
Segunda e terça li esse livro de terror incrível! Confesso que na segunda o achei meio chato, sem terror algum e um tanto boboca, por isso tive preguiça de terminá-lo em um único dia, mas depois... Gente, caí de amores! Não vejo a hora de conferir a adaptação e ver se ela faz jus ao texto. Adorei, adorei, adorei. A resenha sai ainda hoje.

2.     MORIARTY – Anthony Horowitz (Ed. Record).
NOTA NO SKOOB: 5 estrelas
Quarta e quinta me deliciei com essa história fabulosa! Sempre fico muito contente de gostar de obras que remetam ao Holmes, simplesmente porque meu santo não cruza com o do detetive e sinto certo desprezo por ele. Mas esse livro <3, ahhhh, perfeito! A resenha sai amanhã!

Foram apenas essas minhas leituras da semana do Natal. Nessa semana preciso dar uma corrida, pois ainda faltam algumas leituras do GRUPO EDITORIAL RECORD e só tenho até dia 5 para colocar tudo em dia! SOCORRO!




25 de dezembro de 2015

RESENHA: SANGUE NA NEVE - Jo Nesbo (Ed. Record)



Olá, pessoal!

Como foi a noite de Natal de vocês? Muita comida e bebida? Eu me esbaldei! <3 Mas agora volto aqui para falar de uma das maiores decepções literárias que tive nesse ano de 2015: SANGUE NA NEVE, do JO NESBO, lançado pela editora RECORD.

Sangue na NeveSANGUE NA NEVE (vol.1)
JO NESBO
Série: Sangue na Neve
Editora: RECORD              
Ano: 2015
Nº págs: 150
Gênero: Suspense, Policial

SINOPSE: O mestre do thriller escandinavo está de volta. Olav tem apenas um talento: matar pessoas a sangue-frio. Não há nada que ele preze mais que ter o poder sobre a vida e a morte. Porém, sua natureza sensível é proporcional às suas habilidades como matador de aluguel. Uma vez tentou roubar bancos, mas não deu certo – ele se sentiu tão culpado que foi visitar uma das vítimas no hospital. Agenciar mulheres para prostituição, idem – Olav se apaixona muito fácil. O assassinato foi tudo que lhe restou. Ele leva uma vida solitária em Oslo até se ver envolvido em um trabalho importante para um dos mais perigosos chefes do crime organizado na cidade, Daniel Hoffman. Ao aceitá-lo, Olav finalmente conhece a mulher da sua vida, mas logo se depara com dois problemas. O primeiro é que ela é a esposa do chefe. E o segundo é que ele foi contratado para matá-la.

É uma tristeza enorme quando um de nossos autores preferidos nos decepciona, e estou chateada até agora com SANGUE NA NEVE, que, para mim, poderia tranquilamente  chamar TÉDIO NA NEVE, tão chato foi!

Idolatro o NESBO, mas acho que tenho algum problema em gostar de suas histórias que não são com o detetive Harry Hole, isso porque o cara é muito incrível e surpreendente, então, ao me ver frente a um personagem bem mais ou menos, como Olav, de SANGUE NA NEVE, não consegui achá-lo mediano, e sim chato, insuportável e tedioso!

Olav nos conta sua história de vida e como se tornou um matador de aluguel. E conta isso de forma CHATA, parecendo soar até melancólico e irritante! Então ele conta como passou a trabalhar para seu patrão, o homem perigoso que ele é, o serviço inusitado que ele lhe pediu para fazer, e como foi se apaixonar pela mulher do chefe.

E se já estava achando o livro enfadonho no início, ter uma história de amor no meio do enredo policial fez com que o achasse ainda mais chato! Isso porque não foi uma história de amor qualquer, foi um matador profissional se apaixonando igual adolescente e parecendo um cordeirinho, e mais, me irritando ao extremo ao descrever a mulher amada com palavras doces, cheias de frufru e paixão!


Sim, eu imaginava SANGUE NA NEVE como um livro sombrio, cheio de morte, e com um narrador-matador completamente sem escrúpulos, malvado e cruel. Mas encontrei um cara que estava mais preocupado em contar como se apaixonou pela mulher do chefe, como fez para enrolá-lo, para ir para a cama com ela, etc... E não pensem que a mulher era uma coisinha maravilhosa não, pois assim como o marido, ela não era flor que se cheirasse. Ou seja, SANGUE NA NEVE foi um livro com personagens chatos, narrado por um matador chato, e um enredo extremamente tedioso! O livro é curtinho, apenas 152 páginas, mas tive a sensação de ler 1500! É NESBO, eu o amo, mas esse vai para minha lista de NÃO RECOMENDO. Estou traumatizada! E pior! Ano que vem chega a continuação :/ Ah, RECORD, puxa vida, voltem a lançar os livros do autor que tenham o Harry Hole, pliiiiix! SANGUE NA NEVE foi minha leitura de tortura nesse fim de ano :S


24 de dezembro de 2015

RESENHA: SÓ O TEMPO DIRÁ - Jeffrey Archer (Ed. Bertrand Brasil)



Boa noite, pessoal.

A resenha dessa véspera de Natal é de um lançamento muito importante da BERTRAND BRASIL: SÓ O TEMPO DIRÁ, do JEFFREY ARCHER.

Só o Tempo DiráSÓ O TEMPO DIRÁ (vol.1)
JEFFREY ARCHER
Série: As Crônicas de Clifton
Editora: BERTRAND BRASIL              
Ano: 2015
Nº págs: 420
Gênero: Drama

SINOPSE: A vida de Harry Clifton começa em 1920, com os dizeres: “Disseram-me que meu pai havia morrido na guerra.” Harry não conheceu o pai, um trabalhador das docas de Bristol, e é através do tio que aprende tudo sobre esse universo. Stan, por sua vez, espera que o sobrinho se junte a ele no estaleiro ao concluir seus estudos. É uma perspectiva triste, por isso, quando a bela voz de Harry assegura-lhe uma bolsa de estudos em um colégio exclusivo para rapazes, mudando radicalmente o destino que o aguardava, ele percebe que nada mais será igual. Harry conhece seu melhor amigo em St. Bede’s: Giles Barrington, primogênito de uma das famílias mais ricas de Bristol. Na escola, Giles se torna uma espécie de protetor do rapaz, mas talvez o melhor fruto dessa relação seja a proximidade com a irmã do amigo, Emma, destinada a se tornar o amor da vida de Harry. Só o Tempo Dirá inclui um elenco memorável e nos guia das devastações da Primeira Guerra às docas da Inglaterra operária, das ruas de Nova York nos anos 1940 à eclosão da Segunda Guerra Mundial, quando Harry precisa tomar uma decisão que porá em risco até mesmo seu amor por Emma Barrington.

Simplesmente AMO o ARCHER de forma incondicional! Ele escreve livros policiais e de suspense de forma magnânima, principalmente porque sempre dá uma dramaticidade muito intensa aos seus personagens e situações vividas por eles. Sempre espero com muita ansiedade por seus lançamentos, e vibrei quando recebi SÓ O TEMPO DIRÁ, que me surpreendeu em tudo e foi um livro bastante diferente, que me obriga a dizer que ARCHER não é apenas um excelente autor de livros policiais, e sim um excelente contador de histórias. Explico: SÓ O TEMPO DIRÁ foge dos moldes dos livros que li dele até o momento. Tive a sensação de ler algo bem parecido com a narrativa do FOLLETT, e mesmo sendo algo diferente para os padrões de ARCHER, foi encantador!

É com muita doçura que ele nos conta sobre a vida de Clifton, um garotinho que sofreu com a ausência do pai desde a juventude e com a falta de recursos. O mistério consiste em sabermos a verdade sobre o pai de Clifton e sua morte, já que dizia-se que ele não havia sobrevivido à guerra. Contudo, a história que ARCHER apresentou foi demasiado complexa, e por isso mesmo digna de sentarmos o bumbum na cadeira e não soltarmos o livro até que ele chegue ao final.

Tudo nesse livro me impressionou, mas dois pontos seguraram mais minha atenção: o primeiro, a mãe de Clifton e seus esforços diários para dar ao filho uma educação de qualidade para que um dia ele pudesse ser alguém na vida. O segundo, os malvados da trama, que recorrem a resoluções drásticas para prejudicar Clifton e sua mãe. Eles são o tipo de personagens que nos levam a questionar o quão baixo a natureza humana pode chegar e a troco de quê uma pessoa pode ser tão perversa.

Já Clifton é o personagem que rouba todas as cenas, pois ele é muito especial. É adorável acompanhar sua infância e as terríveis situações pelas quais passa no colégio interno, é gratificante ver o adolescente que ele se torna e os prenúncios do caráter do homem que irá se formar. E é exatamente nesse ponto que SÓ O TEMPO DIRÁ fica incrível, pois ele termina! Sim, o livro é apenas o primeiro volume das CRÔNICAS DE CLIFTON, e termina no exato ponto em que o garotinho que nos conquistou por todas as páginas se vê diante de um acidente de guerra e toma uma decisão incrível e inesperada. Mas, mais que isso, termina no exato ponto em que a história vai desenvolver para o gênero em que conheci ARCHER, o suspense.

O mais interessante durante a leitura de SÓ O TEMPO DIRÁ é que apesar de ter me perguntado diversas vezes onde estava o mote do suspense, não senti falta dele. A questão ficou em dúvida mais por conta de ter tido experiências anteriores com ARCHER nesse gênero, mas quando cheguei ao final e vi como ele concluiu esse primeiro volume, dando os prenúncios de que no segundo iria seguir pelo suspense, dei um pulo de alegria, mas, mais que isso, senti uma profunda ansiedade crescendo dentro de mim, pois sei que irá demorar um ano ou mais para que a sequência chegue às minhas mãos, e será um sofrimento imenso esperar por ela, mas sei que valerá à pena, ao mesmo tempo em que sei que nesse meio tempo não corro o risco de esquecer como esse primeiro livro terminou, simplesmente porque foi inesquecível, grandioso, empolgante, e ao mesmo tempo, assustador!


Tinha ARCHER como um de meus autores favoritos antes de SÓ O TEMPO DIRÁ, mas depois dessa leitura grandiosa, ele passou a figurar como um dos maiores autores que já tive o prazer de ler. Quem ainda não o conhece, não pode deixar a oportunidade passar! Livro MAGNÍFICO! Leiam!