Boa tarde, queridos!
Faz alguns dias postei para vocês uma lista com meu TOP 10 do STEPHEN KING. Empolgada com os livros do mestre e com os comentários de vocês convidei o BONI, do site SKBRASIL, que já leu quase todos os livros do King, para fazer o TOP 10 para que eu pudesse compartilhar com vocês.
Vamos ao TOP 10 do BONI:
10º lugar: O CONCORRENTE (sinopse)
Eu tenho carinho por esse livro por ter sido o 1º livro do King que eu li. É uma história boa e rápida (li em menos de 24 horas). O ritmo acelerado, os personagens brutos, e a história criativa fazem de O Concorrente uma leitura rápida, que deixa o leitor, ao final do livro, satisfeito, principalmente pelo final explosivo.
Eis uma boa história de fantasmas. A coisa chata do livro é a história paralela que envolve Direito e adoção, mas uma vez em que o protagonista, Mike Noonan, descobre que há alguma coisa de muito errado com sua casa de lago, King não diminui o ritmo, e cada página se passa rapidamente. O trunfo do livro é colocar o leitor na pele do protagonista, pois descobrimos as coisas no mesmo ritmo que ele. King, aqui, não revela nada para o leitor, escondendo do protagonista e também de nós. O ritmo no começo pode parecer lento, mas assim que o protagonista finalmente descobre o que está acontecendo, a história pega fogo. Excelente leitura.
A Zona Morta é um livro com uma premissa bastante interessante. Aqui o protagonista pode prever o futuro após um grave acidente, e o que ele prevê ao apertar a mão de um candidato à presidência americana é tragédia. É quase comum encontrar nos livros de King um personagem que se encontra numa situação difícil que leva facilmente à extremidade do descontrole. O livro só peca por ser longo demais sem oferecer justificativa para isso, afinal o desenvolvimento de personagens não demora muito, e também não há muitos deles, de qualquer forma é uma excelente história de ação e suspense.
O Iluminado é mais um terror psicológico (que desponta levemente para o gráfico) que conquista facilmente o leitor. Apesar de algumas partes cansativas, o livro é um prato cheio de humor negro, e uma boa história de amor familiar sendo colocada em xeque. Aqui, assim como em Angústia, temos basicamente um cenário, três personagens principais, e uma situação. King quase consegue a perfeição com esse livro, mas peca ao demorar em nos contar a história por trás do Hotel Overlook, e o motivo pela qual os espíritos que habitam o local estão irritados. A impressão que eu tive ao terminar O Iluminado era que o livro poderia ter me dado mais informações, que poderia ter sido desenvolvido melhor, e ter um clímax mais apropriado, ainda assim é um clássico da literatura, não só fantástica.
Cemitério Maldito é uma de minhas adaptações favoritas. E não é à toa, o próprio King supervisionou o roteiro e as filmagens pessoalmente, afinal, eles não poderiam cometer o crime de estragar um dos melhores livros de terror do mundo. O Cemitério conta uma história de família, angústia, terror, e suspense. Aqui King presenteia o protagonista com uma tragédia na família, e lhe dá o macabro poder de reverter a situação, mas a que preço? O talento para contar histórias do mestre é inegável neste livro, e ele é tão terrível, que até o próprio King precisou de muita coragem pra terminar de escrevê-lo. Não subestime o livro por não ser um épico tijolão, é uma viagem inesquecível ao fundo do terror.
A aventura de Jack Sawyer nos territórios é um belo livro para aqueles que gostam de Harry Potter, e de jornadas juvenis e fantásticas. Eu gostei muito do livro, apesar de grandinho também. Como de praxe, a maioria dos personagens é inesquecível, e a sensação que se tem quando se termina o livro, é um gostinho de quero mais (que felizmente pode ser suprimido com A Casa Negra). Claro que é meio difícil definir quando é Stephen King, e quando é Peter Straub, mas com esses dois titãs do suspense fantástico, nada poderia dar errado.
A Coisa, apesar de ter sido escrito antes, me traz a mesma sensação de Hearts in Atlantis, já que fala basicamente da amizade de um grupo de crianças sendo colocada a prova. Esse é mais um tijolão, que a exemplo de A Dança da Morte, não perde tempo com personagens inúteis. Entretanto, ao contrário de A Dança da Morte, A Coisa possui algumas passagens desnecessárias, e algumas até exageradas demais, o que não chega a comprometer o resultado final, que é uma belíssima história de amizade e terror gerada pelo talento de um homem.
A Dança da Morte é um tijolo, e tudo bem por mim, isso aumenta a diversão, já que a história é incrível. Não faz muito tempo desde que terminei de lê-lo, e lembro perfeitamente da sensação de continuar a história em um certo ponto durante dias, como se fosse um seriado de TV, ou uma revistinha. Tem que se dá o braço a torcer para King nesse livro, ele consegue criar uma gama de personagens sem que seja de forma gratuita, apenas para encher lingüiça, todos têm um propósito. Aqui até mesmo os vilões são carismáticos, e a arquitetura da história é coisa de gênio, é aqui em que realmente admiramos King (isso se você já não o fez antes); sem falar que não posso deixar de mencionar o final, que eu particularmente achei perfeito, enquanto tantos outros finais de King são contestados.
O livro infelizmente ainda não foi lançado no Brasil, mas através de 5 histórias, ligadas umas com as outras, King mostra que não entende apenas de terror, mas também de sentimentos puros e felizes, como amor, amizade, e esperança. Hearts in Atlantis mostra a história de personagens comuns envolvidos na Guerra do Vietnã, e o reflexo que isso gera em cada fase de suas vidas. Apesar de tudo, não é uma história melosa, é por vezes engraçada, por vezes emocionante, e até mesmo assustadora. Este livro ganha a medalha de prata por ser uma experiência nostálgica de uma época e cultura que eu nunca vivi, mas adorei conhecer.
É comum a maioria dos livros favoritos dos leitores de King ser A Coisa, A Dança da Morte, e a série A Torre Negra. Apesar de só ter lido O Pistoleiro, não acredito que minha opinião mude. Eu tenho uma adoração pessoal por histórias que se passam em um único ambiente, seja filme ou livro. Alguns exemplos comuns são o 1º Jogos Mortais; um filme de júri chamado 12 Homens e uma Sentença, e a própria adaptação de Angústia, Louca Obsessão. Isso limita as possibilidades do criador da história, de expandi-la, esquecendo ou diminuindo de certos pontos que podem ser importantes ou não, fazendo com que ele tenha que investir nas ferramentas que tem. Se ele for talentoso como Stephen King, a história é irremediavelmente boa. A história do novelista Paul Sheldon preso a uma cama, a mercê de sua fã número um (que à propósito é uma psicopata) ganha a medalha de ouro para mim, por ser uma história com uma tensão acima da média. Não há monstros aqui, mas a carga de suspense psicólogo (meu gênero favorito de história) com certeza deixa o leitor mais insensível com as mãos suando. É um legítimo jogo de gato e rato, que apenas King seria capaz de contar.
Todas as SINOPSES levam ao site do Boni, o SKBRASIL.
E aí, gostaram do TOP 10 do Boni?
Ele leu A DANÇA DA MORTE e A COISA (invejaaaa)
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