22 de março de 2011

RESENHA: BRAVURA INDÔMITA - Charles Portis (Ed. Alfaguara)


Boa tarde pessoal.

 

Hoje estou realizada. Vou postar pra vocês a resenha de um livro que eu estava louca para ler. Assim que entrou em pré-venda eu comprei, mas demoraram mais de 20 dias para entregar.

Terminei de ler ontem e sim, correspondeu a todas as expectativas. Simplesmente MARAVILHOSO!



BRAVURA INDÔMITA – CHARLES PORTIS


 

Estou pouco me lixando para o que dizem. Eu podia casar com um roceiro tosco se me desse na veneta... Uma mulher com cérebro, com uma língua afiada... Enfrenta um bocado de desvantagem, mas vou dizer que eu poderia ter tido uns dois ou três velhos porcalhões por aqui só de olho no meu banco”. Mattie Ross

 

É com esse fragmento que termina o excelente BRAVURA INDÔMITA  de Charles Portis. Original de 1968, o livro ganhou nova edição em 2011 pela Ed. Alfaguara, selo da ED. OBJETIVA.

 

Indômita significa indomável, altiva, arrogante. É tudo isso que Mattie Ross é. Mattie é uma menina magricela de 14 anos que tem o pai assassinado por Tom Chaney, ex-empregado da fazenda da família. Revoltada com a morte do adorado pai, Mattie resolve ir à caça do assassino, afinal, ele não tinha onde cair morto e seu pai lhe deu trabalho e lugar pra morar.

 

Mas Mattie não pode ir sozinha nessa empreitada. A busca pela vingança será longa e ela precisará de alguém para guiá-la por esse caminho. Contrata então Rooster, um agente federal que tem muitas mortes nas costas. Juntos eles trarão a cabeça de Chaney. Não fosse um detalhe: LaBouef. Um policial texano que persegue Chaney há 4 meses em busca de uma recompensa. Chaney matou um senador do Texas e querem sua cabeça. A recompensa é alta. LaBouef não quer a presença de Mattie na caça ao sujeito e tenta contar com a cooperação de Rooster. Os dois tentam afastar Mattie do caso.

 

Ela fica revoltada, mas os dois não contavam com a audácia e obstinação da moça, que vai ao encontro deles e praticamente impõe sua presença no grupo. Juntos eles vão passar por armadilhas, mortes, e discussões, que acentuam cada vez mais a diferença de caráter das personagens.

 

O livro é incrível. Tem uma fluidez impressionante marcada pela linguagem sem rodeios e tiradas engraçadas de Mattie. Sim, o livro é contado em primeira pessoa (ADORO) pela perspectiva da garota e com referência aos fatos por ela presenciados. Mesmo com 14 anos Mattie é cínica, audaciosa, habilidosa e persuasiva.

 

Quando Portis escreveu o livro tinha 35 anos. É impossível ler e não ficar imaginando como um marmanjo “tomou” a personalidade de uma garota de 14 anos para contar essa história. Impossível também é ler e não ficar imaginando os sotaques caipiras. Durante o tempo de leitura, todos os personagens pareciam falar comigo num “caipires” danado de engraçado. (Sou caipira também e por isso morri de rir imaginando as falas).

 

BRAVURA INDÔMITA é uma visão muito cômica das histórias de velho oeste, onde bandidos são heróis, heróis são bandidos, ambos são caricatos e a mocinha... Bem, a mocinha está pouco se lixando para o que dizem ou pensam dela, pois uma mulher com cérebro, com uma língua afiada...

 

 



 

 

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12 comentários:

  1. AH, eu vi esse filme e achei o máximo!

    Beijinhos, Babi

    www.a-viajante-dos-livros.blogspot.com

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  2. to seguindo
    e voltareii sempre!

    Me encontra no:
    meninasegredos.blogspot.com

    Bjaum.*.*.

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  3. Que massa!!
    Só pela sua resenha deu vontade de ler e conhecer bem fundo todos os personagens.
    Parabéns pelo texto!!

    Beijos.

    blogalineribeiro.blogspot.com

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  4. kkkk adorei a resenha ^^

    Quando ouvi falar do filme nem imaginava que a historia era essa, achei que era mais um filme e cowbóis. =P

    Ouvi dizer que a novo versão do filme é mais fiel ao livro, por isso já estou doida para assistir.

    Obrigada pela dica

    teh mais

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  5. Oi Mari
    Esse deve ser bom mesmo
    quero ver a versão nova do filme também.

    Thiago
    http://outroconceito.blogspot.com/

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  6. hahahhaa...
    Adorei a resenha...

    Já coloquei o livro na minha lista..
    kkkk
    =***

    www.fernandameireles.com

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  7. \o/...adorei a capa, e pela sua resenha com certeza vou querer conferir a leitura, suas palavras me deixaram com gostinho de quero mais. Louca pra ter minhas próprias impressões. Valeu pela dica...beijokas elis!!!!!!

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  8. Depois de ver o filme dos Cohen, fiquei bem interessada em ler o livro. E depois da sua resenha fiquei mais interessada ainda.

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  9. Gostei da sua resenha Mari! Vou colocar este livro na lista e assim que eu terminar o que estou lendo agora eu corro para uma livraria :-).

    P.S. Descobri seu blog hoje, não deu tempo de olhar muitos posts, então não sei se o livro que vou lhe indicar já de seu conhecimento ou se aplica-se ao seu estilo, mesmo assim, eu recomendo (e muito!) os livros 1808 e 1822. Muito mais que livros; são excelentes aulas de história!

    Inté (sim, também sou caipira!)

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  10. Tinha visto a sinopse do filme, quase assisto quando fui ao cinema, mas fiquei com o Ritual (Anthony Hopkins *o*)

    Vou conferir a história de perto xD

    Bjocas

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  11. O livro parece ser sensacional! Só não gostei qdo vc disse que o texto em negrito é o final da história. Perdi a vontade de ler o livro depois disso...:/

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  12. Não é o tipo de livro que costumo ler, mas achei interessante.
    Não sabia que a história era originada de um livro, conhecia apenas porque o filme concorreu ao Oscar esse ano.
    Beijos

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