18 de março de 2011

ESPECIAL AUTORES: AGATHA CHRISTIE

AGATHA CHRISTIE

Hoje começo mais um ESPECIAL: AUTORES, dessa vez com AGATHA CHRISTIE, uma de minhas escritoras preferidas e a responsável por eu ter me apaixonado por livros, principalmente os policiais. A partir de amanhã teremos várias resenhas da Agatha no blog.





Agatha May Clarissa Mallowan nasceu dia 15 de setembro de 1890 em Torquay. É conhecida como A RAINHA DO CRIME, e criou personagens detetivescos inesquecíveis: Hercule Poirot, Hastings, Miss Marple, Tommy e Tuppence, Baresfor, Parker Pyne, superintende Battle, entre outros. Já escreveu mais de sessenta romances policiais, seis romances sob o pseudônimo de Mary Westmacott, além de diversos contos e peças.
Agatha utilizou muito de sua experiência pessoal em suas obras. Como mulher viajada e conhecedora do mundo localizou suas histórias por diversos pontos do globo. Por ter trabalhado em um hospital e em uma farmácia, durante a primeira guerra mundial, teve amplo conhecimento sobre venenos, usando-os generosamente em suas obras.
Seus dois personagens mais famosos são: HERCULE POIROT, detetive belga com suas prodigiosas celulazinhas cinzentas; e MISS MARPLE, uma velhinha que é uma observadora sagaz do comportamento humano.

Seu primeiro livro, O misterioso caso de Styles (1921) foi publicado quando ela tinha trinta anos. É nele que Poirot aparece pela primeira vez. O livro é narrado por Hastings (amigo de Poirot) e ambientado em uma enorme e isolada casa de campo. No meio da noite, a Sra. Inglethorp, a rica proprietária da mansão Styles, é encontrada morta na sua cama, aparentemente vítima de um ataque cardíaco. As portas trancadas por dentro indicam tratar-se de uma morte natural. Mas o médico da família levanta uma suspeita: envenenamento. A partir de então, todos os hóspedes da velha mansão, incluindo seu segundo marido e seus enteados passam a ser suspeitos. Caberá a Poirot descobrir o envenenador. 

Em 1926, ela lança o que viria a ser considerado sua obra-prima: O assassinato de Roger Ackroyd. O romance é ambientado na vila britânica de Kings About, onde o passatempo de seus habitantes é falar da vida alheia. É lá que muitos discutem a vida de Roger Ackroyd, considerado um “fidalgo rural”. Em meio a chantagens e cartas anônimas, Mr. Ackroyd é assassinado. Mas, por coincidência, Hercule Poirot está descansando na vila, ele inicia uma investigação que, no final, levará ao mais improvável desfecho.

Assassinato na casa do pastor marca a estreia de Miss Marple, nos romances da Agatha. Lançado em 1930 conta a história de um pacato vilarejo em St. Mary Mead, onde há quinze anos não ocorre um homicídio. Quando um sangrento crime acontece em plena casa do pastor, o alvoroço é grande. O arrogante inspetor Slack é escalado para investigar o caso. O mistério também intriga uma discreta moradora que gosta de jardinagem e de observar pássaros de binóculo, mas cujo principal hobby é o estudo do comportamento humano: Miss Marple.

O Caso dos Dez Negrinhos foi lançado em 1939 e envolveu muita polêmica por conta do título racista (Tem Little Niggers). É o livro mais famoso da autora, com mais de 100 milhões de cópias vendidas. Ele relata a história de oito estranhos que são atraídos para uma mansão, na ilha deserta na costa de Devon, por um misterioso homem e sua esposa. No primeiro capítulo do livro, é relatada a viagem dos convidados, mostrando os motivos que os levaram à ilha. Lá, eles se encontram com o casal de criados dos Owen, Mr. e Mrs. Rogers. Após o jantar, todos ali presentes são acusados de um crime, através de uma voz que vem do gramofone. Na parede do quarto de cada um, há o seguinte poema:



Dez negrinhos vão jantar enquanto não chove; 
Um deles se engasgou e então ficaram nove. 
Nove negrinhos sem dormir: mas nenhum está afoito! 
Um deles cai no sono, e então ficaram oito. 
Oito negrinhos vão a Devon de charrete; 
Um não quis mais voltar, e então ficaram sete. 
Sete negrinhos vão rachar lenha, mas eis 
Que um deles se corta, e então ficaram seis. 
Seis negrinhos em uma colméia trabalham com afinco; 
A um deles pica uma abelha, e então ficaram cinco. 
Cinco negrinhos no tribunal. Ver e julgar um fato; 
Um ali foi julgado, e então ficaram quatro. 
Quatro negrinhos no mar; a um tragou de vez 
O arenque defumado, e então ficaram três. 
Três negrinhos passeando no zoo. Vendo leões e bois. 
O urso abraçou um, e então ficaram dois. 
Dois negrinhos brincando ao sol, sem medo algum; 
Um deles se queimou, e então ficou só um. 
Um negrinho aqui está a sós, apenas um; 
Ele então se enforcou, e não sobrou nenhum.

 

E um a um, os oito convidados começam a sumir.


Um crime adormecido é o último caso de Miss Marple.
 Gwenda Reed, 21 anos, recém-casada, acaba de comprar uma casa centenária no litoral sul da Inglaterra. Trata-se da residência ideal para um futuro vibrante. Aos poucos, porém, o novo lar vai revelando sinais sinistros. Mas como é possível que Gwenda possa intuir que um dia houve uma porta onde hoje há uma parede sem passagem? Ou que possa adivinhar, com precisão de detalhes, qual a estampa do papel de parede original de um quarto? Sem saber exatamente como, ela adquire a certeza de que uma mulher foi ou será morta na casa. Miss Marple, perspicaz como sempre, guiará Gwenda pelos segredos aterradores que seu próprio lar esconde.


Cai o pano é o último caso do detetive Hercule Poirot e o último livro a ser publicado em vida por Agatha Christie. Já idoso, Poirot volta ao local de seu primeiro caso (O Misterioso Caso de Styles) à procura de um assassino. Para ajudá-lo, não poderia chamar outro além de seu fiel amigo, Arthur Hastings, que também já está velho e viúvo. Juntos, eles embarcam em uma última caçada que começa quando Poirot reúne cinco crimes que, aparentemente, tiveram a participação do assassino que estava na história O misterioso caso de Styles.

 

 Agatha faleceu em 12 de janeiro de 1976, de causas naturais, aos 85 anos de idade em sua residência (Winterbrook), em Wallingford, Oxfordshire. Foi enterrada no Cemitério da Paróquia de St. Mary, em Cholsey, Oxon.

 

Omiti alguns fatos da vida pessoal da autora como seu desaparecimento, divórcio, etc, para poder ater-me apenas aos dados que correspondem a sua carreira de escritora.


Agora vou contar como conheci as obras da Agatha.

Quando eu estava na 5ª série (mil anos atrás) tivemos que ler O GÊNIO DO CRIME do João Carlos Marinho, imediatamente me apaixonei pelo livro e pelo mistério envolvido nele. Demonstrando para a professora esse interesse, ela me sugeriu a leitura de algum livro da Agatha Christie. Na hora não dei muita bola, eu estava enlouquecida pelo GÊNIO DO CRIME e queria era ler os outros livros do Marinho.

O tempo passou e quando íamos para a 6ª série a professora passou uma lista de livros para as férias. Nessa lista tínhamos que escolher 2 livros. Um dos livros da lista era OS ELEFANTES NÃO ESQUECEM da Agatha. Novamente ela me sugeriu o livro. Dessa vez eu aceitei. Comprei o livro mais deixei lá guardando, pensava: perto de começar as aulas eu leio.
As aulas começaram e o livro não estava lido. Em uma semana teríamos que apresentar um resumo dos livros lidos nas férias. Eu estava perdida e desesperada, a única coisa que podia fazer era ler o livro.
Comecei a ler com má vontade, o título não me agradava, mas eu ia ter que ler de qualquer jeito. De repente eu me vi completamente imersa no livro. Eu estava enlouquecida de empolgação. Conclusão: foi AMOR a primeira leitura.
E desde então eu nunca mais abandonei A RAINHA DO CRIME.

Minha professora me apresentou a Agatha e a Agatha me apresentou ao universo dos livros e dos romances policiais, meu gênero preferido até hoje, 14 anos depois.


Para saber mais sobre a Agatha (clique aqui)



Terça-feira começa a promoção dos livros da L&PM



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3 comentários:

  1. Agatha Cristie é fantástica! Realmente, a rainha do crime. Adoro os livros dela, embora há muito tempo eu não leia.

    Para mim O assassinato de Roger Ackroyd, O caso dos 10 negrinhos, 100 gramas de centeio (foi o primeiro dela que eu li) e Hora Zero (história ffraquinha mas eu gosto) são os melhores.

    Queria ler A casa torta mas minha irmã me contou o final e, até hoje, não consigo esquecer, de tão fodástico que eh. O mesmo aconteceu cm "Assassinato no Expresso Oriente".

    Tenho Cai o pano aqui em casa mas nunca li por saber que é o ultimo caso do Poirot. Triste =( (sim, me contaram um spoiller leve desse livro também).
    Não vejo a hora de ler suas resenhas sobre a Agatha ^^

    Teh mais

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  2. Eu provavelmente conhecia a Agatha através da minha irmã. Lembro dela ter trazido não sei de onde uns livros da RAINHA para ler. Eu li O Assassinato no Expresso Oriente e mais um que não lembro qual. Depois disso eu comecei a ver a série do Poirot que passava na Multishow. Era muito boa. Hoje eu tenho alguns livros dela por aqui. Comprei dois esse mês, incluindo o Misterioso Caso de Styles e estou esperando mais dois.
    Para os fãs da Agatha, é muito bom ver o episódio de Doctor Who da quarta temporada The Unicorn and the Wasp. É muito bom e muito engraçado e fala de alguns fatos da vida da autora, incluindo uma explicação muito estranha, mas super divertida do sumiço da mulher!
    Adorei esse post!
    bjs
    Olivia
    http://paponosense.blogspot.com

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  3. Nossa gostei muito das informações contidas nesse post, eu ja li dois livros dela, O Misterio caso de styles e O misterio do caribe, não vou dizer que me apaixonei, mas eu gostei da maneira como se desenrola a trama dos livros, por isso entrei num desafio de ler os livros dela em ordem cronologica. Agora estou lendo inimigo secreto. E tenho mais uns tres ou quatro volumes dela em casa que ainda nao li pois estou esperando chegar a vez deles. Adorei o poema do livro os dez negrinhos que eu tenho mas ainda nao li, porem o que disse sobre ele me chamou a atenção...belo post..beijokas elis!!!

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