9 de abril de 2014

RESENHA: MEU PRIMEIRO ASSASSINATO - Leena Lehtolainen (Ed. Vestígio)



Oi, gente!

Hoje vou falar sobre MEU PRIMEIRO ASSASSINATO, da LEENA LEHTOLAINEN, lançado pela editora VESTÍGIO.

Meu Primeiro AssassinatoMEU PRIMEIRO ASSASSINATO
LEENA LEHTOLAINEN
Editora: VESTÍGIO              
Ano: 2013                  
Nº págs: 224          
Gênero: Policial

SINOPSE: Depois de alguns anos na polícia federal, onde a rotina de autuações e interrogatórios de pequenos delinquentes a entedia, Maria Kallio retoma seus estudos na faculdade de Direito. Mas sente falta da ação e acaba aceitando substituir um colega no departamento policial de Helsinque. Assim começa sua primeira investigação criminal: um jovem, que passava um fim de semana na casa de seus pais em companhia de sete outros membros de um coral, é encontrado morto, afogado. O culpado só pode ser alguém do grupo. Mas quem? Maria interroga um a um. Sua tarefa é árdua: ela conheceu a vítima e alguns dos suspeitos quando era estudante. E tem a mesma idade deles, o que não a torna muito convincente como inspetora neste caso. Além disso, todos tinham boas razões para detestar a vítima: um jovem rico, talentoso, bem-sucedido e conquistador.

Antes de tudo quero dizer que estou feliz por ter lido MEU PRIMEIRO ASSASSINATO porque com a leitura dele cumpri uma de minhas metas para 2014 que era ler todos os livros já lançados pelo selo VERTIGO, que agora se chama VESTÍGIO.

Apesar de estar feliz por ter cumprido a meta, estou muito triste com o desenvolver de MEU PRIMEIRO ASSASSINATO, pois comparando com os outros livros da editora, sou obrigada a dizer que esse é o pior deles, o que mais me decepcionou.

A princípio pensei que a história teria um “q” que Agatha Christie, afinal, a autora escreveu diversos livros em que vários personagens se encontram em uma casa, um assassinato acontece e aí há uma investigação ao redor dos que permaneceram vivos. LEENA tentou assemelhar-se a essa premissa, mas fracassou. Apesar de o crime acontecer em uma casa em que diversos indivíduos de um coral estavam, a investigação não permeia apenas esse cenário, fazendo com que os suspeitos voltem para suas residências e passem a viver suas vidinhas comumente, apenas com uma ou outra visita da polícia.

Os suspeitos, em vez de serem personagens interessantes, eram todos meia boca, e em vez de todos terem a aura “podemos ser culpados” todos pareciam inocentes demais, com respostas demais e suposições demais. Nenhum conseguiu manter meu interesse por sua vida pessoal ou em sua possibilidade de cometer o crime. Não foi um livro que li querendo a qualquer custo descobrir o culpado, ou ainda colocar a cuca para funcionar para ver se adivinhava antes do fim, simplesmente porque o livro todo foi muito morno!

A culpa de tudo isso? Da protagonista, claro. Maria Kallio é uma jovem policial que ainda está se enquadrando nos “esquemas” da polícia. O problema é que a personagem me irritou ao extremo. Já no começo do livro, em vez de termos dados sobre o crime, a investigação, etc, somos interrompidos nesse fluxo para a personagem se apresentar. Ela fala de tudo, de sua vida estudantil, profissional, de seus lábios carnudos (¬¬)...

Geralmente, adoro acompanhar a vida pessoal dos protagonistas de livros policiais, isso porque esses dados são inseridos no meio da investigação, em momentos apropriados e oportunos que fazem o personagem revelar esse ou aquele aspecto de sua vida particular, mas Maria, não, ela realmente pausa a investigação para discorrer por duas ou três páginas (!!!) sobre sua personalidade e aparência. ODEIO personagens egocêntricos!

Um dos pontos que pareceu que estavam me apunhalando pelas costas, foi hora que Maria resolveu discorrer sobre suas vestimentas, falando que os suspeitos não a levaram a sério, primeiro, porque já a conheciam, e em segundo, porque ela estava de tênis e jeans, o que a fazia parecer uma jovem estudante, mas que ela tinha a sorte de conseguir mudar seu cabelo e sua aparência de acordo com o que vestia, e que duvidava que os jovens a veriam da mesma forma quando ela chegasse com seu cabelo preso e uniformizada com sua saia (!! Oi?). Gente, para tudo! Eu NUNCA, JAMAIS li um romance policial em que a protagonista usasse saias na hora de ir investigar ou interrogar alguém! Como o livro é finlandês, e acho que nunca li nada vindo de lá, não sei dizer se isso é comum por aquelas bandas, o fato é que achei estranhíssimo, obviamente pode ter sido pelo fato de estar acostumada com os romances policiais americanos, ingleses e noruegueses, mas que eu nunca vi, nunca vi, e sim, achei extremamente bizarro, ainda mais por a protagonista parecer tão “non sense” a ponto de dizer que a roupa faria dela uma policial mais séria... “Puff” colega, acho que ninguém te contou, mas a primeira impressão é a que fica, se eles já te viram como menininha, você pode se vestir como Don Corleone, que aos olhos dos suspeitos vai continuar parecendo menininha.

O ruim em romances policiais quando você antipatiza com a protagonista e não tem algum outro personagem com quem se fiar, a experiência acaba sendo horrível. A investigação foi fraca, os depoimentos mal elaborados e cansativos, e as passagens pelo coral maçantes, foram páginas e mais páginas contando das músicas, do grupo, etc, etc.

A investigação, que poderia ter se centrado naquele pequeno universo, que poderia ter deixado o leitor extremamente curioso sobre o que poderia ter acontecido naquele lugar e com aquelas pessoas, abre-se, sem mais nem menos, para um universo de álcool e drogas.

A meu ver, a conclusão do livro foi terrível. Até gostei sobre em quem recaiu a culpa pelo assassinato do rapaz, mas não gostei de como a coisa evoluiu da revelação até o final. Não que tenha sido óbvio ou fraco, mas, apesar de ter tido decepção após decepção, eu realmente esperava um final mais surpreendente.


Bem, me comprometi a ler todos os livros policiais que a VESTÍGIO lançasse, até agora nenhum deles havia me decepcionado ao ponto de mudar isso. Pelo contrário, dois deles foram para meus favoritos e são livros que indico para Deus e todo mundo porque são excelentes, mas no caso dos próximos livros da LEENA LEHTOLAINEN vou pensar muito se vou continuar a ler. Sei que muitos autores escrevem um livro que odiamos e depois vários outros que gostamos, já passei por isso várias vezes, o problema é que os próximos livros da LEENA terão a Maria como protagonista, e aí, o que eu faço nessa situação? A mulher me desagradou demais. É realmente um caso a se pensar :S


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8 comentários:

  1. Oi Mari! Li a sinopse do livro e me interessei, mas com a resenha acabei desanimando rs. Acho que, tendo tantos outros livros policiais que eu quero ler, esse vai ficar para bem depois rs.
    Sério que a protagonista fica falando da vida dela e tal? Odeio isso. Eu AMO ficar acompanhando a vida pessoal dos personagens durante as séries e tal, mas, como você disse, quando eles são escritos em momentos apropriados, e não quando a personagem simplesmente narra isso pra gente.
    Sobre continuar a série, eu acho que não vale a pena, se a protagonista te desagradou tanto. Acaba tirando o tempo de outros livros que poderiam ser bem melhores. Ou talvez valha a pena ler mais um para ter certeza de que não gostou, mas não sei rs.
    Adorei a sua resenha.

    Beijos,
    Adri Brust
    Stolen Nights

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    1. Oi, Adri.

      Então, estou em dúvida exatamente pelo que você falou. Gostaria de ler mais um da autora para ter certeza, mas, ao mesmo tempo, tem tantos livros mais interessantes que não sei se quero perder tempo para ler algo que me põe em tanta dúvida.

      O jeito será esperar lançar um segundo volume para ver qual será minha decisão.

      Bjs

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  2. Bom que você cumpriu sua meta, pena que o livro te decepcionou. Ótima resenha.

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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  3. Ahhh continuaaaa!! Quem sabe ela não aprende a usar calças nos próximos???

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  4. Mari, Mari, Mari,
    És minha ídola...existe essa palavra né?...sinceramente eu vou gravar o nome desse livro para jamais comprar...desculpa a editora, mas é o fim da picada quando um escritor faz uma coisa dessa....ainda mais quando já lemos tantos livros bons, pode ter sido um problema daqueles em que a escritora se acha o óh do borogodó e por isso lançou, mas olha fala sério, os conterrâneos deviam ler e dar a real....nossa acho que me emocionei, mas o caso é que quando temos pessoas sérias que realmente falam o que acharam da leitura, temos leitores mais felizes. Olha uma editora devia te contratar para dizer se vale a pena lançar ou não, porque investir em algo que não é bom, é o fim, por mais que venda em alguns lugares. Conheço um livro que eu espero que você jamais leia, porque se ler, quero ser a primeira a vir aqui conferir a sua opinião....kkkk...beijos elis!!!

    http://amagiareal.blogspot.com.br/

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  5. É pelo jeito não foi lá grande coisa. Por isso não vou perder meu tempo em ler este romance policial. vou esperar algo melhor pra ler. Ainda bem que li a resenha. Estava pensando em ler.Valeu.
    Beijos.

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  6. Como você disse, fica complicadíssimos gostarmos de um livro em que não simpatizamos com nenhum das personagens, e quando até a protagonista entra nesse bolo, a coisa fica pior. Achei essa Kallio bem "sem-noção" também. Enfim, vamos ver os próximos livros da autora e ver se essa protagonista dá uma melhorada.

    @_Dom_Dom

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  7. Primeiramente obrigada por me "explicar" que Vestígio era Vertigo. Eu tava muito encucada com isso, porque em uns posts eu via Vertigo e em outras, Vestígio kkkkkkkkkkkkkk
    Putz! Personagem egocêntrico em policial é um porre! O foco deveria ser a investigação, não? E se os outros livros terão a mesma protagonista, é de se esperar que os outros sejam igualmente mornos. Eu acho que não daria uma nova chance.

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