Boa tarde pessoal!
Que tal passarmos o feriado acompanhado da resenha de um livro de um autor extremamente fabuloso e especial?
Estou falando de MARINA, do espanhol Carlos Ruiz Zafón, Ed. Suma de Letras.
A primeira obra que li do Zafón foi A SOMBRA DO VENTO, imediatamente me apaixonei pelo autor e fiquei fascinada com sua forma de narrar, de fazer suspense, de envolver o leitor e de nos levar as lágrimas. A leitura de O JOGO DO ANJO mostrou que Zafón continuava igual, mas foi ao ler MARINA que descobri como o autor pode surpreender os desavisados, no caso, eu J
Quando li que a SUMA lançaria MARINA fiquei muito empolgada, afinal, se era Zafón eu queria ler. Mas, em momento algum, imaginei que o livro fugiria ao molde dos dois primeiros, eis que na abertura do livro me deparo com o autor falando sobre ele e dizendo que MARINA é uma obra juvenil. Confesso, apesar de amar livros juvenis, fiquei um pouco triste, estava acostumada a um Zafón adulto, que dramatizava suas palavras de tal forma que nos causava mil sensações, mas li. Li, e quando achava que não poderia ser surpreendida, Zafón me surge com uma história de tirar o fôlego, de me deixar de cabelo em pé e de me matar de medo!
MARINA se passa na Barcelona da década de 1970. Óscar é um garoto tímido que vive em um internato. Um dia, em uma de suas andanças fora do colégio, resolve explorar uma estranha e enorme casa vizinha, uma casa que parecia desabitada. É quando ele conhece Marina e seu pai, Germán.
Ambos (pai e filha) ficam contentes com a aparição de Óscar, ele e Marina tornam-se amigos e passam a compartilhar as horas de seus dias. Em uma tarde Mariana resolve levar o garoto a um cemitério para observar a sinistra figura de uma mulher, que eles passam a chamar de “dama de negro”.
Juntos eles passam a desvendar a história por trás da “dama de negro”, uma história inquietante, surpreendente, cheia de suspense e com pitadas de terror que me fez ter pesadelos.
Paralela a essa história de suspense, Zafón conduz a narrativa sobre Germán, Marina e Óscar, que se aproxima mais do tom dramático e enigmático de seus livros anteriores. Mas o que surpreende mesmo em MARINA é a pitada de terror, inexistente em seus livros anteriores (publicados pela Suma).
Fiquei absolutamente surpresa e fascinada ao ver Zafón enredar por esse campo, em muitos momentos tive a sensação de estar lendo um livro do Stephen King, tamanha foi a angústia que Zafón imprimiu em suas palavras de terror. Aliás, angústia é apenas um dos adjetivos que a história nos causa, porque medo, pavor, nojo, inquietação, nervosismo e vários outros sentimentos me acompanharam do começo ao fim da trama.
MARINA é isso, uma obra de suspense, ficção, terror, sobrenatural, drama, fantasia e aventura, que só poderia ter sido escrita pelas mãos de um dos melhores autores que já tive a oportunidade de ler: CARLOS RUIZ ZÁFON, um gênio que merece ter seu nome imortalizado.
FICHA DO LIVRO
MARINA
Editora: SUMA DE LETRAS
Nº págs: 192
Gênero: Juvenil, Sobrenatural, Terror, Aventura, Drama, Romance, Suspense.
Cortesia da editora para resenha.
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