Bom dia, amores!
Não tinha resenha planejada para hoje, mas como ontem acabei de ler um livro FANTÁSTICO, decidi que precisava vir correndo aqui e contar pra vocês, pois não iria aguentar até semana que vem para postar essa resenha.
Primeiramente, gostaria de contar como tomei conhecimento do livro. Após ler e resenhar PRESA INVÍSIVEL do John Sandford, entrei em contato com a Luiza (da Editora Record) para enviar a ela o link com a resenha e fazer a solicitação do próximo livro. Embalada pelo livro policial do Sandford eu comentei com a Lu que tinha interesse em dois livros do gênero. Quando ela me respondeu, me deu a sugestão de um terceiro livro, DANÇA DA MORTE dos autores DOUGLAS PRESTON e LINCOLN CHILD. Imediatamente aceitei a sugestão, pois desde que comecei a parceria com a RECORD, a Lu acertou meu gosto 100% das vezes.
Aguardei ansiosa pelo livro e segunda-feira ele estava em minhas mãos. Parei o que estava fazendo, parei o livro que estava lendo e mergulhei em DANÇA DA MORTE. A princípio imaginei que o livro não seria tão bom, pois conta com dois autores, e deve ser uma briga tremenda para duas pessoas conseguirem escrever um livro policial. Enganei-me MUITO.
O primeiro capítulo, com apenas 4 páginas, já começa de forma de cair o queixo! Torrance Hamilton, professor substituto de Literatura Inglesa, começa agir de forma diferente durante a aula. Com suas mãos procura o próprio rosto acreditando haver algo de errado com ele. Sem obter resposta quando pergunta para sala o que há de errado, o professor começa a arrancar pedaços do rosto com suas mãos. A cena é bastante detalhada, chocante e horrenda, que me fez ter a sensação de estar lendo um livro de horror, não policial. Conclusão: fui conquistada em 4 páginas!
Capítulos seguintes: o tenente Vincent D’Agosta e sua namorada, Laura Hayward, estão conversando sobre o caso Dangler (um marginal que ataca caixas eletrônicos e mostra as partes íntimas para as câmeras), quando o motorista de um amigo de Vincent aparece para levá-lo imediatamente e com urgência a um determinado local. Detalhe: o lugar era a casa de seu ex-companheiro, Pandergast, que fora dado morto em ação policial.
Capítulo quatro: Margo Green, ex-estagiária do Museu de Nova York, está de volta. Dessa vez como editora chefe da revista do museu, que passa por um momento conturbado: algumas máscaras indígenas conseguidas de forma ilegal pelo museu, foram solicitadas a serem devolvidas para os índios Tanos. A questão está dividindo os trabalhadores e advogados do museu, afinal, mesmo que conseguidas de forma ilegal, as máscaras foram pagas.
Capítulo oito: nova morte! Um pintor foi amarrado e obrigado a se jogar do 24º andar de seu prédio sob o teto de vidro do mais famoso restaurante Francês de Nova York. A mídia explode atrás de informações e entra em cena Willian Smithback Jr. Um jornalista que está atrás de uma primeira página para agradar seu chefe, pois este tentava minimizar sua importância no jornal e até substituí-lo.
Nas próximas páginas uma revelação importantíssima: dois homens, dois irmãos, julgados mortos no começo da história estão vivos. Vivos e correndo contra o tempo conseguir atingir seus objetivos, alguns, bastante obscuros.
Tudo isso acontece nas 100 primeiras páginas! Quando cheguei aí pensei: jamais esses dois autores vão conseguir unir todos esses núcleos em uma só história, ainda mais torná-la interessante e convincente!
Estava errada, é claro! Não sei por qual razão eu ainda duvido da capacidade dos autores policiais, eles são brilhantes, todos eles, mas vou confessar: DOUGLAS PRESTON e LINCOLN CHILD são mais brilhantes que os outros.
O enredo construído pelos dois é fantástico, as amarras que eles criam nos deixam fascinados com a criatividade, e as dúvidas que eles abrem margens nos deixam enfurecidos por não conseguir ligar uma coisa a outra. E quando eles as ligam, com uma facilidade tremenda, faz com que nos sintamos idiotas.
É, me senti idiota em vários momentos da leitura, mais idiota ainda quando tinha certeza de um fato e logo depois eles levantaram tal questão. Fiquei pensando: “Sou foda! Acertei!” Não, não acertei. Errei, e errei feio. Mas até o último minuto tentei me convencer que havia uma possibilidade, mesmo que mínima, de estar certa L Poxa vida, é preciso ter esperança, rs.
Ler DANÇA DA MORTE, escrito por esses dois autores maravilhosos, me fez entender o verdadeiro significado de: DUAS CABEÇAS PENSAM MELHOR QUE UMA. Depois dessa leitura, não tenho mais dúvidas sobre isso.
FICHA DO LIVRO
DANÇA DA MORTE
DOUGLAS PRESTON & LINCOLN CHILD
Editora: RECORD
Ano: 2011
Nº págs: 502
Gênero: Policial, Suspense
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