Bom dia galera.
Hoje começamos nossa quinta-feira com mais um ESPECIAL: AUTORES PARCEIROS.
Nosso autor parceiro de hoje é o Markus Thayer. Tenho certeza que muitos de vocês já ouviram falar dele e de seu livro HATHOR.
A maioria dos blogs que eu sigo tem resenhas ou promoções de HATHOR. Eu já havia passado perto de ganhar o livro 2 vezes, quando entrei em contato com o Markus e fechamos parceria.
Mas antes de falar do livro, vamos conhecer um pouquinho do autor.
MARKUS THAYER
BIOGRAFIA:
Nasci em Santo André , no ABC paulista, tenho 51 anos e hoje moro em São Paulo. Trabalho com bancos de dados e aplicações web.
Quanto a conciliar a vida profissional com a arte de escrever, eu procuro harmonizar as duas coisas. Afinal programar computadores é como escrever um livro e vice-versa.
Na vida acadêmica, sou formado em Ciência da Computação e MBA e controladoria.
Sou casado com uma pessoa magnífica a vinte e cinco anos. E o fruto desse casamento é uma filha maravilhosa.
Meu trabalho não exige uma rotina. Cada dia é um dia novo recheado com infinitas possibilidades.RESENHA:
HATHOR
SURPREENDENTE!
Tenho que começar dizendo que HATHOR é surpreendente. Foi, sem dúvida, a maior surpresa literária que eu já tive. Um livro que vou lembrar para sempre e que hoje está entre meus favoritos.
HATHOR é um tanto difícil de resenhar, pois até certo ponto você acha que a história é sobre uma coisa, mas na verdade é outra. Mas essa história, além de incrível, é envolvente e cheia de surpresas. Confesso que se alguém tivesse me contado sobre o tema do livro eu teria torcido o nariz, e provavelmente, não teria lido. Mas não é que um tema que eu não dava nada me fez ter verdadeira loucura pelo livro? Por isso não vou revelar o assunto principal dele aqui, quero que vocês passem por essa mesma surpresa, para que com ela cresça a admiração por esse fantástico autor que é o Markus.
A história se inicia na Inglaterra no ano de 1859. John McBrian é um estudante na Universidade de Cambridge, e a pedido do professor de História, Sir Oliver Stwart, vai à biblioteca para fazer um trabalho sobre a Guerra das Rosas. Com um livro em mãos, ele descobre páginas coladas umas as outras. Intrigado e curioso, procura o professor para saber o que existe naquelas páginas. É com muito cuidado que Sir Oliver consegue desgrudar as páginas e retirar de lá um papel. Esse papel continha um mapa e a seguinte frase:
“After tenth day the bag dogs run side by side. Be Humble”
Nesse momento eles percebem estar diante um enigma e acreditam que ele pode levá-los a um tesouro. Ao voltar para a universidade, John compartilha a notícia com seu amigo Willian. Juntos começam a procurar, nos mapas da biblioteca, algum lugar que se assemelhe àquele desenho. Em nova reunião com o professor, que já havia decifrado o conteúdo da mensagem, eles descobrem que na verdade o mapa é a planta de um castelo em Bamburgh. Resolvem então, fazer uma expedição em busca desse tesouro.
Quando arrumava as malas para a viagem, Sir Oliver deixa escapar para sua empregada Emma, aonde vai e a procura do que. Em uma discussão com o namorado Klaus, Emma acaba contando quais os planos do professor.
A pobre Emma não sabe que Klaus é um ladrão. No dia seguinte o moço some e lhe deixa uma carta. Diante da carta e de outros fatos suspeitos, a moça tem certeza de que o homem que ama, além de ser ladrão, foi atrás do professor. Com receio do que possa acontecer, ela e sua mãe, Mary, partem atrás de Klaus. Quando chegam a Bamburgh veem o professor, dois alunos e o bando de Klaus. Decepcionada com o namorado Emma o chama para uma conversa. Este promete mudar para agradá-la.
Agora o bando de Klaus não mais faz o professor e os alunos de reféns. Todos são amigos em busca de um tesouro comum. Quando encontram um baú e acham que todos seus problemas acabaram e a volta para casa está garantida, descobrem que lá dentro só existe um livro e uma placa metálica. O desapontamento do grupo é visível, mas não é abalado. No livro existe um mapa que leva ao Brasil, e eles ainda estão dispostos a achar esse tesouro.
No meio da noite alguém entra sorrateiramente no acampamento de nossos heróis e rouba o livro. Daí para frente, os inimigos começam a perseguir o grupo em busca de uma chave. Todos querem esse tesouro. E esses vilões também estão dispostos a ir ao Brasil em busca dessa fortuna!
Pronto, contei tudo que eu podia. Se contar mais que isso acabo com a surpresa da história. E não, o tesouro não é dinheiro, não são joias, escritos antigos, ou qualquer coisa que vocês possam imaginar. O que é o tesouro e o que é HATHOR? Vocês vão ter que ler pra saber.
Só para deixá-los curiosos, vou citar algumas referências que me vieram à mente durante a leitura. No início eu pensei logo em A ILHA DO TESOURO do Robert Louis Stevenson, um pouco mais pra frente eu lembrava de PIRATAS DO CARIBE, e então novas referências vieram surgindo: VIAGEM AO CENTRO DA TERRA, AVATAR, MIB-HOMENS DE PRETO... E não, HATHOR não mistura tudo isso, HATHOR é MUITO mais que tudo isso.
Markus Thayer mostrou-se um escritor fabuloso. Sua narrativa é simples e contagiante; seus personagens, mesmo os coadjuvantes, são bem explorados e possuem grande personalidade. Tudo no livro é harmonioso e no tom certo. Nada acontece em proporções exacerbadas ou cansadas. As descrições nunca são demais, e são tão claras e precisas que sempre podemos imaginar as menores situações.
Fundir Passado e Futuro, História e Ciência, Primitivismo e Tecnologia numa história não é algo fácil de fazer, mas Markus conseguiu. Fez isso de maneira leve que encanta e seduz o leitor, deixando-nos com a sensação de que HATHOR é real, ou pode vir a ser.
Só posso dizer que recomendo muito HATHOR e no que depender de Markus Thayer, podemos ter certeza que a literatura brasileira está em boas mãos.
ENTREVISTA COM MARKUS:
1. Quando e como você resolveu que queria se tornar escritor? Você teve o apoio de alguém em especial?
Eu sempre gostei de escrever, porém não tinha intenção de publicar. Foi a publicitária e autora de “Estrela Píer” Kamila Denlescki quem me incentivou a publicar Hathor. Tive apoio total de minha esposa e minha filha.
2. Como surgiu a ideia de escrever um livro como Hathor?
A idéia surgiu após eu ter assistido um documentário sobre genética em 1995.
3. Como foi que surgiu a ideia do nome Hathor?
Hathor é o nome de uma deusa do Egito antigo. Em uma de suas interpretações, Hathor representa a fertilidade, a alegria, o amor, e é por causa dessas propriedades da deusa que o nome foi escolhido.
4. Ao ler Hathor várias referências me vieram à cabeça. Gostaria de saber se você se inspirou em alguma obra ou filme para compô-lo e se sim, quais foram e em que medida.
Eu me inspirei não exatamente em uma obra, mas no estilo de alguns escritores. A primeira parte do livro foi fortemente influenciada pelos estilos de Julio Verne, J.J. Benitez e Dan Brown. Já a segunda parte tem influencia de Isaac Asimov, Charles Haanel, K. H. Scheer e Clark Darlton.
5. Por que decidiu ambientar o início da história do livro em Londres?
Hathor necessitava começar em uma faculdade importante. E naquela época vários cientistas da Inglaterra saiam em viagens exploratórias pelo mundo. Assim, Cambridge era uma escolha natural.
6. Conte sobre seu interesse no estudo da física teórica e mecânica quântica. Esse interesse surgiu durante o processo de criação de Hathor ou você já estudava sobre essas áreas antes e justamente por isso resolveu apresentá-las em Hathor?
Eu gosto de estudar física desde os meus 15 anos de idade. Sempre me interessei pelo trabalho de cientistas como: Albert Einstein, Werner Heisenberg, Max Planck, Niels Bohr, Erwin Schrödinger, entre outros. Quando comecei a escrever Hathor tive que me segurar para não “forçar a barra” na parte de ficção científica.
7. Hathor fala de ciência, tecnologia e história. Como foi o processo de pesquisa para poder envolver todos esses assuntos no livro?
Hathor exigiu muita pesquisa. As pesquisas eram guiadas pelo momento do livro, à medida que eu ia escrevendo era necessário parar, estudar e procurar textos sobre o assunto. Depois, adaptar todo o matéria e alterar o livro se necessário.
8. Nas explicações tecnológicas sobre Hathor, sua ciência, mecanismos, etc, alguma parte é ficção, ou é a mais pura e real ciência?
As tecnologias apresentadas em Hathor não foram criadas a esmo. Para quase tudo que foi escrito existem respeitáveis projetos de estudo em várias universidades do mundo. Talvez, num futuro próximo, muito do que hoje está escrito em Hathor, será parte do nosso dia-a-dia.
9. Hathor apresenta muitos personagens, e todos eles colaboram para que a história seja maravilhosa. É impossível pensar no livro sem um deles. Como foi criar essa imensa quantidade personagens? Como você escolheu quantos seriam? Como foi o processo de escolha dos nomes e da personalidade de cada um? E como e por que escolheu para vilões os ninjas?
Muitos personagens foram criados para serem quase figurantes na história. Mas, como que por vontade própria eles foram se impondo, abrindo espaço e se estabelecendo. É o caso de Emma, cuja função inicial seria apenas levar a informação até Klaus. Porém, Emma não se contentou só com isso e cresceu como personagem. Criar os personagens exigiu cuidados para não misturar ou confundir as personalidades de cada um. PYthia e Briela exigiram doses extras de preocupação, pois seus temas filosóficos necessitavam ser fortes, embasados em ciência e não poderiam cair em contradição.
Por que ninjas, numa história que se passa na Inglaterra do século XIX? Bom, o livro precisava de vilões que fossem bem piores que o bando de Klaus. Primeiro para ofuscar o ato que o bando acabara de cometer. E Segundo para unir o grupo em torno de um ideal comum.
Por volta dessa época o Japão enfrentava um dilema. Muitas pessoas eram contra a entrada de navios estrangeiros, pelo fato que de os visitantes poderiam influenciar fortemente os costumes e tradições dos japoneses. Já outros eram a favor, com vistas no desenvolvimento do Japão como nação. Seiji e seus homens eram espiões que estavam na Inglaterra para roubar o ouro Inglês, com o intuito de financiar seu Clã, que era favorável ao fechamento dos portos. Essa explicação é dada, rapidamente no livro, numa conversa entre Seiji e PYthia.
10. Ao final do livro percebemos que ele terá uma continuação. Poderia nos dizer se já existe uma previsão de lançamento e adiantar algumas informações sobre esse segundo volume?
Hathor tem continuação, e esta já está sendo escrita. Porém, não existe ainda uma previsão para publicação.
11. Sabemos que no Brasil há uma dificuldade imensa em se lançar um livro, pois as editoras acabam optando por lançar best-sellers que têm retorno garantido a investir em um novo autor, mas você conseguiu ter seu livro publicado. Como foi ver o primeiro exemplar de Hathor impresso, saber que ele iria chegar ao público, e principalmente, como está sendo ver Hathor divulgado em tantos blogs no Brasil e sempre muitíssimo elogiado?
É uma sensação magnífica, eu diria única. É muito bom poder escrever e publicar um livro. Eu sinceramente, não esperava que recepção de Hathor, por parte dos leitores, fosse ser tão calorosa. Eu só tenho a agradecer a esse povo maravilhoso que enche de vida e luz esse imenso Brasil.
12. Você acredita que os brasileiros estão se interessando mais por nossos novos autores, ou que ainda existe certo preconceito literário por parte do leitor?
Eu acredito que ideias não têm nacionalidade, são um patrimônio da humanidade, assim encontraremos obras maravilhosas escrita por brasileiros, ingleses, alemães, americanos, enfim por todos. Assim, e não acredito que exista preconceito com relação ao livro nacional, o que, talvez, precisemos seja um pouco mais de publicidade. O Brasil tem um potencial enorme, nosso povo é todo coração e está sempre aberto a novas descobertas e emoções.
13. Para você, qual a importância da literatura e do hábito de ler?
Eu acho que Monteiro Lobato tem a resposta certa para essa pergunta: “Um país se faz com homens e livros”.
RAPIDINHAS:
a) Um livro: Viagem ao centro da terra
b) Um autor: Julio Verne
c) Uma música: Ode an die Freude (Hino à Alegria) Ludwig van Beethoven
d) Uma banda: The Beatles
e) Um filme: O discurso do Rei
f) Um ator: Tarcísio Meira / Lima Duarte
g) Uma atriz: Fernanda Montenegro
h) Uma frase: "A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original" (Albert Einstein)
b) Um autor: Julio Verne
c) Uma música: Ode an die Freude (Hino à Alegria) Ludwig van Beethoven
d) Uma banda: The Beatles
e) Um filme: O discurso do Rei
f) Um ator: Tarcísio Meira / Lima Duarte
g) Uma atriz: Fernanda Montenegro
h) Uma frase: "A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original" (Albert Einstein)
CONTATOS DO MARKUS:
mais um livro pra minha infinita lista de vou ler... não tenho jeito mesmo, e no exato momento devia estar estudando para minha prova de amanhã... adorei as rapidinhas do autor, gosto de todas as escolhas dele.
ResponderExcluirBjos
Parabéns pela resenha Mari! Estou ansiosa para ler Hathor. Beijos!
ResponderExcluirEsse post ficou incrível,realmente só li coisas boas sobre Hathor, e espero conferir essa história fabulosa um dia, afinal depois de todas essas palavras impossível não querer conferir tim tim por tim tim....beijokas elis!!!!
ResponderExcluirMuito boa a resenha,e gostei muito da entrevista que conta também bastante coisa sobre o livro! você não quis nos revelar o significado de hathor, mas na entrevista o autor menciona que escolheu o nome por ser de uma deusa, que representa alegria, o amo etc.. então com certeza o livro transmitirar isso para os leitores, já que ele pesquisou ao fazer o livro, teremos um aulão de emoções =D
ResponderExcluirGosto de livros assim que te surpreende e tenho certeza que Hathor vai me surpreender assim como te surpreendeu Markus, espero ler o livro assim como marquei no skoob bjs pessoal.
ResponderExcluiraff.... impossivel me deixar mais curiosa e confusa.... quero leeeeeeeeeer! kkkk
ResponderExcluirMuito legal e criativa sua resenha!
Parabens!!
MEUDEUS que resenha MARAVILHOSA! Dá muita vonta de ler, simplesmente a gente entra na magia da história, e ver o comprometimento com a arte de escrever do autor, ver que ele o faz por amor à escrita, tão humilde, tão simples, aumenta ainda mais a minha vontade de ler o livro. Sem contar que adoro idéias sobre ficção, misturadas com mistério e muitas reviravoltas, o que parece ter muito nesse livro. Decidi, com sua resenha, comprá-lo, com certeza.
ResponderExcluiresse livro me parece ótima, e já está na minha infinita lista de vou ler. e ainda mais depois dessa resenha, estou realmente ansiosa para lê-lo :*
ResponderExcluirEstou super curioso para ler esse livro, ainda mais após ler sua resenha.
ResponderExcluirEste é um dos livros que estou louca para ler desde que vi a primeira resenha. Espero comprá-lo o mais rápido possível!!
ResponderExcluirPuxa... com esse livro você só conseguiu me fazer ter mais vontade de lê-lo. Estou doido para ganhar. Que vontade de ler ele!
ResponderExcluirNossa amei, além do livro ter um historia super envolvente o autor é o cara.
ResponderExcluirE melhor é como você conseguiu fazer um ótima resenha/entrevista.
Demais Parabéns.
Quero muito ler ese livro e a resenha está muito boa!
ResponderExcluirNossa...quero ler!!!preciso ler....
ResponderExcluir:)
Nuss, todo mundo fala tão bem desse livro, estou com muita vontade de ler. *-*
ResponderExcluirNossa! A resenha do livro dispertou minha curiosidade.
ResponderExcluirEstou anciosa para ler \ô