1 de junho de 2015

RESENHA: JACK, O ESTRIPADOR EM NOVA YORK - Stefan Petrucha (Ed. Vestígio)



Bom dia, pessoal!

Esta semana será MUITO especial, pois teremos resenha de manhã e à tarde de duas editoras muito queridas: GRUPO EDITORIAL RECORD e GRUPO AUTÊNTICA. Pelas manhãs, vocês vão poder conferir resenhas do GRUPO AUTÊNTICA, envolvendo os selos VESTÍGIO e GUTENBERG, e à tarde as resenhas do GRUPO EDITORIAL RECORD e seus selos.

Para começarmos com chave de ouro, vou falar sobre JACK, O ESTRIPADOR EM NOVA YORK, livro do STEFAN PETRUCHA, lançado pela VESTÍGIO e que já gerou post de INDICAÇÃO aqui no blog.

Jack, o Estripador em Nova YorkJACK, O ESTRIPADOR EM NOVA YORK
STEFAN PETRUCHA
Editora: VESTÍGIO              
Ano: 2015
Nº págs: 288
Gênero: Policial, Suspense, Juvenil

SINOPSE: Carver Young sonha ser um detetive, apesar de ter crescido num orfanato, tendo apenas romances policiais e a habilidade de abrir fechaduras para estimulá-lo. Entretanto, ao ser adotado pelo detetive Hawking, da mundialmente famosa Agência Pinkerton, Carver não só tem a chance de encontrar seu pai biológico como também se vê bem no meio de uma investigação de verdade, no encalço do cruel serial killer que estava deixando Nova York em pânico total. Mas quando o caso começa a ser desvendado, a situação fica pior do que ele poderia imaginar, e sua relação com o senhor Hawking e com os detetives da Nova Pinkerton entra em risco. À medida que mais corpos aparecem e a investigação ganha contornos inquietantes, Carver precisa decidir: de que lado realmente está? Com diálogos brilhantes, engenhocas retrofuturistas e a participação de Teddy Roosevelt, comissário da polícia de Nova York que viria a ser presidente dos Estados Unidos, Jack, o Estripador em Nova York desafiará tudo o que você pensava saber sobre o assassino mais famoso do mundo. E o deixará sem fôlego!

Agora a novidade já não está mais tão quente, mas, para quem ainda não sabe, a VESTÍGIO está lançando uma linha de livros policiais voltada para o público jovem \o/ Para mim, essa foi uma das notícias mais animadoras do ano e fiquei em êxtase em saber que os jovens agora podem se divertir com livros de mistério, espero que também desistam dos sempre iguais new adults, rs.

Em JACK, O ESTRIPADOR EM NOVA YORK, PETRUCHA nos apresenta personagens brilhantes e que fascinam a cada nova descoberta. O livro não tem aquilo de começar morno e ir se tornando dinâmico conforme os acontecimentos, pelo contrário, ele já começa com tudo e arrancando o fôlego desde que os órfãos aparecem e um deles, Carver Young, o protagonista, descobre uma carta do seu possível pai e as condições o levam a trabalhar em uma agência de investigação. Daí para o final, é impossível largar o livro, pois somos conduzidos por um jovem e destemido detetive na busca por um terrível serial killer e também por seu pai desaparecido.

Um dos pontos altos do livro, além das investigações já citadas, é o fato de PETRUCHA ter inserido as mais diversas invencionices, fazendo com que o gênero steampunk também se apresentasse na obra e surpreendesse o leitor, mas, no que se refere a isso, surpreendente mesmo foi ler o glossário, em que o autor  explica minuciosamente como teve a ideia para alguns desses inventos e nos revela que sim, muitos deles já existiam na época do livro! Para mim, a surpresa de descobrir a existência de certos aparatos tecnológicos em 1895 foi extremamente gratificante.

Não nego que muito do  mistério da história é passível de ser descoberto e que o autor não consegue enganar o leitor, ao menos o leitor adulto, mas temos sempre que lembrar que esse é um livro voltado para o público jovem, e como tal, cumpre plenamente sua função, pois não falta ação e dinamismo em suas páginas, o que é garantia certa de prender o leitor, mesmo que ele já tenha descoberto alguma coisa em relação ao enredo.

Mas o que me conquistou mesmo em PETRUCHA foi ler sua opinião sobre Sherlock Holmes. Em um diálogo, o protagonista e seu mentor falam sobre os livros do Holmes, e o garoto afirma que Holmes é um gênio por desvendar os crimes, ao que seu mentor diz:

“Doyle é o gênio. Na verdade, é um truque barato. O leitor nunca tem todas as informações necessárias, logo Holmes pode chegar à conclusão sozinho, no último minuto.”
p.60

Amei essa passagem por pensar exatamente igual. Quem acompanha o blog sabe que não sou fã de Holmes e que não vejo nada demais nos livros do Doyle exatamente por esse motivo, o autor nunca fornece pistas suficientes para o leitor tentar descobrir o culpado, logo, Holmes fica parecendo fodorástico, muitas vezes em situações que soam forçadas. Ao ler essa passagem em JACK, O ESTRIPADOR EM NOVA YORK, fui a delírio, pois todo mundo que conheço morre de adoração pelo DOYLE e me sinto um ET quando digo que não gosto. Obrigada, PETRUCHA ;)

O final do livro foi bastante óbvio, mas delicioso. Aprecio muito quando os autores seguem por sua linha de início e não tentam surpreender o leitor ao final com uma reviravolta mirabolante. Quando isso acontece, parece que a história fica sem liga, e STEFAN foi ótimo, pois não se importou em ser óbvio, mas ainda assim conseguiu ser divino em sua escrita e em sua conclusão.


JACK, O ESTRIPADOR EM NOVA YORK pode ser um livro de mistério voltado ao público jovem, mas tenho certeza de que os fãs de romances policiais de qualquer idade vão apreciar a leitura e saborear com gosto cada passagem dessa aventura. Confiram! ;)


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9 comentários:

  1. Oi Mari, ual, fiquei mega curiosa com esse livro!!!
    Amo esse gênero <3
    Um beijo.
    Garota do Livro

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  2. Olá Mari,
    Fiquei cheia de vontade de ler esse livro, gosto de romances policiais, iniciei por esse estilo com Agatha Christie, que é de longe minha escritora policial favorita. ♥

    xoxo
    Mila F.
    @camila_marcia
    www.delivroemlivro.com.br/

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  3. Oi Mari...eu quero esse livro...tava tentando ganhar num sorteio mas não deu :/

    Acho até que já descobri todo o enredo só pela sinopse hahaha mas quero ler mesmo assim

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  4. Mari!
    Bem fã de todas as versões do Jack, ainda mais que adoro os livros policiais, principalmente esse que é carregado de mistério.
    “A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor.”(Joseph Addison)
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  5. Sempre fui fascinada por este tipo de leitura. Com grande teor investigativo e um serial killer de arrasar. Este livro tem tudo pra me encantar. E pelos comentários feitos por você,a história é muito legal. Gostei de conhecer. espero poder ler logo também.
    Beijos.

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  6. Gosto muito de livros policiais, acho que gostaria muito desse livro. Não me importo em o livro ser mais voltado para o público jovem, eu leio de quase tudo, esses dias voltei a ler a série vaga-lume depois de muitos, muitos anos...

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  7. Eu simplesmente adoro livros com essa pegada, e não me importo tanto se é voltado ao público mais jovem, pois se o ritmo da trama for acelerado, já tem minha atenção. Outra coisa que achei legal foi essa "trollação" com o Doyle. Corajoso, hein?!?! kkkkk

    @_Dom_Dom

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  8. Adoro livros assim. Agora, só pelo autor ter falado o mesmo que eu penso do Doyle já valia ser lido. Nunca me convenci dessa inteligência toda do Holmes, puro engodo. rs.
    Mas gosto muito mesmo de romances policiais, sem ter aquele romance açucarado no meio.
    Com certeza um livro que vai para os meus desejados.

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  9. Adoro livros assim. Agora, só pelo autor ter falado o mesmo que eu penso do Doyle já valia ser lido. Nunca me convenci dessa inteligência toda do Holmes, puro engodo. rs.
    Mas gosto muito mesmo de romances policiais, sem ter aquele romance açucarado no meio.
    Com certeza um livro que vai para os meus desejados.

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