21 de agosto de 2013

RESENHA: SOB O CÉU DO NUNCA - Veronica Rossi (Ed. Prumo)

Oi, gente!

A resenha de hoje é sobre uma distopia que estava louca para ler: SOB O CÉU DO NUNCA da VERONICA ROSSI, lançado pela editora PRUMO.

Sob O Céu do NuncaSINOPSE: Desde que fora forçada a viver entre os Selvagens, Ária sobreviveu a uma tempestade de Éter, quase teve o pescoço cortado por um canibal, e viu homens sendo trucidados. Mas o pior ainda estava por vir... Banida de seu lar, a cidade encapsulada de Quimera, Ária sabe que suas chances de sobrevivência no mundo além das paredes dos núcleos são ínfimas. Se os canibais não a matarem, as violentas tempestades elétricas certamente o farão. Até mesmo o ar que ela respira pode ser letal. Quando Ária se depara com Perry, o Forasteiro responsável por seu exílio, todos os seus medos são confirmados: ele é um bárbaro violento. É também sua única chance de continuar viva.
Perry é um exímio caçador, em um território impiedoso, e vê Ária como uma menina mimada e frágil – tudo o que se poderia esperar de uma Ocupante. Mas ele também precisa da ajuda dela, somente Ária tem a chave de sua redenção. Opostos em praticamente tudo, Ária e Perry precisam tolerar a existência um do outro para alcançar seus objetivos. A aliança pouco provável entre os dois acabará por forjar uma ligação que selará o destino de todos os que vivem sob o céu do nunca.
Primeiro livro de uma eletrizante trilogia ambientada em um futuro imaginado, mas assustadoramente possível, “Never Sky: Sob o Céu do Nunca” chega ao Brasil rodeado de grande expectativa por parte dos fãs de distopias.
Em um cenário pós-apocalíptico, a população do planeta se dividiu entre aqueles que conseguiram esconder-se em cidades encapsuladas, conhecidas como núcleos, e as que sobreviveram nas áreas externas, mas tornaram-se primitivas. Através de um dispositivo eletrônico, os habitantes dos núcleos podem frequentar diferentes Reinos, cópias virtuais e multidimensionais do mundo que elas deixaram para trás.
Neles se pode fazer qualquer coisa, ser qualquer pessoa, sem consequências no mundo real. Mundos sem dor, sem medo. As palavras dor e medo, porém, fazem parte do vocabulário cotidiano dos que vivem além das paredes dos núcleos. A escritora Veronica Rossi se utiliza da oposição dessas duas sociedades para pensar o poder da tecnologia, seus benefícios, malefícios e alienação que pode provocar nas pessoas.

O motivo de eu estar louca para conferir esse livro é bastante óbvio: a autora é brasileira, e muito mais que isso: conquistou seu espaço lá fora! Sim, SOB O CÉU DO NUNCA foi lançado no exterior antes de chegar nas terras ‘brazucas’, e, para mim, isso é motivo mais que suficiente para correr para ler o que conquistou a ‘gringaiada’.

Livro lido = motivos entendidos. Após ler SOB O CÉU DO NUNCA, entendi a razão de ter havido um ‘boom’ ao redor de NEVER SKY. VERONICA escreveu uma distopia completamente diferente das que eu já havia lido e de forma bastante inteligente. Adorei a mescla de ficção científica no meio da história, fiquei super curiosa sobre as tempestades de éter (fala sério, alguém já havia imaginado algo assim?), sofri com Ária e a busca por sua mãe, assim como sofri com Perry e a busca por seu sobrinho; fiquei embasbacada com a criatividade da autora ao criar um “mundo” Selvagem, com suas falhas; e as Cápsulas com toda sua perfeição.

O começo do livro me pareceu demasiado confuso e por muitas vezes me senti perdida. Demorei muito tempo para entender sobre o tal olho mágico de Ária (sim, ela tem um), no início achei que era um olho de vidro, por ela ter algum problema ocular, mas depois que compreendi que todos os habitantes do Núcleo possuíam um, e que eles permitiam fazer com que as pessoas viajassem por Reinos, fiquei meio em choque!, era quase como um teletransporte (só que sem se mover). Já falei que a autora foi muito criativa? Bom, não custa repetir.

A narrativa é ora sob o ponto de vista de Ária, ora sobre o de Perry. Não sei dizer o que mais me cativou: o mundo de tecnologia avançada de Ária, ou o primitivismo da sociedade de Perry. O fato é que a mescla nos transporta para os dois mundos desses personagens. Conseguimos notar não apenas as diferenças óbvias que separam um “mundo” do outro, mas as diferenças de caráter e personalidade que os meios moldam nos seres humanos.

Desde o princípio fica claro que haverá um envolvimento romântico entre Ária e Perry, e a forma como ele se desenvolveu foi simplesmente adorável. O amor foi nascendo aos poucos, de forma gradativa, sem pressa, com todos os momentos sendo aproveitados. O casal foi aprendendo a lidar com suas diferenças para viver com elas, o que os ajuda a amadurecer ao mesmo tempo. Achei linda a parte em que Perry explica a Ária sobre a primeira menstruação e o que significa para seu povo.


VERONICA criou uma distopia extremamente inteligente e diferente do que estamos habituados a ler. O romance que envolve os personagens também é bastante diferente de toda aquela pressa e furor adolescente que estão “contaminando” os livros. Ao ler SOB O CÉU DO NUNCA, minha curiosidade sobre o motivo de a série fazer tanto sucesso foi sanada, e a brasileira VERONICA ROSSI, mais que merece esse sucesso que está colhendo. Belíssimo livro!


FICHA DO LIVRO

SOB O CÉU DO NUNCA
VERONICA ROSSI
Editora: PRUMO
Ano: 2013                   
Nº págs: 336
Gênero: Distopia



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2 comentários:

  1. Adorei a resenha!
    E sabe, estou querendo muito ler Never Sky, mas o preço tá muito salgado :/
    Enfim, espero ler essa distopia muito badalada, haha!

    Abraços, Joshua Guimarães
    Blog Pensamentos do Joshua - pensamentosdojoshua.blogspot.com

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  2. Quero muito ler esse livro! Só vejo elogios. Mas quero tantos livros que é difícil saber pra quais dar prioridade. :/

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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