Bom dia pessoal!
Como vocês estão?
Quem acompanha o blog sabe que nunca posto resenha no sábado, mas amanhã é um dia muito especial, e essa resenha precisava ser postada hoje para deixá-los curiosos e preparados para amanhã.
Amanhã, dia 11, é o dia da vinda do autor SCOTT TUROW na Bienal. O Scott é autor da Editora Record e estará às 15:30 no Café Literário e às 17h estará autografando do stand da ED. RECORD.
Para que vocês conheçam mais desse genial autor, hoje posto a resenha de O INOCENTE, que é a continuação de ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA (clique AQUI para ler a resenha).
A história de O INOCENTE se passa vinte anos depois do ex-promotor Rusty Sabich ter sido absolvido do caso de assassinato de sua ex-amante. Mas as coisas não mudaram muito para Rusty, dessa vez ele está metido em mais uma confusão, e de novo por causa de uma mulher.
Sua esposa, Bárbara, foi encontrada morta em sua cama. A princípio tudo leva a crer que ela morreu de causas naturais, mas descobre-se que Rusty ficou em companhia da esposa morta por 23 horas e não comunicou a ninguém, nem mesmo ao filho do casal.
É nessa hora que o “rival” de Rusty entra em cena. Tommy Molto, que vinte anos atrás tinha certeza da culpa de Sabich no caso da amante, fica sabendo da omissão da morte da esposa, mas fica com o pé atrás de novamente acusar Rusty, pois sua carreira fora quase liquidada no antigo caso.
Quando novas provas, mais concretas, começam a aparecer e apontam Rusty como culpado, Molto esquece suas preocupações e pensa se não é realmente a hora de tentar capturar Rusty, mas dessa vez tudo tem que ser muito bem feito, pois a intenção de Tommy é fazê-lo pagar pelos dois homicídios.
Sabich não havia mudado tanto assim nos últimos vinte anos. Apesar de agora ele ser juiz, ele continua num nível emocional exatamente igual se encontrava em ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA, infeliz e sentindo que falta algo em sua vida, e mais uma vez, ele opta por encontrar o que falta nos braços de uma mulher, dessa vez, uma muitos anos mais nova, e fora, novamente, por ter uma outra amante que ele fica na mira de Molto.
Mais uma vez Turow monta uma trama fantástica. O modo como ele aborda o psicológico das personagens nos fascina. Nada de ruim é escondido da personalidade deles, assim como nada de bom é fortemente explorado. Personagens que tiveram pouco destaque no primeiro livro, como Nat (filho de Sabich), ganham mais espaço, mais história, um passado e voz própria na narrativa.
Preciso dizer que, de novo, o que eu mais gostei em toda a trama foi da vítima. Não sei como Scott consegue fazer isso, mas ele nunca faz com que criemos empatia ou o menor sentimento bom em relação à vítima, pelo contrário, lembrando do primeiro livro e das novas revelações que vão surgindo, fica humanamente impossível criar qualquer laço com Bárbara, mesmo que de pena. Isso me fez ficar com dó de Rusty, pois mostrou que ele não consegue acertar para escolher suas companheiras.
Devorei o livro de forma a esquecer que alguém seria o culpado, de modo a nem tentar adivinhar quem seria o assassino da história ou qual seria o mistério que ela envolveria, fiquei tão assombrada com os fatos e com a dinâmica do julgamento, que só queria ler, ler, ler, sem parar para pensar em qualquer hipótese.
Apesar de a história poder ser considerada repetitiva, pois Rusty está sendo acusado de cometer um crime igual, achei-a extremamente bem elaborada, e admito, gostei mais dessa continuação, pois, confesso, adorei ter Bárbara como vítima.
Espero que vocês fiquem tão fascinados com o Scott quanto eu. E quem puder, não deixe de ver o autor na Bienal.
Ele estará lá no dia 11 de setembro, às 15h30 no Café Literário e às 17h00 no stand da Editora RECORD para autografar seus vários títulos já lançados pela editora.
CONFIRAM!!!!
O INOCENTE
SCOTT TUROW
Editora: RECORD
Ano: 2011
Nº págs: 433
Gênero: Thriller Jurídico, Policial, Suspense
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