7 de setembro de 2011

RESENHA: EU SEI O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO - John Verdon (Arqueiro)

Bom dia amores!

Começamos esse feriado com a resenha de um livro policial, que é um gênero que eu quase não gosto, rs. Brincadeira, quem segue o blog sabe que é meu gênero preferido e que sou alucinada por romances policiais. É por isso que fiquei de olho nesse lançamento da ARQUEIRO e quase morri de felicidade quando recebi ele para resenhar: EU SEI O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO do John Verdon.

EU SEI O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO é o livro de estreia do John Verdon, mas por muitas vezes cheguei a duvidar. Extremamente bem elaborado, com enredo surpreendente e final de tirar o fôlego, não conseguia acreditar que o autor nunca havia escrito nada, mas, é verdade, esse foi o primeiro livro do John, que daqui pra frente terá a difícil missão de escrever algo tão fantástico quanto.

EU SEI O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO nos apresenta o detetive David Gurney. Gurney está aposentado, mas é o mais famoso detetive na área de homicídios de Nova York. Depois de se aposentar mudou para o interior do estado com sua esposa, onde vivem uma vida tranquila, ao menos planejada para ser tranquila.

Tudo corria bem até David receber um e-mail de um antigo colega de escola que não via há vinte e cinco anos. No e-mail Mark Mellery se desculpava pelos anos de afastamento, mas solicitava a ajuda de David para resolver um estranho caso que o estava preocupando, pedindo assim, permissão ao ex-detetive para entrar em contato por telefone para marcar um encontro.

Quando os antigos conhecidos se encontram Mellery lhe conta o problema: ele estava sendo ameaçado. Fazia alguns dias que recebia estranhas cartas, escritas a mão e com tinta vermelha, contendo poemas ameaçadores. Mas a primeira carta fora a que lhe metera medo de verdade, pois pedia para que ele pensasse em um número de um a mil e depois abrisse um outro envelope, que lhe revelaria o número pensado, 658. Além disso, o bilhete dizia que o conhecia muito bem, por isso ele acertara ao escolher o 658 e que se Mellery quisesse saber mais sobre si mesmo e sobre quem sabia tanto sobre ele, deveria enviar uma certa quantia a uma determinada caixa postal.

Diante do acerto, e assustado com a possibilidade de alguém conhecer algo sombrio de seu nebuloso passado, Mellery, agora um famoso guru espiritual, envia o dinheiro solicitado, mas fica ainda mais apavorado quando o dinheiro retorna com um bilhete do verdadeiro dono da caixa postal dizendo que deveria haver algum engano, pois aquela caixa postal era dele e não do nome endereçado no envelope de Mellery.

Mas Mark continuou recebendo os poemas ameaçadores, e sem querer envolver a polícia, para que eles não adentrassem no seu retiro espiritual, foi atrás de David em busca de uma resposta. Gurney estava aposentado, mas ficou bastante intrigado, prometeu ajudar o ex-colega, mas não encontrou muitas respostas para o que estava acontecendo, até que Mellery foi brutalmente assassinado de forma completamente enigmática.

É a partir daí que o enredo se monta, mas também se transforma. Fica cada vez mais difícil para a polícia entender o assassinato do guru e tudo se transforma numa questão completamente desafiadora quando outros crimes, com o mesmo modus operandi, são descobertos, mas todos em cidades demasiadas afastadas de onde Mellery residia.

As polícias dessas cidades resolvem se unir a procura de um serial killer que parece ser completamente maluco, mas extremamente inteligente e sempre a frente dos descobrimentos das autoridades. Os resultados não são nada agradáveis e podemos dizer que, em parte, são até tristes,  mas totalmente inesperados pelo leitor.

Verdon conseguiu me deixar completamente submersa em sua narrativa, mas em nenhum momento fez com que tenhamos a reação normal dos livros policiais, que é a de ficar com “achismos” sobre determinadas personagens. Pelo contrário, Verdon conduz o espetáculo tão bem que achamos que todos são inocentes e improváveis de serem culpados.

Apenas uma coisa não me agradou por completo no livro, a esposa do Gurney. Apesar de ela ser peça de fundamental importância para fazer funcionar o raciocínio do marido e algumas pistas se encaixarem, ela é, muitas vezes, uma mulher chata que implica com a profissão do detetive, pois uma vez que ele estava aposentado, ela acredita que ele não deveria mais tentar solucionar os casos, e isso a torna uma personagem enfadonha e repetitiva. Tirando isso, EU SEI O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO é um livro fantástico que surpreende do começo ao fim, e se me permitem dizer... Puxa vida! Que fim!


FICHA DO LIVRO

EU SEI O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO
JOHN VERDON
Editora: ARQUEIRO
Ano: 2011                    
Nº págs: 340
Gênero: Policial

Cortesia da editora para resenha.



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