18 de março de 2016

RESENHA: EU FUI A ESPIÃ QUE AMOU O COMANDANTE - Marita Lorenz (Ed. Planeta)



Olá, pessoal!

Nessa sexta vou falar um pouquinho sobre EU FUI A ESPIÃ QUE AMOU O COMANDANTE, autobiografia da MARITA LORENZ, lançado pela PLANETA no ano passado.

Eu Fui A Espiã Que Amou O ComandanteEU FUI A ESPIÃ QUE AMOU O COMANDANTE
MARITA LORENZ
Editora: PLANETA
Ano: 2015
Nº págs: 288
Gênero: Biografia

SINOPSE: Poucas pessoas podem dizer que viram passar diante de seus olhos uma parte fundamental da história do século XX. E não como meros espectadores dos fatos, mas quase devorados por eles. Ilona Marita Lorenz é uma delas. Nasceu na Alemanha em 1939, às vésperas da invasão da Polônia. Seu pai, alemão, era capitão de navio; sua mãe, americana, havia sido atriz. Quando menina esteve no campo de concentração de Bergen-Belsen. Logo depois do fim da guerra, aos sete anos, foi vítima de estupro. Nos anos seguintes, embarcava com frequência em viagens capitaneadas pelo pai. Em 1959, chegou à Havana revolucionária a bordo do Berlin. Um grupo de barbudos, encabeçado por Fidel Castro, subiu no navio. A atração foi imediata e rapidamente se mostraria fatal. Uma semana depois, o comandante mandava buscá-la em Nova York e a convertia em sua amante. Ela tinha dezenove anos. Logo descobriu-se grávida, mas foi submetida a uma intervenção e o bebê não chegou a nascer... Ou, pelo menos, foi o que lhe disseram. A CIA convenceu Marita de que Fidel era o responsável pelo ocorrido e a enviou de volta a Havana com a missão de assassiná-lo. Mas ela foi incapaz - continuava apaixonada. De volta a Miami, conheceu o ex-ditador venezuelano Marcos Pérez Jiménez, outro envolvimento que teria sérias implicações. Tudo isso já parece suficiente para preencher duas vidas, mas ainda há mais. A trajetória de Marita tem luzes e sombras. Mas, sobretudo, é uma história sobre amar e correr riscos.

Estava meio que morrendo para ler esse livro. Super curiosa com a história dessa mulher que foi espiã e parecia ter tanto a contar. Logo no primeiro capítulo fiquei extasiada com a leitura. MARITA contou sobre seus primeiros anos da Alemanha e sobre seu estupro, e quase me levou às lágrimas, tão forte e intenso foram seus relatos. Até então, esse seria um livro 5 estrelas.

Não durou muito o fascínio que senti por sua vida. Logo MARITA passou a falar de seu relacionamento com Fidel, e enquanto eu esperava um enfoque político, ela se satisfez em fazer isso de forma bastante superficial e dedicou as páginas a falar o quanto ele era um homem incrível, romântico, doce, carinhoso e bom de cama. PASMEI! Pasmei mais ainda por ter perdido meu tempo por ter lido essas bizarrices.

Mas continuei, continuei porque teríamos o assassinato de Kennedy abordado, e achei que seria com certa intensidade e riqueza de detalhes, mais uma vez, não foi! Na realidade, ela participou bem pouco da situação que envolveu o ex-presidente americano.

Muitas vezes fiquei com raiva da MARITA, que se portava como uma garota mimada, voluntariosa, egoísta e que parecia não ter a mínima noção do que fazia ou de quem eram os homens com quem se envolvia, pois estava preocupada demais em guardá-los em seu coração. Depois do segundo capítulo, senti que o livro se tornou um romance, tanto que ela expôs sobre seus amantes e vida sentimental, como eram suas relações, os sentimentos, o sexo, os presentes que ganhava, o dinheiro que ganhava deles... Só sei que de repente perdi o interesse pela mulher, a mulher que eu enxergava como forte, determinada, batalhadora, uma espiã digna, tornou-se apenas mais uma mulher que se deixava levar e se por em risco, a ela e a filha, por rompantes de paixão.


Fiquei um tantinho decepcionada com esse livro e com a mulher que MARITA foi. Mas biografias são assim, ou nos apaixonamos pelos biografados ou achamos que poderíamos ter dormido sem lê-los... Dessa vez estou com o segundo grupo. Infelizmente.


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6 comentários:

  1. Eu estava esperando tão empolgada a sua resenha, porque a sinopse do livro é arrebatadora e te faz imaginar quantas coisas essa mulher viveu e ainda sim lutou e foi forte, mas o enfoque em paixões sendo que o contexto histórico que essa mulher viveu é amplamente fascinante e ela esteve presente em vários acontecimentos importantes é muito errôneo. Enfim, nunca li uma biografia antes, elas me parecem um pouco tediosas pra mim, iria ler essa pela primeira vez e duvidando que fosse realmente uma biografia, mas estou repensando...

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  2. Mari!
    Confesso que me decepcionei um pouco com o livro também.
    Achei que ela abordaria um tipo de influÊncia que teria sobre Fidel.
    Não que não goste de romance ou biografia, só achei que ela daria um enfoque diferente.
    “Saber de cor não é saber: é conservar aquilo que se deu a guardar à memória.” (Michel de Montaigne)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de março com 4 livros 3 ganhadores, participem!

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  3. Achei interessante o livro ser feito por uma mulher que possui uma "bagagem" histórica tão incrível. Mas tenho que admitir que eu me irritaria um pouco, devido a todas essas paixões de Marita, pois deixa de ser um livro rico em fatos históricos e se torna um romance no qual eu não estaria curiosa para saber.

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  4. Ah, eu continuo com muita vontade de ler, acho que o fator "paixão" pode entrar na equação sim, mesmo onde ele só irá atrapalhar, somos humanos afinal.

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  5. Poxa, esse era um livro que eu estava completamente doida pra ler, porque o assunto não é abordado comumentemente nos livros, e sempre me chamou atenção. Infelizmente acredito que eu também me decepcionaria com a Martina, principalmente por conta do modo romântico como ela encara os fatos errôneos que aconteceram.

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  6. Poha, balde de água fria, agora.

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