13 de novembro de 2015

RESENHA: SR. HOLMES - Mitch Cullin (Ed. Intrínseca)



Oi, gentes!

Vou terminar a semana falando de um livro que surpreendentemente eu AMEI: SR. HOLMES do MITCH CULLIN, lançado pela editora INTRÍNSECA.

Sr. Holmes SR. HOLMES
MITCH CULLIN
Editora: INTRÍNSECA              
Ano: 2015
Nº págs: 240
Gênero: Suspense, Drama

SINOPSE: Aposentado há décadas, Sherlock Holmes mora numa fazenda em Sussex, onde cria abelhas com a ajuda de Roger, o filho da empregada. Além do apiário, o velho detetive gosta de passar o tempo relembrando casos memoráveis, que ele registra diligentemente em um diário. Com isso, tenta juntar os fragmentos remotos de uma de suas aventuras mais marcantes, ocorrida há mais de cinquenta anos. Empenhado nessa empreitada, Holmes embarca em uma viagem rumo ao Japão do pós-guerra e acaba se deparando com um novo mistério: descobrir o destino do pai de seu anfitrião no país, Sr. Umezaki. Enquanto isso, na Inglaterra, Roger explora o escritório do ilustre detetive e lê avidamente seu diário, na tentativa de entender a mente e o coração de um homem tão único. Intercalando lembranças de relacionamentos importantes que Holmes teve ao longo da vida, seus casos de amor, as amizades e um inesperado sentimento paternal, o romance de Mitch Cullin explora o lado humano de um Sherlock Holmes colocado diante dos surpreendentes mistérios da vida e da morte, sobre os quais ele ainda não tem a menor pista. Reflexões que, na voz de Holmes, mostram o efeito indelével que o envelhecimento exerce sobre o modo como enxergamos o mundo.

Não é novidade para vocês que ODEIO Sherlock. Sim, é a pura verdade. Odeio seu jeito arrogante, suas ideias prepotentes, seu sarcasmo e tudo mais. Odeio também o fato de DOYLE escrever as aventuras do detetive de uma forma que só ele e mais ninguém consiga chegar a solução. É muito fácil dar pistas parcas e depois dizer que o personagem é o gênio da situação ¬¬.

Claro que vocês devem estar pensando na razão de eu ter solicitado SR. HOLMES se odeio tanto o personagem. A capa, claro! Gente, pelo amor de tudo no mundo!, como eu, uma reles mortal, poderia resistir a um livro com Ian McKellen na capa? IMPOSSÍVEL! Pois é, o livro será adaptado e com certeza irei conferi-lo, mas não podia deixar de ler a história antes, e sim, estava disposta a aguentar a arrogância do personagem, só que...

Puta merda! Alguém me abana! Se MITCH CULLIN tivesse dado vida ao famoso detetive, com certeza eu não teria um desdém tão grande pelo personagem, isso porque em SR. HOLMES Sherlock esqueceu de sua arrogância e metidez, e passou a ser um senhorzinho super bacanudo que cuida de abelhas e rememora seus tempos de glória.

SR. HOLMES é uma leitura deliciosa, primeiro porque nos coloca frente ao que aconteceu com Holmes e como ele passa sua velhice, ao mesmo tempo em que vai lembrando de um casinho aqui e outro ali. Adorei a forma como ele retratou Watson, dando ao parceiro os louros por suas narrativas. Foi gratificante ver, ao menos uma vez, um Holmes se comportando de forma comum e não como um idiota boçal. O mais interessante no livro é que temos duas vertentes na narrativa. A primeira em que o famoso personagem, aos 93 anos, conta sobre seu presente, mas relembra suas histórias, principalmente a do Japão; e a segunda, em que o jovem que vive em sua propriedade encontra uma história inedita de Holmes que causou a ele certa estranheza nos fatos. Essa história foi algo fenomenal! Ela começou com um tom meio sombrio, querendo dar margem para o sobrenatural, mas sabemos que em livros policiais isso tende logo a ser derrubado e o equivoco provado, e foi o que Holmes fez nesse conto dentro do livro.


Tudo, absolutamente TUDO em SR. HOLMES foi divino e perfeito! Estou em êxtase com esse livro. Sim, talvez ver Ian na capa tenha me feito imaginar o egocêntrico personagem de outra forma, mas, ainda bem, pois assim, pelo menos uma vez na vida, fiquei satisfeitíssima ao ter contato com uma obra que fala do Holmes. Livro magníifico! A INTRÍNSECA sempre acertando e matando a pau com esses lançamentos <3

 

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4 comentários:

  1. Também não gosto do Sherlock... tentei ler um livro com ele mas n gostei da historia... enfim, nossa adorei a resenha... se vc q odeia o Sherlock amou esse livro, então acho que eu poderia dar uma chance!! Haha

    Www.cidadedosleitores.blogspot.com (TÁ ROLANDO SORTEIO)

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  2. Mari!
    Achei o livro fenomenal, mostrando a velhice do Holmes e ainda recordando alguns casos antigos.
    E que bom que Holmes enaltece Wattson, ele é maravilhoso mesmo!
    Bom ver sua alegria ao ver um Holmes mais humilde, é a visão de outro autor, né?
    “Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo.”(Carlos Drummond de Andrade)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    Participem do nosso Top Comentarista, serão 3 ganhadores!

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  3. Fico muito feliz que alguém tenha feito isso e te dado uma ideia melhor do Holmes! Ele é bem diferente mesmo. Eu acho as histórias dele divertidas, mas quando penso que poderia ser alguém próximo a mim, realmente dá uma sensação de nojinho! kkkkk

    Seguindo o blog!
    Beijos,
    http://postandotrechos.blogspot.com.br/

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  4. Odeio também o fato de DOYLE escrever as aventuras do detetive de uma forma que só ele e mais ninguém consiga chegar a solução. É muito fácil dar pistas parcas e depois dizer que o personagem é o gênio da situação ¬¬."

    É muito simples explicar o porque disso. Apesar de Doyle ser o autor, os registros que lemos dos casos de Holmes, são sempre feitos por seu companheiro Dr. Watson. Assim, ele relata o que ele vê, o que acha relevante e apesar de ser um homem inteligente e colaborar muito com as soluções dos casos do detetive, ninguém tem a visão e o poder de dedução que Sherlock Holmes possui.

    Por isso a impressão de que o autor só deu pistas a Sherlock e se tivesse compartilhado com você, você chegaria a mesma conclusão... Mas é só impressão, apesar dos relatos de Watson serem do seu ponto de vista, quando Holmes aponta os elementos que explicam sua dedução, você percebe que estava tudo lá, na cena, e assim como Watson, você deixou passar.

    Sherlock Holmes é brilhante! Anti-social e arrogante como muitos gênios, isso eu tenho que concordar. Mitch Cullin teve uma boa ideia, mas a verdade é que o Sherlock de Doyle, seria capaz de se envenenar para não ver o declínio de seu corpo e mente. Parece apelativo humanizá-lo e fragilizá-lo por conta do envelhecimento. Já no filme, Ian Mckellen salva tudo, é simplesmente brilhante.

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