12 de março de 2014

RESENHA: UM ESTUDO EM VERMELHO - Arthur Conan Doyle (Ed. Nacional)



Oi, gente!

Nesse meio de semana trago para vocês a resenha de UM ESTUDO EM VERMELHO, do SIR ARTHUR CONAN DOYLE, lançado pela EDITORA NACIONAL.

UM ESTUDO EM VERMELHO
SIR ARTHUR CONAN DOYLE
Editora: COMPANHIA EDITORA NACIONAL              
Ano: 2013                  
Nº págs: 200
Gênero: Policial

SINOPSE: O cadáver de um homem, nenhuma razão para o crime. É a primeira investigação de Sherlock Holmes, que fareja o assassino como um “cão de caça”. Lamentava-se de que “não há mais crimes nem criminosos nos nossos dias”, quando, nesse instante, recebe uma carta a pedir a sua ajuda — o cadáver de um homem foi encontrado numa casa desabitada, mas não há qualquer indício de roubo ou da natureza da morte. Sherlock Holmes não resiste ao apelo, mas sabe que o mérito irá sempre para a Polícia.

Tenho até vergonha de admitir, mas a verdade é que NUNCA havia lido nada do Sherlock. Sei que ele é um dos detetives mais famosos do mundo, e que quem gosta de policial TEM que ler os livros com ele, mas, apesar de ter a coleção completa em casa, nunca tinha surgido curiosidade suficiente para começar a ler CONAN DOYLE. Mas quando os livros da Editora Nacional chegaram, havia dois livros do autor, por isso resolvi que teria que ter essa experiência logo! E confesso: não achei tudo isso :s

Vou tentar explicar. O que desgostei não foi da história em si, mas de sua estrutura. O livro é dividido em duas partes: a primeira, com o desenvolvimento e conclusão do crime, e a segunda, com o motivo. Achei isso bizarro, mas, como diria Jack, o estripador, vamos por partes.

Como muitos sabem, sou fascinada pela Agatha Christie, e já vi muitas pessoas comparando os dois autores. A meu ver, em nada se assemelham, e Agatha, no quesito estrutura, é mil vezes melhor. Mas vou explicar o que quero dizer com isso da estrutura.

Na primeira parte temos a apresentação de Sherlock por Watson, e nessa parte achei alguma semelhança com Agatha e seus personagens: Poirot e Hastings. É nesse momento que preciso dizer que tenho imensa simpatia pelos dois personagens secundários e dizer que os protagonistas ganharam meu desprezo. Houve um tempo, em minha juventude, que idolatrava Poirot, mas com o passar dos livros ele foi se tornando prepotente, arrogante, metido e parecia gostar de humilhar Hastings. Sherlock não foi tão longe, não precisou de vários livros para mostrar sua arrogância. No primeiro livro que DOYLE escreveu sobre o personagem, já deixou bem claro seu enorme ego, e não, não achei Sherlock genial ou divertido. Em muitas partes sua arrogância foi tão grande que esqueci que ele era um ótimo investigador.

Ainda nessa primeira parte, TODO o crime é cometido, investigado, resolvido e o culpado apresentado.

Na segunda parte, temos quase 100 páginas que contam o motivo dos crimes, e aí, sim, mergulhei em uma história que me cativou. Apesar de adorar livros policiais, de amar os detetives, e idolatrar acompanhar as pistas, a primeira parte passou tão rápido que não deu a possibilidade de “queimar as mufas” para tentar compreender algo sobre o crime. Mas quando a segunda parte chegou, o desenvolvimento, a intensidade das emoções por trás das mortes, as reais razões, aí o livro me ganhou.

DOYLE apresentou de forma magistral essa segunda parte, que além de tudo foi tocante e comovente. E foi justamente por isso que essa estrutura tão separada do livro não me agradou. Se UM ESTUDO EM VERMELHO tivesse sido escrito como a maioria dos romances policiais de hoje, teria sido brilhante! Hoje, os autores policiais vão apresentando sua investigação, e por meio de flashback vão retomando as passagens que trazem os dramas à história, fazendo com que tudo caminhe simultaneamente e sem uma clara divisão na história. Na realidade, muitos autores antigos também fazem isso, até a própria Agatha, tão comparada ao DOYLE usa do recurso.


Essa divisão tão brusca foi o que me desagradou em UM ESTUDO EM VERMELHO. Não sei se os outros livros com o personagem seguem dessa mesma forma, mas vou conferir AS AVENTURAS DE SHERLOCK HOLMES para poder dizer mais. Quanto ao fato de ter antipatizado com Holmes, acho que já é tarde demais para que ele me faça gostar dele, mas nunca se sabe. Em todo caso, assim como faço com Poirot, vou ler sem preconceito e sem pensar em sua arrogância e prepotência.


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3 comentários:

  1. Sou mais Poroit!
    hauahuahaua
    Não chamou muito minha atenção =(
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

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  2. Pena que sua experiência não foi tão boa, mas ainda vou arriscar. Gosto tanto do Sherlock da BBC que não consigo me imaginar odiando-o. [rs] Ótima resenha.

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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