3 de julho de 2013

RESENHA: A CAIXA DA MALDADE - Martin Langfield (Ed. Record)

Boa tarde, pessoal.

Hoje vou postar mais uma resenha de meu gênero preferido: suspense/policial. Acho que vocês estão acostumados a me verem enlouquecida com a quantidade de livros policiais que a Editora RECORD lança, e hoje não vai ser diferente, vou falar de mais um lançamento da editora: A CAIXA DA MALDADE, livro de estréia do MARTIN LANGFIELD.

A Caixa da MaldadeSINOPSE: Sete dias separam o Ocidente da destruição completa. Um artefato baseado nos experimentos de Isaac Newton está programado para explodir... em Nova York. O objetivo da operação: purgar a civilização judaico-cristã dos pecados e preparar o mundo para uma nova ordem. Agora, apenas Robert Reckliss pode desarmar essa caixa da maldade. Ele deve encontrar as sete chaves escondidas no coração da Big Apple. Cada uma é um dígito a mais na combinação capaz de parar essa loucura. Em uma desesperada corrida contra o tempo e sob o olhar constante de um sinistro vigilante, ele conta apenas com a ajuda da misteriosa médium Terri Será o suficiente?

Adoro quando leio um suspense policial e corro aqui para escrever que recomendo a todos, que todo mundo deveria ler, que é excelente, etc. Porém, não vou poder dizer isso de A CAIXA DA MALDADE, não que o livro não seja excelente, pois ele o é, o problema é que ele foge um pouco do que a maioria dos aficionados por esse tipo de leitura estão acostumados.

Como fã do gênero, habituei-me a ler histórias que passam em uma velocidade incrível, livros impossíveis de largar, e que me fazem virar a madrugada toda em sua companhia, pois são tantas revelações, pistas e reviravoltas, que dá até remorso de fechar o livro para ir dormir. Contudo, A CAIXA DA MALDADE pede uma leitura mais lenta, mais atenta e menos desesperada.

Geralmente, leio os livros policiais que recebo em uma noite, não importando o número de páginas e nem que durma apenas 4 horas, mas A CAIXA DA MALDADE tomou-me três dias. Apesar dessa leitura lenta, senti uma completa e imensa satisfação com a finalização, mas não recomendo o livro para aqueles que gostam de um desenvolvimento mais rápido e leitura mais fluida.

A trama é excelente e adorei todas as informações que o livro abordou sobre Isaac Newton. Acho extraordinário quando autores nos passam ensinamentos que ficaram pela metade na escola, e LANGFIELD fez isso muitíssimo bem. A história que ele criou, o enredo cheio ciência, a expectativa que ele foi criando em mim, tudo foi fantástico!

Os personagens são riquíssimos em suas personalidades e segredos. Cada um tem uma “mancha” no passado que vai se desenvolvendo aos poucos e vai servindo para tecer uma teia de descobertas impressionantes.

O final foi bastante digno e quase tudo me agradou, digo quase tudo porque não gostei de uma única coisa que aconteceu ao final, mas claro que não vou revelar o que foi.

Mas, como nem tudo foram flores na leitura de A CAIXA DA MALDADE, preciso apontar os pontos negativos que encontrei na narrativa. Geralmente, ADORO quando os autores vão mesclando seus capítulos com presente e passado. ADORO o joguete de fazer com que o leitor descubra e desvende mistérios, que vá lendo sobre o presente e falando “arrá!, isso aconteceu porque houve tal coisa no passado”, contudo, essa forma de narrativa no livro não me agradou. A realidade é que me senti demasiada curiosa pela história que ocorreu em Cambridge nos anos 80, e desgostosa com a avalanche de informações da história que se passava no presente. Quando foi misturando informações sobre ataques terroristas e o 11 de setembro, senti que a leitura me frustraria, mas o passado que o enredo trazia era tão interessante que era impossível abandonar o livro.

Outro ponto que não me conquistou, foram os enigmas. Meus Deus!, foram muitos, e bastante complicados. Não é o tipo de leitura que podemos ir adivinhando junto com o personagem ou pensando e entendendo como ele, as pistas são elaboradas demais, e por isso, me entreguei à leitura sem nenhum senso crítico ou investigativo, afinal, meus dotes de descobrir suspeitos e situações foram completamente abafados, o “safado” do LANGFIELD nem me deu chance de colocar as células cinzentas para pensar.

Agora que terminei o livro, e sei o que esperar de cada parte, de cada revelação, do sobrenatural que envolve a história e tudo o mais, tenho vontade de lê-lo novamente, porém, não na ordem como se encontra, em sim em ordem cronológica de acontecimentos. Minha vontade é de ficar virando e revirando as páginas até ler todos os fatos na ordem correta em que ocorreram. Sinto que dessa forma eu teria muito mais prazer com a leitura, pois como eu disse lá em cima, apesar de a escrita ser completamente diferente ao que os fãs do gênero estão habituados, o livro é excelente e MARTIN LANGFIELD foi inteligentíssimo e elaborou uma história formidável.


Portanto, leiam sem pressa para poderem saborear do jeito que a obra merece.


FICHA DO LIVRO

A CAIXA DA MALDADE
MARTIN LANGFIELD
Editora: RECORD                       
Ano: 2013                  
Nº págs: 446
Gênero: Policial, Suspense

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4 comentários:

  1. Eu também não gosto de livros mais lentos. É cansativo demais! Parece que você leu um capítulo inteiro em apenas duas páginas.
    Xxxx

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  2. Gostei do enredo. Mas me parece mais com ficção-científica do que policial, como a série Fringe. Embora tenha um "que" de Alias, Que por sinal, são duas séries que amo. Vou procurar. ;)

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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  3. Com a resenha eu tive uma impressão que a ideia é bastante parecida com a temática de Dan Brown.

    "Corra, pessoa inteligente, desvende os enigmas criados por um maluco ou todo mundo morre!"

    Até o nome do cara: Robert!

    Mas me diga, foi só impressão?

    Caramelo de Limão

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    Respostas
    1. Jess, foi só impressão, rs.

      Quando li a sinopse me interessei por pensar em algo estilo Dan Brown também, mas é completamente diferente.

      E quanto ao Robert, mera coincidência, eles não se parecem em nada (amém)

      Bjsss

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