18 de setembro de 2015

RESENHA: A MENINA QUE CONTAVA HISTÓRIAS - Jodi Picoult (Ed. Verus)



Boa noite, pessoal!

Para encerrarmos as resenhas do GRUPO EDITORIAL RECORD, deixei o melhor para o final. Hoje vou falar sobre A MENINA QUE CONTAVA HISTÓRIAS da JODI PICOULT, lançado pela VERUS.

A Menina que Contava HistóriasA MENINA QUE CONTAVA HISTÓRIAS
JODI PICOULT
Editora: VERUS              
Ano: 2015
Nº págs: 490
Gênero: Drama

SINOPSE: Neste romance, Jodi Picoult examina com elegância até onde estamos dispostos a ir para proteger nossa família e impedir o passado de governar o futuro. Sage Singer trabalha a noite toda, preparando pães e doces para o dia seguinte e tentando escapar de uma realidade de solidão, lembranças ruins e da sombra da morte de sua mãe. Quando Josef Weber, um idoso que participa do grupo de luto de Sage, passa a frequentar a padaria, eles começam uma amizade improvável. Apesar de suas diferenças, ambos enxergam um no outro as cicatrizes ocultas que as demais pessoas não veem. Tudo muda no dia em que Josef confessa um segredo vergonhoso e há muito enterrado — ele foi membro da SS na Alemanha nazista — e pede a Sage um favor impensável: que ela o ajude a morrer. O que ele não sabe é que a avó de Sage é uma sobrevivente do Holocausto... ou será que sabe? Se Sage concordar em fazer o que Josef pediu, enfrentará não apenas repercussões morais, mas talvez também legais. Com a integridade de seu amigo mais próximo manchada, ela começa a questionar suas suposições e expectativas sobre a vida e a própria família.

Antes de qualquer coisa, quero dizer que absolutamente NADA do que eu disser aqui, nenhum dos elogios que eu fizer ao livro, serão suficientes para deixar claro o quanto ele é primoroso, especial e divino. Portanto, vocês já sabem que daqui para baixo terão uma imensa babação de ovo, mas que mesmo assim ela não será suficiente para explicitar a excelência desse livro da PICOULT.

A MENINA QUE CONTAVA HISTÓRIAS foi o 5º livro que li da PICOULT, o 4º dela a entrar nos meus favoritos. Desde meu primeiro contato com ela, com A GUARDIÃ DA MINHA IRMÃ, passei a sofrer de um amor imenso e intenso por essa mulher. Sentimento esse que só foi crescendo com o passar das obras e que com toda certeza agora atingiu o ápice máximo do possível após essa leitura.

Quem acompanha o blog sabe que sou apaixonada por enredos sobre a Segunda Guerra, e justamente por isso é que A MENINA QUE CONTAVA HISTÓRIAS me cativou de forma profunda. PICOULT não economizou detalhes em sua belíssima história para nos contar (e contagiar) o drama vivido por uma garotinha nesse período tão triste da história da humanidade.  

Mas a história criada por JODI é muito maior que apenas a Segunda Guerra. Ela começa dos dias atuais, em que um bondoso velhinho encontra uma judia, que é bastante descrente de tudo, e confessa a ela que esteve nos campos de concentração. O choque dela é ainda maior quando ele pede um favor um tanto inusitado a ela e piora ainda mais quando ele passa a contar algumas histórias que viveu e algumas (MUITAS) dores que provocou.

O livro muitas vezes me lembrou o conto O APRENDIZ do mestre STEPHEN KING, em que um garoto passa a ouvir as atrocidades de um velhinho em um campo de concentração. Aqui, nossa protagonista, Sage, fica tão perturbada quando o garoto, mas suas atitudes (ainda bem), são deveras diferentes. Ela procura um tipo de alento para se livrar das confissões feitas pelo senhor, mas não vou entrar em detalhes aqui, pois estragaria boa parte da trama.

O que vocês devem saber é o quanto essa leitura é perturbadora. O quanto ela choca pelos detalhes de uma das sobreviventes. O quanto ela nos engole para dentro das páginas e nos transporta para os campos de concentração, fazendo com que sintamos a dor, a fome, a angustia e o desespero que tomaram sua vida em todos aqueles dias que pareciam jamais ter fim.

Eu chorei. Meu Deus!, como eu chorei! E como sofri com as descrições de surras, fome e frio. A cada página parecia que estava levando uma bofetada na cara! A cada página sentia que um pedaço do meu coração se dilacerava. Ao final do livro, só consegui ficar com a sensação de que algo dentro de mim havia se partido. Achei que não iria me recuperar, pois o livro inteiro foi magnífico, mas o final foi um tanto quanto inesperado para mim.


A MENINA QUE CONTAVA HISTÓRIAS foi, sem dúvida, um dos melhores livros que li nesse ano de 2015. Foi o que mais me emocionou e o que o mais me angustiou. Um livro que vou guardar para sempre na memória e que sempre que olhar para sua capa fará com que meu coração sinta um aperto profundo. Queria que cada um de vocês tivesse a oportunidade de conferir esse enredo e de se emocionar com cada página de A MENINA QUE CONTAVA HISTÓRIAS. Por favor, leiam. É o tipo de livro que muda a vida da gente.



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12 comentários:

  1. Também amo livros que remetem a Segunda Guerra Mundial, mas não me lembro de ter lido algum pelos detalhes de quem cometeu essas atrocidades, a autora teve de fazer muitas pesquisas quanto a isso! Enfim, os valores da protagonista e do leitor pesam a cada decisão que ela toma, pois ser responsável por ajudar na morte de alguém é... você sabe.
    Beijos!

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  2. Apesar de ter visto diversos comentários positivos sobre este livro, não me interesso muito, a história não me chamou muito a atenção, então no momento não pretendo ler.
    Sua resenha está muito boa.

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  3. Oie
    Eu não fazia que esse livro fosse assim tão emocionante,eu costumo me sentir bastante tocada com histórias da segunda guerra então se eu tiver oportunidade sem dúvidas vou ler esse livro,confio em você que a leitura vai ser assim surpreendente.E eu nunca li nada da escritora mas vou começar a procurar já que 4 livros delas já foram pra sua lista de favoritos,ela deve ser maravilhosa com suas palavras.

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  4. Os livros dela são fantásticos, e olha que só li um até agora e amei. Quero muito ler outros porque ela escreve de tal forma que não tem como não amar, chorar e pedi mais. Dica super anotada.
    Beijos.

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  5. Não li nenhum livro da Jodi, mas esse parece emocionante e maravilhoso... com um enredo fantástico. Com certeza vai pra lista de desejados :')

    Www.cidadedosleitores.blogspot.com

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  6. Oi, Mari
    Também amo livros que se passam na Segunda Guerra Mundial, e confesso que ainda não tinha prestado muita atenção neste livro até agora.
    Ai, acho que também choraria pelo que me conheço. Parece ser um livro extremamente forte. Mil motivos para eu colocar nos meus desejados, ainda mais depois de tantos elogios.

    livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

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  7. Imagino o quanto é pertubador! Livros que contam sobre a Segunda Guerra me fazem perder a fé na humanidade, o ser humano é tão vil que eu já nem me iludo mais. Eu também choro com histórias assim, é muito doloroso.
    Sugestão de leitura anotada.
    Abraços.


    Minhas Impressões

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  8. Ei Mari

    Dela só li esse e A guardiã, os dois na minha lista de favoritos. Esse livro é realmente difícil de descrever, muito lindo.
    Amei a leitura, os personagens, gostei de ver o lado de um alemão, porque normalmente em livros do holocausto sembre vemos só o lado da vítima. Engraçado como eles conseguiu pensar nele como algo que não fosse humano, para não pensar na monstruosidade que faziam diariamente.
    bjs

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  9. Mari!
    Nossa! Fiquei alucinada com esse livro.
    Parece que mexe profundamente com nossas emoções e nos deixa extasiado...
    Gosto dos livros ambientados em guerra e esse me parece ainda mais intendo.
    Gostaria muito de ler.
    “Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror.”(Charles Chaplin)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    Participem do nosso Top Comentarista, serão 3 ganhadores!

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  10. Oi! Ai, assim as minhas economias não aguentam, rsrs. Não imaginava que esse livro pudesse ser tão bom e confesso que também gosto de histórias que abordem a Segunda Guerra Mundial, são emotivas e marcantes, sem contar que são mais do que chocantes. Agora me abalei apenas por ler que o senhor pedirá ajudar para morrer por não aguentar esse fardo de ter participado de tanta maldade. Já estou pronta com meus lencinhos, logo vou conferir esse livro.

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  11. Confesso que ainda não li nenhum livro da autora, mas já ouvi falar tão bem da sua escrita que fica impossível não sentir curiosidade. Assim como tu, adoro livros que tratam sobre a Segunda Guerra, eles sempre me emocionam e envolvem. A história do livro me parece ser bem interessante, diferente de todos os enredos que eu já tinha visto soltos por aí. E depois da tua resenha, acredito que eu precise ler esse livro de qualquer forma hahahahha

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  12. Bem fiquei aqui absorvendo cada palavra e pensando que irei chorar tanto quanto você. E bem com certeza vou ler. E já tenho até pra quem indicar. Obrigada pela resenha que fez com q eu queira muito ler a obra. Bjos Elis.
    http://amagiareal.blogspot.com.br/

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