18 de agosto de 2015

RESENHA: LINDA, COMO NO CASO DO ASSASSINATO DE LINDA - Leif GW Persson (Ed. Intrínseca)



Boa tarde, gente linda!

Prontos para resenha da INTRÍNSECA? Hoje vou falar sobre um livro que estava louca pra ler, mas que passou longe de ser tão empolgante quanto pensei. Estou falando de LINDA, COMO NO CASO DO ASSASSINATO DE LINDA do LEIF GW PERSSON.

Linda, como no Caso do Assassinato de Linda LINDA, COMO NO CASO DO ASSASSINATO DE LINDA
LEIF GW PERSSON
Editora: INTRÍNSECA              
Ano: 2015
Nº págs: 432
Gênero: Policial, Suspense

SINOPSE: Suécia. Em um verão especialmente quente, Linda Wallin, aluna da Academia de Polícia de Växjö, é brutalmente estuprada e assassinada. Evert Bäckström, policial machista e autocentrado de Estocolmo, recebe a missão de comandar a investigação do crime e desloca sua equipe para a bucólica cidade. Egoísta, vaidoso e cheio de preconceitos, Bäckström não demonstra senso de dever ou responsabilidade. É um homem capaz de sentir afeto apenas por seu peixinho dourado e por garrafas de bebida — o retrato da mediocridade e da mesquinhez. Para resolver o caso, a resignada equipe de policiais precisará correr contra o tempo e seguir as escassas pistas que a intransigência de Bäckström não deixou escapar. No mundo cínico criado por Persson, povoado por abutres de todos os tipos, a justiça só triunfa parcialmente. Um romance impiedoso, mas que retrata a realidade de modo absolutamente hilariante.

Que morro por livros policiais vocês já sabem, mas a verdade é que quando se trata de policiais da INTRÍNSECA eu surto! Isso porque a editora SEMPRE lança livros magníficos do gênero e eu sempre viro fã de um novo autor. Mas minha surpresa foi enorme ao não repetir esse processo dessa vez. LINDA, COMO NO CASO DO ASSASSINATO DE LINDA passou longe de ser considerado um excelente livro policial, na verdade, ele tem um ritmo bem lento, um protagonista um tanto quanto chato, acontecimentos meio sem noção e um culpado que não gera grande impacto. Mas vamos por partes.

A primeira coisa que me incomodou nesse livro foi o ritmo de leitura. Leio bastante rápido e quando se trata de policiais, mais ainda, mas esse livro me deixou empacada na leitura, fiquei de segunda a quarta lendo-o e parecia não sair do lugar, isso porque tinha um excesso de informação desnecessária e uma repetição enorme de várias outras.

O protagonista também me irritou. Primeiro porque a cada parágrafo ele só pensava em beber. Sim, bebia até no almoço, mesmo quando voltava a trabalhar logo após. Achei o profissionalismo ZERO! Se pegarmos a palavra CERVEJA, acho que encontraremos umas 300 repetições da mesma durante o livro. Além de beberrão e arrogante, o protagonista, sem ser em cerveja, só pensava em mais uma coisa: DNA.

Como essa história de DNA me irritou! Ele pedia para fazer DNA de todo mundo! Aqui no Brasil, um exame de DNA é caríssimo e demora dias para o resultado. Nos livros americanos isso se repete. Todos eles comentam o quanto o procedimento é caro, o quanto necessita de recurso para obtê-lo e que existe uma demora para os resultados. Mas parece que a Suécia é MUITO desenvolvida nesse aspecto, pois foram pedidos centenas, se não milhares, de exames de DNA. Percebi que na Suécia não há falta de recursos para o procedimento, que deve custar menos de R$ 1,00 por lá, já que foram feitos tantos exames. Além disso, a rapidez dos resultados foi impressionante! Mandava-se fazer o exame e na página seguinte já podiam descartar o suspeito, pois o resultado já havia saído.

A investigação inteira girou em torno disso: desconfiar de alguém e pedir o DNA. Não teve aquelas sacada geniais de poder ser esse ou aquele fulano por isso ou aquilo. As percepções sobre o lado psicológico do assassino foram variadas demais, parecendo que não eram profissionais que estavam traçando o perfil do criminoso, tamanha as divergências.

Achei também muitas coisas desnecessárias no livro. Informações completamente irrelevantes que pareceram estar presente só para cansar o leitor, enquanto que outras foram repetidas e repetidas e repetidas. E eu nem ligaria se tivessem repetido mil vezes algo sobre a investigação, o problema é que a repetição girou em torno de DNA e cerveja. Não nego que o protagonista tem um humor negro que chega a ser engraçado e me arrancou algumas risadas, mas foi só isso.


Mas acreditei que a esperança seria a última a morrer e que a salvação do livro estaria no desvendamento do crime, suas razões e no criminoso. Mas não. Foi tudo bem chato também. O criminoso não causou surpresa. Não porque já o tinha adivinhada, pois, na verdade, a leitura estava tão chata que nem tentei, mas ao menos imaginei que o culpado seria alguém de mais impacto e não quem foi ¬¬. Também achei os motivos comuns. Sei lá, livro policial sueco, claro que eu imaginava mais, afinal, esses escandinavos estão dando um verdadeiro show no quesito romance policial, mas não, em LINDA, COMO NO CASO DO ASSASSINATO DE LINDA, faltou muito para termos um show espetacular. Foi uma leitura bem abaixo das minhas expectativas L É triste, mas é a realidade.


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9 comentários:

  1. Oi Mari, meu problema com livros policiais é justamente pq eu sempre vou achá-los arrastados e se você não passa por isso e mesmo assim achou essa leitura lenta imagine eu que já não me identifico muito com o gênero kkkk. Mas se tem uma coisa que me incomoda além do ritmo lento em qualquer narrativa é a repetição desnecessária, dá a impressão que o autor acha que tenho deficit de atenção e ele precisa reafirmar zilhões de vezes a mesma coisa. Com relação a essa coisa de DNA parece que faltou pesquisa do autor, ou ele foi relapso mesmo e achou que o leitor não fosse se importar, o que é um sacrilégio e nos leva de volta ao fota de que ele provavelmente acha seus leitores meio bobos kkkk. Que pena que não foi uma experiência muito boa, espero que depois desse vc tenha pegado um livro que seja realmente foda!

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  2. Nunca li livros policiais, então não tenho com que comparar. Mas me pareceu um livro interessante...até ler a sua resenha rsrs
    Mas como eu não estou acostumada com esse tipo de livro, quem sabe eu vá gostar por ser o primeiro? Bem, vou dar uma chance de qualquer forma.
    Beijos!

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  3. Já descartei na minha listinha. Nossa que decepção, adoro livros policiais, mas esse autor parece ter zoado a inteligência e compreensão do leitor.

    http://garotasdepapel.blogspot.com.br


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  4. Ai Mari!
    Não sei o que anda acontecendo com esses escritores de livros policiais. Faz tempo que não leio um bom livro policial, quando não é o enredo, é o final que não presta.
    Um tremendo horror!
    E me parece que esse é mais um desses policiais que nem valem a pena a leitura.
    “Aja antes de falar e, portanto, fale de acordo com os seus atos.”(Confúcio)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    Participem do nosso Top Comentarista!

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  5. Posso dizer que eu achei que esse livro tinha tudo para ser escandalosamente maravilhoso: uma capa interessante, um título sugestivo, uma sinopse chamativa. Uma pena que ele tenha ficado tão abaixo das tuas expectativas. Realmente esses elementos não verídicos também me incomodam um pouco, essa história de DNA ficou muito fora da realidade. E confesso que o protagonista ser um boêmio me parece desnecessário, se não um pouco ridículo e no mínimo incondizente com a profissão que ele exerce, onde se precisa pensar logicamente para não cometer injustiças ou gafes estratosféricas.

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  6. Estou lendo este livro ainda, e realmente é assim mesmo: repetitivo e enrolado! Mas agora vou terminar... Que pena que não terei surpresa ao desvendar o assassino...rs
    Esse era meu medo ao terminar a trilogia Millenium: não encontrar livros tão bons e tão inteligentes quanto...
    Mas pra quem gosta de livros policiais, eu indico fortemente a trilogia Millenium. Escrito de uma forma que realmente te prende, sem contas as ligações mega inteligentes com os personagens - inclusive o autor do livro 4 também soube conectar a história de Stieg - óbvio que não ficou com a mesma emoção dos personagens, mas é ótimo também!
    Boa leitura, abs.

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  7. Eu concordo plenamente, o livro foi um grande desapontamento, eu estava doida para ler e acabei nunca terminando ele, a leitura é muito cansativa e entediante, não cheguei nem à metade, já tentei chegar aí final diversas vezes mas simplesmente não consigo e acho que vou desistir de fato.

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  8. Ainda não li o livro. Mas conheço o perfil do escritor, me surprendi com a crítica e comentários, primeiro quanto ao autor falar que faltou pesquisa, o autor é a maior autoridade em perfil criminal da Suécia , é um professor de criminologia renomado chamado constantemente pelo governo sueco para ajudar em investigações. O perfil do personagem principal, se tornou tão interessante ao ponto da fox criar uma série com seu nome, mesmo a série não ter tido tanto sucesso o personagem tem algumas qualidades principalmente o trabalho de dedução que ele utiliza nas investigações. O autor possui mais vários romances policiais sendo este o único traduzido para o português. O intuito do autor, o conhecimento e o personagem são bons motivo que merece um maior crédito devendo conhecer as demais obras antes de criticar o autor.

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  9. Do DNA é forçado mesmo, mas na contra-mão das sacadas geniais, o livro é bem mais realista que a média.

    Escrito por um especialista forense, o livro traz a realidade da Polícia, cheio de problemas hierárquicos, problemas de comunicação, métodos científicos apagados por burocracia...

    O livro é recheado de passagens desnecessárias e prolixas, mas acredito que justamente sua realidade cínica o torne indigesto.

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