30 de junho de 2014

RESENHA: RECONSTRUINDO AMELIA - Kimberly McCreight (Ed. Arqueiro)



Oi, pessoal!

Vou começar esta semana falando sobre um thriller incrível lançado pela editora ARQUEIRO: RECONSTRUINDO AMELIA, da KIMBERLY McCREIGHT.

Reconstruindo AmeliaRECONSTRUINDO AMELIA
KIMBERLY McCREIGHT
Editora: ARQUEIRO              
Ano: 2014                  
Nº págs: 352
Gênero: Thriller, Drama


SINOPSE: Kate Baron, uma bem-sucedida advo­gada, está no meio de uma das reuniões mais importantes de sua carreira quando recebe um telefonema. Sua filha, Amelia, foi suspensa por três dias do Grace Hall, o exclusivo colégio particular onde estuda. Como isso foi acontecer? O que sua sensata e inteligente filha de 15 anos poderia ter feito de errado para merecer a punição?
Sua incredulidade, no entanto, vai aos poucos se transformando em pavor ao deparar, no caminho para o colégio, com um carro de bombeiros, uma dúzia de policiais e uma ambulância com as luzes desligadas e portas fechadas.
Amelia está morta.
Aparentemente incapaz de lidar com a suspensão, a garota subiu no telhado e se jogou. O atraso de Kate para chegar a Grace Hall foi tempo suficiente para o suicídio. Pelo menos essa é a versão do colégio e da polícia.
Em choque, Kate tenta compreender por que Amelia decidiu pôr fim à própria vida. Por tantos anos, as duas sempre estiveram unidas para enfrentar qualquer problema. Por que aquele ato impulsivo agora?
Suas convicções sobre a tragédia e a pró­pria filha estão prestes a mudar quan­do, pouco tempo depois do funeral, ela recebe uma mensagem de texto no celular:
Amelia não pulou.
Alternando a história de Kate com registros do blog, e-mails e posts no Fa­cebook da filha, Reconstruindo Amelia é um thriller empolgante que vai surpreender o leitor até a última página.

Tenho algumas editoras preferidas em relação aos thrillers e policiais, e sem dúvida a ARQUEIRO é uma delas. Sempre acompanho as novidades dos gêneros e a ARQUEIRO nunca decepciona, pois sempre brinda os leitores com livros incríveis. RECONSTRUINDO AMELIA é mais um desses que entra para a listinha de “que livro foda!”

A premissa é interessantíssima e a leitura é de arrepiar. Adoro acompanhar thrillers que se passam em colégios. Acho bastante importante que conheçamos as atitudes adolescentes e a crueldade que esses humanos, ainda em formação, são capazes de propagar. KIMBERLY foi muito feliz ao apresentar um grupo de meninas que tinham atitudes cruéis e gostavam de pregar peças nada engraçadas. Foi medonho acompanhar a forma como o caráter dessas garotas foi moldado, tanto por seus pais como pelo meio em que viviam.

Se o mote principal da história já conquista o leitor, é a genialidade da narrativa de KIMBERLY, que permeia por várias facetas, que nos draga para um drama intenso e avassalador, desses que parecem percorrer por nossas veias. O enredo vai sendo dissecado através do ponto de vista de Kate, mãe de Amelia, e da própria Amelia. Além disso, vamos tendo acesso as conversas da menina com o amigo, Ben, e vamos conhecendo o que há de mais sujo no colégio e de podre nos alunos, através de um blog, que ninguém sabe por quem é escrito.

Adorei ver a forma como todas essas narrativas foram seguindo em frente para se concatenarem no momento final. Tudo é muito trágico, muito triste e muito tenso. Não sei descrever qual das duas protagonistas me deixou mais interessada no livro, Kate, com sua luta para descobrir as verdades sobre a vida da filha, ou Amelia, que ao contrário do que imaginei antes de começar a leitura, era uma menina adoravél, cheia de amor, e que não manteve segredos por motivos ruins. Aliás, esse foi um dos pontos que mais gostei no livro, ver que Amelia era uma menina comum, compreensiva, amável e inteligente, pois pensei que estaria frente a uma menina mimada, egoísta e cruel em relação à própria mãe e aos colegas. Essas duas mulheres são apaixonantes.

O livro possui algumas obviedades, sim, mas nem por isso deixa de ser extremamente interessante, pois a qualidade do suspense e das surpresas que encontramos supera qualquer pequena coisa que é possível adivinhar.

A história que circunda a vida de Amelia é muito maior e mais intensa do que podemos imaginar, ela ultrapassa os portões do colégio e retoma até antes do nascimento da garota, justamente por isso, por trazer tantos elementos, tão importantes, tão significativos, que me senti um pouco frustrada com um final tão comum, com uma explicação tão previsível. Infelizmente, tive a sensação que KIMBERLY quis fazer uma surpresa ao final, e por isso apontou determinado personagem no envolvimento na morte da garota, mas, pouco antes da revelação final, ela perpassou por uma outra situação envolvendo Amelia e uma outra personagem, que, ao meu ver, teria sido muito mais interessante e com motivos muito mais significantes, se essa personagem tivesse sido apontada como “culpada”. Ok, não teria sido surpresa, mas o motivo teria gerado um sentimento de revolta no leitor, teria provocado alguma reação, já que o final optado pela autora, apesar de lindo, não me causou reação alguma. 

Apesar de ter ficado frustrada com o desfecho, não diminuo as 5 estrelas que o livro merece por toda a excelência do que apresentou. Foi uma leitura incrível e bastante prazerosa. Com certeza um livro que espero reler. Recomendo MUITO!


CAIXA DE CORREIO #153



Bom dia, pessoal!

E vamos para mais um post da CAIXA DE CORREIO, dessa vez, com MUITOS livros de trocas.


CORTESIAS:




- A RAINHA – Steven James (Ed. Nacional). O livro mais aguardado por mim! <3 Esse é o quinto volume da série OS ARQUIVOS DE BOWERS, que é minha série policial favorita. AMO Steven James e estava ansiosa para conferir mais essa aventura do Patrick. Com certeza começo a ler hoje <3

- PLACEBO – Steven James (Ed. Nacional). Amo a editora NACIONAL porque eles não se contentam com um livro do Steven James, sempre que lançam, lançam dois, ou então com intervalos pequenos. Dessa vez, junto com o quinto volume de OS ARQUIVOS DE BOWERS, lançaram PLACEBO, primeiro volume de uma nova série do JAMES que espero gostar tanto quanto da outra. 


TROCAS:

Essa semana foram MUITOS os livros que chegaram de troca:
- COISAS QUE NINGUÉM SABE – Alessando D’avenia (Ed. Bertrand Brasil). Ainda não conheço a narrativa do D’AVENIA, mas sempre vi vários elogios. Quando o livro surgiu pelo PLUS, não perdi a chance, solicitei.
- SOMBRAS ETERNAS – Glen Cook (Ed. Record). Tenho o primeiro volume dessa série, mas ainda não li. Como esse segundo estava por apenas 1 crédito, resolvi solicitar.
- LIMIAR – Jessica Warman (Ed. Galera Record). Na época do lançamento não tive interesse por esse livro, mas ouvi a Manu (que trabalha na Record) falar bem do livro e quero conferir. Também solicitei via PLUS.
- PSICOSE – Robert Bloch (Ed. Darkside Books). Outra solicitação do PLUS. Dou muita sorte com o sistema. ADORO! Só após a DARKSIDE lançar esse livro que soube que PSICOSE era livro, antes achava que era só um filme. Curiosidade enorme com a leitura.
- ARISTÓTELES E DANTE DESCOBREM O SEGREDO DO UNIVERSO – Benjamin Alire Sáens (Ed. Seguinte). Juvenil que bombou nas redes sociais e me deixou super curiosa. Também solicitado pelo PLUS.
- POR UM FIO – Eoin Colfer (Ed. Record). Vocês sabem que AMO os policiais da Record, né? Adoro quando consigo aumentar ainda mais minha coleção <3
- SOCIEDADE SECRETA (vol.4): ESCOLHAS DE FORMATURA – Diana Peterfreund (Ed. Galera Record). Finalmente consegui completar a coleção dessa série. Comprei por causa da Pam, do Garota It, que sempre elogiou muito. Agora que tenho todos, preciso colocá-los na fila de leitura.



LI NA SEMANA QUE PASSOU:


Semana passada não li quase nada L Passei a maior parte da semana estudando por muitas e muitas horas e as leituras não renderam, ainda assim, todos os que li me agradaram ao extremo!

1.     RECONSTRUINDO AMELIA – Kimberly McCreight (Ed. Arqueiro).
NOTA NO SKOOB: 5 estrelas
Que livro! Segunda peguei para lê-lo, com a ansiedade em modo máximo, e li de uma vez, sem parar nem para beber água. O ritmo é incrível, a história se desenvolve de forma fantástica e eu AMEI! A resenha sai ainda hoje.

2.     PODER ABSOLUTO – David Baldacci (Ed. Arqueiro).
NOTA NO SKOOB: 4 estrelas
Depois de meu primeiro contato com BALDACCI nos policiais, resolvi que queria conferir mais livros dele nesse gênero. Fiquei surpresa com o resultado de PODER ABSOLUTO. Comecei na terça, e apesar de incrível, só terminei na quarta, mas confesso que roubei. Estava tão agoniada com a história que li o final antes L Sei que foi feio, mas eu estava correndo o risco de ter um ataque se não soubesse! Na quarta, quando voltei a ler, li de forma mais calma e tranquila, apreciando todo o jogo de gato e rato que BALDACCI magistralmente apresentou. Livro foda!

3.     MULHER DE NEVE – Leena Lehtolainen (Ed. Vestígio).
NOTA NO SKOOB: 3 estrelas
Quinta e sexta li um dos novos lançamentos da VESTÍGIO. AMO a editora e o fato de eles só lançarem policiais, mas foi com o pé atrás que comecei MULHER DE NEVE, isso porque não gostei do primeiro livro da autora. Contudo, essa segunda leitura me impressionou bastante e a evolução do enredo, bem como o amadurecimento da protagonista, que está menos egocêntrica (amém), foram notáveis. Só não dei mais estrelas porque, como notei essa evolução, creio que os próximos volumes vão ser ainda melhores, portanto, reservo notas mais altas a eles.

4.     GAROTA, INTERROMPIDA – Susanna Kaysen (Ed. Única)
NOTA NO SKOOB: 4 estrelas
Domingo li o que foi um soco no estômago: GAROTA, INTERROMPIDA. Faz anos que assisti ao filme e estava bem curiosa com o livro, mas nunca imaginei que era uma história real. Fiquei assombrada! Leitura excelente e fascinante!


E vocês, o que andaram lendo, recebendo, comprando e trocando?

29 de junho de 2014

RESENHA: ARMADILHAS DO DESTINO - E.M. Sousa



Oi, pessoal.

Hoje vou falar sobre ARMADILHAS DO DESTINO, da autora E.M. SOUSA, lançado de forma independente.

Armadilhas do DestinoARMADILHAS DO DESTINO
E.M. SOUSA
Ano: 2014                  
Nº págs: 216
Gênero: Romance

SINOPSE: Primeiro livro da série Armadilhas. Na Itália, em Verona. A cidade que foi palco do amor de Romeu e Julieta. Nasce uma história de amor. Henry White tem 25 anos quando vê Lanna Grey pela primeira vez, em uma festa beneficente organizada pela família dele. Ela tem apenas 15 anos na época. E ele sabia que o pai de Lanna jamais permitiria o namoro dos dois. Dois anos mais tarde. A sorte brilha para Henry. Quando o pai de Lanna, o senhor Charles Grey vem a falecer após um ataque cardíaco. Deixando Lanna e sua mãe Leonor sem nada. Leonor faz um empréstimo diretamente com Henry. E entrega como garantia de pagamento a própria filha. Henry agora tem 27 anos é dono de várias indústrias, hotéis e bancos na cidade de Verona. Ele é prepotente, egoísta, arrogante e extremamente lindo. Henry esconde um passado obscuro. Ele poderia ter qualquer mulher. Mas, queria apenas uma: Lanna Grey, a menina de olhos verdes e rosto inocente. Lanna tem 17 anos, acaba de entrar na Univesidade de Verona no curso de História da Arte. É uma sonhadora. Amante da arte. Nunca pensou que sua mãe fosse capaz de lhe entregar como pagamento de uma dívida. Ela agora teria que casar com Henry. Mesmo sem amá-lo. Ela o odiava por ele tê-la aceito como garantia de pagamento. Henry aprenderá com Lanna o significado do verdadeiro amor. E Lanna aprenderá com ele, que todos podem mudar. Inclusive a pessoa mais cruel que ela já conheceu: Ele. O destino traçou uma armadilha para juntar os dois. Seria o amor capaz de superar o ódio? Leia e apaixone-se!

Faz bastante tempo, mas bastante tempo mesmo, que a autora ELIDIANE me procurou para firmar parceria com o blog. Também faz um tempão que li ARMADILHAS DO DESTINO, mas, na minha lerdeza, acabei esquecendo de postar a resenha. Portanto, chega de postergar e vamos as minhas considerações sobre ARMADILHAS DO DESTINO.

Primeiro aspecto do romance que me cativou foi o mocinho. Não pensem que estarão diante de um bom moço, desse que nos enche o coração e que faz com que desejemos encontrar um príncipe como ele, pelo contrário, Henry White é, sim, o mocinho dessa história de amor, mas também é o vilão, e que vilão! Ele é sujo, cruel, ardiloso e por vezes violento. Gostei bastante de vilão e mocinho ser o mesmo personagem. Poucos livros trazem essa dualidade de caráter e achei a ideia fascinante. É bom ver que ninguém é 100% bom ou 100% mau. Exatamente por isso, Henry foi meu personagem preferido na trama. Contudo, analiso essa preferência por ele de forma isolada, considerando interessante a construção do personagem, não aprovando suas detestáveis atitudes e o fato de tratar a mulher como objeto.

Quanto a Lanna, a protagonista, algumas coisas me irritaram, como o fato de ela gostar de carros e ouvir Spice Girls. Fiquei incomodada ao ler as passagens automobilísticas e ver o quanto a garota era entendida de carros, obviamente, os melhores carros ($$$) se é que vocês entendem. Assim em como muitos livros de hoje, não gostei de ver as humilhações infligidas a ela, muito menos de ver que ela as aceitava. Parece que muitas das mulheres de hoje são caracterizadas na literatura por sua atitude de aceitação frente a um homem que possui dinheiro e poder. Mulheres desse tipo parecem ter preço, mas não valor. O fato de Lanna conhecer o caráter de Henry, se assustar com suas atitudes, não procurar tomar providências, e mesmo assim assumir seus sentimentos por esse "ogro", chocou-me algumas vezes, ao mesmo tempo em que fiquei admirada com a coragem da moça em assumir tais sentimentos, principalmente por ter passado por muita violência nas mãos do personagem, que parecia um algoz.

Um aspecto que me surpreendeu no livro foram as partes calientes. Como muitos sabem, não leio romances eróticos, pois não vejo propósito no sexo, parece que é feito por fazer, mas, em ARMADILHAS DO DESTINO, essas cenas, extremamente fortes, se encaixaram. Contudo, apesar de ter achado que elas foram bem descritas e que atingiram ao propósito de me deixar chocada e horrorizada, achei que faltou uma abordagem mais profunda ao tratar do tema do abuso e violência sexual, algumas vezes pareceu que era normal passar por tal situação.

Um ponto que tinha me desagradado em ARMADILHAS DO DESTINO, havia sido a revisão. Foram muitos pontos finais em lugares de vírgulas e muitas vírgulas em lugares que deveriam ter pontos finais, e isso acabou por prejudicar um pouco a leitura. Mas disse que isso havia me desagradado, no passado, pois ao conversar com a ELI, fui informada que o texto já está passando por nova revisão, o que vai ajudar a tornar a leitura mais fácil, uma vez que a escrita da autora é bastante fluida.

Um fato que havia me deixado em dúvida em relação ao livro: o momento histórico em que acontece, no presente. Apesar de ter gostado do enredo e dos personagens, não havia ficado convencida que, nos dias de hoje, uma mãe pudesse dar sua filha como pagamento de uma dívida, ainda mais essa filha sendo menor de idade. As leis do nosso país, que sempre deixam a desejar, são bastante rígidas em relação às crianças e adolescentes, e isso jamais seria permitido. Imaginei que na Itália não devia ser muito diferente. Mesmo a família de Lanna tendo perdido tudo, um dia eles foram ricos e o nome de família é o tipo de coisa que se mantém, então não seria nada complicado a garota encontrar um advogado e entrar com um processo contra a mãe e contra Henry e sair vitoriosa. A mim, pareceu meio irreal entregar uma menina menor de idade como pagamento. Assim, diante dessa dúvida, resolvi escrever para a autora e perguntar sobre a lei italiana, pois o mote da história, mesmo sem ser plausível em nossos dias atuais, foi bacana.

Vejam a resposta da autora sobre a questão da lei italiana para crianças e adolescentes:

”... quanto à questão da lei italiana, funciona assim, os pais tem todo o poder sobre os filhos, conjuntos, quando um deles morre, o poder fica para apenas um, no caso ficou com a mãe de Lanna, o contrato que ela fez com Henry, foi com base no casamento dos dois, pois a possibilidade da emancipação pode ser concedida por só um dos pais quando a ausência do outro, ou de sua inexistência, quer pela morte natural, quer pela presumida, mas declarada. O menor de acordo com o art. 390 da lei italiana, fica como emancipado pela lei do casamento. Acontecida essa situação, a incapacidade como menor de idade cessa e a pessoa emancipada fica em idêntica situação à do que já adquiriu a maioridade, por haver completado 18 anos. Desde que o menor seja maior de 16 anos. Assim sendo o menor passa a ter direitos iguais ao do seu conjugue(marido ou esposa). Eu esqueci de por isso no livro quando escrevi a primeira vez, explicando como Henry conseguiu manter Lanna por tanto tempo ao lado dele sem que ela corresse até a polícia ou ao juiz. Eu já terminei o segundo livro e estarei explicando essa parte do casamento no segundo livro. Assim facilitando o entendimento, e as dúvidas que ficaram presas no primeiro livro.”
 Gostei ver que a autora teve preocupação em esclarecer minha dúvida, e, principalmente, que autorizou explicá-la para vocês na resenha. Foi bom também saber que ela vai explicar tudinho no próximo volume, pois ARMADILHAS DO DESTINO é apenas o primeiro volume de uma trilogia que promete fortes emoções.


27 de junho de 2014

RESENHA: A EVOLUÇÃO DE MARA DYER - Michelle Hodkin (Ed. Galera Record)



Olá, pessoal!

 Vamos para o nosso último dia da Semana Especial GALERA RECORD. Como era de se esperar, deixei o melhor para o final. Confiram agora a resenha do maravilhoso A EVOLUÇÃO DE MARA DYER, da MICHELLE HODKIN.

A Evolução de Mara DyerA EVOLUÇÃO DE MARA DYER (vol.2)
MICHELLE HODKIN
Série: Mara Dyer
Editora: GALERA RECORD              
Ano: 2014                  
Nº págs: 406
Gênero: Sobrenatural

SINOPSE: As misteriosas e perigosas habilidades de Mara continuam a evoluir. Ela sabe que não está louca e agora precisa se prender desesperadamente à sanidade. Mara sabe que é tudo real: pode matar com um simples pensamento, assim como Noah pode curar com apenas um toque e que Jude, o ex-namorado morto por ela, está realmente de volta. Mas para descobrir suas intenções, deve evitar uma internação em um hospital psiquiátrico. Confusa com as paredes se fechando e ruindo ao seu redor, ela deve aprender a usar seu poder. 


Depois que li o primeiro volume dessa trilogia, surtei! Quando o solicitei, jamais imaginei que encontraria uma narrativa tão intensa e um enredo tão interessante. Ao fechar o livro, já sabia que MARA DYER seria mais uma série que entraria para minha lista de queridinhas. Foi com certo desespero que esperei por essa continuação, desespero que ficou mais crescente após a GALERA ter anunciado a data de lançamento. Do dia do anúncio até o recebimento, não sosseguei, e foi bastante entusiasmada que li esse segundo volume.

Se no primeiro livro Mara havia me encantado por ser uma narradora não confiável, à beira do surto, e me deixado intrigada com sua provável loucura e poder, em A EVOLUÇÃO DE MARA DYER a garota conseguiu me deixar ainda mais intrigada com sua história. Admito que quando terminei a leitura senti certa raiva da autora, pois queria alguns esclarecimentos e acabei com ainda mais perguntas, mas, depois de passado algumas horas, decidi que achei brilhante o fato de HODKIN conseguir manter o leitor no escuro depois de dois livros.

Uma das coisas que me deixam estupefatas com essa série é a falta de certeza sobre TUDO! A sensação que tive é que a loucura de Mara evoluiu e os mistérios que cercam sua vida cresceram. Adorei o fato de a autora ter inserido uma boneca bastante sinistra na trama. Tenho bastante medo de bonecos e seres do gênero, e isso só ajudou para que meu interesse pela leitura atingisse um grau máximo. Gostei também de ver a forma como o envolvimento de Mara e Noah evoluiu. Geralmente, fico estressada com esses romances, mas, nesse caso, fui fisgada desde o primeiro livro. Adoro ler sobre a relação e cumplicidade dos dois. Mais ainda, adoro ficar na dúvida quanto à sanidade de Noah também.

Um ponto que me fascina nessa trilogia é o fato de não ter certeza quanto ao gênero dos livros. Devido ao fato de Mara e Noah terem algum tipo de poder, classifico-a como sobrenatural, mas tenho minhas opiniões sobre o que de fato acontece com Mara e seu mundo, e, para mim, ela e muitos dos personagens citados estão em um sanatório e ela divaga sobre todos os acontecimentos: seus poderes, as mortes, o relacionamento com Noah, etc. Contudo, algumas passagens são tão intensas que a garota de fato me convence que é atormentada por alguém que pensou ter morrido. E eu AMO esse círculo que vivo enquanto leio MARA DYER, pois acho magnífico acreditar e desacreditar nessa protagonista com claros problemas psicológicos. Algumas vezes chego até a achar que Mara é uma senhora, já com certa idade, que vive em um sanatório e relembra partes de sua vida, misturando-as com sua loucura. Aliás, acho que outros personagens presentes também pertencem a esse mesmo sanatório e que tudo não passa de uma alucinação. Se ao final da trilogia estiver certa, para mim, MARA DYER deixará de ser um livro com toques sobrenaturais e passará a ser um dos melhores thrillers que já li, portanto, torço para estar certa. Obviamente, se os poderes de Mara se confirmarem, também será um dos melhores sobrenaturais que já li. Como disse, adoro estar no segundo livro da trilogia e até agora estar sem saber a qual gênero ela pertence.

Acho muito interessante falar de MARA DYER porque nada pode ser considerado um spoiler, afinal, como nada é revelado, o leitor permanece em constante achismo, fazendo várias conjecturas sobre muitas das situações, mas sem ter nenhuma informação confirmada, tornando a trilogia brilhante e HODKIN uma autora a ser admirada por sua genialidade ao conduzir o enredo de forma a deixar o leitor em constante suspense.

Nesse segundo volume a história cresceu absurdamente. Como disse acima, os vários mistérios que passaram a cercar a garota, tais como a boneca e o que existe dentro dela, serviram de prenúncio para saber que podemos aguardar um fechamento grandioso para essa série, ela pode enredar por qualquer caminho que irá me agradar.

Amei A EVOLUÇÃO DE MARA DYER, e acho que todos deveriam ler, por ser uma série que nos mantém de olhos vendados durante tantas páginas, acredito que consiga agradar aos leitores dos mais variados gêneros, afinal, nada está realmente definido e muitas surpresas ainda podem aparecer no desfecho, que espero não demorar para chegar, pois o desespero para ver a conclusão e saber o que de fato acontece/aconteceu com Mara e quem ela realmente é, já começou a dar as caras. Série recomendadíssima! <3 <3 <3


 

26 de junho de 2014

RESENHA: PRINCESA ADORMECIDA - Paula Pimenta (Ed. Galera Record)



Oi, gentes!

E vamos para nosso quarto dia com resenha da GALERA RECORD. Hoje vou falar sobre PRINCESA ADORMECIDA, da PAULA PIMENTA.

Princesa AdormecidaPRINCESA ADORMECIDA
PAULA PIMENTA
Editora: GALERA RECORD          
Ano: 2014                  
Nº págs: 192                    
Gênero: Romance

SINOPSE: Era uma vez uma princesa... Você já deve ter ouvido essa introdução algumas vezes, nas histórias que amava quando criança. Mas essa princesa sou eu. Quer dizer, é assim que eu fiquei conhecida. Só que minha vida não é nada romântica como são os contos de fada. Muito pelo contrário. Reinos distantes? Linhagem real? Sequestro? Uma bruxa vingativa? Para mim isso tudo só existia nos livros. Meu cotidiano era normal. Tá, quase normal. Vivia com meus (superprotetores) tios, era boa aluna, tinha grandes amigas. Até que de uma hora pra outra, tudo mudou. Imagina acordar um dia e descobrir que o mundo que você achava que era real, nada mais é do que um sonho. E se todas as pessoas que você conheceu na vida simplesmente fossem uma invenção e, ao despertar, percebesse que não sabe onde mora, que nunca viu quem está do seu lado, e, especialmente, que não tem a menor ideia de onde foi parar o amor da sua vida. Se alguma vez passar por isso, saiba que você não é a única. Eu não conheço a sua história, mas a minha é mais ou menos assim... 

Sei que a PAULA PIMENTA é uma autora venerada por todos e que corro o risco de ser xingada após essa resenha, mas não posso mentir para vocês e dizer que gostei de PRINCESA ADORMECIDA.

Bem verdade é que adorei o começo: mulher invejosa que tenta acabar com o casamento perfeito sequestrando a filha do casal. Pronto! Havia me conquistado e até estava presa na narrativa, mas, com o passar das páginas, com o romance ganhando tanto destaque, a protagonista tendo TANTO mimimi e se mostrando, algumas vezes, tão tola, fiquei irritada com a história e passei a desgostar do livro.

Esse foi meu primeiro contato com a autora e admito que concordo com a grande maioria em relação à forma de narrar dela. É fabulosa! PIMENTA tem uma escrita contagiante e que nos leva a realmente a devorar as páginas. E olha que mesmo sem estar gostando do rumo que a história estava ganhando, continuei a ler, simplesmente porque ela contava de um jeito delicioso e eu não conseguia parar. Contudo, foi no enredo mesmo que engasguei.

Como a maioria que acompanha o blog sabe, são poucas as histórias de amor adolescente que me convencem, e essa não foi uma delas. Há muito já passei da idade, por isso, vejo essas relações de forma totalmente exageradas e cansadas, sempre um mais do mesmo, um amor absurdo, capaz de tudo, em que tudo se supera, tudo se entende, tudo se compreende em nome do amor. É amor demais para minha lógica e simplesmente não me convence.

Diante do começo, pensei que estaria frente a uma história diferente, meio sinistra, com uma mocinha disposta a tudo para sobreviver e se vingar da malvada. Acho que por ter depositado expectativas diferentes quanto ao enredo é que me decepcionei. Ou talvez esteja lendo policiais demais e eles estejam me afetando, e ao ver que a história começava com uma tentativa de sequestro, imaginei que o enredo cresceria e se tornaria algo muito maior do que realmente foi. 

Como sei que imensa maioria gostou do livro, acredito que cada um deva ler para tirar as próprias conclusões. A minha é que já estou passadinha da idade e por isso não deu para gostar :S 



25 de junho de 2014

RESENHA: CONFESSO QUE MENTI - Justine Larbalestier (Ed. Galera Record)



Hei, gentes!

Neste terceiro dia da nossa semana especial da GALERA RECORD vou falar sobre CONFESSO QUE MENTI, da JUSTINE LARBALESTIER.

Confesso Que MentiCONFESSO QUE MENTI
JUSTINE LARBALESTIER
Editora: GALERA RECORD              
Ano: 2014                  
Nº págs: 320
Gênero: Não vou contar J

SINOPSE: Micah Wilkins é uma mentirosa compulsiva. Para ela, mentir é tão natural quanto respirar. Por isso é preciso prestar muita atenção a seu relato e desconfiar de tudo o que ela disser. Por que ela mente? É um segredo que envolve o outro. Tudo começou quando ela nasceu com a doença da família. E desde então Micah criou um labirinto de mentiras para manter todos afastados da única e terrível verdade. Mas quando seu namorado Zach é encontrado morto em circunstâncias violentas e misteriosas, o comportamento nada confiável da menina a transforma na principal suspeita do crime. Agora, para desvendar essa trama e provar sua inocência, Micah Wilkins promete contar apenas a verdade e nada mais que a verdade.

A primeira coisa que preciso dizer sobre esse livro é: “Confesso Que Fui Enganada!” Ao ler a sinopse fiquei bastante interessada, pois imaginei que teria em mãos um livro sobre um misterioso assassinato, contado por uma narradora não confiável. Como junto com CONFESSO QUE MENTI, solicitei A EVOLUÇÃO DE MARA DYER, e o li primeiro, pensei que estaria frente a mais uma história com uma narradora duvidosa, dessas que nos faz circular pelo enredo e procurar falhas em suas invencionices. Contudo, deparei-me com uma menina que, sim, era uma mentirosa, mas que não era uma menina comum, e foi aí que achei que havia sido enganada, pois nada no livro revelava que estaria diante de um gênero literário diverso daquele que foi apresentado pela editora, e que, obviamente, não vou revelar qual é.

Após perceber que CONFESSO QUE MENTI não seria somente uma história sobre uma protagonista não confiável, me senti enganada. Porém, quando finalizei a leitura “Confesso Ter Gostado De Ter Sido Enganada”, isso porque se soubesse realmente sobre o assunto do livro não o teria solicitado, e teria perdido uma história bastante boa.

Não que essa parte misteriosa que pertence a outro gênero seja incrível e diferente, nada disso. Apesar de apresentar algumas singularidades, já vimos em várias histórias o mote que LARBALESTIER apresentou, o que chama realmente atenção é a forma GENIAL de a autora narrar, mesclando presente, passado, mentiras e verdades, e com isso tecendo uma rede incrível de informações. 

Através de uma protagonista extremamente mentirosa, vamos tendo vislumbres dos fatos. E a protagonista é boa! Ela é boa porque sabe mentir, é boa porque sabe manipular, é boa porque sabe contar sua história por pedaços, muitas vezes incongruentes que nos enchem de dúvidas, é boa porque sabe ser traiçoeira e perigosa, e é ótima, porque possui desvio de caráter comum a qualquer ser humano. Não pensem que porque ela mente é uma pessoa totalmente má, mas, obviamente, não é uma garota que possa ser tomada como exemplo de bondade.

ADOREI ver que quando acreditava piamente em algo dito por Micah, me surpreendia ao descobrir, poucas páginas depois, que era mais uma mentira dela, que era mais uma forma dela de enganar a todos com quem convivia e também o leitor. Claro que como uma pessoa normal, algumas vezes senti raiva da garota, afinal, ela contava três, quatro, versões de uma mesma situação e em cada uma delas afirmava que uma parte era verdade, a outra, mentira, o que me dava vontade de dar uns tapas. Mas apesar disso e de ela ir tecendo um nó na minha cabeça de leitora, foi delicioso montar o quebra-cabeça sobre a vida de Micah. 

Quando terminei a leitura, fiquei bastante grata por ter sido enganada sobre o gênero do livro, pois se não o tivesse solicitado, teria perdido a incrível forma de narrar que LARBALESTIER apresentou em CONFESSO QUE MENTI. Recomendo!